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EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO

1. INTRODUÇÃO
•Definição
•O equilíbrio líquido-líquido (o diagrama ternário)
•A Regra da Alavanca
•Cálculo do Número de Estágios Teóricos (NETS)
•Sistemas com solventes parcialmente miscíveis
•Contato em correntes cruzadas
•Contato em contracorrente
•Contato com múltiplas alimentações
•Sistemas com solventes imiscíveis
•Contato em correntes cruzadas
•Contato em contracorrente
•Contato com múltiplas alimentações
•Sistemas em base livre de solvente
•Contato em correntes cruzadas
•Contato em contracorrente
•Múltiplas alimentações
•A EXTRAÇÃO E A ABSORÇÃO

Alimentação Extrato Absorvente


( A + C) (B + C) (B)

Extratora
Absorvedora

gás
Rafinado Solvente líquido ( A + C)
(A) (B)

Extração líquido-líquido Absorção gasosa


O EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO

O Diagrama Ternário
c

A X B
O Curva Binodal e as linhas de
amarração (“tie lines”)
C
A – 50%
C (17%) M B – 33%
C – 17%
A ( 50%) B (33%)

A – 12%
B – 67%
C – 21%
1 fase

A – 79% 50%
B – 8%
C – 13%

E
M
R 2 fases
“tie line”
A B
C

A B
C
A B

A B
Acetona

Cloroformio água
EXTRATO REFINADO
Exercício Acetona Acet. Clorof. Água Acet. Clorof. Água
0,03 0,01 0,960 0,090 0,900 0,010
0,083 0,012 0,905 0,237 0,750 0,013
0,135 0,015 0,850 0,320 0,664 0,016
0,174 0,016 0,810 0,380 0,600 0,020
0,221 0,018 0,761 0,425 0,550 0,025
0,319 0,022 0,660 0,505 0,450 0,045
0,445 0,045 0,510 0,570 0,350 0,080

água
Cloroformio
4) ENG. PROCESSAMENTO/INNOVA/2012/59 - A extração líquido-líquido, processo de separação baseado na
propriedade de miscibilidade de líquidos, é uma alternativa a outros processos de separação, quando esses não são
recomendáveis ou não são viáveis. O diagrama esquemático abaixo é uma curva de equilíbrio líquido--líquido
característica de um sistema ternário constituído pelas substâncias A, B e C.

A partir da interpretação do diagrama, verifica-se que


(A) ele se refere a um sistema com uma zona de miscibilidade parcial e uma de miscibilidade total.
(B) a região 2 representa uma fase líquida homogênea.
(C) a região 1 representa duas fases líquidas imiscíveis.
(D) a curva [QPR] é denominada curva binodal e se refere à solubilidade de B em C.
(E) no ponto crítico, representado pelo ponto P na curva [QPR], as solubilidades de A em C, de A em B e de B
em C se igualam
81) CAGEPA/Eng. Químico/2008/19

No ponto A, situado no diagrama de fases de equilíbrio líquido-líquido, ao lado, o


número de fases e compostos presentes é de:

a) Duas fases e uma mistura de diluente, solvente e soluto.


b) Três fases e uma mistura de diluente, solvente e soluto
c) Uma fase e uma mistura de diluente, solvente e soluto.
d) Três fases e o diluente.
e) Uma fase e uma mistura de solvente e soluto.
117) ENG. QUÍMICO/SUDENE/2013/52 - A figura a seguir representa um diagrama de
equilíbrio para o sistema água/2‐propanol/acetato de etila

Os pontos I, II e III correspondem, respectivamente,

(A) à solução heterogênea, à solução homogênea e à solução heterogênea.


(B) ao ponto na região imiscível, ao ponto na região miscível e ao ponto na região miscível.
(C) ao ponto na região miscível, à solução heterogênea e à solução heterogênea
(D) à solução heterogênea, à solução homogênea e à solução homogênea.
(E) à solução rica em água, ao ponto na região imiscível e ao ponto na região imiscível.
C

As duas fases

1 fase

“plat point”

A B
A interpolação de “tie lines” C

1 fase

“plat point”

A B
linha conjugada
II – A REGRA DA ALAVANCA

Balanço Global
E
F+B = M = E + R
(yA yB yC)

Balanço em C

F R M zC = E yC + R xC
1
(XA XB XC)
(E + R) zC = E yC + R xC

R z  yC
B  C
E xC  zC
Balanço em B

M zB = E yB + R xB
Ou seja
(E + R) zB = E yB + R xB
R z  yC z  yB
R z  yB  C  B (*)
 B E xC  zC xB  z B
E xB  z B
C Para os pontos R, E e M alinhados

tg 1 = tg 2

yC - zC z -x
Ou seja  C C
yC E yB - zB zB - x B
zC M 1
xC 2 O que é confirmado pela equação (*)
R
B
A xB zB yB

Também para os pontos R, E e M alinhados

sen1 = sen2
Da equação (*) R MR  EME
yC - zC z -x
Ou seja  C C Regra da Alavanca
MR ME
II – O CÁLCULO DO NÚMERO DE ESTÁGIOS TEÓRICOS (NETS)

