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Rubens A. Bignetti
Materiais de Construção da Eng. Química
7 de Junho de 2000
O que é o Alumínio
É um metal branco acinzentado
leve
não tóxico (no estado não
particulado)
3° elemento em abundância na
litosfera
encontrado na natureza apenas
na forma combinada
muito reativo
Características Físico-Químicas
Símbolo Químico: Al Ponto de Ebulição: 2792,0 K
Número Atômico: 5 Condutividade Térmica:
Peso Atômico: 26,98153 235,0 W/m.K
Grupo da Tabela: 13 Resistividade Elétrica:
Configuração Eletrônica: 2,65 .10-8.Ohm.m
[Ne].3s2.3p1 número de oxidação: +3
Classificação: Metal (excepcionalmente +1)
Estado Físico (T=298K): Anfótero (reage c/ ácidos e
Sólido bases)
Densidade: 2,702 g/cm3 Al + ácido --> Al+3 + H2
Ponto de Fusão: 933,7 K Al + base --> Al(OH)4 + H2
Características Físico-Químicas
Energias de Ionização
1ª 577,5 kJ/mol
2ª 1816,5 kJ/mol Raio Neutro (pm):
3ª 2744,8 kJ/mol Raio Atômico Empírico: 125,0
4a 11577,0 kJ/mol Raio Atômico Calculado: 118,0
5ª 14842,0 kJ/mol Raio Covalente: 118,0
6ª 18379,0 kJ/mol Raio van der Waals: não
7ª 23326,0 kJ/mol
tem
Raio Iônico Íon Al (I): 50,0 pm
Calor Específico: 0,9 J/g.K
Eletronegatividade
(Pauling): 1,61
Características Físico-Químicas
Al(OH)4- - 2,310 Al
Características Físico-Químicas
Riscos: Não apresenta risco industrial
Toxidade: Na forma de pó ou grânulos é tóxico por
inalação ou ingestão. O alumínio apresenta uma
propriedade acumulativa no corpo humano, que
após algum tempo torna-se nocivo, ocasionando
sérias conseqüências no sistema biológico dos
seres vivos. O metal está associado à doença de
Alzheimer (doença mental).
Características Físico-Químicas
Isótopos:
Al23 não encontrado na natureza meia vida = 0,13 s
Al24 não encontrado na natureza meia vida = 2,1 s
Al25 não encontrado na natureza meia vida = 7,2 s
Al26 não encontrado na natureza meia vida = 7,4.105 anos
c
Al28 não encontrado na natureza meia vida = 2,3 horas
Al29 não encontrado na natureza meia vida = 6,6 min
Al30 não encontrado na natureza meia vida = 3,3 s
Estrutura Cristalina: CFC
Origem do nome
do latin "alumen" meaning "alum"
Traduções:
± Alemão: aluminium
± Inglês: aluminium
± Espanhol: aluminio
± Francês: aluminium
± Italiano: alluminio
Histórico
Gregos e Romanos: medicina - alumina (Al2O3)
encontrada em minérios;
1787 - Lavoisier : suspeitou que esta substância era
um óxido de um metal desconhecido;
1807 - Davy: propõe nome ³Alumium´,
posteriormente trocado para ³Aluminium´
(alumínio);
1821 - Berthier (Les Baux, sul da França): bauxita
identificada pela primeira vez
1825 - Oersted: isolado Al reagindo cloreto de
alumínio (AlCl3) com amálgama de potássio;
Histórico
Na3AlF6 :só encontrado em jazida na
Groelândia, daí sua pouca importância no
cenário mundial.
Outros Minerais
4
de constituição
complexa. O óxido de alumínio
(coridon) apresenta-se de duas
formas:
Filtros
Decantadores
Verticais
(Aluminato)
Filtros Filtro
Verticais Rotativo
(detalhe) (Hidróxido
de Al)
Fase eletrolítica
Cuba eletrolítica
recipiente de ferro revestido por carvão nas laterais e parte inferior,
funcionando como cátodo
o ânodo é formado por eletrodo tipo Söderberg: camisa metálica na
qual vai sendo despejada continuamente do alto uma pasta de carvão
e piche durante a eletrólise
decomposição se processa de forma contínua adicionando-se alumina
periodicamente ao banho, mantendo-a em uma concentração superior
a 2,5% para evitar decomposição da criolita (eletrólito) liberando gases
ricos em flúor, interrompendo o processo (fenômeno anódico)
gases provenientes das cubas (CO, CO2, flúor e outros) são passados
por uma coluna de absorção contendo solução aquosa de carbonato
de sódio para retirar o flúor, altamente tóxico.
