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INTERAÇÕES ALÉLICAS E NÃO

ALÉLICAS OU GÊNICAS
INTERAÇÕES ALÉLICAS

Tipos: Identificação:
Dominância completa; Consiste em comparar o
fenótipo do heterozigoto
Dominância incompleta;
com o fenótipo dos
Codominância; homozigotos
Sobredominância;
Alelos Letais.
INTERAÇÕES ALÉLICAS E NÃO
ALÉLICAS OU GÊNICAS
Profa. Dra. Bárbara Dantas Fontes Soares

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia -


UESB
INTERAÇÕES ALÉLICAS
1. Dominância Completa - 3:1
Textura da semente
milho

 O alelo dominante
impede a expressão do
alelo recessivo

3/4 1/4
INTERAÇÕES ALÉLICAS
1. Dominância Completa

Explicação Bioquímica:

 No heterozigoto o alelo dominante produz uma quantidade


suficiente de enzima, necessária para que seja produzida uma
quantidade de produto final, pela via metabólica, igual à
produzida pelo indivíduo homozigoto para o alelo dominante.
INTERAÇÕES ALÉLICAS
2. Dominância Incompleta

Exemplos:

1. Forma da raiz de rabanete;


2. Cor da flor em Mirabilis jalapa;
3. Cor da flor em boca-de-leão.
INTERAÇÕES ALÉLICAS
2. Dominância Incompleta – 1:2:1
Ex: Forma da raiz de rabanete
P r1r1 r2r2 O fenótipo do
Genótipos: (raiz X (raiz heterozigoto é
Fenótipos: longa) esférica) intermediário
F1 r1r2 aos fenótipos do
Genótipos: (raiz oval)
homozigotos,
tornando
Fenótipos:
possível a
F2 ¼ r1r1 2/4 r1r2 ¼ r2r2 identificação de
Genótipos: (raiz (raiz oval) (raiz qualquer
Fenótipos: longa) esférica) genótipo a partir
do fenótipo.
INTERAÇÕES ALÉLICAS
2.Dominância Incompleta
Ex 2: Cor da flor em Mirabilis jalapa
Ex 3:COR DA FLOR DA PLANTA
BOCA-DE-LEÃO
INTERAÇÕES ALÉLICAS
2. Dominância Incompleta

Explicação Bioquímica:

 O alelo que codifica a enzima funcional, a produz em


pequena quantidade. Desta forma, no heterozigoto a
quantidade de produto final da via metabólica é menor do
que no homozigoto e, em consequência, a expressão do
heterozigoto é intermediária.
INTERAÇÕES ALÉLICAS
3. Codominância
Na codominância o indivíduo heterozigoto expressa os
dois fenótipos paternos simultaneamente.

Exemplos:
1. Resistência do linho às duas raças de ferrugem
2. Cor da pelagem de bovinos da raça Shorthorn
 Heterozigotos expressam os dois fenótipos simultaneamente
INTERAÇÕES ALÉLICAS
 Exemplos:
1. Resistência do linho às duas raças de ferrugem
P M1M1 X M2M2
Genótipos: (resistência à raça 1) (resistência à raça
Fenótipos: 2)
F1 M1M2
Genótipos: (resistência à raça 1 e 2)
Fenótipos:
F2 1 2 1
Genótipos: M1M1 M1M2 M2M2
Fenótipos: (resistência à raça 1) (resistência à raça 1 e 2) (resistência à raça
2)
Num campo onde ocorrem as duas raças somente o heterozigoto não fica
doente.
INTERAÇÕES ALÉLICAS
2. Cor da pelagem de bovinos da raça Shorthorn
 Heterozigotos expressam os dois fenótipos simultaneamente
R1R1 pelagem branca X R2R2 pelagem vermelha

R1R2 - pêlos brancos e pêlos vermelhos alternadamente


distribuídos.
Explicação Bioquímica:

 Cada alelo do heterozigoto condiciona a formação de uma


proteína ou enzima.

 OBSERVAÇÃO:

A codominância é frequentemente confundida com


dominância incompleta, a diferença é que na
codominância os dois alelos presentes no
heterozigoto são ativos e independentes.
INTERAÇÕES ALÉLICAS
INTERAÇÕES ALÉLICAS
INTERAÇÕES ALÉLICAS
 Genes letais
Quando em homozigose pode causar a morte
do indivíduo.
INTERAÇÕES NÃO-ALÉLICAS OU
GÊNICAS
 Quando um gene depende do efeito de outros
genes para expressar o fenótipo, ocorre o que se
denomina de interação gênica.

Epistasia

 Gene epistático – Inibe a expressão de outro


gene
 Gene hipostático – Gene cuja expressão é inibida
INTERAÇÕES GÊNICAS
Grupos das epistasias
A)Epistasia estrutural: Ex: Ausência de pêlos em
camundongos e cães
A ação de um gene
impede a formação de
uma estrutura, isto
impede a ação de
outro gene sobre
aquela estrutura que Ex: Ausência de espinho em
pepinos
deixou de ser
formada.

O Gene que controla a produção de pêlos e espinhos são epistáticos em


relação ao gene que controla a coloração destas estruturas;
Grupos das epistasias:
B) Bloqueio de um passo metabólico

Cada gene produz uma enzima que vai catalisar uma reação específica em cada etapa
de uma via metabólica
INTERAÇÕES NÃO-ALÉLICAS OU GÊNICAS

Grupos das epistasias:


C) Conversão.
Quando o produto de um gene é convertido em um outro
produto por outro gene, mascarando a ação do produto
do 1º gene.

