criticar veementemente as escolas de pensamento econômico vigentes em sua época em sua mais importante e aclamada obra: O Capital – crítica à economia política, publicada em 1867. Ao fazer isso Marx tece um tratado sobre a sociedade de sua época e o seu modo de produção vigente (até hoje), o capitalismo. A escola marxista, fundada por Karl Marx e Friedrich Engels, tem influência de três movimentos: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês. As principais teorias desenvolvidas por Marx são: 1) Valor: em suas teorias sobre o valor, Marx desenvolve uma profunda linha de raciocínio acerca da produção de mercadorias na sociedade capitalista e da origem dos lucros. 2) Trabalho: trabalho seria a mercadoria mais importante dentro do sistema capitalista, pois é a única que gera valor, ou seja, agrega valor à tudo que é produzido em nossa sociedade. 3) Mais-valia: é a diferença entre o que o trabalho do trabalhador gera em valor e o salário que o capitalista paga por ele. 4) Luta de classes: para Marx, havia uma divisão inconciliável dentro da nossa sociedade entre a burguesia (a classe daqueles que detêm os meios de produção) e o proletariado (aqueles que só possuem sua força de trabalho) e esta divisão causava a chamada luta de classes que representa a luta de cada um dessas classes lutando pelos seus direito indefinidamente. 5) Anarquia da produção: aqui Marx demonstra que o capitalismo não tem um sistema de organização centralizada que aponte para onde deve caminhar a produção dentro da sociedade, gerando com isso uma produção sem planejamento que leva à crises periódicas. 6) Crises do capitalismo: visto como um modo de produção que é contraditório e impossível de encontrar uma estabilidade, Marx previu que o capitalismo atravessaria diversas crises, sendo elas algumas estruturais, ou seja, que fazem parte do sistema em si, outras cíclicas, que também fazem parte do capitalismo e viriam de forma periódica e uma crise final que seria o resultado do acúmulo destas crises e representaria o fim deste modo de produção. 7) Fim do capitalismo: Marx não se preocupava só em analisar o que estava acontecendo com a sociedade, ele também apontava qual seria o caminho que devia ser seguido. Uma crise final do capitalismo levaria o mundo cada vez mais próximo à barbárie. Desta forma era preciso que os trabalhadores tomassem consciência de que são a maior classe e seus direitos é que devem prevalecer e, em um momento de crise eminente, eles se unissem e saíssem às ruas para iniciar o processo de construção de uma nova sociedade que visaria o fim da propriedade privada dos meios de produção, uma sociedade equilibrada que permitira o desenvolvimento pleno do homem. Segundo Marx, é a economia que interfere na vida social em todas as suas formas, gerando frutos em sua consequência. Para explicar o impacto da economia na vida social, Marx utiliza-se de ferramentas como o materialismo dialético e o caráter teleológico. O materialismo dialético consiste em ler a história baseando-se na constante luta de classes. Dessa forma, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria o motor da história, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações na estrutura. O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma sociedade comunista.