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CONFERÊNCIA DE MEDELLIN

26 de agosto – 07 de setembro de 1968


RESUMO

1.Linhas gerais da situação na AL.


2. Fundamentação teológica e pastoral.
3. Recomendações.
4. Cristo Liturgo (11,13).
5. Expressão escatológica (8,4).
6. Liturgia e expressão comunitária.
7. Amor a Deus e ao próximo (7,15).
8. Dimensão social (2,24).
9, Leigos e liturgia (10,1).
10. Atividade temporal e liturgia (11,18).
11. Sensus Fidei e liturgia (13,10).
12. Dificuldades (7,12).
13. Liturgia e arte (7,17).
1 – Linhas gerais da situação...

 Verifica-se a pluralidade de situações na


renovação litúrgica.
 Falta, sobre o conteúdo da reforma, uma
mentalização que é especialmente importante
para o clero, cujo papel na renovação litúrgica é
básico.
 Além disso, deve-se reconhecer que a
variedade de culturas apresenta difíceis
problemas de aplicação (línguas, sinais).
1 – Linhas gerais da situação...

 Tem-se a impressão de que o Bispo nem


sempre exerce de modo eficaz seu papel de
liturgo, promotor, regulador e orientador.
 Embora as traduções litúrgicas signifiquem um

passo à frente, os critérios seguidos para as


mesmas não permitiram chegar ao grau de
adaptação necessário.
 A liturgia não está integrada organicamente na

educação religiosa, faltando a mútua


compenetração
2 – Fundamentação teológica e pastoral.

ELEMENTOS DOUTRINAIS
♦ A presença do mistério da salvação, enquanto a
humanidade peregrina até sua plena realização na
parusia do Senhor, culmina na celebração da liturgia
eclesial.

♦ A liturgia é ação de Cristo Cabeça e de seu Corpo que é


a Igreja. Contém, portanto, a iniciativa salvadora que
vem do Pai pelo Verbo e no Espírito Santo, e a resposta
da humanidade.
2 – Fundamentação teológica e pastoral.

♦ Uma vez que não vivemos ainda na plenitude do


Reino, toda celebração litúrgica está
essencialmente marcada pela tensão entre o que já
é uma realidade e o que ainda não se verifica
plenamente; é imagem da Igreja, ao mesmo tempo
santa e necessitada de renovação.
♦ A liturgia, momento em que a Igreja é mais
perfeitamente ela mesma, realiza,
indissoluvelmente unidas, a comunhão com Deus e
entre os homens.
2 – Fundamentação teológica e pastoral.

♦ Se, antes de tudo, procura o louvor da glória da graça,


também está consciente de que todos os homens
precisam da glória de Deus para serem
verdadeiramente homens. O gesto litúrgico não é
autêntico se não implica um compromisso de caridade.
♦ A instituição divina da liturgia jamais pode ser
considerada como um adorno contingente da vida
eclesial, visto que nenhuma comunidade cristã se
edifica sem ter sua raiz e centro na celebração da
Eucaristia por onde deve ser iniciada toda educação do
espírito de comunidade.
2 – Linhas gerais... Princípios pastorais.

◥ No momento atual de nosso continente, certos


estados ou momentos da vida e certas atividades
humanas têm uma importância vital para o futuro.

◥ Entre os primeiros, cumpre destacar a família, a


juventude, a vida religiosa e o sacerdócio; entre as
segundas, a promoção humana e tudo que está ou
pode ser posto a seu serviço: a educação, a
evangelização e as diversas formas de ação
apostólica.
2 – Linhas gerais... Princípios pastorais.

◥ Sendo a sagrada liturgia a presença do


Mistério da Salvação, visa em primeiro lugar à
glória do Pai.

◥ Essa mesma glória, porém, comunica-se aos


homens e por esse motivo a celebração
litúrgica, por meio do conjunto de sinais com
que expressa a fé, traz:
2 – Linhas gerais... Princípios pastorais.

