You are on page 1of 29

Capítulo 13: Classificação dos solos

• Principais sistemas de classificação;


• Sistema Unificado de Classificação (S.U.C.);
• Sistema de classificação “Highway Research Board” (H.R.B.);
• Índice de Grupo.
Cap 13 - Classificação dos solos

Sistema Unificado de Classificação (S.U.C.)

Os solos são classificados em três grandes grupos:

a) Solos grossos: mais que 50% em peso, dos seus grãos, são
retidos na peneira # 200.

b) Solos finos: menos que 50% em peso, dos seus grãos, são
retidos na peneira # 200.

c) Turfas: solos altamente orgânicos, geralmente fibrilares e


extremamente compressíveis.
Cap 13 - Classificação dos solos

a) Solos grossos

• Pedregulhos: mais de 50% retidos #4 → G (“gravel”)

• Areias: menos de 50% retidos #4 → S (“sand”)

Cada grupo por sua vez é dividido em quatro subgrupos. São eles:

a) Material praticamente limpo de finos, bem graduado W (“well graded”): SW e GW;

b) Material praticamente limpo de finos, mal graduado P (“poor graded”): SP e GP;

c) Material com quantidades apreciáveis de finos não plásticos, M (palavra sueca


“mo”): GM e SM;

d) Material com quantidades apreciáveis de finos plásticos C (“clay”): GC ou SC.

Ex: SM = Solo arenoso com certa quantidade de finos não plásticos.


Classificação dos solos

Classificação dos solos grossos pelo SUCS.


Cap 13 - Classificação dos solos

b) Solos finos

A classificação dos solos finos é realizada tomando-se como base


apenas os Limites de Plasticidade e Liquidez do solo, plotados na
forma da carta de plasticidade de Casagrande.

• Siltosos: baixa compressibilidade (LL < 50)

• Argilosos: alta compressibilidade (LL > 50)


O de organic (orgânico)
L de low (baixa)
H de high (alta)

Carta de plasticidade de Casagrande


A carta de plasticidade possui três divisores principais:

1) A linha A: IP = 0,73(LL - 20)


• acima - solos argilosos
• abaixo - solos siltosos
2) A linha B: LL = 50%
• direita - solos compressíveis e muito plásticos
• esquerda - solos de baixa compressibilidade e de baixa a média plasticidade

3) A linha U: IP = 0,9(LL - 8)

Ex: CL = Solo argiloso de baixa compressibilidade.


Cap 13 - Classificação dos solos

c) Turfa

São solos altamente orgânicos, geralmente fibrilares e extremamente


compressíveis.

Incorporam florestas soterradas em estágio avançado de


decomposição. Estes solos formam um grupo independente de
símbolo Pt (“peat”).

300% < LL < 500% → permanecendo a sua posição na carta de


plasticidade notavelmente acima da linha A.

100 < IP < 200.


Cap 13 - Classificação dos solos

Sistema de Classificação do H.R.B (Highway Research Board) -


Sistema Rodoviário de Classificação

Empregado na engenharia rodoviária em todo o mundo, proposto


pelo Bureau of Public Roads e revisto pelo HRB(1945). Normatizado
pela AASHTO M145 (1973).

Os solos são classificados em grupos e subgrupos, em função da sua


granulometria e plasticidade.

• solos granulares (% passante #200 < 35%) → A-1, A-2 e A-3;

• solos finos (% passante #200 > 35%) → A-4, A-5, A-6 e A-7;

• solos altamente orgânicos → podem ser classificados como A-8.


Sistema de classificação do H.R.B.
Cap 13 - Classificação dos solos

Sistema de classificação do H.R.B.

Classificação da AASHTO. Solos grossos.


Cap 13 - Classificação dos solos

Sistema de classificação do H.R.B.

Classificação da AASHTO. Solos finos.


