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O GOLPE MILITAR DE

28 DE MAIO DE 1926
Razões do golpe militar
Descontentamento social, devido à falta de alimentos e aos
salários baixos.

Aumento da dívida de Portugal a outros países.

Instabilidade governativa, mudando constantemente de Governo,


devido aos desentendimentos entre os partidos políticos.
O golpe militar
Em 28 de Maio de 1926, um grupo de militares, comandados pelo General
Gomes da Costa, partiu de Braga e dirigiu-se a Lisboa.
Pelo caminho, outras tropas foram-se-lhe juntando.

Os militares encerraram o Parlamento, suspenderam a Constituição e


entregaram a chefia do governo a um militar.

Começou assim uma ditadura militar, pois não se realizavam eleições e


os governos eram escolhidos pelos militares.
O equilíbrio das finanças.
Em 1928 realizaram-se eleições
para a Presidência da República
e foi eleito para o cargo o
único candidato,
o General Óscar Carmona. Presidente da República:
General Óscar Carmona

Ao ser constituído o novo governo


foi convidado para
Ministro das Finanças o
Dr. António Oliveira Salazar.

Ministro das Finanças:


Dr. António Oliveira Salazar
O equilíbrio das finanças.
Salazar aceitou o cargo,
reduzindo as despesas do Estado e
aumentando os impostos, o que
lhe permitiu terminar o seu primeiro
ano de governo com um saldo
financeiro positivo.
Orçamento de 1928-1929
(em milhares de contos)
Receitas Despesas Saldo

2175 1900 +275 Chegada de Salazar ao palácio de


S. Bento para “tomar conta” do
governo português.
SALAZAR E O ESTADO NOVO
A acção positiva de Salazar
Salazar, ao começar a resolver os problemas financeiros
do país, ganhou fama e foi nomeado, em 1932,
Presidente do Ministério (chefe do governo),
cargo que ocupou até 1968.

Ao centro, o marechal
Óscar Carmona.
Ao seu lado direito, o
chefe do Governo,
Salazar.
A acção positiva de Salazar
O equilíbrio das finanças permitiu a construção de
Grandes Obras Públicas:

Construiu-se a ponte da Arrábida


(1963), sobre o rio Douro. E a ponte Salazar (1966), sobre o rio
Tejo, a maior ponte suspensa da Europa.
A acção positiva de Salazar
Grandes Obras Públicas

A rede de estradas cresceu.


A acção positiva de Salazar
Construíram-se

estádios
barragens

escolas
A acção positiva de Salazar

Alargaram-se as
docas e o cais
dos portos de
Lisboa e Leixões.

Construíram-se aeroportos
Aeroporto de Pedras Rubras, no
em Lisboa e Porto.
Porto.
A acção positiva de Salazar
Grandes Obras Públicas

TRIBUNAIS

EDIFÍCIOS DE CORREIOS

QUARTÉIS

HOSPITAIS
A emigração
No entanto, todas as obras realizadas não foram suficientes
para transformar Portugal num país moderno e
desenvolvido.

Nas cidades e no campo o


desemprego mantinha-se.
Muitos portugueses
emigraram, principalmente
para França e Alemanha.
A DITADURA

DE SALAZAR
Uma nova constituição
Em 1933, Salazar fez aprovar
uma nova Constituição, em
que pôs fim à ditadura militar
e criou o Estado Novo.

O seu governo continuou a ser


uma ditadura, pois concentrou
em si todos os poderes e não
respeitou os direitos e a
liberdade dos cidadãos.
Falta de direitos e de liberdade
Os trabalhadores não tinham o direito
de fazer greve.

Marinha Grande, 1934 -


Tropas do governo ocupam a
Marinha Grande, durante a
Barreiro,1942 - Mulheres e
greve dos operários.
filhos de operários em greve
44 operários foram
fogem à polícia.
condenados a penas que
chegaram aos 20 anos de
prisão.
Um partido único
Todos os
partidos
políticos
foram
proibidos,
excepto o
que era
controlado
pelo
próprio
Governo, a
União
Nacional.
A Censura

A Censura foi um serviço criado pelo Estado


Novo para fiscalizar livros, jornais e espectáculos,
evitando que se criticasse o Estado.
A P.I.D.E. (polícia política do Estado)

Foi criada para


perseguir,
prender e
torturar todos
aqueles que
eram contra as
ideias e ordens
do Governo.
A propaganda política
As ideias do Governo eram
ensinadas na escola.
A propaganda política
Cartazes espalhados por
todo o país davam a
conhecer as grandes
obras.
A OPOSIÇÃO AO

ESTADO NOVO
A Oposição ao Estado Novo organizou-se em
segredo e clandestinamente.
Em todos os períodos eleitorais, a Oposição
aparecia a candidatar-se.
Mas como os cadernos eleitorais eram
alterados e a contagem de votos não era
controlada pela Oposição, ganhavam sempre
os candidatos do Governo.
Nas eleições presidenciais de 1958,
o general Humberto Delgado
teve um grande apoio popular.
Contudo, só lhe foi reconhecido 1/4
do total dos votos, sendo eleito
o almirante Américo Tomás.
Foi nesta altura que apareceram
as “baladas de intervenção”.
Os poemas destas canções
transmitiam, de uma forma
escondida, o desagrado e o
protesto pela situação política
que se vivia.
Zeca Afonso

Na década de 1960, o regime


de Salazar
também teve de enfrentar
greves e manifestações de
estudantes
contra a falta de liberdade.
A guerra
colonial

A partir do fim da 2ª Guerra Mundial, vários países


europeus deram a independência às suas colónias,
mas Portugal recusou-se sempre.
Em 1961 os territórios de Goa, Damão e Diu, na Índia,
foram invadidos e tomados à força pela União Indiana.
Na África portuguesa começam a organizar-se
movimentos de luta pela independência, iniciando-se
uma guerra em Angola, Guiné e Moçambique entre
estes movimentos e os soldados portugueses.
O fim da ditadura

Só em 25 de Abril de 1974
se reuniram as condições
que conduziram ao
fim do Estado Novo.

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