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CURSOS EFA – Uma

Abordagem Global

"Tão importante quanto o que se ensina e se


aprende é como se ensina e como se aprende.”

( César Coll )
Enquadramento Legal
 Portaria nº 230/2008 de 7 de Março
 Despacho nº 11203/2007 de 8 de Junho
 Despacho nº 14310/2008 de 23 de Maio (ponto nº 19)
 Orientações Técnicas (ANQ)
 Catálogo Nacional de Qualificações (Decreto-Lei nº
396/2007 de 31 de Dezembro)
 Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.2 do
Eixo 2 (POPH) (Despacho nº 18227/2008, de 8 de Junho)
 Decreto Regulamentar nº 66/1994, de 18 de Novembro
 Decreto Regulamentar nº 26/1997, de 18 de Junho
O que são cursos EFA?
 Os Cursos de Educação e Formação de Adultos são uma oferta
formativa, integrada na Iniciativa Novas Oportunidades e têm vindo a
afirmar-se como um instrumento central das políticas públicas, para a
qualificação de adultos, promovendo assim, a redução dos seus défices de
qualificação.

 Os cursos EFA podem ter vários percursos formativos:


- Nível Básico (B1, B2, B1+B2, B3, B2+B3)
- Nível Secundário (NS)

 Os cursos EFA podem ter três itinerários diferentes:


- Dupla certificação (quando conferem uma habilitação escolar e
tecnológica/profissionalizante)
- Escolares (quando conferem apenas uma habilitação escolar)
- Apenas com a componente de formação tecnológica, para formandos já
detentores do EB ou do ES (ao abrigo do ponto 4, artigo 1º da Portaria nº
230)
Público Alvo

Adultos com idade igual ou


superior a 18 anos, à data de início
da formação

Cursos EFA-NS (diurnos)


adultos com idade igual ou
superior a 23 anos

Excepção: Formandos com


idade inferior a 18 anos, desde
que, comprovadamente, inseridos
no mercado de trabalho
Cursos EFA - Posicionamento nos percursos

Momento Prévio de Diagnóstico (Artº6ºda Portaria 230)

 Orientado para o posicionamento do adulto na oferta EFA que lhe for mais adequada
(nível de formação, componente de certificação, etc.) e é desenvolvido pelo mediador, em
colaboração com a restante equipa técnico-pedagógica do curso.

Deve definir se o adulto deverá iniciar um percurso EFA de dupla certificação, EFA
escolar ou componente tecnológica de um EFA (desde que o adulto apresente à entidade
formadora/escola um diploma de conclusão do ensino básico ou do ensino secundário) ou se,
pelo contrário, tem condições para ser encaminhado para um Centro Novas Oportunidades
(tendo em conta, por exemplo, a experiência de vida, a idade, a experiência profissional,
etc).

Os adultos que se enquadrem nas condições previstas do DL nº 357/2007 de 29 de


Outubro, sobre a conclusão e certificação do ensino secundário, devem ser encaminhados
para estabelecimentos de ensino público, particular ou cooperativo com oferta de ensino
secundário ou para Centros Novas Oportunidades inseridos em estabelecimentos de ensino
publico, privado ou cooperativo que disponham de ensino secundário.
Candidatura na Plataforma SIGO
 Os cursos EFA são candidatados na Plataforma SIGO e
podem iniciar em qualquer altura do ano lectivo, de acordo
com a disponibilidade dos formandos.
 Quando se tratar de cursos financiados deve haver,
também, uma candidatura ao POPH, na plataforma SIIFSE,
respeitando os prazos de candidatura estabelecidos.
 Na plataforma SIGO, a candidatura passa por vários
estados: Intenção, Submetida, em Homologação e
Autorizada.
 A autorização de um curso EFA depende do preenchimento
de todos os itens.
 Quando o curso iniciar, a entidade deverá passá-lo para o
estado de Em Funcionamento.
Como fazer uma candidatura
EFA na plataforma SIGO?
 Entrar na plataforma com o código de acesso e
respectiva palavra - passe da entidade;

 Clicar em “Nova Candidatura” e preencher os


itens apresentados: “Identificação das
Entidades Envolvidas”, “Identificação do
Curso”; Enquadramento da Oferta Formativa”,
“Plano Curricular”; Alunos/Formandos”;
“RH/Formadores” e “Organização do Curso”.

