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Universidade Federal do Ceará

VI Semana de Inclusão e Acessibilidade

SUJEITOS EM (AUTO)FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIA


PEDAGÓGICA DE DOCENTE NA INCLUSÃO DE DISCENTE
COM BAIXA VISÃO NO ENSINO SUPERIOR

Discentes: Me. Marcos Randall Oliveira de Freitas e Me. glaedes


Ponte de Carvalho Sousa
Orientadora: Profª. Ana Lúcia Oliveira Aguiar, PhD em Educação
Mossoró, 9 de abril de 2018.
Problema da Pesquisa

▪Como docentes reconstroem suas


práticas para a inclusão de
discentes com baixa visão no
ensino superior?
As tessituras da pesquisa

▪ Do curso de Filosofia ao encontro


com Guerreiro.

Baixa
Cegueira
visão
Justificativa

▪ Os afetos familiares e a infância nos espaços


escolares;
▪ O curso de Letras: entre letras e lutas;
▪ O tornar-se educador-aprendiz;
▪ Percursos e inquietações pessoais e profissionais;
▪ Estado da arte;
▪ A busca de si e do outro nas trilhas do Método
(auto)biográfico.
Objetivo Geral

▪Analisar as práticas docentes para a


inclusão de discentes com baixa visão
no ensino superior.
Objetivos Específicos

▪ Narrar de mim na esteira das marcas que trago no


percurso de vida e formação
▪ Apresentar as bases legais da educação especial na
perspectiva da educação inclusiva
▪ Identificar as práticas docentes para a inclusão de
discentes com baixa visão no ensino superior
Metodologia

▪ A metodologia utilizada nesta pesquisa está


vinculada à perspectiva qualitativa de
investigação, a qual propicia uma relação mais
próxima entre pesquisador e informante.
▪ O método (auto)biográfico como percurso
metodológico.
Espaço(s) da pesquisa
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
Conceitos analisados

Formação
docente

(Auto)biografia Inclusão
Metodologia

▪ Sujeitos da pesquisa

Docente
(Auto)formação Guerreiro
Direito
Caminhos da Pesquisa

A pesquisa foi desenvolvida em três momentos:


Na primeira fase foram utilizados procedimentos
metodológicos de base qualitativa: a revisão
bibliográfica. Essa fase abrangeu a leitura, análise
e interpretação dos marcos legais e das reflexões
dos teóricos.
 A segunda fase da pesquisa foi
caracterizada como de natureza qualitativa
com abordagem (auto)biográfica.

Nesse momento foi realizada a construção,


gravação e transcrição das narrativas do
docente e do discente.
▪ A terceira etapa foi constituída da
discussão das narrativas a partir das
reflexões sobre as práticas inclusivas
entrelaçadas na relação entre Docente
Direito e Guerreiro.
Fundamentação Teórica

▪ Mantoan (2006): Mantoan (2003, p. 33), “é preciso


mudar a escola” e as universidades (grifo nosso).
▪ Sassaki (1997): o processo de inclusão é um processo
de construção de uma sociedade para todos.
▪ Nóvoa (2007): (re)encontrar espaços de interação
entre as dimensões pessoais e profissionais.
▪ Josso (2010): a reflexão biográfica permite explorar
em cada um de nós as emergências que dão acesso
ao processo de descoberta do ser humano em
potencialidades.
▪ Freire (1998): quem forma se forma e re-forma ao
formar e, quem é formado forma-se e forma ao seu
formador.
Docente Direito

▪ Docente Direito é oriunda de uma família de classe média.


▪ Cursou Jornalismo na UFRN e Direito na UERN. Fez
especialização em Direito e Cidadania (UFRN) e mestrado
em Direito Constitucional (UFRN).
▪ Atualmente é Professora Adjunta IV da UERN.
▪ Atua principalmente com as temáticas: ética, informação,
liberdade e comunicação.
Embora tenha tido oportunidades consideráveis, vejo
que o acesso a determinadas oportunidades está cada
vez mais estrito, o que torna a juventude mais ilhada e
autocentrada, quando não escapista e sobrecarregada.
(Narrativa da Docente Direito, Mossoró/RN, UERN, 18
de outubro de 2017)
Guerreiro

