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Aluno: Leandro Mendonça Justino

Turma: 2° B

Karl Popper

4.2. O racionalismo crítico de Karl


Popper
Karl Popper
Karl Raimund Popper nasceu em 1902. Popper é
um filósofo da ciência nascido em Viena, na
Austrália. Educou-se na universidade de Viena.
Ensinou na Nova Zelândia e na Escola de
Economia de Londres, na Inglaterra.
Desenvolveu certos aspectos do método
empírico, com sua ênfase sobre a falsificação, e
não meramente sobre a verificação.
Russell Norman Champlin. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia Volume 3. P.325.
Racionalismo
• Essa palavra vem do termo latino ratio, razão.
De modo geral, esse termo indica o principio
de que para a razão nos devemos dar o lugar
de preeminência, em nossa maneira de tomar
conhecimento das coisas.
• Existem três definições básicas:
1 – O racionalismo é a crença de que é possível o
homem obter a verdade contando unicamente
Russel Norman Champlin. Enciclopédia de teologia e filosofia. vol. 5. pg. 544.
Racionalismo
com a razão, ou, pelo menos, principalmente
por meio da razão, ainda que com a ajuda de
outros métodos.
2 – A crença que todas as coisas podem ser
explicadas por meio da razão (se ao menos
tivermos a paciência de esperar), e que todas as
verdades podem ser organizadas formando um
único sistema. Esse tipo de racionalismo requer
Russel Norman Champlin. Enciclopédia de teologia e filosofia. vol. 5. pg. 544.
Racionalismo
muita fé para ser aceito.
3 – É a crença de que a fé religiosa é destituída
de alicerce racional. Em outras palavras, um
racionalista desse tipo é alguém que não ver
qualquer significação na religião, pensando ser a
mesma contraditória, insensata, ilógica e
fantasiosa. É irracional confessar fé.

Russel Norman Champlin. Enciclopédia de teologia e filosofia. vol. 5. pg. 544.


Empirismo
• A palavra portuguesa empirismo deriva-se do
grego empeiría, experiência, teste. O empirismo
é a tese que diz que todo o conhecimento
(excetuando as proposições puramente lógicas,
como as da matemática) está alicerçado sobre a
experiência. Os empiristas puros argumentam
que essa experiência tem sua origem na
percepção dos sentidos.
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357.
Empirismo
• O empirismo ingênuo supõe que um
conhecimento verdadeiro e completo pode ser
obtido através da percepção dos sentidos. Nesse
caso, o conhecimento seria um juízo verdadeiro,
com uma descrição completa. Exemplo: quando
se diz: “esta é uma mesa”, isso expressa meu
juízo. Se eu não tiver confundido um objeto com
outro qualquer (fazendo assim um falso juízo)
então poderei passar a descrever aquela mesa.
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357.
Empirismo
e a minha descrição me levará além de coisas
óbvias, como configuração geométrica, volume,
cor, etc., levando-me até a teoria atômica da
matéria. Somente com uma completa e perfeita
descrição do átomo terei obtido o
conhecimento. O empirismo ingênuo supõe que
tal descrição está ao nosso alcance.

Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357.


Empirismo
• O empirismo crítico abandonou de vez a tentativa de
chegar a uma descrição completa, atolando-se no
ceticismo (O ceticismo é a ideia de que a razão, as
percepções e os outros meios que podem ser utilizados
para alcançar o conhecimento, são fracos, enganadores
e inadequados para este fim, se o conhecimento for
considerado uma coisa perfeita, fixa ou completa), e no
pragmatismo (o pragmatismo ensina que pensamentos,
ideias e ações só tem valor em termos de consequências
práticas. Usualmente, o pragmatismo é relativista).
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357. vol. 1 pg. 705. vol. 5 pg. 352
Empirismo
O empirismo crítico diz que “vemos o mundo da
maneira que nós somos e não da maneira que o mundo
realmente é”. Exemplo: Quando olhamos algo por meio
de um microscópio, o que vemos é determinado pelo
poder de aumento do microscópio, bem como de minha
visão. Posso ver um pequeno organismo; mas nunca
verei os átomos que compõem aquele organismo e nem
chegarei a entender a verdadeira natureza dos átomos,
somente porque olhei algo através de um microscópio .
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357.
Empirismo
e mesmo que eu pudesse ver os átomos e
pudesse entendê-los, nem por isso teria
compreendido o poder do Criador, que deu vida
às coisas. E nem o meu microscópio conseguirá
ver formas invisíveis de vida, como a alma. Por
conseguinte, estarei sempre manuseando com
verdades parciais. O meu conhecimento sempre
será apenas provincial, sempre será duvidoso.
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357.
O que o empirismo combate?
• O empirismo opõe-se ao racionalismo que é a
ideia de que só podemos conhecer as coisas
por meio da razão, sem as experiências
obtidas pelos sentidos físicos.

Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 2. pg. 357.


Positivismo
• O positivismo lógico é uma forma de ceticismo,
que limita a filosofia ao método científico
empírico. Rejeita todas as proposições
metafísicas como “destituídas de significação”,
porquanto não cabem no terreno da percepção
humana. Até mesmo o conhecimento científico,
segundo o positivismo lógico, não passa de um
conhecimento segundo níveis de probabilidade,
ou seja, inferência lógica.
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 5. pg. 336.
Positivismo
• Para o positivismo o ateísmo, portanto, incorreu em
erro, tanto quanto o teísmo, porque, não menos que
este, pretende fazer uma declaração de conhecimento
sobre algo que nos é impossível conhecer. Somente
aquelas proposições sujeitas à verificação mediante a
ciência empírica se revestem de significado. Apesar das
proposições metafisicas poderem exprimir verdades,
elas estão fora de nossa capacidade de investigação,
pelo que não deveríamos investiga-las, visto que tal
esforço seria inútil.
Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 5. pg. 336.
Positivismo
• Os criadores do positivismo lógico desejavam
purificar a filosofia, extraindo da mesma todos
os elementos metafísicos. Isso seria obtido
fazendo-se da lógica, com base na percepção
dos sentidos, a única verdadeira fonte daquilo
a que chamamos de conhecimento.

Russel norman champlin. Enciclopedia de teologia e filosofia. Vol. 5. pg. 336.


Racionalismo Empirismo

Karl Popper Positivismo


Critica
Karl Popper
“O movimento iniciado com o racionalismo
moderno favoreceu um movimento de
secularização.” (Zilles, 1991, p.92).
“A investigação do dado empírico absorveu cada
vez mais as ciências e abandonou a investigação
metafísica como tentativa estéril e ilusória.” (Zilles,
1991, p.92).
“Questões últimas, como a do transcendente e de
Deus, silenciam-se, na filosofia.” (Zilles, 1991, p.92).
Karl Popper
“Nessa linha de pensamento cabe salientar a
influência de Karl Popper.” (Zilles, 1991, p.92).

“Karl Raimund Popper (1902...), desde sua


Lógica da pesquisa científica (1935), em seu
racionalismo crítico dedica-se ao estudo do
progresso ou da evolução do conhecimento
científico.” (Zilles, 1991, p. 92).
Karl Popper
“Popper formou o núcleo das idéias de seu racionalismo
longe do neopositivismo.” (Zilles, 1991, p.92).

“Nega, justamente, a necessidade de se partir dos


“enunciados protocolares” sobre fatos para depois
generalizá-los através da indução. Segundo Popper, não
existe indução alguma. Diz que a conclusão desde algumas
afirmações especiais, verificadas pelas experiência para
chegar à teoria, é improcedente. Em outras palavras, as
teorias jamais se podem verificar empiricamente.” (Zilles,
1991, p.92).
Método indutivo e dedutivo
• O método indutivo, raciocínio indutivo ou
simplesmente indução, é um tipo de argumento
utilizado em diversas áreas do conhecimento. Esse
método tem o intuito de chegar a uma conclusão.
Ele é muito utilizado nas ciências no qual parte de
premissas verdadeiras para chegar em conclusões
que podem ou não serem verdadeiras. Nesse
sentido, a indução acrescenta informações novas
nas premissas que foram dadas anteriormente.
https://www.todamateria.com.br/metodo-indutivo/
Método indutivo e dedutivo
• Os métodos indutivo e dedutivo são semelhantes
visto que partem de premissas verdadeiras para
atingirem conclusões. Ambos são utilizados com
a finalidade de atingirem a verdade.
• A diferença, no entanto, é que no método
indutivo, essa conclusão pode ser ou não
verdadeira. Isso porque, ele extrapola os limites
das premissas.
https://www.todamateria.com.br/metodo-indutivo/
Método indutivo e dedutivo
• Por sua vez o método dedutivo, a conclusão é
extraída das próprias premissas. Por isso, o
método indutivo é chamado de “ampliativo”,
enquanto, o dedutivo de “não ampliativo”.
• Em suma, o método indutivo parte de
observações enquanto o dedutivo parte da
teoria.
https://www.todamateria.com.br/metodo-indutivo/
Método indutivo e dedutivo
Método Significado e exemplo

Indutivo Para se chegar a uma conclusão,


Esse tipo de raciocínio parte do
Específico para o geral.
Exemplo:
Todo gato é mortal.
Todo cão é mortal.
Todo pássaro é mortal.
Todo peixe é mortal.
Logo, todo animal é mortal.
Método indutivo e dedutivo
Método Significado e exemplo