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a) Conhecimento e vivência mais profunda da fé;


b) Sentido da transcendência da vocação
humana;
c) Revigoramento do espírito de comunidade;
d) Mensagem cristã de alegria e esperança;
e) Dimensão missionária da vida eclesial”;
f) Fé comprometida com as realidades humanas.
2 – Linhas gerais... Princípios pastorais.

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Para isso é necessário:


► Uma catequese prévia sobre o mistério cristão
e sua expressão litúrgica;
► Adaptar-se ao gênio das diversas culturas e
encarnar-se nele;
► Acolher a pluralidade na unidade;
► Valorizar o que houver de bom na humanidade;
► Promover a união entre a fé, a liturgia e a vida
cotidiana.
3 – Recomendações.

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1.Aos bispos.

2. Às Conferências Episcopais.

3. Ao Celam.
3. Sugestões particulares.

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◥ Celebrações em pequenos grupos e nas Cebs.


◥ Intensificar a pastoral sacramental.
◥ Fomentar as celebrações da Palavra.
◥ Revalorizar as devoções populares.
4 – Cristo Liturgo

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Em seu sacerdócio Cristo unificou a tríplice


função de Profeta, Liturgo e Pastor,
estabelecendo assim uma peculiar
originalidade no ministério sacerdotal de
sua Igreja.
5 – Expressão escatológica

15

Ao apresentar sua Mensagem renovada, a


catequese deve manifestar a unidade do
plano de Deus.
6 – Vida litúrgica e formação da comunidade.

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Procurar a formação
das comunidades eclesiais nas paróquias,
especialmente rurais
ou de marginalizados urbanos.
7 – O amor a Deus e ao próximo.

17

Procure-se que os sacramentos e a vida litúrgica,


na base de uma relação pessoal com Deus e a
comunidade, adquiram sentido de apoio e
desenvolvimento, no amor de Deus e do
próximo, como expressão da comunidade
cristã.
8 – Dimensão social.

18

Fazer com que nossa pregação, catequese


e liturgia tenham em conta a dimensão
social e comunitária do cristianismo
formando homens comprometidos na
construção de um mundo de paz.
9 – Leigos e liturgia.

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Que se fomente uma genuína espiritualidade dos


leigos a partir de sua própria experiência de
compromisso no mundo, ajudando-os a se
entregarem a seu Deus no serviço aos homens
e ensinando-lhes a descobrir o sentido da
oração e da liturgia como expressão e alimento
dessa dupla e recíproca entrega.
10 – Atividade temporal e liturgia.

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O mundo latino-americano se encontra


empenhado num gigantesco esforço para
acelerar o processo de desenvolvimento
do Continente. Cabe ao sacerdote nesta
tarefa um papel específico e
indispensável. Não é mero promotor do
progresso humano.
10 – Atividade temporal e liturgia.

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Descobrindo o sentido dos valores


temporais, deverá procurar conseguir,
“unindo os esforços humanos,
domésticos, profissionais, científicos e
técnicos, uma síntese vital com os valores
religiosos, sob cuja soberana direção
todas as coisas são coordenadas para a
glória de Deus”.
11 – Senus Fidei e liturgia.

22

Exige-se do sacerdote de hoje que saiba


interpretar habitualmente, à luz da fé, situações
e exigências da comunidade. Esta tarefa
profética, por um lado, exige a capacidade de
compreender, com a ajuda do laicato, a
realidade humana; e por outro, como carisma
específico do sacerdote em união com o bispo,
saber julgar as realidades que estão em
conexão com o plano salvífico.
12 – Dificuldades.

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Os revolucionários tendem, unilateralmente,


a identificar a fé. Dentro desses grupos
verifica-se com mais frequência uma real
crise de fé.
13 – Liturgia e arte.

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◥ O importante papel que os artistas e


homens de letras desempenham.

◥ A Igreja deverá revestir um caráter de


diálogo, alheio a toda preocupação
moralizante ou confessional, respeitando
a liberdade criadora, sem detrimento da
responsabilidade moral.
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◥ A Igreja latino-americana deve dar aos


artistas e homens de letras o seu devido
lugar, recorrendo a seu concurso para a
expressão estética da palavra litúrgica, da
música sacra e dos lugares de culto.
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