II.1 – SISTEMAS COM SOLVENTES PARCIALMENTE MISCÍVEIS

II.1. 1. O CONTATO EM CORRENTES CRUZADAS (solventes parcialte miscíveis)

E1 E2 E3 EN
y1 y2 y3 yN

F R1 R2 R3 RN-1 RN
xF 1 x1 2 x2 3 x3 xN-1 N xN

B1 B2 B3 BN
y0 )1 y0 )2 y0 )3 y0 )N
C

F FM1  B1 B1 M 1
R1 ?
FB1  FM 1  B1 M 1
R 1  E1  M 1

R1 R1M 1  E1 E1M 1 FB1


B1 M 1 
B1
1
F

E1
R1 M1 E2

M2
R2 E3
M3 B1
RN
B3 B2
A B
Exemplo: parcialmente miscíveis em correntes cruzadas:

Água (S) deve ser usada para separar uma mistura de clorofórmio(R), e
acetona(E) em um processo de extração em correntes cruzadas utilizando-se
dois estágios teóricos. A carga (F) contém 100kmol/h com quantidades iguais de
clorofórmio e de acetona. As cargas de solvente são as seguintes: 44,56 kmol/h
de água pura no primeiro estágio e 46,74kmol/h contendo 20% de clorofórmio e
80% de água no 2º estágio.
Determine:
a) As vazões e concentrações de saída em cada estágio do processo
b) A percentagem de acetona extraída.
Acetona

B1
água
Cloroformio
Exercício:PETROBRÁS/PROCESSAMENTO/2010/questão 66

100 g de uma mistura ácido acético / água


com 60% (em massa) de água são
colocados em contato com 140 g de éter
isopropílico puro a 200C e 1 atm. Usando o
diagrama ternário, com as linhas de
amarrações (linhas tracejadas), as
composições em frações mássicas das
fases resultantes dessa mistura (rafinado e
extrato) são, aproximadamente,
II.1. 2. O CONTATO EM CONTRACORRENTE (solventes parcialte miscíveis)

RN
F R1 R2 R3 RN-1 xN
xF x1 x2 x3 xN-1
1 2 3 N
E1 E2 E3 E4 EN EN+1
y1 y2 y3 y4 yN yN+1

Balanço Global Ponto de diferença


F  EN 1 = RN  E1  M RN - EN 1  F - E1  
Balanço no 1º Estágio

F  E2  R1  E1 F - E1  R1 - E2  
Balanço no 2º Estágio

R1  E3  E2  R2 R1 - E2  R2  E3  

....................................... Balanço no Estágio N .......................................

RN -1  EN 1  EN  RN RN -1 - EN  RN - EN 1  
Chamando   

RN - EN 1  F - E1   F    E1

F - E1  R1 - E2   R1    E2

R2    E3
R1 - E2  R2  E3  
....................................... .......................................

RN -1 - EN  RN - EN 1   RN    EN 1
C

F FM  EN 1 MEN 1

FEN 1  FM  MEN 1

FEN 1
ME N 1 
E N 1
1
F
F

E1
R1
M
E2
R2
E3
RN EN+1

A B
Exemplo: parcialmente miscíveis em contracorrente:

Água (S) deve ser usada para separar uma mistura de clorofórmio e acetona em um
processo de extração em contracorrente para que se obtenha uma rafinado
contendo somente 8% de acetona. A carga de alimentação (F) contém 100kmol/h,
sendo 60% de acetona e 40% de clorofórmio, enquanto que a carga de solvente
(água pura) tem uma vazão de 120 kmol/h.
Determine:
a) O Número de Estágios Teóricos (NETS) necessários
b) A concentração do extrato
c) A percentagem de acetona extraída.
Acetona

água
Cloroformio
A VAZÃO MÍNIMA DE SOLVENTE (solventes parcialmente imiscíveis)
C

FFMmin  E N1 Mmin E N1

FE N1  FMmin  ME N1 min

FE N 1
M min E N 1 
 E N 1 
  1
 F  min

E1 min
Mmin

RN
EN+1  MIN
A B
Exemplo: parcialmente miscíveis em contracorrente (vazão mínima)
Água (S) contendo 6% de acetona, deve ser usada para separar uma mistura de
clorofórmio e acetona em um processo de extração em contracorrente para que se
obtenha uma rafinado contendo somente 4% de acetona. A carga de alimentação
(F) contém 100kmol/h, sendo 44% de acetona e 56% de clorofórmio. Calcule a
vazão mínima de solvente necessária à operação.
Acetona

água
Cloroformio
II.2 – SISTEMAS COM SOLVENTES IMISCÍVEIS

II.2. 1. O CONTATO EM CORRENTES CRUZADAS

E1 E2 E3 EN
y1 y2 y3 yN

F R1 R2 R3 RN-1 RN
xF 1 x1 2 x2 3 x3 xN-1 N xN

B1 B2 B3 BN
y0 )1 y0 )2 y0 )3 y0 )N

Balanço no 1º Estágio

A x F'  B1 y '0   A x 1'  B1 y 1'


