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DO PACIENTE IDOSO
PAAB VIII
Profa. Cícera Amanda Mota Seabra
Médica de Família e Comunidade
Envelhecimento
O envelhecimento biológico é inexorável, dinâmico e irreversível,
caracterizado por maior vulnerabilidade às agressões do meio
interno e externo e, portanto, maior suscetibilidade nos níveis
celular, tecidual e de órgãos/aparelhos/sistemas. Entretanto, não
significa adoecer.
• Em condições basais, o idoso funciona tão bem quanto o
jovem. A diferença se manifesta nas situações em que se torna
necessária a utilização das reservas homeostáticas (de
equilíbrio), que, no idoso, são mais frágeis.
DECLÍNIO FUNCIONAL
Dimensão cronológica do envelhecimento
• IDADE CRONOLÓGICA GUARDA POUCA RELAÇÃO COM AS
CONDIÇÕES CLÍNICAS E O PROGNÓSTICO DO PACIENTE
• O processo de envelhecimento humano é heterogêneo. Ou
seja, cada indivíduo envelhece de maneira própria, pois se
trata de um processo multifatorial.
Dimensão funcional do envelhecimento
• Capacidade funcional é o
principal indicador da capacidade
adaptativa do ser humano.
ENFERMIDADES
MULTIMORBIDADE POLIFARMÁCIA
INAPARENTES
PRESENÇA DE
APRESENTAÇÕES
PERDA FUNCIONAL SÍNDROMES
ATÍPICAS
GERIÁTRICAS
Senescência
• Envelhecimento bem-sucedido: idosos que envelheceram livres de
comorbidades e sem apresentar nenhum tipo de declínio funcional
na cognição, humor, mobilidade e comunicação, ou idosos
portadores de doenças crônicas , plenamente controladas e
capazes de viver com total independência e autonomia,
autorrealização e desempenho de importantes papéis sociais.
• Envelhecimento usual: perda funcional lentamente progressiva ,
que não provoca incapacidade, mas traz alguma limitação à pessoa.
• Pré-frágil: Condicionada ao fenótipo de fragilidade.
Senilidade
Alterações ou processos alheios ao envelhecimento fisiológico e
determinados por doenças e maus hábitos de vida, como
sedentarismo ou tabagismo. Estes agravos, associados à
diminuição da reserva funcional esperada, poderão levar a
situações de insuficiência de órgãos ou funções, bem como à
incapacidade para as atividades de vida diária, dependência e
perda de autonomia.
PARADIGMA DOENÇA E CURA X CAPACIDADE
FUNCIONAL
• A Política Nacional de Saúde da
Pessoa Idosa (PNSPI) aborda a saúde
do indivíduo idoso como algo que se
traduz pela sua condição de
autonomia e independência, e não
pela presença ou ausência de doença
orgânica.
A PERDA DA CAPACIDADE DE GERIR A PRÓPRIA VIDA OU DAS ATIVIDADES DE VIDA
DIÁRIA
NÃO É NORMAL DA VELHICE
(“DA IDADE”)
FORMAS DE ENVELHECIMENTO
DECLÍNIO FUNCIONAL
O declínio funcional é a principal manifestação de
vulnerabilidade e é o foco de intervenção da geriatria e da
gerontologia, independente da idade do paciente.
O termo fragilidade é utilizado para descrever o idoso com
maior risco de incapacidades, institucionalização, hospitalização
e morte. Todavia, o conceito de fragilidade ainda é bastante
controverso
FRAGILIDADE
• Fried et al. (2001) definiram fragilidade (frailty) como uma síndrome
geriátrica, de natureza multifatorial, caracterizada pela diminuição das
reservas de energia e resistência reduzida aos estressores, condições essas
que resultam do declínio cumulativo dos sistemas fisiológicos.
Fundamentado nesse conceito, desenvolveu o “fenótipo da fragilidade”,
caracterizado pela presença de três ou mais dos seguintes critérios:
perda de peso,
fatigabilidade (exaustão),
fraqueza (redução da força muscular),
baixo nível de atividade física e
lentificação da marcha.
• A presença de três ou mais parâmetros definiu o “idoso frágil”, e a presença
de dois parâmetros definiu o idoso “pré-frágil”.
FENÓTIPO DE FRAGILIDADE SEGUNDO FRIED
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO
Desenho do relógio
• PERÍMETRO DA PANTURRILHA
• Medidas menores do que 31
centímetros são indicativas de
redução da massa muscular.
Embora o perímetro da
panturrilha não deve ser utilizado
como indicador isolado de
avaliação do estado nutricional
em pessoas idosas.
Estado e Risco Nutricional
– Avaliação laboratorial:
albumina
transferrina
Pré-albumina
linfócitos
colesterol
eletrólitos, vitaminas e minerais
função hepática
função renal
outros
Estado e Risco Nutricional
• Considera-se perda de peso significativa:
– Redução maior ou igual a 2% do peso corporal em 1 mês
– Redução maior ou igual a 5% deste em 3 meses
– Redução maior ou igual a 10% deste em 6 meses