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Desgaste por

impacto
ANDRÉ LOHAN MOTA OLIVEIRA
THAYANE SILVA CORRENTE
Desgaste por impacto
Dois tipos:
Desgaste erosivo(erosive wear);
Desgaste por impacto repetitivo(percussive wear);

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Desgaste erosivo
A erosão de partículas sólidas ocorre por impacto de partículas sólidas
nas superfícies;

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Desgaste erosivo
Esta é uma forma de abrasão que é geralmente tratada de forma
diferente;
A velocidade da partícula e ângulo de impacto combinado com o
tamanho do abrasivo dar uma medida da energia cinética das partículas
colididas;

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Desgaste erosivo
Ocorre por deformação plástica e/ou fratura frágil;

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Desgaste erosivo

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Desgaste erosivo
Dois mecanismos básicos de erosão foram observados em materiais
dúcteis (Bellmane Levy, 1981; Soderberg et al., 1983).

Erosão por corte(cutting);


Erosão por deformação(ploughing);

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Desgaste erosivo
Erosão por corte(cutting):
É similar ao desgaste abrasivo;

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Desgaste erosivo
Erosão por deformação:
Fragmentação da superfície devido a vários impactos formando
entalhes.

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Desgaste erosivo
Observações:
Os mecanismos de erosão em múltiplos impactos são fortemente
dependentes do ângulo de impacto.
Dureza superficial e ductilidade são as propriedades mais importantes
para a resistência à erosão de corte e deformação, respectivamente.

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Desgaste erosivo

micrografia SEM de aço inoxidável 303 (microdureza de 320 kg / mm2)


corroída pelo jateamento de areia.
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Desgaste erosivo
A erosão de partículas sólidas está em:
◦ Máquinas com partículas de areia contida no gás desgastando as pás de
turbinas;
◦ Hélices de helicópteros e aviões;
◦ Para-brisas de aviões;
◦ Bico de jateamento de areia;
◦ Turbinas de carvão;
◦ Turbinas hidráulicas;
◦ Bombas centrífugas usadas para lama de carvão desgastando as tubulações.

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Equacionamento
Considerações:
Analisaremos uma única partícula dura, com uma constante de pressão
referente a dureza (H), que atinge uma superfície mais macia em
incidência normal;
Erosão envolvendo deformação plástica;

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Equacionamento

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Equacionamento
A equação de movimento da partícula é dada como:

Onde:
◦ A (x): Área da seção transversal a impressão de recuo;
◦ dm: Diferencial de massa;

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Equacionamento
Se a partícula parar em uma profundidade d após o tempo t0, o
trabalho feito pela força de retardamento é igual à energia cinética
inicial da partícula.

Ou:

Onde:
◦ V: Velocidade inicial;
◦ dv: Volume de material deslocado do recuo.

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Equacionamento
Como o material deformado no instante final não acaba com os
resíduos de deformação então introduz um termo k.

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Equacionamento
A equação do desgaste por erosão é normalmente escrita em termos de
razão de erosão (E), sendo adimensional. A massa do material removido
é dividido pela massa das partículas atingidas na superfície.

Onde:
◦ ρ: Densidade do material que está sendo desgastado.

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Equacionamento
Considerações finais do equacionamento:

• O volume de desgaste erosivo é inversamente proporcional à dureza;


• A derivação da equação é baseada em um modelo simples onde não inclui o
efeito do ângulo de impacto e a forma e tamanho das partículas;
• O k depende do ângulo de impacto e da forma e tamanho das partículas. O
valor de k normalmente varia de a ;
• A taxa de desgaste por erosão por fratura frágil depende, além disso, da
tenacidade à fratura do material sendo desgastado (Hutchings, 1992).

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Desgaste erosivo – Evidência
experimental
A erosão de metais puros mostra uma forte sensibilidade à velocidade
de impacto das partículas e a dureza de metais. A erosão está
relacionada à velocidade da partícula por E ∝ Vn, onde n varia entre 2.3
e 3.

