You are on page 1of 28

O CAMPO

CIENTÍFICO
PIERRE BOURDIEU
(1930-2002)
Filósofo, Sociólogo e pensador francês
Autor de uma série de obras que
contribuíram para renovar o entendimento
da Sociologia e da Etnologia no século XX.

Tornou-se referência na Antropologia e na


Sociologia, publicando trabalhos sobre
educação, cultura, literatura, arte, mídia,
linguística, comunicação e política.

Com sua vasta produção intelectual, recebeu


o título “Doutor Honoris Causa” da
Universidade Livre de Berlim (1989), da
Universidade Johann Wolfgang-Goethe de
Frankfurt (1996) e da Universidade de
Atenas (1996).
Filósofo, sociólogo e comentarista político da
França na Faculdade de Letras de Paris.

A partir da observação da realidade de sua época,


o filósofo tentou explicar a atração exercida pelo
marxismo sobre muitos intelectuais europeus,
com quem entrou em conflito. Para Aron, a
doutrina de Marx para a sociedade, a economia e
a política parecia divorciada da evolução
econômica e social do mundo ocidental.
Antropologia Sociologia

Educação Cultura Literatura

Arte Mídia

Linguística Política
Le champ scientifique. Actes de Ia Recherche en Sciences Sociales, n. 2-
3, jun. 1976, p. 88-104. Tradução de Alicia Gutierrez.
Estructuras sociales

Los indivíduos
Relaciones
tienen
objetivas
conocimientos
prácticos

Cientista Social: Relación


dialéctica
¿Cómo explicar y comprender –nosotros mismos- las problemáticas sociales que nos preocupan?

...LA PROPIA PRÁCTICA DEL INVESTIGADOR

Objetivación del
Reflexivilidad
sujeto objetivado

Sesgos que oscurecen la mirada sociológica:

1. Las características personales del investigador: clase, sexo, étnia…


2. La posición que el analista ocupa en el microcosmo del campo académico.
3. El sesgo intelectualista, aquel que lleva a concebir el mundo como un espectáculo
a ser interpretado y no como conjunto de problemas concretos que reclaman
soluciones practicas.
La reflexividad epistémica supone plantear una determinada manera de mirar y analizar
los condicionamientos sociales que afectan al processo de investigación

EL PRÓPRIO INVESTIGADOR
Y SUS RELACIONES

Realidad que analiza Las que lo unen y lo


enfrentan com sus pares
Com los agentes cuyas
prácticas investiga Las instituciones comprometidas
en el juego científico

“El sentido de las prácticas” Condicionamientos sociales


que afectan la producción del
investigador.
¿Cómo comprender y explicar nuestras propias prácticas, como investigadores?
CONCEITOS CENTRAIS PARA ENTENDER
A PROPOSTA DO BOURDIEU

Habitu
s

Capital

Campo
A luta pelo monopólio da competencia científica
O CAMPO CIENTÍFICO

Sistema de relações objetivas Espaço de uma luta concorrencial

Monopólio da competência científica Monopólio da autoridade científica

Capacidade de Capacidade técnica Poder social


falar e de agir
legitimamente
O CAMPO CIENTÍFICO

Seu próprio funcionamento

Produz supõe

uma forma específica de


Intrínseco Autoridade
Interesse
(ou de competência)
Extrínseco

“Os julgamentos sobre a capacidade científica de um estudante ou de um


pesquisador estão sempre contaminados, no transcurso de sua carreira, pelo
conhecimento da posição que ele ocupa nas hierarquias instituídas”.
Conflitos científicos

LUTAS
Conflitos epistemológicos Conflitos políticos

• Obtenção de créditos
• Equipamentos técnicos poderosos
• Mão-de- obra abundante

O que é percebido como importante e interessante é o que tem chances de ser reconhecido como
importante e interessante pelos outros; portanto, aquilo que tem a possibilidade de fazer aparecer
aquele que o produz como importante e interessante aos olhos dos outros.

e o campo científico, enquanto lugar de luta política pela dominação científica, que designa a cada
pesquisador, em função da posição que ele ocupa, seus problemas, indissociavelmente
políticos e científicos, e seus métodos, estratégias científicas que, pelo fato de se definirem
expressa ou objetivamente pela referência ao sistema de posições políticas e científicas
constitutivas do campo científico, são ao mesmo tempo estratégias políticas.
A ACUMULAÇÃO DO CAPITAL
CIENTÍFICO
Como
percebo
ganhos
“… somente os no
Como se cientistas engajados no campo?
increment mesmo jogo detêm os
a o capital? meios de se apropriar
simbolicamente da
obra científica e de
avaliar seus méritos”
(6)
QUEM DEFINE O QUE É
CIÊNCIA?
• Na luta em que cada um dos agentes deve engajar-se para impor o valor de
seus produtos e de sua própria autoridade de produtor legítimo, está sempre
em jogo o poder de impor uma definição da ciência (isto é, a de limitação do
campo dos problemas, dos métodos e das teorias que podem ser considerados
científicos) que mais esteja de acordo com seus interesses específicos. (6)
COMUNIDADE CIENTÍFICA?

