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Introdução à Pneumática

CANDIDATO: FELIPE CARVALHO DOS SANTOS


 Pneumática é o ramo da engenharia que estuda a aplicação do ar
comprimido para a tecnologia de acionamento e comando.
 A utilização do ar comprimido como fonte de energia não é
recente, mas foi no último século que esta passou a ser aplicada na
automação industrial e se desenvolveu ao ponto que é conhecida
hoje.
1.
Pneumática

Fig. 1 – Parte de um antigo sistema pneumático


de uma locomotiva a vapor
 Para entender as características dos sistemas pneumáticos é
necessário estudar o comportamento do ar. Disto temos que,
 O ar atmosférico é composto de uma mistura de gases: 78%
Nitrogênio, 21% Oxigênio e 1% de outros gases.
 Mas ainda assim pode ser considerado como gás ideal, seu
comportamento obedece a equação 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇.
 Contém adicionalmente ar na forma de vapor (não é desejável).
1.
Pneumática
 Agora que temos uma noção básica sobre o ar atmosférico
precisamos falar sobre a QUALIDADE exigida pelos
equipamentos pneumáticos.
 Isso é um ponto importante para o bom funcionamento e para a
sua conservação.
 Em resumo, na hora de produzirmos o ar comprimido devemos
1. assegurar:
 Pressão
Pneumática  Vazão
 Teor de água
 Teor de partículas sólidas
 Teor de óleo

 Assim o ar deve passar por um tratamento rigoroso, que envolve


FILTROS, SECADORES e LUBRIFICADORES, antes de ser
distribuído.
 Para atender às exigências de qualidade, o ar após ser comprimido
sofre um tratamento que envolve:
 Filtração

1. 1 
Resfriamento
Secagem
Sistema de  Separação de impurezas sólida e líquidas inclusive vapor d'água

Produção e
Preparação de
Ar
Comprimido
1. 1
Sistema de
Produção e
Preparação de  Nessa figura cada equipamento por onde o ar passa é
representado, por um símbolo.
Ar  Em pneumática existe uma simbologia para representar todos os
Comprimido equipamentos pneumáticos.
 Assim estão representados na figura por exemplo, os símbolos do
filtro, compressor, motor (elétrico ou de combustão), resfriador,
secador e reservatório
 A condição de pressão exigida pelos equipamentos é garantida
pelo uso de compressores.
 Dois são os princípios conceptivos em que se fundamentam
2. TODAS as espécies de compressores de uso industrial:
VOLUMÉTRICO e DINÂMICO.
Compressores  Em resumo o aumento da pressão é conseguida,
 Compressores volumétricos  Redução do volume
 Compressores dinâmicos  Transferência de energia cinética e
entalpia.
 Os compressores dinâmicos efetuam o processo de compressão
de maneira contínua, diferentemente dos volumétricos.
 Considerando o princípio conceptivo temos a seguinte divisão:

2.
Compressores
 Os de maior uso na indústria são:
 Os alternativos
 De palheta
 De parafuso
 De lóbulos
 Centrífugos

2. Axiais

 A escolha do compressor deve levar em conta diversos fatores:


Compressores  O Volume de ar fornecido
 A pressão
 O tipo de acionamento
 Sistema de regulagem
 O princípio de funcionamento do compressor alternativo é
relativamente simples.