 Submeter a candidatura para análise, por parte do


Organismo Competente.
Plano Curricular – Nível Básico
No nível básico, os cursos EFA compreendem uma formação
de Base que integra, de forma articulada, 4 áreas de
Competências-Chave:

Cidadania e Empregabilidade (CE),


Linguagem e Comunicação (LC)/ LCE (Língua Estrangeira),
Matemática para a Vida (MV),
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

A FB contempla, ainda, o Módulo de Aprender com


Autonomia (AA).
Plano Curricular – Nível Básico
Cargas Horárias – Nível Básico a)

Componentes da formação
Percurso Condições Aprender Formação
Formação TOTAL
formativo mínimas de acesso com tecnológica
de base (b)
autonomia (b)
Cursos EFA de nível básico e nível 1 de formação
< 1.º ciclo do 40 400 350 790
B1
ensino básico
1.º ciclo do ensino 40 450 350 840
B2
básico c)
< 1.º ciclo do 40 850 350 1.240
B 1+2
ensino básico c)
Cursos EFA de nível básico e nível 2 de formação
2º ciclo do ensino 40 900 c) 1.000* d) 1.940
B3
básico
1.º ciclo do ensino 40 1.350 c) 1.000* d) 2.390
B 2+3
básico
Percurso 40 1.350 e) 1.000* d) e) e)
flexível a partir < 1.º ciclo do
de processo ensino básico
RVCC
Cargas Horárias – Nível Básico a) (cont.)

NOTAS:
a) No caso de cursos EFA que sejam desenvolvidos apenas em função de uma das componentes
de formação, são consideradas as cargas horárias associadas especificamente à componente
de formação de base ou tecnológica, respectivamente, acrescidas do módulo «Aprender com
Autonomia”.
b) A duração mínima da formação de base é de cem horas, bem como a da formação
tecnológica.
c) Inclusão obrigatória de uma língua estrangeira com carga horária máxima de cinquenta
horas para o nível B 2 e de cem horas para o nível B 3.
d) Acresce, obrigatoriamente, cento e vinte horas de formação prática em contexto de
trabalho, para o adulto que não exerça actividade correspondente à saída profissional do
curso frequentado ou uma actividade profissional numa área afim. O adulto comprovadamente
inserido no mercado de trabalho pode ser dispensado da formação prática em contexto de trabalho, quando
a mesma for de carácter obrigatório, mediante autorização prévia do serviço responsável pela autorização
de funcionamento do curso.
e) O nº de horas é ajustado (em termos de duração) em resultado do processo de RVCC,
sempre que aplicável.
* O limite máximo da carga horária dos referenciais de formação pode ser ajustado, tendo
em conta os referenciais constantes no Catálogo Nacional de Qualificações.

Ver Orientações Técnicas 1, 2, 3 e 4


Desenho do Referencial de Competências-Chave
– Nível Básico
Cidadania
Empregabilidade(CE)

Tecnologias
Informação
Comunicação(TIC)

Linguagem Matemática
Comunicação para a vida(MV)
(LC e LE)

Cidadania
Cidadania
Empregabilidade(CE)
Empregabilidade
Plano Curricular – Nível
Secundário
No nível secundário, os cursos EFA compreendem uma Formação de Base que
integra, de forma articulada, 3 áreas de Competências-Chave:

Cidadania e Profissionalidade (CP),


Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC),
Cultura, Língua e Comunicação (CLC).

A FB contempla, ainda, a Área de Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (Área de


PRA).

No nível secundário existem 3 percursos tipificados::


Tipo A (para formandos que tem o 9º ano de escolaridade)
Tipo B (para formandos que têm o 10º ano de escolaridade)
Tipo C (para formandos que têm o 11º ano de escolaridade)
Cargas Horárias – Nível Secundário e
de habilitação escolar
Componentes da formação
Condições mínimas
Percurso formativo TOTAL
de Acesso
Formação de base
PRA b)
a)
S - Tipo A 9º ano 1.100 c) 50 1.150
S - Tipo B 10º ano 600 d) 25 625
S - Tipo C 11º ano 300 e) 15 315
Percurso flexível a < ou = 9º ano 1.100 f) 50 f)
partir de processo
RVCC

a) A duração mínima da formação de base é de cem horas.


b) Sempre que se trate de um adulto que frequente a formação em regime não contínuo,
o cálculo deve ser feito tendo em conta sessões de três horas a cada duas semanas
de formação, para horário laboral e três horas, de 4 em 4 semanas, para horário pós-
laboral. A duração mínima da área de PRA é de dez horas.
Cargas Horárias – Nível Secundário e
de habilitação escolar
(cont.)
c) A esta carga horária poderão ainda acrescer entre 50 e 100 horas
correspondentes às UFCD de língua estrangeira, caso o adulto revele
particulares carências neste domínio

d) 9 UFCD obrigatórias + 3 opcionais (ver identificação no Anexo 3)

e) 3 UFCD obrigatórias + 2 opcionais (ver identificação no Anexo 3)

f) O nº de horas dos percursos flexíveis será ajustado (em termos de duração)


em resultado do processo RVCC.

