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Procurem registrar as idéias principais e sentimentos que ocorrem em relação a elas. Deus estará ministrando de forma mais
especifica, sobre cada encontrista . Vocês são especiais para Ele!
Estejam receptivos e abertos à reflexão, cada um com sua atenção voltada para si mesmo, e para o que Deus está fazendo em
sua vida.
INTRODUÇÃO
Na experiência de sua conversão, você nasceu de novo; seus pecados foram perdoados, seu espírito renasceu e você
alcançou paz no seu relacionamento com Deus (II Co 5:17). Provavelmente você notou, contudo, que, apesar de ter sido
perdoado e de ter um espírito regenerado, durante certo tempo você ainda experimentou algum tipo de opressão ou
perturbação.
Talvez isso tenha ocorrido por uma destas três razões:
1. Por você não ter compreendido devidamente a extensão da graça de Deus a seu favor (Rm 5:1-2);
2. Por você não ter conhecido bem sua posição em Jesus Cristo (Ef 1:3; 4:8); ou, quem sabe;
3. Por causa da prática do pecado em sua vida (Is 59:1);
Ao ouvir a Palavra e passar pelo processo de libertação, Deus tratou sua vida, as maldições foram quebradas, as
cadeias foram rompidas e você foi liberto por Jesus. Os opressores e os principais agentes destruidores da
comunhão foram expulsos. Mas, apesar dessa libertação espiritual, você deve ter notado que em sua alma,
que é o centro de suas emoções, e no seu corpo, você continuou sentindo algumas doenças de natureza
emocional, afetiva ou “nervosa”. Entre essas doenças da alma, que são doenças interiores, mas que ás vezes
são chamadas psicossomáticas, porque afetam também o corpo e se manifestam no corpo, queremos identificar
apenas um pequeno grupo:
Antes de dizer o que é cura interior, vamos ver o que ela não é! Isso nos ajudará a entender melhor tanto a cura como o
meio de alcançá-la!
O QUE A CURA INTERIOR NÃO É:
Se fizéssemos regressão, teríamos que acreditar na TVP – Teoria de Vidas Passadas, que insinua que a pessoa entrando em
transe possa recuperar circunstâncias vividas em um passo remoto, inclusive em outras “encarnações”.
Cura Interior é a cura da mente, através da transformação operada por uma renovação constante
(Romanos 12:1-2). Uma atitude de não conformação com uma condição doentia ou inferior daquilo que o
próprio Deus projetou e proveu para suas criaturas regeneradas é o elemento essencial para a busca de cura
definitiva da alma.
Paulo, o apóstolo, desafia o ser humano a se superar e buscar sua própria transformação e
aperfeiçoamento, ele suplica que se faça isso! Ouça-o, sinta quão incisivo ele é nessa questão: “Rogo-vos,
pois, irmãos...não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente..”
(Romanos 12:2)
II – QUEM PRECISA DE CURA INTERIOR?
Cada pessoa precisa conhecer-se a si mesma. Primeiro de tudo, precisa saber e conhecer o que é um estado sadio e o que é
um estado doentio!
Como Posso Saber Isso? Como posso saber se estou sadio ou se estou doente, se preciso ou não de cura? A resposta é simples:
Conhecendo o que é sadio ou doentio – do ponto de vista de Deus!
Se damos crédito à Bíblia, à Palavra de Deus, temos que aceitar o que ela afirma. Jesus diz que “os sãos não precisam de
médico e sim os doentes.” Mas, num certo sentido, pela declaração da própria Palavra de Deus, todos são doentes, logo – todos
precisam de médico!
Todos os que necessitam de renovação da mente, precisam de cura interior (1Ts 5:23)! Paulo insiste em que espírito, alma e
corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis! “Isso equivale a falar do ser completo, do homem total.”
Para que o homem total (espírito, alma e corpo) seja mantido integro, só com o auxilio do alto, que o homem viva numa
dependência real de Deus! Mas, para entender isso, precisamos a composição do ser humano como ele é apresentado nas
Escrituras pelo apóstolo Paulo.
Como o próprio Deus, de uma certa forma, o ser humano também é trino, triuno, na verdade! Como vimos nos textos acima, o
homem é um ser tripartite, uma triunidade: corpo, alma e espírito! Esses três elementos compõem o ser humano na sua
integridade. Vamos entender melhor essas três partes!
