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O Sistema Auditivo

O estímulo físico
Anatomia e mecanismos da orelha
Funcionamento da orelha interna
Patologia auditiva
Estruturas auditivas comparativas
O estímulo físico
Os sons são criados por uma forma de
energia mecânica.
São padrões de perturbações sucessivas
de pressão ocorridas em um meio que
pode ser gasoso, líquido ou sólido.
Um diapasão vibrando cria uma sucessão
de rarefações (compressões e
descompressões).
O padrão de alterações da pressão do ar,
representado como uma série de picos e
vales, denomina-se onda sonora.
O som precisa de um meio para que
as variações de pressão seja
transmitidas.
compressão

+ 1 ciclo

p
r
e
s amplitude
s
ã
o
rarefação
-
As características físicas do meio
afetam a velocidade de transmissão
sonora. Temperatura também afeta a
velocidade. Aumenta a temperatura
e a velocidade de propagação.

Meio Velocidade (m/s)

Ar 346

Água 1498

Ferro 5200

Vidro 4540
Freqüência:
– é descrita pelo número de ciclos de
alterações de pressão (compressão,
rarefação e compressão novamente).
– O número de alterações ou ciclos por
segundo é chamado de Hertz (Hz).
– 1000 Hz = 1000 ciclos por segundo.
– No ser humano adulto a faixa audível
ficaria entre 20 e 20000 Hz, sendo que
abaixo e acima seriam sons inaudíveis.
– Freqüência e comprimento de onda:
Som de baixa freqüência tem comprimento
longo e de alta freqüência tem comprimento
curto.
– Freqüência percebida: é o atributo
psicológico da freqüência. Refere-se a
experiência de um som sentido pelo
ouvinte como mais alto ou mais baixo.
Amplitude: extensão de
deslocamento (compressão e
rarefação)
– Quando a pressão do ar é baixa, a
amplitude é baixa, resultando em um
som baixo. Quando a pressão do ar é
alta, resulta em um som intenso.
– Decibel (dB): o ouvido é sensível a uma
vastíssima faixa de amplitudes de
pressão.
Pressões dB Fonte
(dinas/cm2)
2000 140 Decolagem de avião a jato
200 120 Trovão forte música de
Rock amplificada
20 100 Tráfego intenso de
automóveis, barulho de
metrô
2,0 80 Secador de cabelo,
aspirador de pó
0,2 60 Conversa normal
0,02 40 Escritório tranqüilo
0,002 20 sussurro
0,0002 0 Limiar absoluto
Anatomia e mecanismos da orelha
Foco nos órgãos e mecanismos que
transduzem a energia sonora em
impulsos nervosos e com o modo de
funcionamento desses órgãos.
O sistema auditivo pode ser dividido
em três componentes estruturais
principais: orelha externa, orelha
média e orelha interna.
Orelha externa
Consiste no lobo auditivo (pavilhão
auricular), no conduto auditivo
externo e no tímpano (membrana
timpânica).
Pavilhão auricular: protege as
estruturas internas; reúne e canaliza
as vibrações do ar para dentro do
conduto auditivo; amplificam os sons
de alta freqüência 4000 Hz; papel na
localização dos sons;
Ducto auditivo externo: cavidade
cilíndrica com 2,5 a 3 cm de comprimento
e 7mm de diâmetro, aberta no lado
externo e fechado no lado interno. Capta
as vibrações sonoras e as conduz para o
tímpano. Funciona como amplificador para
freqüências de 3000 Hz.
Tímpano: membrana delgada e
translúcida que estende através da
extremidade interna do ducto auditivo,
vedando a cavidade da orelha média.
Tímpano vibra transformando as variações
de pressão em movimento mecânico.
Orelha média
Composta de ossículos que transmitem as
vibrações para a orelha interna.
Martelo: unido ao tímpano. Primeiro de
uma cadeia de ossículos que unem a
orelha média a interna.
Bigorna: ligada ao martelo e se liga ao
estribo.
Estribo: menos dos ossículos e se liga na
janela oval.
Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
Os ossículos possuem um
comprimento total de 18mm fazendo
uma ponte, num sistema de
alavanca, entre o tímpano e a janela
oval.
Principal função da orelha média é
reduzir o desequilíbrio e garantir a
eficiência da transferência de
vibrações sonoras do ar para o fluído
da orelha interna.
Isso é conseguido principalmente pela
diferença nas áreas do tímpano 70 mm2
do que a área da base do estribo que é de
3 mm2 que promove um aumento de
pressão de aproximadamente 20 a 25
vezes.
Reflexo acústico: a orelha média
também tem a função protetora. Os
músculos timpânicos (ligado ao martelo
junto ao tímpano) e estapédio (ligado ao
estribo) quando expostos a sons intensos
e que possam danificar as delicadas
estruturas da orelha interna, os músculos
se contraem por reflexo reduzindo a
transmissão das vibrações através da
