Professional Documents
Culture Documents
IMAGEM
NO TEATRO MULTIMIDIÁTICO
RECORTE
• experiências teatrais em que a tecnologia é empregada de
forma mais evidente
• como componente imprescindível à criação de cada
teatralidade específica.
• relações das novas tecnologias audiovisuais com os
deslocamentos da noção de presença cênica do ator
• Piscator
• Wooster Group
citação
• Ao passo que em tempos anteriores as imagens filmadas
documentavam a realidade, a típica imagem de vídeo no teatro pós-
dramático não remete em primeira instância ao exterior do teatro, mas
circula dentro dele. Szondi aponta que em Piscator os documentos –
naquela época sobretudo fotográficos e cinematográficos – se
encontravam a serviço de uma instância totalizadora do narrador épico
[...] Isso seria quase impossível hoje em dia, porque um supernarrador
desse tipo não teria credibilidade política e porque as imagens
midiáticas multiplicadas, produzidas por coletivos artístico-tecnológicos,
ultrapassam estruturalmente a ideia de um autor individualmente
responsável. Como recurso de auto-reflexão problematizadora, as
imagens eletrônicas no teatro “pós-épico” do Wooster Group se referem
diretamente à realidade da vida e/ou ao processo teatral dos atores,
citando material de imagem [...] como extensão cognitiva do palco, não
como documento. É lógico, por isso, que a técnica de vídeo revela a
tendência de ser usada para co-presença de imagem de vídeo e de ator
vivo, funcionando de maneira bem geral como auto-referencialidade do
teatro tecnicamente transmitida (LEHMANN, 2007, p. 382-383).
citação
• Trata-se aqui do peculiar vestígio da presença. O que não se
nota mais na televisão, isto é, o fato de que existe uma pessoa
real “atrás” da imagem (quando ela não é virtual), é
evidenciado sensorialmente pela sequência de presença real e
vestígio, de convivência do público com a dançarina, e em
seguida de separação (LEHMANN, 2007, p. 378).
Enrico Pitozzi
• Através do uso de tecnologias digitais, tais como o motion capture,
por exemplo - diferentes tipos de instrumentos aplicados
diretamente no corpo do performer e úteis para a detecção de
informações inerentes ao movimento - é possível capturar dados que
a olho nu não poderiam ser perceptíveis. Transformar movimento em
dados significa ser capaz de manipulá-lo: um organismo ou um
movimento convertido em material informacional (código binário)
pode ser transformado em outro. Tal como o sólido, o líquido ou o
gasoso, o digital é, portanto, um estado da matéria, porque permite
converter e transformar informação de qualquer natureza: assim
como uma matéria em estado líquido (água) pode, por meio de um
processo de solidificação, tornar-se gelo, também a contração de um
músculo dentro de um movimento pode, passando por um processo
de digitalização, tornar-se um som ou dar vida a uma imagem. O
digital é, todavia, um estado paradoxal da matéria, porque é
imaterial. Não é nem destino nem ponto de partida, mas um estado
intermediário (PITOZZI, 2007, p. 89-90).
NO BRASIL
• Inúmeros estudiosos