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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Campus Juvino Oliveira


Departamento de Ciências Exatas e Naturais – DCEN

MINUTA DE EDITAL Nº 133/2017 , DE 28 DE SETEMBRO DE 2017


SELEÇÃO PÚBLICA PARA O MAGISTÉRIO SUPERIOR
PROFESSOR SUBSTITUTO

Candidata: Juliana Gomes Pimentel

Área de Conhecimento: Tratamento de Efluentes, Microbiologia Ambiental,


Biotecnologia, Engenharia de Processos.
Regime: 40 horas
Lotação: Campus Juvino Oliveira - Itapetinga-Ba
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Campus Juvino Oliveira
Departamento de Ciências Exatas e Naturais – DCEN

TEMA 02

PROCESSOS NATURAIS E
TECNOLOGIAS DE REMEDIAÇÃO
ABORDAGENS DE REMEDIAÇÃO
ABORDAGENS DE REMEDIAÇÃO

A Resolução Conama nº 420 (CONAMA, 2009) define


remediação como sendo uma das medidas de intervenção para
reabilitação de área contaminada, que consiste em aplicação
de técnicas, visando a remoção, contenção ou redução das
concentrações de contaminantes, com o intuito de atingir um
risco tolerável para o uso declarado ou futuro da área.
TECNOLOGIAS DE REMEDIAÇÃO

As tecnologias de Biológico
remediação podem ser Físico-químico
definidas de acordo com os
processos de tratamento: Solidificação/Estab..

Térmico
Contaminação
(on site)
X
Meio contaminado
As tecnologias de (in situ)
remediação também podem
Contaminação
ser classificadas segundo o (on site)
local de sua aplicação X
Meio contaminado
(ex situ)

Contaminação
(off site)
Ao longo das últimas décadas, o mercado brasileiro de
gerenciamento de áreas contaminadas tem
experimentado...

HISTORICAMENTE RESCENTEMENTE

Tecnologias de remediação
Contenção, escavação in situ utilizadas para
e tratamento off-site remoção de massa de
do meio contaminado. contaminantes em áreas
contaminadas.
A Figura 1 apresenta um gráfico com todas as técnicas de remediação aplicadas para a
reabilitação das áreas contaminadas declaradas até dezembro de 2012 no cadastro de áreas
contaminadas da CETESB.
PROCEDIMENTOS PARA DESENVOLVIMENTO DA
TECNOLOGIA DE REMEDIAÇÃO

 Informação detalhada sobre a área a ser reabilitada;


 Informações sobre o meio físico (que contêm contaminantes e que
possam influenciar seu comportamento);
 distribuição espacial da contaminação nos diferentes compartimentos
contaminados;
 o nível de qualidade técnica das etapas de avaliação preliminar;
 investigação detalhada e avaliação de risco a saúde humana;
 Realização de testes de laboratório e piloto de campo desenvolvidos
para avaliar as técnicas a serem empregadas.
TECNOLOGIA DE REMEDIAÇÃO POR PROCESSOS
NATURAIS

Como a evolução das tecnologias Figura 2: Relação dos custos nos processos de remediação

para soluções cada vez mais naturais


(Figura 2), já há um
reconhecimento comprovado de que
processos de atenuação natural,
como a BIORREMEDIAÇÃO e
FITORREMEDIAÇÃO, podem
contribuir de forma significativa no
controle das plumas de
contaminação no solo e águas
subterrâneas, além de serem
economicamente mais viáveis que as
outras tecnologias empregadas.
:

Engloba todos os processos envolvidos na


remediação de solos, sedimentos e sistemas de
aquíferos contaminados por meio da seleção e
utilização de espécies vegetais (SCHNOOR et
al., 1995).
CARACTERÍSTICAS DA FITORREMEDIAÇÃO