* Este limite pode ser ajustado, tendo em conta os referenciais constantes no


catálogo nacional de qualificações

Ver Orientação Técnica 4 e 5


Cargas Horárias - Nível Secundário e nível 3
de formação (a)
Componentes da formação
Condições Formação
Percurso formativo mínimas de Formação TOTAL
Formação de base) prática em PRA
Acesso tecnológica
b) contexto de d)
b)
trabalho c)
S3 - Tipo A 9º ano 550 e) 1.200* 210 85 2.045
S3 - Tipo B 10º ano 200 f) 1.200* 210 70 1.680
S3 - Tipo C 11º ano 100 g) 1.200* 210 65 1.575
Percurso flexível a < ou = 9º 550 h) 1.200* h) 210 85 h)
partir de processo ano
RVCC

a) No caso de cursos EFA que sejam desenvolvidos apenas em função da componente de formação tecnológica,
são consideradas as cargas horárias associadas a essa componente de formação, acrescidas da área de
PRA e de formação prática em contexto de trabalho quando obrigatória.

b) A duração mínima da formação de base é de cem horas, bem como a da formação tecnológica.

c) As duzentas e dez horas de formação prática em contexto de trabalho são obrigatórias para as situações
previstas no nível Básico
Cargas Horárias - Nível Secundário e nível 3 de
formação
(cont.)

d) Sempre que se trate de um adulto que frequente a formação em regime não contínuo, o
cálculo deve ser feito tendo em conta sessões de três horas a cada duas semanas de
formação, para horário laboral e três horas, de 4 em 4 semanas, para horário pós-laboral. A
duração mínima da área de PRA é de dez horas.

e, f, g) inclui UFCD obrigatórias + UFCD opcionais (ver identificação no Anexo 3)

h) O nº de horas dos percursos flexíveis será ajustado (em termos de duração) em resultado do
processo RVCC.

* Este limite pode ser ajustado, tendo em conta os referenciais constantes no catálogo
nacional de qualificações.

Ver Orientação Técnica 2, 3, 4 e 5


Desenho do Referencial de Competências-
Chave – Nível Secundário

Formação Tecnológica
Formandos
 O número mínimo de formandos num curso EFA é de 10 e o número
máximo é de 25. (ponto 1, art. 19º Portaria 230/2008)

 Excepções:

 Ao abrigo da Orientação Técnica nº 6, o número mínimo de 10


formandos pode ser alterado, no caso dos percursos flexíveis,
sendo definido em função das necessidades de formação
constantes no PPQ;
 Mediante autorização prévia, o número máximo pode ser
ultrapassado. (ponto 2, art. 19º, Portaria 230/2008);
 Mediante autorização prévia, o número mínimo de formandos pode
ser inferior. ( ponto 2.4 do Despacho Conjunto nº 451/99 de 1 de
Junho)
Formadores
 No que respeita à Formação de Base dos cursos EFA, os
formadores devem ser detentores de habilitação para a
docência, de acordo com os normativos legais em vigor: Guia
de Habilitações para a Docência e Despacho nº11 203/2007
de 8 de Junho.

 Em relação à Formação Tecnológica, os formadores devem


satisfazer os requisitos do regime de acesso e exercício da
respectiva função, nos termos da legislação em vigor:
Decreto Regulamentar nº 66/1994, de 18 de Novembro e
Decreto Regulamentar nº 26/1997, de 18 de Junho.
Formadores - Nível Básico
 LC – Português (cód. 300), Português e Estudos
Sociais/História (cód. 200); Português/Francês (cód. 210);
Português/Inglês (cód. 220);
 MV – Matemática (cód. 500); Matemática/Ciências da
Natureza (cód. 230);
 CE – Qualquer grupo de recrutamento;
 TIC:
a) Informática (cód. 550)
b) Qualquer grupo de recrutamento, desde que apresentem
prova de outras habilitações para a leccionação de TIC,
prevista em normativos legais em vigor;
c) Qualquer grupo de recrutamento, desde que portadores da
Carta ECDL – 7 módulos.
Formadores - Nível Básico (Cont.)
 Nota 1. No caso de LC-LE, poderão ser usados os
seguintes grupos de recrutamento: Inglês (cód.
330); Francês (cód. 320); Alemão (cód. 340) ou
Espanhol (cód. 350); Portugês e francês (cód. 210)
ou Português e Inglês (cód. 220);

 Nota 2. No nível B1 podem também ser


recrutados docentes do grupo de recrutamento
110.
Formadores - Nível Secundário
 CP – História (cód. 400); Filosofia (cód. 410); Geografia (cód. 420);
Economia e Contabilidade (cód. 430);

 STC - Economia e Contabilidade (cód. 430); Matemática (cód.


