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Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste

Centro de Engenharias e Ciências Exatas - CECE

Trocador de calor
Regenerativo

Docente: Aline de Pauli


Discentes: Beatriz Florêncio da Silva
Flavia Taguti Silveira
Juliana Chiamenti
Junior Amadeu Turra
Meurielle Hesper
Introdução
 Trocador de calor: dispositivo usado para realizar troca térmica
entre dois fluidos em diferentes temperaturas.

Aplicado em:
• Aquecimento e resfriamento de ambientes,
• Condicionamento de ar, na produção de energia,
• Recuperação de calor e no processo químico,
• Produção automotiva,
• Produção de offshore de óleo e gás,
• Produção de aço e outros metais,
• Mineração...
Trocadores de calor Regenerativos

• Trocadores de calor que realizam troca térmica entre dois fluidos


em diferentes temperaturas com a função de armazenar a
energia;

• Os fluidos percorrem as mesmas


passagens de troca de calor de
forma alternada, podendo ocorrer
misturas de resíduos provenientes
do fluxo anterior.
Trocadores de calor Regenerativos
AQUECIMENTO

O fluido quente atravessa Posteriormente, quando se


a superfície de deseja utilizar o calor
transferência de calor e a armazenado, o fluido frio
energia térmica é passa pelas mesmas
armazenada em um passagens, assim a matriz
elemento chamado de fornece a energia térmica a
matriz. esse fluido.
Trocadores de calor Regenerativos

Utilizados na Constituídos As
prática por uma ou passagens
apenas com mais são
gases; passagens parcialmente
para o cheias com
escoamento; esferas
sólidas ou
inserções
metálicas.
Trocadores de calor Regenerativos
• Desta forma:

Durante uma parte do ciclo as inserções armazenam energia


interna, quando o fluido quente escoa sobre suas superfícies.

Durante a outra parte do ciclo a energia interna é liberada,


quando o fluido frio passa através do regenerador, aquecendo-o.
Trocadores de calor Regenerativos

• Princípio básico de funcionamento: transferir calor dos gases


de combustão para um sólido e depois extrair o calor sensível do
sólido pré-aquecendo o ar de combustão;

Os regeneradores tem
sido usados como pré-
aquecedores de ar em
alto-fornos e em
processos de liquefação
de gases.
Trocadores de calor Regenerativos

A operação contínua do regenerador


ocorre de forma intermitente, ora
aquecendo o sólido ora transferindo
calor do sólido para o ar.
Vantagens do trocador de calor regenerativo
Alta eficiência de
troca de calor, por
unidade de peso e
espaço

No caso de falta de
Investimento total
energia continua
pode ser inferior
trocando calor por
ao com água
convecção natural

Custo de
manutenção é
geralmente menor
que o do casco e
tubo
Vantagens do trocador de calor regenerativo
Projeto mecânico
simples, pois a
pressão do lado do
ar é atmosférica;

Em pressões
elevadas, a água
O ar está sempre pode ser colocada
disponível no casco, porém
pode gerar
incrustação severa;

A deposição no
lado do ar é
normalmente
ignorada.
Desvantagens do trocador de calor regenerativo

 Dificuldade de prevenção contra vazamento entre os fluidos, a


pressões elevadas.

 Ruído;

 Precisam de proteção para períodos mais frios, para evitar


problemas de baixo ponto de fluidez ou congelamento;

 Não conseguem resfriar à temperaturas tão baixas;

 Requerem maior espaço físico.


Tipos de trocadores regenerativos

Regeneradores de matriz fixa;

Regeneradores rotativos;
Regeneradores de matriz fixa
Para alcançar o fluxo
contínuo, pelo menos duas
matrizes são necessárias!

Figura 1: Regenerador de matriz fixa tipo dual bed valved.


Regeneradores de matriz fixa

 Permutadores de calor com uma matriz de alta capacidade


térmica,

 O escoamento tem características pulsantes, através da qual o


escoamento do fluido
quente e o fluido frio
atravessam-no
alternadamente.
Regeneradores de matriz fixa

 O fluxo do fluido de trabalho através da matriz é controlado, em


alguns casos, por válvulas.

 De acordo com o número de matrizes empregadas, os


regeneradores de matriz fixa são classificados em duas categorias:
“single bed”, e “dual bed valved”.
Regeneradores de matriz fixa

 O tipo estático não tem partes móveis;

 Consiste em uma massa porosa (por exemplo, bolas, seixos,


pós etc.) através da qual passam alternadamente fluidos
quentes e frios;

 Uma válvula alternadora regula o escoamento periódico dos


dois fluidos;
Regeneradores de matriz fixa

 Os regeneradores de tipo estático podem ser pouco


compactos, para o uso em alta temperatura (900 a 1500°C),
como nos pré - aquecedores de ar, na fabricação de coque e
nos tanques de fusão de vidro.