orelha média (reflexo acústico).
O reflexo acústico é lento demais para
proteger contra sons abruptos como tiros
e bombinhas. No entanto, é útil para
reduzir a transmissão de sons quando há
um aumento gradativo, intenso e de
freqüência relativamente baixa.
A tuba auditiva ou trompa de
Eustáquio: liga a orelha média à parte
posterior da garganta com a função de
igualar a pressão externa com a da orelha
média. Quando estamos resfriados a tuba
se torna congestionada, de modo que a
pressão na orelha média não se ajusta
adequadamente ao ar exterior. O
resultado é uma redução temporária da
audição (deslocamento do tímpano).
Condução óssea: a condução norma do
som é da orelha externa para a média e
depois para a interna. Na condução óssea
ocorre um trajeto alternativo para a orelha
interna sem passar pelo tímpano,
ossículos e outras estruturas da orelha
média. Na condução óssea, os sons
produzem vibrações nos ossos do
cranianos que estimulam diretamente a
orelha interna. Porém ela é menos eficaz
do que a condução normal, se restringem
aos sons de baixa freqüências.
Orelha interna
Cóclea: é enrolada dando três voltas em
si mesma. Possui três câmaras ou ductos.
Dividida em dois canais pelo ducto
coclear. Canal vestibular que é o canal
superior que começa na janela oval e se
liga ao canal timpânico. A união entre os
dois canais e chamado de helicotrema.
o ducto coclear é limitado por duas
membranas. A membrana de Reissner e
a basilar.
Órgão de Corti: o ducto coclear central
possui estruturas sensoriais, nervos e
outros tecidos especializados necessários
à transdução das vibrações em impulsos
neurais. Células ciliadas estão dispostas
em externas e internas. Como existem
diferenças estruturais entre essas células
é capaz que elas transmitam informações
diferentes a parte neural.
O nervo auditivo: as fibras neurais das
células do órgão de Corti têm origem em
toda a extensão da membrana basilar,
formando o nervo auditivo.
1- escala ou rampa média ou coclear
2- escala ou rampa vestibular
3- escala ou rampa timpânica
4- gânglio espiral
5- nervo coclear (partindo da membrana basilar)
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Função de polarização das células auditivas
Funcionamento da orelha interna
Teoria do local: células ciliadas
seriam ordenadas da freqüência de
estímulos sobre a membrana basilar.
Celulas ciliadas próximas a base da
membrana basilar são mais afetadas
pelos sons de alta freqüência e as
células mais próximas ao ápice do
helicotrema são mais responsivas
aos sons de baixa freqüência.
Teoria do casamento de freqüências:
a membrana vibra como uma só unidade,
reproduzindo a freqüência das vibrações
do som. Isso faz com que os neurônios
do sistema auditivo disparem na mesma
freqüência do som.
De modo geral a teoria da audição
emprega tanto a teoria de local como a
teoria do casamento de frequencias.
Patologia auditiva
Zumbido:
– ouve continuamente um som ou zumbido,
em um dos ouvidos, ou em ambos, mas
sem estímulos.
– muitas vezes ele não é uma patologia mas
sim um sintoma de um outra patologia
auditiva.
– Pode acompanhar certas infecções e febres.
– Frequentemente associado a uma lesão da
cóclea devido a sons de alta intensidade ou
por certas drogas.
– Mais de 10% dos adultos na casa dos 70
anos apresentam episódios de zumbido
grave.
– Difícil tratamento e cura para casos
crônicos.
Perda auditiva:
– Perda auditiva refere-se a uma perda
mensurável de sensibilidade que não
impede a comunicação auditiva (16% dos
adultos apresentam uma perda
clinicamente significativa de audição – 25
dB ou mais).
– Presbiacusia: (ouvir + velho) perda da
audição devido ao envelhecimento.
– Causas: perda da elasticidade da
membrana basilar, restrição do fluxo
sanguíneo para as estruturas auditivas e
degeneração gradativa e perda dos
elemento sensório-neurais na orelha
interna.
A perda com a idade é seletiva e
específica. A sensibilidade de sons de alta
frequencia diminui (23000 Hz nas
crianças, 40 anos de idade perde 80 Hz a
cada 6 meses).
Outros fatores como influência cumulativa
de infecções, exposição anormal a barulho
também favorecem um prejuízo auditivo.
Perda auditiva de condução e perda
auditiva sensório-neural:
– Perda auditiva de condução é expressa por
problemas no ducto auditivo, membrana do
tímpano ou nos ossículos.
– Perda auditiva sensório-neural ocorre devido
problemas no nervo auditivo ou ao órgão de
Corti.

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