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PRODUÇÃO DE VITAMINAS

Alunos: Daniel Henrique Sena


Leandro Augusto Ferreira
Maria Júlia de Gênova

Docente: Dra. Silvia Maria Batista


VITAMINAS

• Vitaminas são moléculas orgânicas


necessárias ao correto funcionamento
do metabolismo animal. Não são
sintetizadas por estes organismo ou • Neste presente trabalho, será
são em quantidades inadequadas apresentado extração de
para suprir suas funções vitais, por vitaminas hidrossolúveis extraídas
isso tem de ser absorvidas por
e sua utilização na indústria
ingestão.
VITAMINAS
 São classificadas em 2 grupos: Hidrossolúveis e
Lipossolúveis
 Lipossolúveis: São precursores imediatos de dois
metabólitos ativos importantes, são constituídos de
isopreno, são elas Retinol (A), Ergocalciferol e
Calciferol (D2; D3); Tocoferol (família da vitaminas E)
e as Quinonas (família K) grande parte dessas
vitaminas funciona como coenzimas ou cofatores
enzimáticos, mas algumas funcionam como
hormônios (Vitamina D) ou participam de catálise sem
ação de proteínas (Vitamina E).
Vitaminas lipossolúveis
VITAMINAS
 Hidrossolúveis
Em 1911 Casimir Funk isolou um composto cristalino extraído
da casca do arroz, usada para curar uma doenças de pombos
(polineurite), este composto deu o nome de vitamina em virtude
de ser substância vital e possuir função amina em sua
estrutura, hoje em dia denominada Vitamina B1 (Tiamina
pirofosfato), foi a primeira de uma série de 13 compostos que
se descobriu que animais não conseguem sintetizar
naturalmente e sendo indispensável na alimentação.

De uma maneira geral, são de complexo B e vitamina C


Vitaminas Hidrosolúveis
 Algumas das vitaminas que serão tratadas neste
trabalho: Cobalamina (B12) que é necessária para
duas reações enzimáticas, a síntese de metionina e
a isomerização da metilmalonil-CoA, que é
produzida durante a degradação de ácidos graxos
com número ímpar de carbono e aminoácidos valina
e treonina que é gerado proponil-CoA que é
convertido a succinil-CoA para oxidação no ciclo de
Krebs, a segunda reação requer a vitamina B12
catalisa a conversão de homocisteína a metionina.
Está ausente em todas as plantas concentrada no
fígado de animais de maneiras diferentes:
metilcobalamina, adenosilcobalamina e
hidroxicobalamina, pode ser encontrada
principalmente no fígado, rins e coração animal e
também na gema de ovo, é a única vitamina
sintetizada na natureza apenas por micro-organismo
do trato gastrointestinal.
Vitaminas Lipossolúveis e hidrossolúveis
Síntese de homocisteína no organismo
Síntese da Succil-CoA através do ciclo de Krebs
Agentes sintetizantes:

Streptomyces - S. griseus, S. olivaceus

Bacillus - megatherium

Popionobacterium - P. shermanii, P. freudereichii,


produzem vitamina B12 intracelularmente

Pseudomonas - P. dentrificans: produzem vitamina


durante toda fermentação com adição de sais de cobalto
essenciais para sua biossíntese, aerobiose intensa, e
totalmente dependente de betaína, para ativação da
biossíntese ou aumento da permeabilidade da
membrana, a partir das Pseudômonas, o seu rendimento
melhor e de fácil extração, se dá em pH 7 e a 80ºC,
apesar da vitamina B12, em pH's > 5 se degradar
Refino da vitamina B12 através do ácido súlfurico
Riboflavina (Vitamina B2)
 Conhecida também por: Lactoflavina ou Vitamina G

CARACTERÍSTICAS
 Sólido microcristalino de cor-amarelo-alaranjada, amargo e inodoro
 Pouco solúvel em etanol e água, embora seja higroscópica,
praticamente insolúvel em solventes orgânicos
 Um pouco mais solúvel em solução isotônica de cloreto de sódio
("Soro fisiológico")
 Solução aquosa tem fluorescência verde característica
 Resiste aos ácidos, porém decompõe-se rapidamente em meio
alcalino e na presença de luz (porém é bastante resiste ao calor)
 Há frequentemente o uso da riboflavina-5-fosfato-sódio, pois é mais
hidrossolúvel e apresenta atividade mais de dois terços da original.
Riboflavina (Vitamina B2)

7,8-Dimetil-10-ribitilisoaloxazina
Riboflavina (Vitamina B2)

 riboflavina-5-fosfato de sódio
Riboflavina (Vitamina B2)
 - Atua na geração de energia via ATP
 - Suas formas ativas fosforiladas FMN (flavina
mononucleotídeo) e FAD (flavina adenina dinucleotídeo), estão
envolvidas como coenzimas nas reações metabólicas de
oxidação/redução no corpo
 - Assim como outras vitaminas do complexo B, age como uma
coenzima no metabolismo das proteínas, gorduras e
carboidratos.
 - Participa da produção de hormônios do córtex adrenal