 Podem, porém, ser regeneradores compactos para uso em


refrigeração, no motor Stirling, por exemplo.
Regeneradores de matriz fixa

https://www.youtube.com/watch?v=tO9F-
1BA8as
Regeneradores rotativos
Regeneradores rotativos

 Conhecido como dinâmico;

 O miolo tem a forma de um tambor que gira em torno de um eixo


de modo que uma parte qualquer passa periodicamente através da
corrente quente;

 Em seguida, através da corrente fria o calor armazenado no miolo


durante o contato com o gás quente é transferido para o gás frio
durante o contato com a corrente fria.

 Aplicados em motores de turbina de gás veicular e como um


desumidificador em aplicações em sistemas de ar condicionado.
Regeneradores rotativos

 Uma vez que o miolo da transferência de calor gira, a temperatura


dos gases e a da parede depende do espaço e do tempo;

 Nesse trocador é necessário relacionar a capacidade calorífica do


rotor com a capacidade calorífica das correntes dos fluidos, com
as vazões dos fluidos e com a velocidade de rotação.
Regeneradores rotativos

 Podem operar em temperaturas até 870°C;

 Miolos de cerâmica são utilizados em temperaturas mais altas;

 São convenientes para a troca de calor de gás para gás;

 Não é conveniente para a transferência de calor de líquido para


líquido;
Regeneradores rotativos

Tipo Rothemuhle
• O invólucro gira durante o processo de transferência de
calor, enquanto a matriz se mantém inalterada da sua
posição;

Tipo Ljungstrom
• É unicamente a matriz que altera continuamente a sua
posição angular.
Tipo Rothemuhle

https://www.youtube.com/watch?v=YqzhOCSQzZ
4
Tipo Ljungstrom

https://www.youtube.com/watch?v=XuLfASz0Yk
U&t=3s

https://www.youtube.com/watch?v=au7uWoBr-
ic
Materiais usados em projeto de regeneradores

 Em ar condicionado e processos industriais de recuperação de


calor, malha de alumínio ou em matriz de aço inoxidável;

 Em criogenia, os aços carbono tornam-se frágeis, de forma que


materiais como aços inoxidáveis austeníticos, ligas de cobre,
certas ligas de alumínio, níquel, titânio e alguns outros metais que
conservam a ductilidade em temperaturas criogênicas devem ser
usados;

 Plásticos, papel e lã são utilizados em regeneradores que operam


abaixo de temperaturas à volta de 65 ° C (150ºF).
Principais aplicações de regeneradores
 Aquecimento/resfriamento de fluido, aproveitando o gás de
combustão de caldeira para o aquecimento de fornos, na
produção de coque, ou para fundição de vidro;

 Reaquecimento de vapor de turbina, aumentando o rendimento


de um ciclo com mais de uma turbina;
Principais aplicações de regeneradores

 Produção de biocombustíveis, para aquecer ou condensar fluidos


do processo, como mosto ou vapores da fermentação;

 Produção de açúcar, para resfriamento da vinhaça nas dornas de


fermentação e nos secadores
de leveduras, aproveitando
o calor gerado nas dornas
fermentativas.
Orientações básicas para escolha de um trocador
de calor
? ?

 Disponibilidade de cálculos
? para dimensionamento (casco e
tubo e duplo tubo);
? ?
 Desempenho térmico;
 Manutenção;
 Flexibilidade operacional;
 Custo;
 Perda de Carga.
Fases do projeto de um trocador de calor

Análise Térmica

3 Etapas Principais Projeto Mecânico Preliminar

Projeto de Fabricação
Fases do projeto de um trocador de calor

Análise térmica

• Considera as condições de escoamento para


determinação da área de troca térmica
necessária.
Fases do projeto de um trocador de calor

Projeto mecânico preliminar

• Considera as condições de operação tais como


pressão e temperatura;
• Relação de troca de calor no sistema;
• Corrosão;
• Expansões térmicas relativas.
Metodologias de cálculo para trocadores
Facilitado nos casos nos
 Método DTML quais são conhecidas as
temperaturas de entrada e
saída do fluído quente e
frio.
 Hipóteses admitidas:

 O coeficiente total de transmissão de calor é constante em todo


o comprimento da trajetória;
 O calor específico é constante em todos os pontos da trajetória;
 Não existem mudanças de fase parciais no sistema;
 As perdas de calor são desprezíveis.
Metodologias de cálculo para trocadores

𝑇1 − 𝑡2 − (𝑇2 − 𝑡1 )
∆𝑇𝑚𝑙 = 𝐷𝑇𝑀𝐿 =
𝑇 − 𝑡2
ln 1
𝑇2 − 𝑡1

Onde:

DTML = diferença da Temperatura Media Logarítmica (oC);


T1 = temperatura de entrada do fluido frio (oC);
T2 = temperatura de saída do fluido frio (oC );
t1 = temperatura de entrada do fluido quente (oC);
t2 = temperatura de saída do fluido quente (oC).
Metodologias de cálculo para trocadores

Taxa de transferência de calor:

𝑄 = 𝑈 ∙ 𝐴 ∙ ∆𝑇𝑚𝑙
Metodologias de cálculo para trocadores
Aplicado quando apenas se
Método NUT conhece apenas as temperaturas
de entrada.

