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2008/2011
CONCEITOS E
FUNDAMENTOS DO
TURISMO
3.Turismo em Portugal
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Factores que desfavoreceram o
desenvolvimento do turismo
concepção política dominante durante muitos
anos;
privilégio do isolamento internacional;
situações avessas às mudanças e pouco propensas à
modernidade
atraso dos meios de transporte
atraso das vias de comunicação
inexistência de uma iniciativa privada esclarecida
e informada
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Crescimento do Turismo
Apesar do atraso com que se iniciou o seu processo de
desenvolvimento, o turismo alcançou rapidamente um
lugar de relevo no conjunto das actividades económicas,
devido:
ao volume de receitas externas que passou a proporcionar
ao emprego criado
ao impacto produzido a nível regional.
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Etapas de desenvolvimento do Turismo
em Portugal
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1.ª Etapa - INFÂNCIA
Criação da 1.ª Organização oficial de Turismo –
Repartição de Turismo
criação da Sociedade de Propaganda de Portugal,
sociedade de iniciativa privada, com objectivos de promoção
do turismo a nível interno e internacional e organizar e
divulgar o inventário de todos os monumentos, riquezas
artísticas, curiosidades e lugares pitorescos do país;
Turismo a nível interno assente nas estâncias termais.
Turismo internacional baseava-se na Madeira e Lisboa.
As pousadas constituem uma imagem de marca do turismo
português;
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2.ª Etapa - ADOLESCÊNCIA
O turismo deve ser encarado como uma verdadeira
indústria, tendo de se subordinar a princípios de organização
administrativa.
A política do turismo é concebida segundo uma abordagem
horizontal porque uma política de turismo, para ser eficiente
não pode ser obra de um só sector.
Foi criado o Fundo de Turismo, destinado a assegurar o
fomento do turismo, uma vez que o turismo passa a ser do
interesse da economia nacional.
Passaram a ser criadas zonas de turismo nos concelhos em
que existiam praias, estâncias hidrológicas ou climáticas, de
altitude, de repouso ou de recreio ou monumentos.
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2.ª Etapa - ADOLESCÊNCIA
A criação destas zonas passou a depender de
requerimento da respectiva Câmara Municipal por se
entender que a execução de uma política local de
turismo se poderá desenvolver com a participação dos
interesses municipais e para ser eficiente terá de ser
vivida e sentida pelo agregado de pessoas que formam o
concelho.
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3.ª Etapa - MAIORIDADE
O ano de 1964 marca o início do verdadeiro desenvolvimento do turismo
português:
consolidação da recuperação económica dos países industrializados afectados pela guerra
seguiu-se um boom económico
generalização do automóvel
generalização das férias pagas
desenvolvimento explosivo do trânsito aéreo
1964 – ultrapassou-se, pela primeira vez, o milhão de entradas, tendo forte
contributo os seguintes factores:
localização geográfica
condições climatéricas
preços praticados
Surgem os grandes empreendimentos turísticos que polarizam as atenções e
concentram os investimentos: Algarve; Madeira e Tróia.
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3.ª Etapa - MAIORIDADE
perda de posição dos centros tradicionais e desvio de
investimentos para os novos pólos turísticos.
O país não estava preparado, nem soube preparar-se,
quer no que respeita aos circuitos de distribuição, quer
em infra-estruturas surgindo assim os primeiros
desequilíbrios estruturais.
Construíram-se os aeroportos do Funchal e do Algarve
permitindo estabelecer relações aéreas com os principais
centros emissores
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3.ª Etapa - MAIORIDADE
é atribuído ao turismo o papel de «motor do desenvolvimento
económico», mas sem definição de um modelo global de
desenvolvimento turístico e sem enquadramento numa política de
ordenamento do território e aproveitamento dos espaços.
resultam os primeiros desgastes do ambiente e do património
natural e disfunções ambientais e descaracterização,
particularmente, em certas zonas que se tinham revelado com
vocação para o turismo.
A Alemanha, a Espanha, a França, o Reino Unido e os Estados
Unidos da América passam a ser os primeiros clientes de Portugal.
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3.ª Etapa - MAIORIDADE
desenvolvem-se novas formas de alojamento (aldeamentos
turísticos, apartamentos, motéis) e novas formas de exploração
(títulos de férias, multi-propriedade).
A procura dominante caracteriza-se pela busca do sol, do mar e
das praias de areia fina que existem em abundância no país.
todo o desenvolvimento do turismo se concentra na exploração
destes atractivos, com abandono do turismo do interior e dos
valores turísticos em que as regiões do interior são
particularmente ricas: termalismo, cultura, gastronomia,
paisagens.
O turismo, em Portugal, passa a ser sinónimo de «litoral».
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3.ª Etapa - MATURIDADE
os desequilíbrios ecológicos provocados por deficiente
aproveitamento dos recursos naturais e os novos
comportamentos do consumidor que influenciam,
profundamente, a procura turística.
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3.ª Etapa - MATURIDADE
no âmbito da procura se registaram alguns
desequilíbrios: a origem dos turistas que visitam Portugal
concentrou-se excessivamente nos mercados britânico e
espanhol - A dependência destes mercados tornou o
turismo português extremamente vulnerável;
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3.ª Etapa - MATURIDADE
Vulnerabilidade devido a :
concentração em termos de mercado de origem (mais de metade
das dormidas de estrangeiros na hotelaria global provém
do Reino Unido e da Alemanha)
concentração territorial (só o Algarve detém mais de 40% da
oferta turística nacional e em conjunto com a Costa de
Lisboa, absorve 70% de todas as dormidas de estrangeiros)
concentração em atractivos e motivações (é o sol e o mar que
servem de base essencial à oferta e aposta-se
fundamentalmente nas motivações que estão na origem da
procura do sol e do mar)
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3.ª Etapa - MATURIDADE
A solução é a DIVERSIFICAÇÃO:
o seu equilíbrio e o seu crescimento sustentado
dependem fortemente:
o da diversificação de mercados;
o de produtos e de motivações a par da adopção
de estratégias empresariais baseadas na inovação;
o no desenvolvimento e na resposta às motivações
e necessidades dos clientes.
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4.ª Etapa - MATURIDADE
Com o fim de adoptar uma nova estratégia para o
desenvolvimento do turismo foi lançado, em meados da
década de oitenta, um Plano Nacional de Turismo
que tinha como objectivos:
contribuir para a melhoria da qualidade de
vida dos portugueses;
contribuir para a protecção do património
natural e valorização do património
cultural.
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