Espírito – O espírito é o elemento essencial do ser, a parte central, mais sublime, de natureza divina. O espírito é o “fôlego da
vida” que Deus soprou nas narinas do “boneco de barro” (o corpo) que Ele formou do pó da terra. Foi só quando Deus Soprou
o ruah – a essência do verdadeiro ser - no corpo de barro, que o homem ganhou vida, foi animado, foi feito alma vivente (Ge
2:7)!
O espírito é o verdadeiro ser, o verdadeiro homem! É com o espírito e em espírito que o ser humano estabelece contato com
o Criador! É com espírito e no espírito que o homem serve a Deus e o adora verdadeiramente, pois Deus também é Espírito
(Jô 4:24; Rom 1:9; 8:16)!
É claro que todo ser do homem deve ser mantido irrepreensível! O espírito é a parte do ser que é transformada e muda por
ocasião do Novo Nascimento (Jo 3)! Compreender isso é essencial para compreendermos e recebermos a cura interior!
Alma – Alma é o resultado da união do espírito com o corpo. Com o espírito no corpo o ser se torna alma vivente. De certa
forma, a alma envolve sentimentos, vontades, pensamentos e consciência!
É importante notar que a alma não nasce de novo! Mas ela pode tornar-se irrepreensível pela constante renovação da mente
e por uma consciente dependência de Deus, como já vimos (Rom 12:2 e 1 Ts 5:23)! A alma também pode ser curada, restaurada
e melhorada pelo processo da cura interior, pelo crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo
“formar Cristo em nós”, quando o ser humano atinge a “estatura completa de Cristo” e, quem sabe, passa a “ter a mente
de Cristo” (Is 61; Gl 4:19; 2Pe 3:18; 1 Co 2:16)
Corpo – O corpo é o elemento físico, material, pelo qual estabelecemos contato com o mundo físico e material! O corpo é o
“templo do Espírito” (mas é feito de matéria, representa nossa presença física na terra). O corpo é importante como templo do
Espírito, por isso deve ser santificado! Mas...
Convém notar que o corpo também não nasce de novo por ocasião do Novo Nascimento. Sua transformação dar-se-á na
volta de Jesus, quando a carne, a matéria humana, terrena, (que é corruptível se revestir da incorruptibilidade e [o corpo] que é
mortal se revestir da imortalidade...Veja como Paulo argumenta: “Quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade” (1Co 15:53-54)
Como o corpo, corruptível pecaminoso e frágil pode ser mantido irrepreensível e santificado? O corpo é mantido sob
controle pelo sacrifício e pelo domínio próprio, por um autocontrole ferrenho. Veja em exemplo disso na vida de Paulo:
“esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a se desqualificado!”
Assim, fica claro que mesmo aqueles que já passaram pela experiência do Novo Nascimento ainda têm pela frente estes
dois processos:
1. O sacrifício do corpo.
2. A renovação da mente (ou alma).
Existem situações passadas que nos fazem sentir dor, raiva, nojo, angústia, ansiedade,
medo, vergonha e tantas outras formas de sofrimento e reações desagradáveis.
Há pessoas que ao lembrar que foram espancadas ou estupradas revelam essas violências
através de sentimentos e reações. Isso indica que há ferida não cicatrizada em sua alma.
A) Fazer ameaças constantes – Viver ameaçando os outros ou evocando a própria autoridade. É comportamento próprio de
pessoas inseguras. Insegurança é a doença revelada nesse caso!
B) Coração apertado – oprimido, revela uma alma angustiada! Essa é a doença.
C) Ausência de sonhos, ou de prazer sexual (no casamento) – vida sem objetivo, vazio existencial.
D) Mesquinhez e Incapacidade de usufruir dos bens – revela avareza, falta de fé insegurança!
E) Desconforto com elogios – revela a doença da baixo-estima e complexo de inferioridade.
F) Chantagem, tentativa de manter os outros presos a si – revela insegurança, instabilidade!
G) Desconfiança, dificuldade de confiar em alguém – revela ciúme e insegurança emocional!
H) Fazer comparações – compara a vida, as pessoas, as coisas (com os outros ou com a dos outros), revela traumas e
complexos – de inferioridades ou superioridade.
I) Dificuldade de Raciocínio, de seguir uma linha de pensamento – revela perturbação e confusão!
J) Esbanjador, Gastador, Pródigo – revela insegurança, vazio interior, carência de auto-afirmação.
K)Frivolidade, Gaiatice, chocarrice, piadista – revela a doença de falsa alegria, fuga, insegurança!
L) Hipocondria, mania de doença – revela insegurança, carência de atenção, sentimento de rejeição.
M) Dificuldade de coordenar as idéias e tomar decisões – revela medo, insegurança, perturbação!