 RECUPERAÇÃO DE ÁGUAS E SOLOS CONTAMINADOS POR


POLUENTES ORGÂNICOS OU INORGÂNICOS;
 CAPACIDADE DA ZONA RADICULAR DAS PLANTAS
BIOTRANSFORMAR MOLÉCULAS ORGÂNICAS EXÓGENAS ;
 A RIZOSFERA, ENTÃO ESTUDADA POR SUA IMPORTANTE
FUNÇÃO COMO FONTE DE NUTRIENTES PARA OS DIVERSOS
MICROORGANISMOS E POR SUA CAPACIDADE DE ESTIMULAR A
DEGRADAÇÃO DE PESTICIDAS, HIDROCARBONETOS
AROMÁTICOS PULINUCLEARES E OUTRAS SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS.
VANTAGENS:

 Tecnologia barata, pode ser aplicada a grandes áreas;


 É aplicável a um grande número de poluentes orgânicos e
inorgânicos;
 É ecologicamente e socialmente satisfatória;
 Os procedimentos são realizados in situ;
 Pode ser usada em conjunto com tecnologias mais
tradicionais.
DESVANTAGENS:
 As plantas são organismos vivos, e suas raízes requerem oxigênio, água e
nutrientes;
 A natureza do solo (pH, salinidade, textura) afeta o desenvolvimento das
plantas;
 A concentração de poluentes deve estar dentro do limite de tolerância das
plantas;
 Os contaminantes hidrossolúveis podem se alastrar para longe da zona
radicular;
 É um processo lento cujos efeitos são observados a longo prazo;
 Existe a possibilidade destas plantas entrarem na cadeia alimentar.
FITORREMEDIAÇÃO POR
MECANISMO DIRETO:

FITOEXTRAÇÃO;
FITOTRANSFORMAÇÃO;
FITOVOLATIZAÇÃO.

POR MECANISMO INDIRETO:

FITOESTABILIZAÇÃO;
FITOESTIMULAÇÃO.
• FITOEXTRAÇÃO: ou FITOACUMULAÇÃO, consiste na
absorção do metal contaminantes pela raízes das plantas para o
tronco e as folhas.
Absorção e armazenamento dos contaminantes pelas raízes ou são
transportados e acumulados na parte área das plantas

Estima-se que a fitoextração possa reduzir a concentração de contaminantes


a níveis aceitáveis num período de 3 a 20 anos.
• FITOTRANSFORMAÇÃO ou FITODEGRADAÇÃO: a planta absorve o
contaminante da água e do solo fazendo a sua bioconversão (ENZIMAS
ESPECÍFICAS DENTRO DAS CÉLULAS VEGETAIS), no seu interior ou
em sua superfície, para formas menos tóxicas. É empregado, principalmente,
na remediação de compostos orgânicos.
• FITOVOLATIZAÇÃO: Alguns íons de elementos do subgrupos II, V e VI
da Tabela Periódica, mais especificamente, mercúrio, selênio e arsênio, são
absorvidos pelas raízes, convertendo-os para formas voláteis e
posteriormente liberados na atmosfera.
• FITOESTABILIZAÇÃO: capacidade que algumas plantas possuem em
reduzir a mobilidade e a migração dos contaminantes presentes no solo, seja
através da imobilização, lignificação , redução de valência e precipitação
dos poluentes nos seus tecidos.

• FITOESTABILIZAÇÃO: Objetiva evitar a mobilização do contaminante e limitar


sua difusão no solo, através de uma cobertura vegetal.
• FITOESTIMULAÇÃO:

Neste mecanismo indireto, a planta estimula a biodegradação


microbiana dos contaminantes presentes no solo ou na água,
através da exsudação radicular, fornecimento de tecidos
vegetais como fonte de energia, sombreamento e aumento da
umidade do solo, favorecendo as condições ambientais para o
desenvolvimento dos microorganismos.

A vegetação e o solo podem necessitar de um longo tempo de


manutenção para impedir a liberação dos contaminantes e uma
futura lixiviação dos mesmos ao longo do perfil do solo.
Figura 3. Mecanismos utilizados pelas plantas no processo de fitorremediação.
Atividade Avaliativa

 Pesquisar exemplos de aplicação da


fitorremediação em áreas industriais e
em ambientes externos os quais
sofreram contaminação.
 Trazer exemplos de espécies vegetais
que possam ser utilizadas na técnica de
FITORREMEDIAÇÃO para tratamento de
água ou solos contaminados.
Obrigada!

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