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Vitória da Conquista - BA 1

TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE

Professor Mauro Fernandes Teles


Tolerância
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 Estado de não responsividade imunológica específica


 Não ocorre a resposta imunológica – determinado antígeno

 Mesmo que o sistema imune esteja normal

 Vida embrionária
 Antígenos são considerados próprios e não ativam a resposta imunológica
 Deleção de precursores de células T autorreativas no Timo

 Quando os antígenos não são apresentados durante o processo de


maturação

 Passam a ser considerados não próprios – ativam a resposta imunológica


Tolerância
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 A principal função do sistema imune é distinguir antígenos estranhos


(agentes infecciosos) de componentes próprios (“self”) presentes nos
diferentes tecidos

 O sistema imune adquire auto-tolerância (não responde ao próprio):

 Pela deleção clonal de linfócitos T autorreativos;

 Pela deleção clonal de linfócitos B autorreativos;

 Pela supressão funcional de linfócitos T e B autorreativos.


Tolerância
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Tolerância
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 Deleção clonal
 Processo em que os linfócitos T adquirem a capacidade de distinguir o próprio do
não próprio – no Timo
 Envolve a morte dos LT – morte programada por apoptose

 Tolerância ao próprio – adquirida no Timo


 Central – ocorre no Timo
 Periférica – ocorre fora do Timo
 Necessária porque alguns antígenos não atingem o timo

 Anergia clonal
 LT autorreativos que não são ativados – coestimulação inadequada
 Não são funcionais – alteração das condições passam a ser funcionais -
autoimunidade
Tolerância
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Tolerância
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 A tolerância pelas células T desempenham o papel principal

 Linfócitos B
 Podem se tornar tolerantes por
 Deleção clonal – medula óssea

 Anergia clonal – na periferia

 Menos completa que em células T


 Maioria das doenças autoimunes ser mediada por anticorpos
Tolerância
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 A indução da tolerância por um antígeno é determinada por:


 Maturidade
 Imunológica do hospedeiro – não respondem adequadamente a antígenos exógenos

 Estrutura e dose
 Molécula simples e em pequena quantidade induz a tolerância ao invés de uma resposta
imune
Autoimunidade
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 Exibe tolerância a antígenos tissulares – reconhecendo como


próprios

 Perda da tolerância

 Resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de


antígenos próprios

 Doença autoimune
 É uma síndrome provocada por lesão tissular ou alteração funcional
desencadeadas por uma resposta autoimune
 Consiste na ativação de células T auxiliares CD4 – autorreativas
 Reações autoimune mediadas por células ou mediada por anticorpos
Fatores Genéticos
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 Apresentam acentuada incidência familiar


 Sugerindo predisposição genética
 Forte associação
 Antígeno Leucocitário
 Ex.: Artrite Reumatóide – HLA-DR4
Fatores Genéticos
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 Tais alterações genéticas codificam proteínas do MHC de classe I ou


II – apresentação de autoantígenos com maior eficiência

 Células T autorreativas escapam da seleção negativa

 Desenvolver a doença – multifatorial


 Assim são necessários, mas não suficiente para causar as doenças
autoimunes
Fatores
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 Hormonais:
 Maior predisposição em mulheres – estrogênio
 Produção de anticorpos anti-DNA

 Ambientais
 Desencadeiam doenças autoimunes
 Bactérias e vírus
 Medicamentos
 Metais pesados
 Fumo
 Radiação

 Em resumo:
 Predisposição genética determinada por seus genes do MHC
 Expostos a um agente ambiental que desencadeia uma resposta imune de
reação cruzada contra algum componente do tecido normal
Etiologia das doenças
autoimunes
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Etiologia exata não é conhecida

 Escape de clones celulares autorreativos;

 Reatividade cruzada com antígenos


 Modificação de antígenos próprios
 Reatividade cruzada a antígenos exógenos

 Desregulação de citocinas e expressão inapropriada de


MHC;
Mecanismos
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 Mimetismo molecular

 Vírus e bactérias são fontes de antígenos de reação cruzada que


desencadeiam a ativação de LT e LB autorreativos

 Substância exógena assemelha-se suficientemente a um componente do


corpo – ataque imune dirigido – reação cruzada
Mimetismo Molecular
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 Ex:

• Espondilite anquilosante: reação cruzada entre epítopos de


HLA B-27 e da Klebsiella pneumonia;

• Artrite reumatoide: Reação cruzada entre epítopos de HLA-


DR4 e Proteus mirabilis;

• Febre reumática: Reação cruzada entre epítopos de Proteína


M de Estreptococos  hemolítico e proteínas do sarcolema do
miocárdio e miosina.
Mecanismos
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 Alterações de proteínas normais


 Fármacos podem ligar-se a proteínas normais – tornando-as imunogênicas

 LES – induzido por procainamida

 Liberação de antígenos sequestrados


 Lesão tissular pode provocar a liberação de Ag previamente invisíveis ou pode
destruir barreiras que limitam o acesso de LT a sítios de privilégio.

 Atingem a circulação sanguínea – ativam resposta celular e humoral

 Disseminação de epitopos
 Quando um peptídeo próprio deixa de ser tolerado a reação inflamatória provoca
a aparição de mais autoantígenos – LT – doença autoimune
17 FIM – OBRIGADO

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