Cuba eletrolítica
Em geral são gastos 2 kg de alumina e de 16 a 18
kWh de energia para cada kg de alumínio 99,5%
puro obtido;
Para fins especiais pode-se obter graus de pureza da
ordem de 99,99% e até 99,999% mediante refinação
eletrolítica a alta temperatura (750°C) em processo
denominado de ³três camadas´ em células com
eletrólito de mistura fundida de flouretos e cloretos,
ânodo de alumínio bruto e cátodo de alumínio
refinado, a um custo de 20 kWh de eletricidade por
kg de alumínio refinado.
Cuba eletrolítica
Cuba
Criolita
Al
depositado
no cátodo
i s r si ç r ct rístic s s s
f iç
l , . È Tr t is T r ic t È t síli s stic s
È ti r sist ci c rr s È c ss ri s / i . í ic
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k f/ T ) s licit ç s c r
È i c f r ili (Y )
È r sist ci c rr s
Ligas para Designação Características Usos
fundição AA
Al-Si 4XX.X È Tratáveis por Encruamento È Peças fundidas de paredes finas e
È Baixo alongamento (Y = 8% - intrincadas
Fundido) È Peças anodizadas p/ arquitetura
È Excelente soldabilidade È Utensílios domésticos
È Excelente fluidez na fundição È Peças p/ aparelhos industriais
È Baixa usinabilidade
È Boa resistência à corrosão
Al-Mg 5XX.X È Não tratável termicamente, exceto È Peças fundidas que exigem a
a AA 520.2 (9,5%Mg) máxima resistência à corrosão
È Melhores combinações de È Navios
usinabilidade, propriedades È Peças ornamentais e anodizadas
2
mecânicas (RT 34 kgf/mm ± T4
FSP), resistência a corrosão e
acabamento
È Baixa soldabilidade
È Baixa fluidez na fundição
Al-Sn e 8XX..X È Tratáveis Termicamente È Mancais e buchas em eixos de
outros È Excelente resistência à corrosão a caminhões e laminadores
óleos lubrificantes
È Boa resistência à fadiga (7
2
kgf/mm )
Diagramas de Fase
Diagramas de Fase
Diagramas de Fase
Diagramas de Fase
Diagramas de Fase
Diagramas de Fase
Resistência à Corrosão
Extremo anódico (corroído) Mg
Ligas de Mg
Zn
Ligas Al 7072, Alclad 7071, Alclad 7073, Alclad 3003
Ligas Al 6XXX
Ligas Al 1XXX, Al 3XXX, Al 5XXX, Alclad 2XXX
Cd
Liga Al 7075
Ligas Al 2XXX
Aço macio, ferro fundido
Soldas Pb-Sn
Pb
Sn
Latões
i
Bronzes
Monel, inconel
Ni
Extremo catódico (protegido) Aço inox (ativo)
Ti
Resistência à Corrosão
Acetato de Pb Cloreto de metila
Inibidores: quando alumínio ou suas Ácido brômico Cloreto de nitrosila
ligas são usados em equipamentos Ácido clorídrico Cl
químicos onde circulam líquidos de Ácido fluorídrico Sais deCu
Ácido fluorsilícico Xarope de Coca Cola
certa agressividade, a corrosão Ácido fórmico Compostos de Co
pode ser bastante atenuada pela Ácido fosfórico Fosfato de Na tribásico
Ácido perclórico Fosgênio
adição de agentes inibidores Ácidosulfúrico Hidróxido de Na
(geralmente entre 50 a 2000 ppm). Água régia Hipoclorito de Na
Aguardentes Hipoclorito de I
Os agentes mais agressivos em Arseniato de Pb Hipoclorito de Hg
relação ao alumínio ou suas ligas Brometo de etila Sais de Hg
estão relacionados ao lado: Carbonato de K Sais de Ni
Cianeto de K Pickles
Cloreto de acetila Compostos de Ag
Cloreto de Ca Sulfato férrico
Cloreto de Fe
Tratamentos Térmicos
V precipitação expontânea (ou induzida) de
fase composta pelo agente de endurecimento, enrijecendo a
liga por obstrução de discordâncias que facilitam a deformação
plástica, sem alterar o alongamento.
± aquecimento do material entre a linha solvus e a linha liquidus para
realizar a solubilização
± esfriamento em água gelada para temperar produzindo solução
sólida supersaturada instável à temperatura ambiente
± precipitação ocorre após a têmpera com o passar do tempo
naturalmente (
) ou acelerada por
aquecimento moderado para certas ligas (
ou
).
Tratamentos Térmicos
V
÷ tratamento usual para ligas encruáveis
± aquecimento a cerca de 150°C por algumas horas para obtenção
de material estável e dúctil, pois certas ligas apresentam ligeira
variação dimensional e amolecimento com o passar do tempo.
é o tratamento que confere ao material a
maleabilidade máxima, aplicável a ambas as classes de
material tratável
± consiste no aquecimento a uma temperatura a qual os grãos
quebrados pelo encruamento são recristalizados, resultando em
uma condição de liga esfriada lentamente, pois ocorre precipitação
gradual de constituintes.
aplicado apenas para ligas Al-Si de fundição
± consiste no tratamento do metal líquido com sódio, produzindo fina
dispersão das partículas de Si, aumentando drasticamente a
ductilidade e a resistência mecânica.
