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Anestesia Local

Prof. Renato Silva


INTRODUÇÃO

 Surge em meados do ano 50 EUA


 Inúmeras vantagens: menores custos,
baixas taxas de infecção por recuperação
em casa com menor exposição a
iatrogenias pela hospitalização
 Anestesia local é técnica de eleição com
rápida recuperação, mínimo efeito colateral
e econômica
CONCEITO

 Perda reversível da sensibilidade em


área restrita do corpo. Obtido pela
depressão da excitabilidade das
terminações nervosas ou por inibição
da condução ao longo dos nervos
periféricos.
ANESTÉSICOS LOCAIS

 Interferem nos processos de excitação


Por impedirem passagem de Na+
através da membrana do nervo
(diminuição da permeabilidade da
membrana ao Na+ ) impede
ocorrência do potencial de ação
induzido pelo esrtímulo.
 O ph do meio altera a penetração das
barreiras lipofílicas e as membranas
celulares
Meio alcalino ocorre maior ação, o
contrário no meio ácido.
(infecção e inflamação tem meio
ácido)
 1904, descoberta a lidocaína - muito
estável sendo o mais utilizado por
todas as vias.
 Excelente poder de ação tópica e
penetração útil ao bloqueio de nervo
ou plexo.
 Ampolas de 10ml, frasco de 20ml ou
seringas cheias com ou sem
adrenalina (tubetes de 1,8ml – de
1:50000 até 1:200.000.
 Concentrações para infiltração são de
0,5% e para bloqueio, de 1 a 2 %
 Existem sprays, geléia, solução tópica
etc
VASOCONSTRITORES

 os anestésicos locais tem a propriedade


vasodilatadora o que aumenta sua
absorção pelos vasos diminuindo sua
concentração no tecido.
 este efeito inerente as drogas fez surgir
associação do vasoconstritor adrenalina e
menos frequentemente noradrenalina ou
vasopressina à anestesia local.
 esta associação tem como vantagem
diminuir as concentrações máximas
dos anestésicos locais no sangue e a
velocidade com que elas são
alcançadas.
 dose maior do anestésico pode ser
administrada com menor risco de
reações sistêmicas.
 outro benefício atribuído a associação
é aumentar a quantidade do
anestésico no local desejado.
 resulta bloqueio mais profundo e mais
duradouro. Duplicando a duração
quando na concentração de 1:200.000
 redução de sangramento.
Riscos da associação:

Isquemia com acidose tecidual:


- com retardo do efeito anestésico e na
absorção.
- quando mais severo pode levar a
necrose e gangrena.
- hipertensão.
- agravar doença cardiovascular e
doença vascular obstrutiva.
- agravar doença psiquiátrica.
- prejudicar gravidez nos primeiros
meses.
- complicar quando associado ao
propranolol
- aumento do risco de infecção local.
TIPOS DE A. LOCAL

- Tópica
- Infiltrativa
- Bloqueio de campo
- Bloqueio de nervo periférico
1) ANESTESIA TÓPICA

Contato do anestésico com a mucosas


e cavidades com posterior absorção.
MÉTODO:
- gotejamento
- nebulização
- instilação
2) ANESTESIA POR INFILTRAÇÃO

Droga infiltra-se no tecido atuando


diretamente nas terminações nervosas.
MÉTODO: injeta-se a droga no local
onde está o tecido a ser manuseado.
Bloqueia a sensibilidade álgica naquele
ponto e mantém a sensibilidade
térmica e tátil.
INDICAÇÕES:

- exerése de pequenas lesões.


