PESSOAS COLETIVAS- IRC Almeida 10ºF1 Nº2 LEGISLAÇÃO COMERCIAL FISCAL E LABORAL ÍNDICE • O que são impostos? • Tipos de impostos. • Distinção entre taxas e impostos • Porque os impostos indiretos são os mais utilizados? • IRS; • IRC: • Incidência objetiva e subjetiva; • Base do imposto; • Entidades que exercem a título principal uma atividade industrial, comercial ou agrícola; • Entidades não residentes com estabelecimento estável em território português; • Isenções reais e pessoais; • Obrigações declarativas em termos genéricos. • IVA • IUC • IMT • ISP • IS • Exercício O QUE SÃO IMPOSTOS?
• Impostos são prestações obrigatórias, pagas pelos
contribuintes e que incidem sobre o rendimento. TIPOS DE IMPOSTOS
• Os impostos a pagar pelos contribuintes podem ser
diretos ou indiretos, quer incidam sobre o rendimento ou sobre a despesa.
Exemplo de imposto indireto
Exemplo de imposto direto
IMPOSTOS DIRETOS
• Os impostos diretos são aqueles impostos que incidem
diretamente sobre o rendimento, quer das pessoas singulares quer das pessoas coletivas. • Exemplos de alguns impostos diretos: • IRS (Imposto sobre o Rendimento Singular)- incide diretamente sobre o rendimento das pessoas singulares. • IRC(Imposto sobre o Rendimento Coletivo)- incide sobre o rendimento das empresas. IMPOSTOS INDIRETOS
• Impostos indiretos são aqueles que incidem sobre o consumo
ou a despesa, e incidem sobre a generalidade dos bens que consumimos diariamente. • Exemplos de impostos indiretos: • IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) • IUC (Imposto Único de Circulação) • IMT (Imposto Municipal dobre Transmissões Onerosas de Imóveis) • ISP (Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos ) • IS (Imposto de Selo) DISTINÇÃO ENTRE TAXAS E IMPOSTOS
• O imposto tem caráter unilateral, paga-se e não se recebe
nada em troca. Por exemplo temos o imposto sobre o consumo, o IVA. Ao adquirir um produto paga-se o imposto e não obtemos nada em troca por parte do Estado. • As taxas têm carácter bilateral, pagam-se mas recebemos algo em troca. Por exemplo a Taxa de saneamento básico, ao pagar esta taxa estamos a receber em troca um serviço prestado pelo Estado, a recolha de lixo. PORQUE OS IMPOSTOS INDIRETOS SÃO OS MAIS UTILIZADOS? • O estado recorre aos impostos, como obtenção de fundos, para financiar a despesa. • Os impostos indiretos são os mais aplicados pelos seguintes motivos: • Há uma menor resistência psicológica, pois os contribuintes quando veem os impostos incidirem diretamente sobre o próprio rendimento, são mais cautelosos. • Há menor possibilidade de fuga aos impostos. IRS (IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO SINGULAR) • O IRS é um imposto sobre o rendimento das pessoas singulares que incide sobre todos os tipos de rendimentos. • Entrou em vigor no sistema tributário português a 1 de janeiro de 1989. • Todos os anos, os trabalhadores por conta de outrem têm de entregar ao estado por parte dos seus rendimentos sob a forma de imposto. • Quanos mais elevados forem os rendimentos do sujeito passivo, maior é a taxa de imposto incidente. IRC(IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO COLETIVO) • O IRC é o imposto que incide sobre o rendimento obtido pelas empresas nacionais ou companhias estrangeiras com rendimentos em Portugal. • O IRC é calculado com base no lucro tributável apresentado em cada exercício ou relativo às atividades desenvolvidas em Portugal. • No apuramento deste lucro tributável, há determinadas normas que podem influenciar o valor a pagar ou a declarar. INCIDÊNCIA OBJETIVA E SUBJETIVA DO IRC • O IRC incide sobre os rendimentos que as empresas obtêm, no período de tributação, mesmo quando provêm de atos ilícitos. • No final do período é apurado o resultado líquido do exercício e a partir daí é calculado o valor de IRC a pagar ou a receber. • O IRC tem dois tipos de incidência, a objetiva e a subjetiva. INCIDÊNCIA REAL OU OBJETIVA
• A incidência real ou objetiva, prevista no nº 3 do artigo 4º do CIRC,
determina o que é que está sujeito a IRC, ou seja, quais são as operações que estão sujeitas a imposto: 1. Rendimentos relativos a imóveis; 2. Ganhos que resultam de transmissão onerosa de partes representativas do capital; 3. Atividades de profissionais de espetáculos ou desportistas; 4. Rendimentos provenientes de : • Propriedade intelectual ou industrial; • Uso ou da concessão do uso de equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico; • Remunerações recebidas na qualidade de membros de órgãos estatutários de pessoas coletivas e outras entidades; • Prémios de jogo, lotarias, rifas; • Comissões recebidas na intermediação de contratos. INCIDÊNCIA SUBJETIVA OU PESSOAL
• A incidência subjetiva ou pessoal determina quem é que está sujeito
a IRC, ou seja, quem é que são os sujeitos passivos de IRC. No âmbito do artigo 2º do CIRC estão sujeitos os seguintes casos: 1. Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica: • Sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial; • Cooperativas; • Empresas públicas; • Outras entidades de direito público ou privado;
2. Sujeitos passivos residentes sem personalidade jurídica:
• Heranças jacentes; • Associações e sociedades civis sem personalidade jurídica; • Sociedades civis ou comerciais que ainda não tenham registo definitivo.