Tratamentos Térmicos Seqüências Usuais
Símbolo Tratamento
T1 Esfriamento de temperatura elevada de processo de
conformação, seguida de envelhecimento natural
T2 Recozido (somente para ligas de fundição)
T3 Tratamento térmico de solubilização e posterior
encruamento a frio
T4 Tratamento térmico de solubilização e posterior
envelhecimento natural
T5 Envelhecimento artificial (nenhum tratamento térmico
prévio, exceto esfriamento do estado de
fabricação)
T6 Tratamento térmico de solubilização e posterior
envelhecimento artificial
T7 Tratamento térmico de solubilização e posterior
estabilização
T8 Tratamento térmico de solubilização e posterior
encruamento a frio e envelhecimento artificial
T9 Tratamento térmico de solubilização e posterior
envelhecimento artificial e encruamento a frio
T10 Envelhecimento artificial (sem tratamento de
solubilização) e encruamento a frio
O Recozido (recristalizado)
F Como fabricado (sem tratamento)
H, H12-19 Encruado a frio (duro, ½ duro, etc)
H22, H24 Encruado a frio e recozido parcialmente
H32, H34 Encruado a frio e estabilizado
Processamento Industrial
- a quente ou a frio (chapas e folhas)
-
(fios)
- V
a quente ou a frio (perfis, barras,
tubos sem costura)
-
! a quente ou a frio
-
" #4 (peças delicadas de
pequenas dimensões)
- V
#" (estruturas de carrocerias)
- V÷ (utensílios domésticos)
- $
-
÷ #
- Como metal de adição em
#
÷
"
Outras Aplicações Industriais
Para o alumínio elementar
- condutores aéreos de eletricidade, devido a
sua melhor relação condutibilidade/peso que
o Cu;
- na redução de óxidos de metais (Mg, Cr)
devido a sua afinidade com o oxigênio
quando finamente divido, reduzindo-os ao
seu estado elementar (Reação de
Goldschmidt ± Aluminotermia);
- misturado a óxido de Fe e areia silicosa
(termite), com ignição por combustão de fita
de magnésio, em operações de soldagem;
- nas estruturas internas de reatores nucleares
por absorver pouco os neutrons;
- nos espelhos refletores de telescópios;
Outras Aplicações Industriais
Para a alumina
- como desidratante e catalisador de muitas
reações;
- material de preenchimento em colunas
cromatográficas;
- abrasivo na industria mecânica e óptica;
- lentes transparentes à radiação UV e IR;
- produção de gemas industriais sintéticas (rubís e
safiras) p/ relojoaria
- fabricação de tijolos refratário (95% de alumina);
Para os sais de alumínio:
- Al2(SO4)3 misturado com sulfato de K hidratado
(alúmen), usado como mordente em tinturaria
(fixador de corantes em fibras têxteis).
Acabamento e Proteção
Superficial
A resistência à corrosão do alumínio e suas ligas depende da
manutenção de uma fina camada (filme) de óxido
convém provocar o surgimento desta camada de forma artificial
para produção de filmes mais espessos dentro de condições
controladas em lugar de depender do seu surgimento natural.
Processo começa com uma limpeza da superfície por meios
mecânicos para o emparelhamento da superfície
(esmerilhamento, oleamento, lustramento e colorimento) e para
a retirada de graxas, óleo sujeira, escamas de tratamentos
térmicos e agentes químicos (desengraxamento, limpeza
alcalina com agente inibidor, limpeza ácida e limpeza
eletrolítica);
Acabamento e Proteção
Superficial
utros
1
sos destruti os
P
2
undidos e for ados
a as e l minas
29
ios e ca os condutores
9
E trudados
14
ol as aminaç o Pura
2
aminaç o Im actados
1
aminaç o Artefatos
Ê
# i
!
!
"
± Total 909.600 t
Reciclagem no Brasil
Referências Bibliográficas
GOMES, Mário Rennó; Emprego do Alumínio e suas Ligas,
ABM, SP 1976
MAGAROLA, Carlos S.; BELTRÁN, José; Manual del Aluminio,
Ed Reverté SA, 11ª ed. Barcelona
BRICK, Robert M., GORDON, Robert B., PHILLIPS, Arthur;
Structure and Properties of Alloys, Ed McGraw-Hill Book
Company, 3ª ed., pg 147-189, USA, 1965
Enciclopédia Ciência Ilustrada, Ed. Abril Cultural, SP, 1972
www.merck.com.br/quimica/tpie/index.htm Tabela Periódica
Interativa da Merck
www.aia.aluminium.pc.ca/english/index.htm Aluminium
Associated of Canada
www.abal.org.br Associação Brasileira do Alumínio