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Relação de erosão do cobre em função da velocidade de impacto para dois ângulos de impacto
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Desgaste erosivo – Erosão por
impacto líquido
•Altas velocidades resultam em altas pressões que excedem o
escoamento dos materiais;
•Resultam em deformação plástica;
•Impactos repetidos levam a corrosão e ao desgaste erosivo;
•Na maioria dos casos a velocidade e o ataque são tais que é improvável
que aja um mecanismo erosivo de impacto líquido puro, e um
mecanismo de erosão-corrosão faz mais dano;
•Exemplos: erosão por umidade em pás de turbina a vapor de baixa
pressão operando com vapor úmido, erosão de chuva em aeronaves ou
superfícies de mísseis e rotores de helicópteros, tubulações de usinas
nucleares, e trocadores de calor.

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Desgaste erosivo – Erosão por
cavitação
•Nucleação, crescimento e colapso violento de cavidades ou bolhas em
um líquido;
•Fluido e sólido em movimento relativo;
•Bolhas se tornam instáveis e implodem na superfície do sólido;
•O sólido absorve energia desse impacto como deformação elástica,
plástica ou fratura, causando deformação localizada ou erosão da
superfície sólida;
•O dano causado por este processo é encontrado em componentes
como hélices de navios e bombas centrífugas.
•A cavitação pode ocorrer em qualquer líquido em que a pressão varia,
ou devido a vibrações do sistema;

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Desgaste erosivo – Erosão por
cavitação
•Se durante o fluxo a pressão cair abaixo da pressão de vapor do líquido,
as cavidades podem ser nucleadas, formando bolhas que serão
transportadas com o fluxo. Quando ela alcança a pressão do entorno, as
bolhas se tornam instáveis e implodem;
•A estabilidade do uma bolha é dependente da diferença de pressão
entre o interior e o exterior do bolha e a energia superficial da bolha;
•O dano causado vai ser uma função da pressão produzida e da energia
liberada pelo colapso da bolha com a superfície do sólido;
•A redução da tensão superficial do líquido reduz o dano, assim como o
aumento da pressão de vapor;
•Materiais resistentes ao desgaste por fadiga (duros mas não
quebradiços) são resistentes a cavitação.

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Desgaste Percussivo
Desgaste repetitivo de corpo sólido;
Combina os seguintes mecanismos: adesivo, abrasivo, fadiga superficial,
fratura, e desgaste triboquímico.

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Desgaste percussivo
Força de impacto de Hertz:
𝜋𝑡
𝐹 𝑡 = 𝐹0 sin
𝑡𝑖

Força de pico:
1 2/5
5 4𝐸
𝐹0 = 𝑚𝑉 2 𝑅 2
3 3 1−𝑣 2

Equação do movimento tangencial:


𝑡
𝑚𝑥ሶ = 𝜇 ‫׬‬0 𝐹 𝑡 𝑑𝑡 , 0 ≤ 𝑡 ≤ 𝑡𝑠

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Desgaste percussivo

Força de impacto do
cliclo.

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Desgaste percussivo
Tempo de escorregamento:
𝑡𝑖
𝑡𝑠 = cos −1 (1 − 𝑆)
𝜋

Onde o fator de deslizamento é:


𝜋𝑚𝑢
𝑆=
𝜇𝐹0 𝑡𝑖

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Desgaste percussivo
Alguns comentários:
•O desgaste por impacto é proporcional ao fator de escorregamento;
•O impacto pode produzir fratura e a repetição deles fratura superficial
por fadiga;
•Para materiais com alta tenacidade, a contribuição devido a fadiga
superficial é insignificante;
•Impacto composto dá origem ao desgaste adesivo ou abrasivo
dependendo do material.

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Desgaste percussivo
O volume desgastado em relação a distância percorrida no tempo ts é:
𝑑𝑣 𝑡 𝑘𝐹 𝑡
=
𝑑𝑥 𝑡 𝐻

Onde k é o coeficiente do desgaste abrasivo e H é a dureza da cabeça de


impressão.

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Desgaste percussivo
O volume total de desgaste por ciclo de impacto é:
𝑡 𝑘 𝑘𝑢𝑡𝑖 𝐹0 𝑆
𝜐 = ‫׬‬0 𝑠 𝐹 𝑡 𝑑𝑥 𝑡 = ,0 ≤𝑆≤2
𝐻 2𝜋𝐻
𝑘𝑚𝑉 2 2𝑘𝑢𝑡𝑖 𝐹0 1
= = 1− ,𝑆 ≥ 2
2𝜇𝐻 𝜋𝐻 𝑆

Uma vez determinado o volume de desgaste por ciclo, o desgaste total


após N ciclos pode ser previsto multiplicando o desgaste da unidade por
N ciclos.

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