N) Masturbação – revela uma alma tensa, insegura, carência de atenção.
O) Auto justificação ou tendência de explicar tudo ou se defender – Racionalização – revela medo, insegurança,
incapacidade de posicionamento, indecisão!
P) Mania de perseguição – sente que todos estão contra si – revela medo, insegurança, repressão!
Q) Timidez paralisante – não consegue reagir diante de outras pessoas, ou situações – revela medo.
R) Tristeza constante – não tem alegria em nada que faz – revela complexo de inferioridade, medo.
S) Dificuldade de dizer não – revela vontade fraca, pusilanimidade, insegurança, medo.
III – CAUSA DAS FERIDAS EMOCIONAIS
Nossa alma é totalmente afetada pelo que nos acontece em qualquer lugar ou em
qualquer fase da vida. Uma das coisas que mais afetam a alma e lhe causam
feridas são os pecados que cometemos. Talvez alguém esteja enfermo por causa
do seu próprio pecado, ou até mesmo pelos pecados de seus pais! As vezes
estamos doentes da alma por algo que alguém nos fez ou que nós mesmos
fizemos. Podem ser muitas e variadas as causas de nossas feridas emocionais:
1. REJEIÇÃO POR PARTE DOS OUTROS
O sentimento de que não somos amados, bem-vindos ou aceitos, causa profundas feridas emocionais e necessidade de cura
interior.
A Rejeição por parte dos outros pode ter sua origem em diversas situações. Vejamos:
- O nome próprio – Alguns tem dificuldade em gostar do próprio nome.
- Morte dos pais – Inconscientemente a pessoa pode tomar como rejeição a si.
- Gravidez indesejada – Por parte de namorados ou mesmo de pessoas já casadas.
- Divórcio dos pais – A criança sente-se culpada, desenvolve sentimento de culpa de pesar.
- Preferência dos pais – Preferir um filho a outro causa revolta, mágoa ou rejeição num ou noutro.
- Rejeição no casamento – Esposo rejeita a esposa (ou vice-versa) (por envelhecimento, magreza, gordura, etc), não se
preocupando com os sentimentos dele ou dela. Causa adultério, separações, humilhações, revoltas.
- Abandono da mãe –Filho deixado com parentes porque o pai ou a mãe foi “tentar a vida”.
- Ser chamado por apelidos – Referindo-se a algum defeito físico ou outra característica.
- Descaso ou desinteresse do pai ou mãe – Alegando excesso de trabalho – gera carência afetiva ou o sentimento de que não é
amado.
- Vício dos pais – Pode causar vergonha, gerar humilhação e traumas.
- Ensino sem disciplina – Lar sem liderança - causa uma outra doença de fundo emocional.
- Discriminação de qualquer natureza – Cor, sexo, posição social, nível de instrução.
- Praga ou Palavra de maldição – “Dizer que o filho (ou cônjuge) não presta para nada”, que é pobre, que se conforme, ou que
o outro “é burro”, que “não aprende nada”, “que vai virar uma prostituta”, “um perdido”. Dizer “que é um drogado”, “que
morrerá assim”, “que o casamento será uma desgraça”, “que não deve confiar nas mulheres, ou nos homens”, ou “que tem que
ter mais de uma mulher ou um marido”, dizer que “ homem que é homem não chora”! Mandar “fazer sexo antes de se casar
para provar que é homem, ou que é virgem”, ou “dizer que o filho vai virar “gay”, que não vai arrumar namorada”, etc! Seja
essa ou qualquer outra atitude negativa, sempre deixa uma ou outra seqüela, uma ou outra ferida interior.
2. AUTO-REJEIÇÃO
A auto-rejeição, como o nome indica, é quando a pessoa mesma se rejeita. Quando
isso acontece, é como se alguém está dizendo que não aprova o “projeto” de Deus
para com sua vida; que nele ou nela o “Projetista” não foi muito bem.
Essa auto-rejeição pode surgir em razão das mais variadas situações, tais
como:
Deficiência física – Mas a cura pode surgir ao lembrar de que Deus é Pai de
espíritos, e que o corpo deve ser visto na completude do Deus que o criou. Mas,
infelizmente... Alguns sentem...
Magreza excessiva;
Obesidade;
Tamanho do pênis (tamanho dos seios), do nariz, das orelhas, etc.
Cravos e espinhas,etc.
3. CULPA POR PECADOS COMETIDOS
Geralmente a culpa se instala em nós cada vez que sabemos o que devemos fazer,
mas não fazemos, ou quando fazemos o que sabíamos não deve fazer. Sentimos
culpa por mentir, trair, enganar, ser impuro no namoro, ser infiel no casamento,
ter provocado um aborto, ter roubado, ter manipulado, ter enganado, etc.