3. Sujeitos passivos não residentes:
• Entidades que obtenham em território nacional rendimentos não sujeitos a IRS. BASE DO IMPOSTO
• A matéria coletável obtém-se, nos termos do Código do IRC,
art. 15.º, no caso de entidades que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, pela dedução ao lucro tributável, de montantes correspondentes a prejuízos fiscais e benefícios fiscais que possam consistir em deduções ao lucro tributável. • No caso das restantes entidades residentes, a matéria coletável obtém-se pela dedução ao rendimento global de gastos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto e não isentos, e de benefícios fiscais eventualmente existentes que consistam em deduções naquele rendimento. ENTIDADES QUE EXERCEM A TÍTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE INDUSTRIAL, COMERCIAL OU AGRÍCOLA • Caso as entidades residentes e estabelecimentos estáveis de entidades não residentes ( ou seja empresas com sede em Portugal ou que tenham representação estável, mesmo não sendo a sede nacional), estejam classificadas como pequena ou média empresa, aos primeiros 15 mil euros da matéria coletável é aplicada uma taxa de 17% para as empresas do Continente e da Madeira e uma taxa de 11,9% para as dos Açores. • À matéria coletável remanescente é aplicada a taxa normal indicada na tabela. ENTIDADES NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS • O estabelecimento estável decorre da entidade não residente possuir uma instalação fixa em território nacional a partir do qual exerce uma atividade económica e obtém rendimentos sujeitos a IRC. Essa instalação fixa pode ser um escritório, uma fábrica ou mesmo um estaleiro de construção, à qual possa ser imputada a realização de operações de venda de bens ou prestações de serviços em Portugal. • As entidades não residentes com estabelecimento estável estão sujeitas às regras e possuem obrigações declarativas semelhantes às sociedades portuguesas, sendo tributadas pelo lucro obtido por esse estabelecimento estável situado. ISENÇÕES REAIS
• As isenções reais ou objetivas traduzem-se em benefícios
concedidos fundamentalmente em função do tipo de rendimentos ou factos que a lei considera impeditivos da obrigação de imposto. • Naturalmente que também nestas isenções, muitas das vezes, o benefício opera sempre em função dos sujeitos passivos quanto aos quais se verifica o rendimento isento. ISENÇÕES PESSOAIS
• As isenções pessoais, tal como o próprio nome indica, são de
natureza essencialmente pessoal ou subjetiva na medida em que atendem apenas à qualidade do sujeito passivo. OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS EM TERMOS GENÉRICOS • Os sujeitos passivos de IRC, ou os seus representantes são obrigados a apresentar: • Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação, nos termos dos artigos 118.º e 119.º do Código do IRC; • Declaração periódica de rendimentos, nos termos do artigo 120.º do Código do IRC; • Declaração anual de informação contabilística e fiscal, nos termos do artigo 121.º do Código do IRC. IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO (IVA) • O imposto sobre o valor acrescentado (IVA) é um imposto aplicado em Portugal que incide sobre a despesa ou consumo e tributa o "valor acrescentado" das transações efetuadas pelo contribuinte. • Trata-se de um imposto plurifásico, porque é liquidado em todas as fases do circuito económico, desde o produtor ao retalhista. Sendo plurifásico, não é cumulativo, pois o seu pagamento é fracionado pelos vários intervenientes do circuito económico, através do método do crédito do imposto. IMOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (IUC)
• O Imposto Único de Circulação é o tributo contributivo e
disciplinador a que estão sujeitos os proprietários de veículos em Portugal de acordo com o art. 3.º, n.sº 1 e 2 do Código do IUC (CIUC) em função do custo ambiental e viário por eles provocado segundo o art.º 1.º do CIUC. • Assim sendo, na maioria dos casos, o valor do IUC depende basicamente das emissões de CO2 do veículo, da antiguidade, do combustível usado e da cilindradada seu motor. IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS (IMT)
• IMT é a sigla de Imposto Municipal sobre as Transmissões
Onerosas de Imóveis. • Trata-se de um imposto que incide sobre as transmissões a título oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse sobre bens imóveis (urbanos, rústicos) situado no território nacional. IMPOSTO SOBRE OS PRODUTOS PETROLÍFEROS E ENERGÉTICOS (ISP) • O ISP é o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos. • Aplica-se a toda a gasolina e gasóleo, bem como ao gás propano e butano, petróleo e GPL, que se destinem a venda ou consumo. • Conforme o Código dos Impostos Especiais de Consumo, o ISP incide sobre todos os produtos petrolíferos e energéticos e outros, como o hidrocarboneto, se forem consumidos ou colocados à venda para uso como carburante ou como combustível. Excluem-se apenas a turfa e o gás natural. IMPOSTO DE SELO (IS)
• O imposto do selo é o imposto mais antigo do sistema fiscal
português, tendo sido criado por alvará de 24 de dezembro de 1660. • Incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis, e outros factos previstos na tabela geral, incluindo as transmissões gratuitas de bens. EXERCÍCIO