Cap 13 - Classificação dos solos

Índice de Grupo: Empregado no sistema da H.R.B., corresponde a um


número inteiro que varia de 0 (solo ótimo quanto a capacidade de suporte) a
20 (solo péssimo quanto a capacidade de suporte).

IG = (F - 35)[0,20 + 0,005(LL - 40)]+ 0,01(F - 15)(IP -10)

Onde: F = porcentagem de material que passa na peneira #200.


Cap 13 - Classificação dos solos

Calcular o IG de um solo A-6 em que 65% de material


passa na peneira 200, o LL = 40% e o IP = 12,5%.

IG = (F - 35)[0,20 + 0,005(LL - 40)]+ 0,01(F - 15)(IP -10)

IG = (65 - 35)[0,20 + 0,005(40 - 40)]+ 0,01(65 - 15)(12,5 -10)

IG =30 * (0,2) + 0,01(50)*(2,5)

IG = 6 + 0,01*125

IG = 6 + 1,25

IG = 7,25 = 7

Usualmente, indica-se o valor do IG entre parênteses. Assim, escreve-


se A-6 (7).
Capítulo 14: Exploração do subsolo

• Métodos diretos de investigação do subsolo;

• Sondagem à percussão com circulação de água;

• Sondagem rotativa;

• Amostragem em solos e rocha.


Cap 14 – Exploração do subsolo

Métodos diretos de investigação do subsolo

Os principais métodos empregados para a exploração do subsolo


podem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Com retirada de amostra (deformadas e indeformadas):


amostras deformadas → se destinam apenas à identificação e classificação
do solo;

amostras indeformadas → aquelas que há conservação da textura, estrutura


e umidade.

b) Ensaios in loco
Cap 14 – Exploração do subsolo

Métodos diretos de investigação do subsolo

Os principais métodos empregados para a exploração do subsolo


podem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Com retirada de amostra (deformadas e indeformadas):

a.1) Abertura de poços de exploração;

a.2) Execução de sondagens.

Com relação à profundidade, locação e número de sondagens, não é


possível definir regras gerais, devendo-se, em cada caso, atender à
natureza do terreno e da obra.
Cap 14 – Exploração do subsolo

Métodos diretos de investigação do subsolo

Os principais métodos empregados para a exploração do subsolo


podem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Com retirada de amostra (deformadas e indeformadas):

a.1) Abertura de poços de exploração;

a.2) Execução de sondagens.

b) Ensaios in loco:

b.1) Auscultação;
b.2) Ensaios de bombeamento e de “tubo aberto”;
b.3) Ensaio de palheta;
b.4) Medida de pressão neutra;
b.5) Prova de carga;
b.6) Medida de recalque;
b.7) Ensaios geofísicos.
Cap 14 – Exploração do subsolo

a.1) Abertura de poços de exploração

Técnica que melhor satisfaz aos fins de


prospecção, pois não só permite uma
observação in loco das diferentes camadas
como, também, a extração de boas amostras.

Seu emprego está limitado ao custo, o qual o


torna, às vezes, economicamente proibitivo,
exigindo onerosos trabalhos de proteção a
desmoronamentos e esgotamento d’água,
quando a prospecção precisa descer abaixo
do nível d’água.

Poço de exploração, escorado por cortinas que transmitem os empuxos do


terreno a quadros horizontais.
Cap 14 – Exploração do subsolo

a.2) Execução de sondagens

Técnica mais comumente empregada, consiste, na abertura de um


furo no solo, furo este normalmente revestido por tubos metálicos.

A perfuração é feita por meio de ferramentas ou máquinas que vão


provocando a degradação parcial, ou total, do terreno, permitindo,
desse modo, a extração de amostras representativas das diferentes
camadas atravessadas.

Tipos de sondagem:

Os tipos de sondagens distinguem-se pela retirada da amostra:

- Sondagens com retirada de amostras deformadas → Sondagens de


reconhecimento;

- Sondagens com retirada de amostras indeformadas.


