O documento discute os termos relacionados à adoração na Bíblia, incluindo "adorar", "culto", "liturgia" e "serviço". Embora esses termos sejam frequentemente usados como sinônimos no senso comum, a Bíblia os usa com significados mais específicos relacionados à submissão e serviço a Deus.
Original Description:
Trata-se da lição de número 9 da revista do 1º trimestre da EBD. Aborda sobre o contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança, um assunto bíblico bastante enriquec.edor
O documento discute os termos relacionados à adoração na Bíblia, incluindo "adorar", "culto", "liturgia" e "serviço". Embora esses termos sejam frequentemente usados como sinônimos no senso comum, a Bíblia os usa com significados mais específicos relacionados à submissão e serviço a Deus.
O documento discute os termos relacionados à adoração na Bíblia, incluindo "adorar", "culto", "liturgia" e "serviço". Embora esses termos sejam frequentemente usados como sinônimos no senso comum, a Bíblia os usa com significados mais específicos relacionados à submissão e serviço a Deus.
Quais são as palavras correlacionadas a ela no sentido bíblico? O Novo Dicionário Aurélio – Século XXI, 1999, traz as seguintes definições: Adorarv.t. 1. render culto a (divindade). 2. Amar extremosamente. No mesmo dicionário, a definição de culto, é: Culto sm.1. Adorar ou homenagear a divindade em qualquer de suas formas e em qualquer religião. 2. Modo de exteriorizar o culto, ritual. 3. Veneração, preito. A acepção encontrada nos dicionários traz por certo que adora e cultuar são, de alguma forma, sinônimos. É claro que essas definições apenas mostram que os termos se misturam e que se igualam a ideia do senso comum, “adorar a Deus é prestar-lhe culto”. Entretanto os termos são mais complexos e exigem maior reflexão. No Novo Testamento uma das palavras que foi traduzida por adorar significa render-se. O termo προσκυνεῖν e suas cognatas aparecem quase 60 vezes, sempre com o sentido de submissão. O termo, em sua etimologia, tem o sentido de “beijar os pés” ou prostrar-se diante de alguém superior, submeter-se, colocar-se a disposição de outro. Na LXX (versão grega do A.T.), o termo προσκυνεῖν e suas variantes aparecem em quase 300 passagens, sempre na tradução de vocábulos hebraico que também transmitiam o mesmo conceito de submissão ou rendição. Existem na Bíblia mais de 5 mil termos associados a algum serviço religioso, culto ou celebração, com certeza sinalizando, dentre outras coisas, a importância bíblica dada à temática culto/adoração. Isso mostra que os autores entendiam a adoração em associações a outros termos que são válidos e imprescindíveis para uma compreensão bíblica verdadeira. Em uma dessas associações terminológicas, adorar está ligado ao servir ou serviço, (λατρείαν), que quando juntada ao vocábulo culto (vide definições aurelianas acima) que vem do latim, cultus, dá sentido a comentar primeiramente o termo λειτουργίας, de que origina o vocábulo liturgia, antes de tratar propriamente da λατρείαν (serviço). Composta de duas palavras gregas, “povo” (λαῶν) e “trabalho” (ἔργον), λειτουργίας, que significava originalmente pagar sozinho as despesas de um trabalho público, cerimônia ou benfeitoria, voluntariamente ou por obrigação. Passou do uso secular para o religioso, de modo que os eruditos da LXX usaram cerca de 50 vezes o termo ou suas variantes para traduzir os vocábulos hebraicos como (avodah) e (polchan) ligados ao ministério sagrado dos sacerdotes (Ex 38,19, Nm 4;24, I Cr 6;48) de aspergir sangue na tenda e nos utensílios do Templo e o oferecimento diário de sacrifícios, “exercer o serviço” (λειτουργὸν) sacerdotal. Entretanto a palavra liturgia, no contexto atual, traz apenas a ideia de cerimônia ou organização cúltica, um cronograma religioso. Na verdade o termo está destituído de seu verdadeiro sentido. No N.T. o apóstolo Paulo usa naturalmente o termo λειτουργὸν para descrever-se com ministro de Cristo, missionário aos gentios (Rm 15.16). Os líderes da igreja de Antioquia adoravam (λειτουργούντων) ao Senhor (At 13.2) por intermédio de oração, jejum e no ensino à igreja. A ajuda aos carentes da igreja de Jerusalém é chamada de λειτουργίας (II Co 9.12). O sacro ofício de Jesus