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Adubação de pastagens

 VISÃO GENERALIZADA DA ADUBAÇÃO DE PASTAGENS:


- ANTI-ECONÔMICA
- As espécies forrageiras não são exigentes em fertilidade e não
respondem a calagem

- Pastagens relegadas a áreas marginais ---extrativismo

Solos com fertilidade natural elevada – pastagens são manejadas


intensivamente sem reposição de nutrientes em 4 a 5 anos entram
em processo de degradação
Que sistema estamos
Trabalhando?

Qual queremos
trabalhar?

Que problemas estamos


enfrentando?

Onde queremos chegar?


Como Chegar?
CULTURAS

Tratos Culturais
Principal - ADUBAÇÃO

PASTAGEM

SEM ADUBAÇÃO
SEM MANEJO Conseqüências:
- Baixa lotação
- Carência nutricional
Produção de Grãos
Produção de Forragem
17

16

15
Mat. seca - kg/ha/dia

14

13

12

11

10
4 6 8 10 12 14 16
568 kg 1006 kg 1444 kg 1882 kg
MS/ha MS/ha MS/ha MS/ha
Nabinger, 2009
Qualidade Densidade de Profundidade
da semente semeadura de semeadura

Época do
Método de
estabelecimento
estabelecimento
O que irá garantir o
sucesso produtivo?

Correção Controle Manejo


do solo de PD inicial
MESMA ALTURA!
Agora ficou claro!!!!
 PRODUÇÃO ANIMAL PASTO----BAIXOS ÍNDICES
ZOOTÉCNICOS

- BAIXA CAPACIDADE DE SUPORTE DAS PASTAGENS


- MATÉRIA SECA DE BAIXA QUALIDADE
- MINERALIZAÇÃO DEFICIENTE

- Características solos tropicais:


- Elevada acidez
- Reduzidos teores de P
- Baixos teores de matéria orgânica
Rio Pomba - MG
 Excelentes condições climáticas:
 Alta pluviosidade
 Elevada luminosidade
 Temperaturas médias acima de 24oC
 FERTILIDADE DO SOLO
 LEI DO MINIMO:

 lei de Liebig, foi enunciada em 1843


 o crescimento de uma planta está limitado por
aquele nutriente que se encontra em menor
proporção no solo, em relação à necessidade das
plantas (Russell & Russell, 1973; Tisdale &
Nelson, 1975; Raij, 1981)
 FERTILIDADE DO SOLO

 Lei dos incrementos decrescentes: Em


1909, o alemão E. A. Mitscherlich
 “com o aumento progressivo das doses
do nutriente deficiente no solo, a
produtividade aumenta rapidamente no
início (tendendo a uma resposta linear) e
estes aumentos tornam-se cada vez
menores até atingir um platô, quando não
há mais resposta a novas adições”
(Malavolta, 1976; Braga, 1983; Pimentel
Gomes, 1985).
Estacionalidade da produção forrageira tropical

Disponibilidade e Qualidade da Forragem

Dem anda Anim al

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Meses
 RECICLAGEM NUTRIENTES

 1) distribuição irregular das excretas


 2) Perdas (lixiviação, fixação, volatilização, erosão)

MATÉRIA ORGÂNICA
- Mo Aum CTC solo
- Solos sob pastagem: teores elevados MO-
renovação constante do sistema radicular e
senescência de folhas
INTERPRETAÇÃO DE LAUDOS DE ANÁLISE
EXTRATORES

Cátions  diferentes extratores fornecem resultados


comparáveis
Fósforo  Método da RESINA apresenta melhores
resultados que o Método de MELICH
Microminerais  B: água quente; Zn, Fe, Cu e Mn:
solução complexante DTPA
pH (água) versus pH (CaCl2) resultados
melhores com o último, superestimados pelo
primeiro (0.5 a 0.6)

Nitrogênio e Enxofre  laboratórios nacionais


ainda deficientes em metodologia
adequada
Adubação nitrogenada
 Nitrogênio – nutriente mais consumido no mundo
 Fontes mais difundidas – uréia e sulfato de amônio
 Uréia perdas de até 30% do N aplicado em pastagens tropicais
 Sulfato de amônio perdas insignificantes
 Sulfato tem maior custo - Preço do kg do N
 Adubação nitrogenada é o item que mais contribui no custo total
da pastagem (corresponde entre 34 e 47% do custo total)
 A fonte de N não influencia o desempenho animal
(manejo animal + manejo do adubo)
 Resposta ao uso do N
 Manejo da pastagem – altura de pastejo X resíduo pós
pastejo
 Condições edafo-climáticas
O nitrogênio não existe nas rochas que dão origem ao solo
No ar atmosférico está na forma N2 não aproveitável pelos vegetais

Transferência de nitrogênio para o solo se dá:


-Fixação por microorganismos do solo (Neces. Fe; Mo; Co)
-Descargas elétricas
-Decomposição matéria orgânica

Formas de nitrogênio aproveitável pela planta


- Nitrato (NO3 -) e amônio (NH4 +)
 Nitrogênio na planta

Reduzido a forma amoniacal e combinado cadeias orgânicas ácido


glutâmico aminoácidos.