500); Física e Química (cód. 510); Biologia e Geologia (cód. 520);

 CLC – Português (cód. 300); História (cód. 400); Filosofia (cód.


410).

 Nota: A leccionação de cada unidade poderá ser assegurada por


mais do que um formador, desde que tal não implique, no somatório
dos horários dos formadores dessa unidade, mais do que as 50h
previstas para a leccionação da mesma.
Mediador Pessoal e Social
 O Mediador é o elemento da equipa técnico-pedagógica a
quem compete dinamizar a equipa e assegurar a articulação
entre a referida equipa, o grupo de formação e a entidade
formadora.

 O mediador não deve exercer funções de mediação em mais


de três cursos EFA, nem assumir, naquela qualidade, a
responsabilidade de formador em qualquer área de
formação, salvo em casos excepcionais, com autorização da
entidade competente.

 O cargo de mediador deve ser exercido por detentores de


habilitação de nível superior.
Referencial de Competências Chave
Nível Básico

(um exemplo)Área de Competência-Chave


Linguagem e Comunicação

Níveis Unidades de Competência Critérios de Evidência

1 A LC1A – Compreender e . Compreender discursos orais, de


produzir discursos pequena extensão...em diferentes
orais em situações suportes
diversificadas . Descobrir o significado de palavras
B diversificadas, não comuns
. Retirar dos discursos ouvidos a
2
ideia principal
C . Distinguir os objectivos que cada
discurso ouvido transmite
D . Expor, com clareza, situações da
3 sua história de vida
...
O que são
critérios de evidência?

São as diferentes acções/realizações através das


quais o adulto indicia o domínio da competência
visada,
sendo também indicadores para a construção do
processo formativo.
Referencial de Competências
Chave - Nível Secundário
 Área de Portefólio Reflexivo de
Aprendizagens (PRA).
 Trabalho em pluri - docência (sempre que
necessário)

 Avaliação realizada na Área de PRA.


 Aplicação de um sistema de créditos,
para efeitos de certificação final.
Organização e desenho curricular
 Exploração do Referencial de Competências-Chave – NS, à
luz dos diagnósticos com vista a uma organização ajustada
dos percursos formativos:
 Por núcleos geradores;
 Por indícios/interesses/motivações;
 Por Áreas de Competência-Chave;
 Por temas;
 Por domínios de referência;
 ……………………………………….

 Tendo em conta:
 Concepção aberta e flexível do currículo.
 Diferenciação, combatendo o isolamento de grupos.
 A aposta nas potencialidades e nos aspectos positivos indiciados
ou evidenciados aquando do diagnóstico.
Metodologia(s) de construção do
Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (PRA)
Em suma... ...fazer; pensar sobre o que se fez;
refazer...
O PRA:
 É um projecto de autor – resulta sempre de uma ideia e de uma
selecção pessoal.
 Dimensão documental
Documenta experiências significativas, reunidas para demonstrar
o percurso de aprendizagens de uma pessoa ao longo do tempo
 Dimensão de auto-reflexão e auto-avaliação
É uma narrativa documentada que visa, simultaneamente, uma
reflexão sobre as aprendizagens feitas e a sua projecção no
futuro.
 Dimensão de reconstrução contínua
Ao longo da vida, o adulto pode ir reconstruindo o seu Portefólio,
reflectindo continuamente sobre o seu desenvolvimento pessoal,
profissional e socio-cultural.
Desenho Curricular de Base
Organização do referencial de nível secundário

ÁREAS DE COMPETÊNCIA-CHAVE
F
O CP STC CLC
R
UC1 – 50 h UC1 – 50 h
M UC1 – 50 h

A UC2 – 50 h UC2 – 50 h UC2 – 50 h


Ç UC3 – 50 h UC3 – 50 h
à UC3 – 50 h

O UC4 – 50 h UC4 – 50 h UC4 – 50 h


UC5 – 50 h UC5 – 50 h
D UC5 – 50 h

E UC6 – 50 h
UC6 – 50 h UC6 – 50 h
UC7 – 50 h UC7 – 50 h
B UC7 – 50 h

A UC8 – 50 h

S
E ÁREA DE CARÁCTER TRANSVERSAL – PRA (15 – 85 h)

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