Cristo é um ministério superior (λειτουργίας) (Hb 8.6). É correto afirmar que os cristãos cumprem uma “liturgia” quando trabalham pelo bem de seus irmãos, a exemplo de Cristo (Jo 3;4 a 14). O N.T. mostra, em diversos textos, que adoração genuína é “trabalhar” para Deus (At 13), consequentemente trabalhar para a Igreja. Já o termo λατρείαν surge de λατρων (ordenado) no grego secular foi usado para indicar um trabalho pago e, mais tarde, um trabalho não pago, ou escravo. Acrescentando ao conceito de adoração a ideia de uma relação serviçal entre o homem e divindade. Esse termo, reconhecido facilmente no vocábulo “idolatria” (serviço, devoção ou culto a um ídolo), em Atos 7;42, foi utilizado para descrever a atitude de certos israelitas rebeldes que cultuaram (λατρεύειν) anjos e (presumidos) seres celestiais. Uma outra utilização é do apostolo Paulo que afirma ser os demônios que dão realidade ao culto (λατρεύειν) a ídolos (I Co 10.20), e que Deus revela Sua ira contra todos os que idolatram a criatura (Rm 1.25). O termo também é empregado em contextos positivos. Paulo utiliza-se de λατρείαν, “culto”, para a ideia de serviço santo e agradável (Rm 12;1), vemos o termo ser usado na passagem onde a profetisa Ana servia (λατρεύουσα) ao Senhor no Templo, numa adoração de jejuns e orações (Lc 2.37), bem como em Hebreus 8;5, 9;9, 10;2, 13;10, se referindo ao culto judaico no Templo. No evangelho segundo Mateus, Jesus, também usa o termo λατρείαν para responder ao diabo (4;10) afirmando que somente Deus era digno desse serviço. Em Apocalipse, o apóstolo João descreve uma multidão que serve ou adora a Deus (λατρεύουσιν) incessantemente (Ap 7;15). A λειτουργίας [1], em que Jesus se ofereceu foi para que os adoradores tivessem consciências limpas para poder servir (λατρεύειν) ao Deus vivo (Hb 9;14). No V.T. especialmente em Êxodo, Deuteronômio, Josué e Juízes o termo foi empregado com freqüência (90 vezes) na LXX sempre com a ideia de cultuar e de adorar a Deus (Ex 4;23, 8;1,20, 9;1, Ez 20;32, etc). Outro conceito utilizado no grego bíblico, vinculado ao assunto é o σεβείας (reverenciar). O vocábulo consta em 25 passagens e no original transmite a ideia de um homem religioso devotado a seus deuses que faz tudo para evita o azar, identificado com desfavorecimento ou castigo da parte de um deus (At 17). É a obediência a divindade pelo temor, respeito pela sua autoridade. Mateus e Marcos citam a versão grega (LXX) de Isaías 29;13: “Em vão me adoram (σέβονταί), ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt 15;9; Mc 7;7). Em Romanos 1;25, aparecem paralelamente os termos ἐσεβάσθησαν e ἐλάτρευσαν para apontar a religiosidade dos pagãos, “adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador”. No evangelho segundo João, lê-se; Deus não atende a pecadores, mas pelo contrário se alguém teme a Deus (θεοσεβὴς) e pratica sua vontade, a este atende (Jo 9;31). Resumindo.... De fato, as ideias associadas aos termos adoração e culto, estão mais ligadas ao estado em que adorador se apresenta a Deus do que onde e quando ele apresenta ao Senhor. Embora no vernáculo os termos adoração, culto, liturgia, serviço religioso, reverência e religião, acabaram se misturando e no senso comum eles são considerados sinônimos, é correto afirmar que a cerne da ideia religiosa de reverência cúltica biblicamente estabelecida (lê-se adoração bíblica) é apropriadamente ligada a uma relação de escravo e senhor, essa relação é bastante significativa para definir a adoração que devemos prestar a Deus. Submissão e serventia são as definições mais acertadas para a adoração. Composta de: Ofertas Festividades Serviços no santuários Ofertas O termo “oferta” (heb. Corban) é cognanto do verbo que significa aproximar-se”. Portanto, o sacrifício era uma dadiva que o israelita fiel trazia a Deus a fim de poder aproximar-se dEle e desfrutar da sua comunhão e benção (Sl 73.28) Tipos de Ofertas: Oferta de Holocaustos: O Holocausto
O holocausto era um sacrifício que estava completamente queimado. Nada dele
era comido, e então o fogo consumia o sacrifício inteiro. É importante notar que o fogo jamais se apagava:
Lev 6:13 O "fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.“