2.1
Compressores
Alternativos
Fig. 3 – Compressor de um estágio

 Todo o ciclo de compressão pode ser divido em processos:


 Todo o ciclo de compressão pode ser divido em processos:
 Admissão
 Compressão
 Descarga
 Expansão

2.1
Compressores
Alternativos
 Vale lembrar também que a pressão necessária ao acionamento
dos diversos automatismos deve ser menor que a pressão de
regime (a fornecida pelo sistema de ar comprimido).
 A redução é possibilitada com o uso de uma válvula redutora de
pressão, normalmente o conjunto LUBRIFIL (válvula redutora de
pressão com manômetro e lubrificador)
2.1
Compressores
Alternativos

 A pressão de trabalho é normalmente 6 bar enquanto a de regime


gira em torno de 7 a 8 bar, podendo chegar a 12bar.
 Definição,
“A válvula é um componente do circuito pneumático que se destina a
3. CONTROLAR A DIREÇÃO, PRESSÃO e/ou VAZÃO do ar
comprimido. Elas podem ser de CONTROLE DIRECIONAL,
Válvulas REGULADORES DE VAZÃO OU PRESSÃO e de BLOQUEIO, com
diversos tipos de atuadores.”
Pneumáticas
Posição 1 - Fluxo pela passagem A
Posição 2 - Fluxo pela passagem B

1A B

Fig. 2 – Controle direcional


 Para determinarmos completamente uma válvula direcional,
precisamos considerar:
3.1  Posição inicial
 Número de posições
Válvulas  Número de vias
Pneumáticas  Tipo de acionamento (comando)
 Tipo de retorno
Direcionais  Vazão
3.1 Posição
 A posição corresponde à quantidade de manobras distintas que
Válvulas uma válvula direcional pode executar ou permanecer sob o efeito
Pneumáticas de se acionamento.

Direcionais
Posição 1 - Fluxo pela passagem A
Posição 2 - Fluxo pela passagem B

1A B
Posição
 As válvulas direcionais são sempre representadas por um
retângulo. Este é dividido em quadrados para representar o
número de posições distintas disponíveis. Assim no exemplo
anterior teríamos uma válvula com duas posições,
3.1
Válvulas A B
Pneumáticas
Direcionais Mas também podemos ter com mais posições,

A B C A B C D

3 Posições 4 Posições
Vias
 As vias correspondem às conexões de trabalho que a válvula
possui. São consideradas como vias: a conexão de entrada de
pressão, as conexões de utilização e as de escape. Assim temos a
simbologia básica,
3.1
Válvulas
Pneumáticas Passagem = 2 vias Bloqueio = 1 via
Podemos expressar o número de vias pela equação:
Direcionais 𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐𝑵𝑷 + 𝑵𝑩
O escape ou exaustão é representado por

Sem silenciador Com silenciador


Vias
Exemplos:

𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐 × 𝟐 + 𝟎 = 𝟒 𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐 × 𝟏 + 𝟏 = 𝟑
3.1
Válvulas
𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐 × 𝟐 + 𝟎 = 𝟒
Pneumáticas 𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐 × 𝟐 + 𝟏 = 𝟓

Direcionais
𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐 × 𝟎 + 𝟐 = 𝟒

𝑵º 𝒅𝒆 𝒗𝒊𝒂𝒔 = 𝟐 × 𝟏 + 𝟏 = 𝟑
Vias
 A denominação da válvula é dado especificando-se o número de
vias e o número de posições. Por exemplo,
3.1
2 vias / 2 posições
Válvulas Normalmente fechada
2/2 NF

Pneumáticas
Direcionais 3 vias / 2 posições
3/2 NA
Normalmente aberta

3 vias / 3 posições
3/3 CF
Centro Fechado
Vias
3.1  Para identificação dos orifícios existem pelo menos duas normas
internacionais:
Válvulas  Norma DIN 24.300, Blatt 3, Seite 2, Nr. 0.4. de março de 1966
Pneumáticas  ISO 1219 – Part 1, Fluid Power Systems and Components - Fluid
power systems and components
Direcionais  No Brasil representada pela NBR 8896.
Vias
 Assim consideremos a norma ISO 1219,

3.1
Válvulas Os orifícios são identificados como segue,
 Nº 1 – Alimentação: Orifício de alimentação principal.
Pneumáticas  Nº 2 – Utilização, saída: Orifício de aplicação em válvulas 2/2, 3/2 e 3/3.