A invasão da intimidade física ou moral de uma pessoa pode ser uma das mais terríveis
maneiras de machucar ou de magoar alguém! Não importa exatamente os detalhes da
experiência de cada um, toda a invasão de privacidade ou agressão ao corpo será uma forma de
agressão à alma.
O abuso sexual tem sido causa de muita infelicidade para as crianças, adolescentes, jovens,
homens e mulheres que foram explorados e violentados. Muitos são violentados por
estranhos e muitas vezes pelos próprios pais, tios, avós, primos, vizinhos e outros parentes.
O estrago na alma, causado por essa forma de violência, é tão terrível na personalidade do
individuo que deixam feridas profundas, obrigando-as a arrastarem um fardo de desgraças
pelo resto de suas vidas... a não ser, é claro, que sejam alcançadas pela misericórdia de Deus e
possam ser curadas de verdade!
5. DESVIOS SEXUAIS
Os desvios sexuais podem ser resultado de distúrbios psicológicos ou até da atuação de demônios na vida de
uma pessoa. Desvios sexuais doentios, como homossexualismo de qualquer tipo, pederastia ou lesbianismo, não
são erros “da natureza” , ou uma doença, como defendem alguns. Geralmente são conseqüências de uma vida de
pecado e do distanciamento de Deus.
Masoquismo – ato ou sentimento de sentir prazer e alegria com torturas e maus tratos.
Sadismo – ato de ou sentimento de sentir prazer com dor ou sentimentos dos outros.
Homossexuais – Pederastia / Lesbianismo – Envolvimento ou atração anormal por pessoas do mesmo sexo.
Está comprovado cientificamente não ser doença de qualquer natureza, mas uma pecaminosa “opção de vida”.
Pedofilia – atração sexual por crianças. Todo pedófilo é um assassino em potencial.
Bestialismo – atração ou desenvolvimento sexual com animais.
Todas essas formas de distorção e anomalias são terríveis abominação para o Senhor. Veja o que diz a Sua
Palavra sobre isso. (Levítico 18:21-23 e Romanos 1:24-32)
VI – O PROCESSO DA CURA INTERIOR
Jesus veio curar a todos os oprimidos do diabo. Os feridos de almas são curados por Jesus, pelo poder
glorioso do Seu Espírito Santo. O Espírito está sobre ele para curar, como disse Isaias e Ele mesmo confirmou
(Is 61).
Nesse processo de cura interior, que é consciente, devidamente assistida e ajudada por um ministrador
experiente, a pessoa tem o seu passado trazido à tona, avivado à sua memória, pelo Espírito Santo. Uma vez
lembrado o trauma ou a ferida arraigada na alma, a liberação de perdão e a operação do Espírito Santo no intimo
do ser, promove a cura. O apóstolo Paulo usa a expressão “trazer à memória”. É isso que o Espírito faz! E,
trazendo a memória, Ele mesmo opera a cura interior!
A Cura Interior é algo consciente e real! É feita na confiança de que o Senhor traz o passado ao presente! Na
verdade, na concepção de Deus, que é eterno, não existe passado nem presente. O tempo é um continuum uma
eternidade, sempre presente. Esse conceito de tempo ou temporalidade é um conceito meramente humano.
O Senhor vai produzir de forma sensível esse trato e nos curar de toda
doença de nossa alma.
Se a nossa alma for curada por Jesus, todo o nosso ser será beneficiado
(3Jo 1)!
Alegria e Paz são as palavras que descrevem de modo completo os resultados da cura
interior na vida de uma pessoa. Alguns homens e mulheres da Bíblia foram curados por
Deus e sentiram essa paz. Veja estes exemplos e o que aconteceu com cada um deles:
Saulo de Tarso. Este era perseguidor da igreja e matador de inocentes cristãos. Ao ser
curado por Jesus, foi transformado no apóstolo das gentes, num destemido defensor do
Evangelho. Eis o que ele escreve depois de curado:”...e a PAZ de Deus, que excede a todo
entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo” – (Fp 4:7).
A mulher apanhada em pleno ato de adultério é outro exemplo. Sua vida foi exposta de
forma humilhante e vergonhosa, mas Jesus não a condenou. Ele deu a ela uma nova chance,
concedendo-lhe perdão e PAZ. Veja o que Ele disse a ela: “eu não te condeno; mas, vai e
não peques mais”(Jo 8:11).