Plantas deficientes em nitrogênio apresentam-se amareladas e com


crescimento reduzido.
Clorose folhas mais velhas; ciclo encurtado (floresce antes)

RECOMENDAÇÕES

Se considerarmos 1,5% N MS
1 UA 13 kg MS/dia em 180 dias 2340 kg MS (1,5% - 35,1 kg N)

Em média 1 kg de nitrogênio representa de 30 a 60 kg de MS/ha


 ÉPOCA E FORMAS DE APLICAÇÃO

As recomendações variam de 50 a 300 kg/há.ano


Parcelar as doses

20% plantio restante após o pastejo


 PERDAS NITROGÊNIO

 Volatilização – 30%
 Uréia – único fertilizante cuja hidrólise no solo é mediada por uma
enzima produzida por microorganismos no solo (urease)
 Temperaturas acima de 20oC aumentam perdas
 CO (NH2)2 (NH4) 2CO3
 H2O urease
Composição do custo /ha de produção da pastagem de aveia mais
azevém adubada com fontes de nitrogênio (RESTLE et al. 2000)

Descrição dos custos Uréia Sulfato de Amônio

Mecanização 34,00 34,00

Adubação de manutenção 56,00 56,00

Sementes 69,00 69,00

Arrendamento 30,00 30,00

Adubação nitrogenada 97,80 171,40

TOTAL 286,80 360,40


Fósforo
Fósforo
 No Brasil a deficiência é generalizada
 Alta fixação do P nos solos brasileiros

SOLO: predomina H2PO4-


Na forma sólida solo o fósforo combina com Fe, Al
e Ca.
MO 50:1
Solos ácidos predomina óxidos ferro e alumínio e neutros Ca

Fósforo na planta: desenvolvimento radicular e perfilhamento das


forrageiras
Nível planta 1 a 5 g/kg MS
Alta mobilidade na planta
Figure Soil pH effect on P adsorption and precipitation. Adapted from Stevenson, Cycles of Soil, p. 250, John Wiley & Sons, 1986.
 Associações micorrízicas aumentam a absorção de fósforo.
 RECOMENDAÇÕES
Feitas com base na análise solo
ESALQ - 9 kg P2O5 para cada 1 mmolc/dm3
 Tabela . Recomendação geral de adubação para o fósforo.

Teor de P no solo Recomendação


mg/dm3 P2O5/ha
<10 80-100 kg

10 a 20 40 a 50 kg

20 a 30 20 kg

>30 desnecessário
Tabela . Características dos principais adubos fosfatados usados no Brasil
% P2O5 (*) %
Adubo Total HCi CiNH4 H2O N CaO MgO S
Solúveis
Superfosfato 30 30 29 28 27 - 28 - 8
Superfosfato simples 20 18 18 17 0 28 0 12
Superfosfato triplo 45 40 44 38 0 20 0 1
Fosfato monoamonico 52 50 52 50 10 0 0 0
Fosfato diamonico 45 42 44 40 17 0 0
Nitrofosfato 20 18 18 16 18 12 0 0
Fosfato bicalcico 40 40 40 0 0 30 0 0
Termofosfato 19 16 13 0 0 28 16 0
Escoria de Thomas 19 15 12 0 0 25 - 0
FAPS 26 10 12 8 0 35 - 6
Insoluveis
Farinha de ossos 30 25 17 0 36 0 0
Olinda 26 5 1 0 0 43 0 0
Hiperfosfato 27 12 6 0 0 40 0 0
Abaeté 24 4 1 0 0 - 0 0
Patos de minas 23 4 1,5 0 0 - 0 0
Alvorada 33 6 2,5 0 0 - 0 0
Ipanema 39 3 2 0 0 - 0 0
Jacupiranga 33 2 - 0 0 - 0 0
Araxa 36 5 2 0 0 42 0 0
Catalão 37 2,5 0,5 0 0 - 0 0
Tapira 37 2,5 2 0 0 - 0 0
Maranhão 30 1 15 0 0 - 0 0
Fospal 32 0,,5 6 0 0 0 0 0
Fosfato conc (FCA) 35 4 - - - 48 - -
Potássio
 Capins deficientes em potássio apresentam colmos finos e menos
resistentes ao tombamento.
 Em leguminosas – redução da fixação de nitrogênio
 Reciclado pelas fezes e urina
 Tem alta mobilidade no solo sujeito a lixiviação
 Principal fonte é o cloreto de potássio (60% K2O) – elevado índice de
salinidade (não deve ter contato direto com a semente)
Teor de K no solo Recomendação de
Cmolc/dm3 adubação kg K2O/há
<0,07 40 a 60 kg