Direcionais  Nº’s 2 e 4 – Utilização, saída: Orifício de aplicação em válvulas 4/2, 4/3, 5/2 e 5/3
 Nº 3 – Escape ou exaustão: Orifício de liberação do ar utilizado em válvulas 3/2, 3/3, 4/2 e 4/3
 Nº 3 e 5 – Escape ou exaustão: Orifício de liberação do ar utilizado em válvulas 5/2, 5/3
 Nº 10 - indica um orifício de pilotagem que, ao ser influenciado, isola, bloqueia, o orifício de
alimentação.
 Nº 12 - liga a alimentação 1 com o orifício de utilização 2, quando ocorrer o comando.
 Nº 14 - comunica a alimentação 1 com o orifício de utilização 4, quando ocorrer a pilotagem.
Vias
 Resumindo,

3.1
Válvulas
Norma ISO 1219
Pneumáticas Pressão 1
Direcionais Utilização 2 4
Escape 3 5
Pilotagem 10 12/14
Exemplo 2

3/2 Vias NF

1 3
3.1 Fluxo
Bloqueado
Válvulas
Pneumáticas 2

Direcionais Acionamento

1 3

Fluxo
Liberado
Definição
 Atuador, por definição, é um elemento que produz algum tipo de
4. movimento a partir de uma fonte de energia. Este ATUA de
alguma forma quando excitado por uma fonte externa de energia.
Atuadores Temos, deste modo, os seguintes tipos:
Pneumáticos  Os que produzem movimentos lineares;
 Os que produzem movimentos rotativos;
 E os que produzem movimentos oscilantes.
 Os cilindros pneumáticos, via de regra, são atuadores lineares.
Basicamente existem dois tipos:
 Simples efeito ou simples ação
4.1  Duplo efeito ou dupla ação (com e sem amortecimento)
 Além de outros tipos de construção derivados como:
Cilindros  Cilindro de dupla ação com haste passante
Pneumáticos  Cilindro duplex contínuo (Tandem)
 Cilindro duplex geminado (múltiplas posições)
 Cilindro de impacto
 Cilindro de tração por cabos
Cilindro de Simples Ação Cilindro de Dupla Ação
4.1
Cilindros
Pneumáticos
Cilindro de Dupla Ação com Haste Passante

Existem outros mais...


Cilindro de Simples Ação
 Recebe esse nome porque utiliza o ar comprimido para conduzir trabalho
num único sentido de movimento, seja para avanço ou retorno. O retorno
pode ocorrer:
 Por mola
 Por força externa
4.1
Cilindros
Pneumáticos
Avanço por ar comprimido Avanço por mola
Retorno por mola Retorno por ar comprimido

Avanço por ar comprimido


Retorno por força externa
Cilindro de Dupla Ação
 Recebe esse nome porque utiliza o ar comprimido para conduzir trabalho
num nos dois sentidos de movimento, para avanço e para o retorno.

Haste simples, sem amortecimento

4.1
Cilindros Haste simples, com amortecimento
fixo no retorno

Pneumáticos
Haste simples, com amortecimento
fixo no avanço

Haste simples, com amortecimento


fixo em ambos
Cilindro de Dupla Ação
 Recebe esse nome porque utiliza o ar comprimido para conduzir trabalho
num nos dois sentidos de movimento, para avanço e para o retorno.

Haste simples, com amortecimento


variável no avanço
4.1
Cilindros Haste simples, com amortecimento
variável no retorno
Pneumáticos
Haste simples, com amortecimento
variável em ambos

Haste dupla
Comando Direto de Cilindro de Simples Efeito

5. 2

Circuitos
1 3
Pneumáticos
Comando Direto de Cilindro de Simples Efeito

Avanço

5. 2

Acionamento
Circuitos
Pneumáticos 1 3
Comando Direto de Cilindro de Simples Efeito

Retorno
5. 2

Circuitos Acionamento

Pneumáticos 1 3

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