𝑞 = Ԑ𝐶𝑚𝑖𝑛 (𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑞,𝑠 )

𝑈𝐴
𝑁𝑈𝑇 ≡
𝐶𝑚𝑖𝑛
Análise de um trocador regenerador rotativo

• Funcionamento

Matriz porosa de material capaz de


armazenar energia (cerâmica, aço).
Superfície de troca térmica

 Pratos finos, geralmente


de aço;
 Diversos tipos de
superfície;
 Análise dos efeitos de
corrosão causados pelos
fluidos em escoamento;
 Vários materiais podem
ser usados na confecção:
 200-425°C = alumínio;
 425-980°C = aço;
 Acima de 980°C = aço
liga.
Método da efetividade-NUT aplicado a
um trocador regenerador rotativo
𝑞 = 𝐶𝑞 ∙ (𝑇𝑞𝑒 − 𝑇𝑞𝑠 )

𝑞 = 𝐶𝑓 ∙ (𝑇𝑓𝑠 − 𝑇𝑓𝑒 )

q= taxa de transferência de calor total (W);


𝐶𝑞 = Capacidade térmica do fluido quente (W/K);
𝐶𝑓 = Capacidade térmica do fluido frio (W/K);
𝑇𝑞𝑒 = Temperatura média de entrada do fluido quente;
𝑇𝑞𝑠 = Temperatura média de saída do fluido quente;
𝑇𝑓𝑒 = Temperatura média de entrada do fluido frio;
𝑇𝑓𝑠 = Temperatura média de saída do fluido frio.
Determinação das capacidades térmicas

𝐶𝑞 = 𝑚ሶ𝑞 ∙ 𝑐𝑝,𝑞

𝐶𝑓 = 𝑚ሶ𝑓 ∙ 𝑐𝑝,𝑓

* 𝑚𝑞ሶ e 𝑚ሶ𝑓 são as vazões mássicas dos fluidos quente e frio,


respectivamente (Kg/s).
*𝑐𝑝,𝑞 e 𝑐𝑝,𝑓 = são os calores específicos do fluido quente e frio,
respectivamente (J/KgK)
Determinação da taxa máxima de
transferência de calor

𝑞𝑚á𝑥 = 𝐶𝑚𝑖𝑛 ∙ (𝑇𝑞𝑒 − 𝑇𝑓𝑒 )

∗ 𝐶𝑚𝑖𝑛 é a menor capacitância encontrada entre


𝐶𝑞 e 𝐶𝑓 .
Determinação da efetividade (ԑ)

𝑞𝑟𝑒𝑎𝑙
ԑ=
𝑞𝑚á𝑥

Com a efetividade determinada, a taxa de calor


trocada no trocador por unidade de tempo será:

𝑞 = 𝜀 ∙ 𝐶𝑚𝑖𝑛 ∙ (𝑇𝑞𝑒 − 𝑇𝑓𝑒 )


• A rotação da matriz assim como sua massa são
fatores que interferem na efetividade do
trocador.

Correlação de Kays e London

𝐶𝑚𝑖𝑛 𝐶𝑟

𝜀 = 𝑓(𝐶 = , 𝑁𝑈𝑇, 𝐶𝑟 ∗ = ),
𝐶𝑚á𝑥 𝐶𝑚𝑖𝑛
1 1
𝑁𝑈𝑇 = ∙
𝐶𝑚𝑖𝑛 1 1
+
ℎ𝐴𝑡𝑟 𝑓 ℎ𝐴𝑡𝑟 𝑞

*h= coeficiente de transferência de calor


(W/m2K);

*Atr= Área de troca térmica do regenerador em


m 2.
Fator de correção de Kays e London para 𝜀𝑟 ≤90%

𝑅𝑂𝑇
𝐶𝑟 = ∙ 𝑚𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 ∙ 𝑐𝑚
60

1
𝜑𝑟 = 1 − ∗1,93
9 ∙ 𝐶𝑟

1
𝜑𝑟 = 1 − 1,93
9 ∙ 𝐶𝑟 ∗

𝜀𝑟 = 𝜑𝑟 ∙ 𝜀
Modelagem matemática

• Objetivo: Encontrar equações que descrevam a transferência de


energia na matriz e nos fluidos de trabalho;

• Permitir a escolha do melhor sistema de selagem;

• Emprego da 1ª lei da termodinâmica da conservação de energia;

• Considerações: regime permanente, sem mudança de fase, vazões


mássicas constantes, entre outras.
Sistema de selagem/vedação

• Objetivo: evitar a contaminação das correntes e vazamentos de


fluidos;

• Efeitos da variação de temperatura (dilatação e contração).


Perfil de distribuição de temperatura
Perfil de distribuição de temperatura

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