ESPECIALISTAS
INTERNACIONAIS?
“Por trás das problemáticas dos especialistas sobre o valor
relativo dos regimes universitários se esconde,
inevitavelmente, a questão das condições ótimas para o
desenvolvimento da ciência e, consequentemente, do melhor
regime político –os sociólogos americanos tendem a fazer da
“democracia liberal” de estilo americano a condição da
“democracia científica”” (9)
Capital científico e propensão a investir

A estrutura do campo científico se define, a cada momento, pelo estado das relações de
força entre os protagonistas em luta, agentes ou instituições, isto é, pela estrutura da
distribuição do capital específico, resultado das lutas anteriores que se encontra objetivado
nas instituições e nas disposições e que comanda as estratégias e as chances objetivas dos
diferentes agentes ou instituições.

Os investimentos dos pesquisadores dependem tanto na sua importância (medida, por


exemplo, em tempo dedicado à pesquisa) quanto na sua natureza (e, particularmente, no
grau do risco assumido) da importância de seu capital atual e potencial de reconhecimento
e de sua posição atual e potencial no campo.
CÓMO SE ACUMULA O CAPITAL?
 Carrera bem sucedida. O que
isso significa na ciência?

 Como se constrói um nome no


campo científico?

Como se ganha visibilidade?


Da revolução inaugural à revolução permanente

Quais são as condições sociais que


devem ser preenchidas para que se
instaure um jogo social onde prevaleça a
idéia verdadeira, porque os que dele
participam têm interesse na verdade, em
vez de ter, como em outros jogos, a
verdade de seus interesses?
A estrutura da distribuição
A estrutura da luta dentro do do capital no campo está
campo se gera a partir da
A ORDEM
relacionado com o grau de
distribuição do capital homogeneidade. Colocando
específico científico entre os uma maior ou menor
CIENTÍFICA participantes da luta. disputa entre as estratégias
de conservação e as
ESTABELE
Este é sempre desigual.
estratégias de subversão.

CIDA
Como se configura
o campo?
 Qual é a sua forma? Estratégias de Estratégias de
conservação subversão
A CIÊNCIA
E OS
DOXÓSOFO
S
“A ciência jamais teve outro
fundamento senão o da crença
coletiva em seus fundamentos,
que o próprio funcionamento do
campo científico produz e
supõe”. (24)
A CIÊNCIA E OS DOXÓSOFOS

• “O campo de discussão que a ortodoxia e a


heterodoxia desenham, através de suas lutas, se
recorta sobre o fundo do campo da doxa,
conjunto de pressupostos que os antagonistas
admitem como sendo evidentes, aquém de
qualquer discussão, porque constituem a
condição tácita da discussão.” (25)
QUESTÕES
• 1.Teniendo en consideración la siguiente cita : “Tanto en el campo científico como en el campo de las relaciones de clase no
existen instancias que legitiman las instancias de legitimidad; las reivindicaciones de legitimidad quitan su legitimidad de la
fuerza relativa de los grupos cuyos intereses expresan: a medida que la propia definición de los criterios de juicio y de los
principios de jerarquización están en juego en la lucha, nadie es buen juez porque no hay juez que no sea, al mismo tiempo,
juez y parte interesada”
¿Cómo se refleja dicho ciclo de ejercicio de poder y/o reproducción del conocimiento en las escuelas latinoamericanas y
específicamente qué mecanismo se utilizan para asegurar la reproducción de las condiciones del juego?


2. “las transformaciones de la estructura del campo son el producto de las estrategias de conservación o de subversión que
encuentran el principio de su orientación y de su eficacia en las propiedades de la posición que ocupan los que las producen
en el interior de la estructura del campo.” ¿De qué forma la cuestión generacional opera en las transformaciones del campo
científico, por ejemplo en las comunidades académicas?
1. Si bien Bordieu señala que existen luchas y fuerzas que explican la estructura tensa del
campo científico, me pregunto, ¿Cómo es posible la existencia de mecanismos que
parecerían perfectos al ejercer la dominación en sociedades capitalistas tan complejas?,
¿Cómo se explicaría entonces la existencia de proyectos teóricos y políticos más
autónomos y relacionados con la acción contra hegemónica?

2. Si como afirma Bordieu, el “sistema de enseñanza” es lo único capaz de asegurar la


permanencia a la ciencia oficial a través de la reproducción ¿Qué pasaría entonces
dentro del “sistema de enseñanza” para que esto suceda?, es decir, ¿Cuáles son, para
Bordieu, los mecanismos reproductivos, en términos teóricos, en la escuela?

You might also like