O adorador israelita trazia um animal masculino (um touro, cordeiro, cabra, pombo, ou rola, que dependem da riqueza do adorador) para a porta do tabernáculo. O animal devia ser sem defeito. O adorador então colocava as mãos dele na cabeça do animal, e em consciência que este animal inocente estava sendo reputado por pecador, ele buscaria o Senhor para perdão, e então mataria o animal imediatamente. A oferta queimada era realizada para reconciliação dos pecados do povo contra o Senhor, que os separavam de Deus, e era uma oferta de dedicação contínua de suas vidas ao Senhor. Oferta de paz (pacífica): A oferta pacífica era uma comida que foi dada pelo Senhor, aos sacerdotes, e às vezes ao cidadão comum. O adorador trazia bois ou vacas, ovelhas, ou uma cabra. O ritual foi comparado com o das ofertas queimadas, até ao ponto de queimar, onde o sangue de animais era vertido ao redor das extremidades do altar. Foram queimadas a gordura e as entranhas, e o restante era comido pelos sacerdotes, e, (se fosse uma oferta expontânea) pelos adoradores. Este sacrifício de louvor e ação de graças era quase sempre, um ato voluntário. A Oferta de Manjares (ou Oblações) Os Israelitas ofereciam manjares (cereais) ou legumes além dos animais. LevÍtico capítulo 2 menciona 4 tipos de ofertas de cereal, e dá instruções de preparo para cada uma. O pecador poderia oferecer massa de farinha de trigo assada em um forno, cozida em uma forma, frita em uma panela, ou amassada para fazer pão (como na oferta das primeiras frutas). Todas as ofertas de manjares eram feitas com óleo e sal e nenhum mel e fermento seria usado (óleo e sal preservaram, enquanto o mel e fermento deteriorariam). O adorador também traria uma porção de incenso (puro incenso).
As ofertas de manjares eram trazidos a um dos sacerdotes que levaram
isto ao altar e lançaram uma "porção memorial" ao fogo e fazia o mesmo com o incenso. O sacerdote comia o restante, a menos que ele mesmo estivesse trazendo a comida como oferta, e ele queimaria ela por inteiro.
O propósito da oferta de manjares era um oferecimento de presentes, e
fala de uma vida que é dedicada a dar, e à generosidade. A Oferta pelo Pecado As Ofertas pelo pecado expiavam, (liquidavam a dívida por completo) das fraquezas e fracassos não intencionais dos adoradores e fracassos diante do Senhor. Os pecados do sumo sacerdote requeriam o oferecimento de um touro, e o sangue não era vertido no altar mas aspergido do dedo do sumo sacerdote 7 vezes no altar. Então a gordura era queimada, e o restante era queimado (nunca comido) fora do arraial "em um lugar limpo" onde o sacrifício era feito e as cinzas se despejavam. Os pecados dos líderes requeriam o oferecimento de um bode. O sangue era aspergido somente uma vez, e o restante era vertido ao redor do altar como com o oferecimento queimado.
Os pecados do povo requeriam animais fêmeas, cabras, cordeiros, rolas, ou pombos e
no caso de ser muito pobre, um oferecimento de grãos era aceitável só como um oferecimento de manjares.
Os pecados não intencionais eram difíceis identificar e poderiam acontecer a qualquer
hora, e então os sacerdotes trabalhavam de perto como mediadores com Deus e o povo, e instruíam as pessoas sobre como eles buscariam ao Senhor. No caso de qualquer pecado cuja oferta não foi trazida diante do Senhor, havia ofertas para a nação e para o sumo sacerdote que os cobriam de um modo coletivo. No Dia da Expiação (Yom Kippur) o sumo sacerdote aspergia sangue no propiciatório para os seus próprios pecados e pelos pecados da nação. As Ofertas pela Culpa A Oferta pela culpa era bem parecida com a oferta pelo pecado, mas a diferença principal era que a oferta pela culpa era uma oferta em dinheiro para pecados de ignorância relacionados à fraude. Por exemplo, se alguém enganasse sem querer a outro por dinheiro ou propriedade, o sacrifício dele devia era ser igual à quantia levada, mais um quinto para o sacerdote e para o ofendido. Então ele reembolsou a quantia levada mais 40%. Funções Sacerdotais no tabernáculo Os sacerdotes tinham uma série de obrigações. Entre elas estavam: Manter aceso o candelabro; Oferecer incensário todos os dias Trocar semanalmente os pães da proposição; Oferecer sacrifícios continuamente por si e pelo povo;