▪ Guerreiro, nascido em 1993, tem origem de família humilde


e tem baixa visão.
▪ Guerreiro, nascido na cidade de Icapuí/Ceará. É filho de
pedreiro e de doméstica.
▪ Guerreiro tem dois irmãos, um mais velho e outro mais
novo. O irmão mais novo tem Transtorno do Espectro
Autista
▪ Durante a infância, seus pais descobriram o glaucoma
através de uma consulta com um médico oftalmologista.
Lembro muito bem dos dois dias em que prestei
vestibular. Foi uma experiência que me marcou. A
DAIN, por meio de seu corpo de recursos humanos
me atendeu com a devida atenção, especialmente a
aplicadora das provas, que na época fora Professora
Ana Lúcia Aguiar. Então, depois desse processo, era
só aguardar o resultado. (Narrativa de Guerreiro,
Mossoró/RN, UERN, 28 de setembro de 2017)
Discursos e práticas em mudança: o entrelaçar
das narrativas dos sujeitos

Conseguir fazer uma faculdade é de fundamental


importância, pois isso testemunha que já pude
superar algumas barreiras que muitos não
acreditavam que pudesse conseguir. E por outro lado,
é de fundamental importância, pois faz parte da
própria realização pessoal. (Narrativa de Guerreiro,
Mossoró/RN, UERN, 28 de setembro de 2017)
Em termos teóricos, a universidade é o espaço de pluralidade
e aprendizagem, formação humana e problematização do
mundo. Na prática, penso que o exercício da pluralidade se
encontra em terreno árido, sendo, na prática, a universidade
um espaço menos democrático e comprometido com a
liberdade e o humanismo do que se supõe. (Narrativa da
Docente Direito, Mossoró/RN, UERN, 18 de outubro de 2017)
Hoje na UERN, sou aluno bolsista do Programa de Iniciação
Tecnológica – PIBIT, tendo já participado também do
Programa de Iniciação Científica –PIBIC, além de projetos
de extensão. É uma experiência exitosa, pois nesses
projetos pude valer-me como objeto de minhas próprias
pesquisas, ou seja, eu aplico e testo em mim mesmo as
possibilidades que encontro com vistas a adequar o meio
acadêmico à minha situação física. (Narrativa de Guerreiro,
Mossoró/RN, UERN, 28 de setembro de 2017)
“PRO DIA NASCER FELIZ”: MEMÓRIAS E SUJEITOS
ENTRE O ENRAIZAMENTO E O FLORESCER

▪ As tessituras do enraizamento e do florescimento ampliam os


nossos olhares em relação aos sujeitos e ao cotidiano.
▪ Efetivar a inclusão de alunos com deficiência na academia
implica na ampliação de políticas públicas relacionadas ao
ensino, à pesquisa e à extensão.
▪ As relações sociais são a concretização de que somos sujeitos
em (trans)formação. As lembranças, os sorrisos, as dificuldades
e as possibilidades abrem caminhos para a reconstrução das
práticas.
Mais esperança nos meus passos do
que tristeza nos meus ombros.

Cora Coralina
Referências
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Secretaria de Educação Especial.
Subsídios para organização e funcionamento de serviços de educação
especial: área da deficiência visual. Brasília: MEC: SEESP, 1995. (Série
Diretrizes, n.8).

_______MEC.SEESP. Política Nacional de Educação Especial. Brasília,


1994.

_______ MEC. SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução.


Brasília, 1997.

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996.


FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 27 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra,
1987.

____________, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a


Pedagogia do Oprimido, São Paulo: Paz e Terra, 1992.

____________, Paulo. Educação e Mudança. 12ª Edição. Paz e Terra. Rio de


Janeiro, 1979.

____________, Paulo Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à


prática Educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.

____________, Paulo Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e


outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
JOSSO, Marie Christine. Da Formação do sujeito... ao sujeito da formação. In:
Nóvoa, António; Finger Mathias. O método (auto)biográfico e a formação.
Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1998. Experiências de vida e formação. Lisboa: Educa,
2002.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.

MINAYO, Maria Cecília de Souza & SANCHES, Odécio. Quantitativo-Qualitativo:


Oposição ou Complementaridade? Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 1993.

NÓVOA, António; FINGER, Mathias. O método (auto)biográfico e a formação.


Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1988.

_____________, Antônio. O método (auto)biográfico e a formação. São Paulo:


Paulus, 2010.

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