Cap 14 – Exploração do subsolo
Sondagens de reconhecimento

Iniciam-se com a execução de um furo feito por um trado-cavadeira (Fig. 1),


até que o material comece a desmoronar e, daí por diante elas progridem já
com o furo revestido, seja por meio do trado-espiral (Fig. 2), da bomba de
areia (Fig. 3) ou do chamado método de percussão com circulação de água,
utilizando-se para isso o tipo de sonda indicado na figura 4.

Fig. 1 - Trado-cavadeira Fig. 2 - Trado-espiral Fig. 3 - Bomba de areia


Fig. 4 - Método de percussão com circulação de água.
Cap 14 – Exploração do subsolo
Sondagens com retirada de amostras indeformadas

São executadas do mesmo modo que as sondagens de reconhecimento.

Toda diferença reside no maior cuidado com que devem ser feitas e nos
tipos de amostradores empregados.

Tipos de amostradores:

- Amostradores para solos coesivos;


- Amostradores para solos não-coesivos.

Amostragem de rochas

Havendo necessidade de reconhecer o material em profundidade, a


obtenção de amostras é feita por meio de sondas rotativas, empregando-se
geralmente, brocas de diamante.

Os diâmetros das amostras, em geral variam de 2 a 10 cm.


Cap 14 – Exploração do subsolo
Apresentação dos resultados de um serviço de sondagem

Os resultados de um serviço de sondagem são sempre acompanhados de


relatório, dando as seguintes indicações:

• Planta de situação dos furos;

• Perfil de cada sondagem com as cotas de onde foram retiradas as


amostras;

• Classificação das diversas camadas e os ensaios que as permitiram


classificar;

• Níveis do terreno e dos diversos lençóis d’água, com a indicação das


respectivas pressões;

• Resistência a penetração do barrilete amostrador, indicando as condições


em que a mesma foi tomada.
Perfil individual de uma sondagem
Cap 14 – Exploração do subsolo

b.1) Ensaio de auscultação

Também conhecido como ensaio de penetração, consiste em cravar


uma haste no solo e registrar a resistência dinâmica ou estática
oferecida à sua penetração.

b.2) Ensaio de bombeamento e de “tubo aberto”

Permitem a determinação da permeabilidade do solo sem retirada de


amostras.
Cap 14 – Exploração do subsolo

b.3) Ensaio de palheta

Método utilizado para obter a resistência ao cisalhamento in loco.

Utiliza-se uma palheta de seção cruciforme, a qual é cravada no terreno e


submetida ao torque necessário para cisalhar o solo por rotação.
Cap 14 – Exploração do subsolo

b.4) Medida de pressão neutra

É realizada cravando-se um tubo, com extremidade inferior porosa, até a


cota onde se deseja fazer a medida; a altura que a água atinge no tubo dá o
valor da pressão procurada.

b.5) Prova de carga

As características de compressibilidade de um solo podem também ser


obtidas através de provas de cargas diretas sobre o terreno.

Esses ensaios consistem em carregar progressivamente o terreno,


utilizando-se placas metálicas de dimensões determinadas, e medir os
recalques sucessivos. Os resultados obtidos são traduzidos em um gráfico
pressão-recalque.

Por intermédio de provas de carga determina-se o coef. de recalque k de um


solo, que é a razão entre a pressão p e o recalque y produzido:

K = p / y [kg/cm²/cm]
Cap 14 – Exploração do subsolo

b.6) Medida de recalque

A determinação dos recalques de uma obra constitui um elemento de grande


importância para o seu controle, seja na fase da execução ou para um
eventual reforço.

Como se exige que tais medidas sejam rigorosas, é indispensavel que,


preliminarmente, se adote um marco de referencia.

Para a medida dos recalques de fundações usa-se um nível ótico de


precisão ou, então, o “nível de vasos comunicantes introduzidos por
Terzaghi”.
Cap 14 – Exploração do subsolo

Esse nível é capaz de uma


precisão de 0,01mm.

Nível de vasos comunicantes de Terzaghi

You might also like