0,08 a 0,15 20 a 40 kg

0,16 a 0,30 0 a 20 kg

>0,30 desnecessária
Enxofre
 Aplicado :

 Gesso
 Superfosfato simples
 Sulfato de amônio
Micronutrientes em pastagens

 Sintomas de deficiência podem aparecer com elevados teores de


macronutrientes
 Fatores que afetam a disponibilidade
 Adubação fosfatada e calagem pesada
 Teor de M.O.
 Água no solo
 pH do solo – 4,0 a 6,0 maior disponibilidade
 Tipo de solo – material de origem
 Deficiências ainda não generalizadas
 Limite entre toxicidade e deficiência é estreita
 Altas doses de N em pastagens utilizadas intensivamente e
adubadas com altas doses de N podem causar deficiência
 Teores na forragem geralmente tem sido abaixo do requerido
pelos animais em pastejo
 Principais micronutrientes em pastagens: Zn, B, Cu, Mo
Reciclagem de
nutrientes em
pastagens
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
 A adubação orgânica compreende o uso de resíduos orgânicos
de origem animal, vegetal ou agro-industrial com a finalidade de
aumentar a produtividade das culturas.
 Vantagens:
 Eleva a capacidade de troca de cátions
 Contribui para maior agregação de partículas do solo, reduzindo
a susceptibilidade à erosão.
 Aumenta a capacidade de retenção de água
 Concorre para a maior estabilidade da temperatura do solo.
 Aumenta a disponibilidade de nutrientes (mineralização)
 Contribui para diminuição da fixação de P no solo
 Fonte de nutrientes para microorganismos
 Quantidades utilizadas:

 Esterco de curral: 20 a 40 t/há


 Esterco de aves : 2 a 5 t/há
 Esterco líquido: 30 a 90 m3/ha
FERTIRRIGAÇÃO
 Dissolução de fertilizantes solúveis em água e a aplicação da
solução produzida através do sistema de irrigação
 Pode ser realizado na irrigação de superfície (sulcos e diques),
aspersão e localizada (gotejamento)
 Vantagens: evita-se a movimentação de máquinas
(compactação)
 Parcelar a aplicação
 Redução das perdas de nitrogênio por lixiviação e volatilização
 Uniformidade de aplicação dos fertilizantes
 Desvantagens:
 Os fertilizantes mais adequados à fertirrigação podem ser mais
caros
 Exige maior cuidado
 Não e consegue na irrigação por asperção aplicar o fertilizante de
forma localizada.
 Há risco de corrosão do sistema de irrigação
FERTILIZANTES MISTOS
 É a forma mais comum de comercialização da maior parte dos
fertilizantes consumidos no Brasil.

 N:P:K 20:80:40
 Verificar entre as fórmulas de fertilizantes quais as que poderiam
atender às exigências do fornecimento de 20:80:40.

 A) dividir os números das fórmulas pelo menor deles


 B) dividir exigência NPK menor

 EX. 4:16:8 / 4 = 1 4 2 20:80:40 / 20 = 1 4 2


 Verificar quantos kg/há:
 N 20/4 = 5.100=500 kg/há
 P 80/16=5.100=500 kg/há
 K 40/8=5.100=500 kg/ha
Fórmulas de plantio  maior concentração de
Fósforo e Potássio:
(5 – 25 – 25); (4 – 14 – 8); (5 – 30 – 15)
% N - % P2O5 - % K2O

Fórmulas para cobertura  concentração


semelhante  10-10-10; 20-5-20
ADUBAÇÃO CAMPO FENO E
ÁREAS SILAGEM
 Atenção especial pois a remoção de forragem transporta elementos
minerais, não havendo reciclagem.
 Coleta solo deve ser anual.

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