- tumores cutâneos
- corpos estranhos
- drenagem de hematomas
- drenagem de abscessos
- suturas de traumatismos
 Preferências por solução de
concentração 0,5 %.
Caso necessário grandes volumes de
anestésico devemos diluir em =
volume de sol fisiológico, ficando uma
concentração de 0,25%.
TÈCNICA:
Injeção com agulha fina (insulina) em
seringa de 2 a 5 ml com rápido golpe
vertical. Faz-se botão intradérmico ou
nódulo subdérmico, logo após troca-se a
agulha por uma mais grossa. Droga injetada
no aprofundamento ou na retirada. Evitar
injeção intravenosa (aspirar antes ).
 3) BLOQUEIO DE CAMPO

Tem a finalidade de anestesiar uma área


grande demais para se infiltrada.
Realiza-se a infiltração periférica do local
cirúrgico.
INDICAÇÕES:
- semelhante a anterior.
Concentração anestésica:
- semelhante a anterior.
4) Bloqueio de nervo:

Procedimento de maior dificuldade


técnica de ser realizado. Requer
conhecimento anatômico dos nervos e
troncos nervosos além das estruturas
internas do local da anestesia.
Bloqueia a condução da sensibilidade
do local do procedimento à distância.
MÉTODO:

Injeção de anestésico muito próximo


ao nervo ou tronco nervoso
responsável pelo local. Tem como
vantagem não alterar o local do
procedimento.
Utiliza-se quantidade menor de
anestésico mas com concentração
maior (1 a 2%).
 Mais comum para realização pelo
cirurgião: bloqueio de n. periférico ao
nível dos dedos.
Noções básicas:
a) inervação se dá por 4 nervos:
medial
lateral
dorsal
ventral
b) Periósteo apresenta inervação própria

TÉCNICA:
Injetar 1ml na articulação
metacarpofalangeana por onde passam os
n. interdigitais. Cuidado com volume pois
poderá causar isquemia por distenção
tecidual. Logo faz-se infiltração do periósteo
( mais profunda). No polegar usar injeção
circular ao nível das pregas interdigitais.
Atenção:

 Áreas de circulação terminal como


dedos e pênis não devem ter
injetadas soluções anestésicas com
adrenalina.
 Alguns contra-indicam nas orelhas e
nariz.
COMPLICAÇÕES:

Órgãos mais suscetíveis à toxicidade


são o coração e o sistema nervoso
central.
Procaína e os anestésicos ligados aos
ésteres são hidrolisados por
estearases:
Processo patológico que interfira no
seu metabolismo pode aumentar a
toxicidade sistêmica.
 Processo patológico que compromete
o metabolismo da droga:
- alteração hereditária da colinesterase
- diminuição do efeito da colinesterase
por gravidez
por doença hepática
por ação drogas anticolinesterásicas
 As drogas anestésicas ligadas as
amidas são metabilizadas pelo fígado,
na insuficiência cardíaca ou em lesões
hepáticas o limiar tóxico poderá
diminuir.
EFEITOS ADVERSOS

A) Sistema Nervoso Central:


-Lidocaína: náuseas, vômitos,
excitação, tremores, convulsões
clônicas, depressão, coma, parada
respiratória.
Tratamento: diazepan ev e oxigênio.
-Epinefrina: nervosismo, tremores,
cefaléia.
B)Sistema cardiovascular:
- LIDOCAINA:
depressão miocárdica progressiva
aumento do tempo de condução
bloqueio atrio-ventricular
bradicardia.
depressão vasomotora e hipotensão
hipóxia
acidose
Tratamento:

ressucitação cardiorrespiratória
oxigênio
vasopressores
fluidos intravenosos

- EPINEFRINA:
taquicardia,
palpitação,
hipertenção
angina
Tratamento:
vasodilatadores (hidralazina, clonidina,
nifedipina sublingual)
Reações alérgicas:

LIDOCAÍNA: urticária
angioedema
reações anafiláticas
Tratamento: anti-histamínico
epinefrina subcutânea
oxigênio
esteróides
Reações psicogênicas:

Respostas vasovagais.
Dose dos agentes anestésicos

Lidocaína % Máx.(50kg) Min.(70Kg)


 S/ vas. 2 1,8 2,5
 C/ vas. 2 2,5 3,5
1:200.000
 S/ vas. 1 3,5 4,9
 C/ vas

1:200.000 1 5,0 7,0


Também existe 0,5% e 0,25%.

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