Gene A Gene B

Enz. A Enz. B

Substrato Produto A Produto B


Branco Amarelo Branco
 Neste caso, o gene B é epistático para o gene A, pois o produto do 1º gene (produto
A) foi convertido em um produto B que confere um fenótipo semelhante àquele
expresso pelo acúmulo do substrato.
 Exemplos mais comuns:

Proporção Nova
Mendeliana proporção

1) Epistasia Dominante 9:3:3:1 12:3:1

2) Epistasia Recessiva 9:3:3:1 9:3:4

3) Epistasia recessiva Dupla 9:3:3:1 9:7

4) Epistasia Dominante e 9:3:3:1 13:3


recessiva
INTERAÇÕES GÊNICAS

1.Epistasia dominante: 12:3:1

Ocorre quando o alelo dominante de um gene


inibe a ação de alelos de outro gene
Epistasia dominante: 12:3:1
Epistasia dominante: 12:3:1
Epistasia dominante: 12:3:1

Bioquimicamente
Enzima A Enzima B Pigmento

9/16 A_B_ + + Amarelo

3/16 A_bb + - Alaranjado

3/16 aaB_ - + Amarelo

1/16 aabb - - Verde


escuro
Ocorre apenas 1 alelo epistático dominante B que interfere na expressão
de A e a.
INTERAÇÕES GÊNICAS
2. Epistasia recessiva: 9:3:4

Cor do pêlo em cães da raça labrador;


Cor do pêlo em camundongos;
Cor da flor do caupi;
Cor da flor em girassol.
INTERAÇÕES GÊNICAS
Epistasia recessiva: 9:3:4
Um par de alelos recessivos inibe a ação de outro gene
Gene epistático: recessivo (ee)
Gene hipostático: B
B_D_ B_dd bbD_

BBDD bbDD
BbDD BBdd
bbDd
BBDd Bbdd
bbdd
BbDd
9 3 4
Epistasia recessiva: 9:3:4

BBdd (marrom) Bbdd (marrom)

bbDD (dourado) bbDd (dourado)

Bbdd (marrom) bbDd (dourado) bbdd (dourado)


Epistasia recessiva: 9:3:4

Bioquimicamente
B D

B D
Precursor Produto B Produto Final
Precursor Enzima B Subst. Interm. Enzima D Pigmento
dourado Marrom Preto
9/16 B_D_ + + + preto
3/16 B_dd + + - marrom
3/16 bbD_ - - + dourado
1/16 bbdd - - - dourado

“e” é o único epistático impedindo a exressão de “B”.


INTERAÇÕES GÊNICAS
3. Epistasia recessiva dupla: 9:7
 2 epistáticos recessivos

O par “aa” é epistático sobre “B e b”.


O par “bb” é epistático sobre “A e a”.
Quando ocorrem no genótipo os pares “aa” e/ou “bb”, os fenótipos são iguais

Quando os dois dominantes estão presentes juntos (A_B_), eles se


completam, produzindo um outro fenótipo.
Formam-se duas classes fenotípicas no cruzamento entre dois heterozigotos,
para os dois genes.
Epistasia recessiva dupla: 9:7
Epistasia recessiva dupla: 9:7
Epistasia recessiva dupla: 9:7

 Explicação:

Os alelos recessivos não devem produzir uma


enzima funcional, o que impede a transformação
do precursor na substância intermediária da via
metabólica.

A via metabólica não se completa devido a falta


de 1 ou das 2 enzimas.
INTERAÇÕES NÃO-ALÉLICAS OU
GÊNICAS

4. Epistasia recessiva e dominante 13:3


Epistasia recessiva e dominante 13:3

c → epistático porque inibe a formação de um produto final


Epistasia recessiva e dominante 13:3

Branca
Epistasia recessiva e dominante 13:3

Brancas Coloridas

Enzima I Subst. Interm. Enzima C Pigmentação


9/16 I_C_ + + + Branca
3/16 I_cc + + - Branca
3/16 iiC_ - - + Colorida
1/16 iicc - - - Branca

I – Epistático dominante, impedindo a expressão de C


c → epistático recessivo porque inibe a formação de um produto final
Outros tipos de interações não-alélicas

15:1

Genes com funções idênticas


podem estar representados mais
de uma vez no genoma,
alterando as proporções
mendelianas esperadas.
Outros tipos de interações não-alélicas
 Explicação:

Presença de genes A e B, com efeitos iguais.

Os alelos dominantes sozinhos ou combinados


conferem o mesmo fenótipo, frutos triangulares, já o
genótipo aabb é o único responsável pelo fruto
alongado.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB
Profa. Dra. Bárbara Dantas Fontes Soares

Alelismo múltiplo em
plantas
GAMETOFÍTICA ESPOROFÍTICA
Interação alélica de Interação alélica de
codominância dominância completa

 Verifica-se no estilete a inibição do


crescimento do tubo polínico devido a
um engrossamento de sua
extremidade, que pode rebentar-se em
consequência da deposição de calose.

 É considerado que ocorre uma reação


semelhante às reações do tipo
antígeno e anticorpo. Assim, a
glicoproteína presente no estigma
será considerada um anticorpo.
♀ ♂ ♀ ♂ ♀ ♂

Antígeno S1 e S2 Antígeno S2 e S3 Antígeno S3 e S4

Anticorpo anti S1 e anti S2

Ocorrerá aborto de pólen sempre que houver alelos em comum nos progenitores femininos e
masculinos.
Nunca chega a formar HOMOZIGOTOS.
Antígeno S1

Anticorpo anti S1

Forma-se apenas o antígeno devido ao alelo dominante, que é passado a todos os grãos de pólen
Ocorrência
 Mais de 3000 espécies
 Ameixeiras;
 Macieiras;
 Repolho;
 Brócolis;
 Tomate;
 Fumo;
 Etc.

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