 
1
A y1'  y '0 1 y1'  y '0 1
  
A xF' - x 1'  B1 y 1'  y '0 
1
ou
B1
 '
xF - x 1 '
 '
x1 - x F'
Y’

Linha de equilibrio

y’1 1
Balanço no 2º Estágio

2
y’2
A x 1'  B2 y '0 
2
 A x '2  B2 y '2

A
Y’o) A

B 1  
A x1' - x '2  B2 y '2  y '0  
2
Y’o)1 1 
B 2
Y’o)2 ou
X’2 X’1 X’F X’

A y '2  y '0 2
 '

y '2  y '0 2
 '

'
B2 x1 - x 2 x 2 - x 1'
Balanço no 2º Estágio

A x 1'  B2 y '0 
2
 A x '2  B2 y '2

  
A x1' - x '2  B2 y '2  y '0 
2

ou

A y '2  y '0 2
 '

y '2  y '0 2
 '

'
B2 x1 - x 2 x 2 - x 1'
Y’

Linha de Equilíbrio

y’1 1

2
y’2

A

B 1
Y’o)1 A

B 2
Y’o)2
X’2 X’1 X’F X’
Da mesma forma

A y3'  y '0 3
 '

y3'  y '0 3
 '

'
B3 x2 - x3 x 3 - x '2
..................................

Y’

Linha de Equilíbrio

y’1 1

2
y’2

3
A
Y’o)3 
B 1
Y’o)1 A

B 2
Y’o)2
X’N X’2 X’1 X’F X’
Y’

Linha de Equilíbrio

y’1 1

2
y’2

3
A
Y’o)3 
B 1
Y’o)1 A

B 2
Y’o)2
X’N X’2 X’1 X’F X’
II.2. 1.1. O CONTATO EM CORRENTES CRUZADAS (caso especial)

Linha de equilíbrio reta


Correntes de solventes todas puras e com mesma vazão
Equação analítica

E1 E2 E3 EN
y1 y2 y3 yN

F R1 R2 R3 RN-1 RN
xF 1 x1 2 x2 3 x3 xN-1 N xN

B B B B
y0 = 0 y0 = 0 y0 = 0 y0 = 0
Exercício (imiscível correntes cruzadas): Sabendo-se que água e querosene são
considerados como solventes imiscíveis, uma solução de nicotina em água, contendo
1% de nicotina deve ser extraída com queosene puro a 20oC.
a) Determine a % de extração da nicotina se 100kg/h da solução alimentada é extraída
com 150kg/h de solvente.
b) Repita o ítem (a) para 3 estágios teóricos usando 50kg/h de solvente em cada um
deles.

Dados de equilíbrio:

Kg nicotina/kg água 0 0,001 0,00246 0,00502 0,00751 0,00998 0,0204


Kg nicotina/kg querosene 0 0,000807 0,001961 0,00456 0 ,00686 0,00913 0,0187
0,01
Kg nicotina/kg querosene

0,005

0,005 0,01
Kg nicotina/kg água
Lembrando que do balanço no 1º estágio (y’o = 0)

A x F'  B1 y 'o  A x 1'  B1 y 1'

y
Chamando de Coeficiente de Distribuição D
x
A xF'  A x1'  BD x1'

x 1'  A 
  A  BD 
x F'

Do balanço no 2º estágio

A x 1'  B2 y '0  A x '2  B y '2

A x1'  A x '2  BD x '2


2
x '
 A  x '2  A 
E assim 2
  Ou seja   A  BD 
 xF'  
 A  BD 
'
x1
Do balanço no 3º estágio

A x '2  B3 y '0  A x '3  B y '3

A x '2  A x '3  BD x '3


3
x '
 A  x '2  A 
E assim 3
  Ou seja   A  BD 
 A  BD  xF'  
'
x2

Da mesma forma, no último estágio

N
xN'  A 
  A  BD 
xF'  x N' 
log ' 
N   xF 
Daí pode-se escrever que  A 
log 
 A  BD 
II.2. 2. O CONTATO EM CONTRACORRENTE

RN
F R1 R2 R3 RN-1 xN
xF x1 x2 x3 xN-1
1 2 3 N
E1 E2 E3 E4 EN EN+1
y1 y2 y3 y4 yN yN+1

Balanço no 1º Estágio

A y1'  y '2
Ax '
F  By  Ax '
2
'
1  By '
1  '
B x F - x1'
Balanço no 2º Estágio

 By  Ax  By A y '2  y 3'

' ' ' '
Ax 1 3 2 2
B x1' - x '2

Balanço em todo o conjunto

A y1'  y 'N 1
Ax '
F  By '
N 1  Ax '
N  By '
1  '
B x F - x 'N
RN
F R1 R2 R3 RN-1 xN
xF x1 x2 x3 xN-1
1 2 3 N
E1 E2 E3 E4 EN EN+1
y1 y2 y3 y4 yN yN+1

Y’

Linha de Equilíbrio

1
y’1

Y’o)1

X’N X’F X’
A vazão mínima de solvente

Y’

y’1)min

y’1

 A 
 
 min 
B

Y’o)1

X’N X’F X’

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