Dedutivo Para chegar numa conclusão, esse


Tipo de método argumentativo
Parte do geral para o especifico.
Exemplo:
Todos os animais são mortais.
Peixe é um animal.
Logo, o peixe é mortal.
Karl Popper
“Popper desenvolve sua lógica da investigação
empírico-científica como teoria da construção de
teorias.” (Zilles, 1991, p.93).
“Para definir um sistema teórico ou empírico
estabelece como critério não sua
verificabilidade, mas sua falseabilidade, o que
significa que, desde logo, não se pode qualificar
um sistema como definitivamente positivo pela
via empírica:” (Zilles, 1991, p.93).
Karl Popper
“O método descrito pode ser chamado método
crítico. É método de experiências e eliminação
de erros, de propor teorias e submetê-las aos
mais severos testes que possamos projetar. Se
em vista de certas admissões limitadoras, só é
considerado possível número finito de teorias
concorrentes, este método pode levar-nos a
isolar a teoria verdadeira pela eliminação de
todos os concorrentes.” (Zilles, 1991, p.93).
Karl Popper
“Normalmente, – isso é em todos os casos em
que o número de teorias possíveis é infinito –
este método não pode verificar qual das teorias
é verdadeira; nem o pode fazer qualquer outro
método. Ele permanece aplicável, embora
inconcluso” (Zilles, 1991, p.93).
Karl Popper
“Segundo Popper, um sistema empírico-científico
deve poder falir na experiência. Com tal proposta
metodológica acredita ter resolvido o problema
pelo modo de conjectura e refutação. A indução,
nesse método, manifesta-se inútil. (Zilles, 1991,
p.93).
Popper “Pretende delimitar a ciência empírica não
só em relação à metafisica, mas também em
relação à matemática e à lógica.” (Zilles, 1991,p.93).
Karl Popper
“Segundo ele, o radicalismo positivista destrói
não só a metafísica, mas todo o conhecimento
empírico. Por que? Porque a maioria das
proposições empíricas também não são
verificáveis.” (Zilles, 1991, p.93).
“Descartes conclui certezas por dedução e os
empiristas por indução.” (Zilles, 1991, p.93).
Karl Popper
“Para Popper, não existem tais certezas fundamentais como
as postuladas da razão e/ou dos sentidos.” (Zilles, 1991,
p.93).
“... a observação através dos sentidos é interpretação.”
(Zilles, 1991, p.94).
“... no inicio de todo o conhecimento há conjecturas e
hipóteses.” (Zilles, 1991, p.94).
“Por isso teorias não se concluem da experiência, antes de
tudo são hipóteses, projetos criadores, que só tem valor
hipotético. Precisam de verificação através de método crítico,
ou seja, da eliminação de erro.” (Zilles, 1991, p.94).
Karl Popper
“Através desse método não podemos verificar
proposições universais como “todos os cisnes
são brancos”. Quando muito podemos tentar
falsear. Neste caso bastaria constatar um único
caso de exceção para falsear a generalização.
Portanto, uma única proposição singular poderá
refutar uma proposição universal: “todas as
teorias são hipóteses; todas podem ser
derrubadas” (Zilles, 1991, p.94).
Karl Popper
“o que parece indução é raciocínio hipotético,
bem testado e bem corroborado e de acordo com
a razão e o senso comum. Pois há um método de
corroboração – a tentativa séria de refutar uma
teoria quando uma refutação parece provável. Se
essa tentativa falhar pode-se conjecturar, em
terreno racional, que a teoria é boa aproximação
da verdade – melhor, de qualquer forma, do que
sua predecessora”. (Zilles, 1991, p.94).
Karl Popper
“Karl Popper insistia sobre a falsificação, e não
meramente sobre a verificação, por ser, algumas
vezes mais pronta e eficaz como modo de
investigação do que meramente o acúmulo de
supostos fatos sobre alguma coisa.”
“A demanda de Karl Popper de que devemos
buscar instâncias de negação, e não meramente
uma longa lista de proposições e experimentos
afirmativos, é muito útil.”
Russel Norman Champlin. Enciclopedia biblica, de teologia e filosofia. Vol. 3 p. 316. Vol 3 p.896.
Karl Popper
“... no dizer de Karl Popper, a indução também
deveria basear-se sobre provas ao contrario.”
“Karl Popper enfatizava a importância da
refutação, a qual deveria ser usada na
averiguação de proposição. O mero acúmulo de
afirmações não seria suficiente.”

Russel Norman Champlin. Enciclopedia biblica, de teologia e filosofia. Vol. 3 p. 315 Vol. 5 p. 645

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