DEFICIÊNCIA DE B2
 - Dieta inadequada leva ao desenvolvimento arriboflavinose que
é caracterizada por quilose (escamação e fissura dos lábios),
estomatite angular, glossite, queratose e dermatite seborréica.
Riboflavina (Vitamina B2)
 A dose depende dos casos individuais e da natureza e severidade
da desordem.
 A média de ingestão diária indicada pelo RDA para homens e
mulheres acima de 15 anos é de 1,3 a 1,8mg por dia.
 Para a prevenção de deficiências, a dose recomendada é de 1 a
5mg por dia pela via oral; e como preventivo na fototerapia, a dose
recomendada é de 1 a 2mg por dia via oral ou 0,2mg/Kg
administrada parenteralmente.
 Para tratar desordens, a literatura sugere as seguintes doses: 5 a
25mg por dia, via oral, nos sintomas de deficiência; e na anemia
aplástica, a dose deve ser de 300mg por dia oralmente.

 OBS: Segundo o Manual de Equivalência da Anfarmag, a Riboflavina


não necessita de conversão, mas indica a necessidade de conversão
quando da utilização da Riboflavina Fosfato Sódico (Fc=1,27).
Riboflavina (Vitamina B2)
 Na indústria de alimentos, a
Riboflavina é normalmente usada
em combinação com outras
vitaminas para aumentar a validade
de produtos alimentícios e também
é acrescentada às bebidas ou sopas
em pó como colorante.
Obtenção
 Além de processos sintéticos, pode ser obtida na
transformação de glicose em D-ribose por
microrganismos, posterior passagem química desta para
riboflavina ou pela fermentação total

20% da vitamina B2 é obtida por síntese total


50% por processo misto
30% por fermentação exclusiva
Obtenção
 Processo Misto

Usam-se microorganismos mutantes de Bacillus pumilus ou em


menor escala, de Bacilos subtilis na conversão de glicose para D-
Ribose

 Fermentação Total

Usam-se com maior frequência ascomicetos(fungos) Ashbya


gossypii e Eremothecium ashbyii, pois dão maior rendimento e
não são sensíveis ao íon ferro

 Utilizando hidrocarbonetos ou com cepas de DNA


recombinante
Pichia guillermondii (causador da candidíase) e Pichia guilliermondii
Emprego de raça mutantes de
Bacillus pumilus
 Utilizando uma cepa de Bacillus pumilus obtida de uma raça selvagem
irradiada por ultravioleta (Bacillus pumilus IFO 13620), é possível
sintetizar a partir da glicose, quantidades apreciáveis de D-ribose, no
caso, 72,3g por litro, utilizando os seguintes meios de cultura:

• Sorbitol 20 g/L (20.000 ppm)


• Água de milho 20 g/L (20.000 ppm)
• Fosfato monoácido de potássio 3 g/L (3.000 ppm) 24 Horas
• Fosfato diácido de potássio 1 g/L (1.000 ppm) à 36 ºC
• L-tirosina 0,1 g/L (100 ppm)
• L-fenilalanina 0,1 g/L (100 ppm)
Fermentação
 Glicose 150 g/L (150.000 ppm)
 Levedura seca 10 g/L (10.000 ppm)
 Sulfato de Amônio 5 g/L (5.000 ppm)
60 Horas
 Carbonato de Cálcio 20 g/L (20.000 ppm)
à 36 ºC
 L-triptofano 0,05 g/L (50 ppm)
 L-tirosina 0,05 g/L (50 ppm)
 L-fenilalanina 0,05 g/L (50 ppm)

ADICIONA-SE
FERMENTAÇÃO FILTRAÇÃO ETANOL (25% do FORMA
volume do caldo PRECIPITADO QUE
inicial) É ELIMINADO

ADICIONA-SE SOLUÇÃO
ETANOL (4x o REMANESCENTE É
70% volume) PARA DESCORADA
DESSALGADA POR
PASSANDO POR
RENDIMENTO CRISTALIZAÇÃO
CARVÃO VEGETAL TROCA ANIÔNICA
DA D-ribose E CATIÔNICA
Emprego de raças de Ashbya gossypii
 Ashbya gossypii sobrepujou o uso de Eremothecium ashbyii, pois conseguia-se
um maior rendimento de cepas obtidas por tratamento adequado com
radiações ultravioleta da raça Ashbya gossypii NRRL-Y 1056, isso associado
à otimização da solução nutriente e as condições fermentativas, é possível
obter 15g de riboflavina por litro de meio

 Glicose era a principal fonte, porém maltose e sacarose podiam ser


empregados.
 Sempre deve adiciona água de milho
 Adição de lípideos aumenta o rendimento, o oleoato de sódio na
concentração de 0,6 g/L, ou óleos de milho ou soja, constumam ser
usados.
Emprego de raças de Ashbya gossypii
 O meio básico muito empregado, compõe-se:

 Água de milho 22,5 g/L (22.500ppm)


 Peptona Comercial 35 g/L (35.000ppm)
 Óleo de soja 45 g/L (45.000ppm)
 Outras peptonas como a glicina em aproximadamente 2 g/L (2.000ppm)
aumenta o teor final de riboflavina

 Utiliza-se inóculo pequeno (ordem de 1%)


 Fermentação ocorre a 28°C, durante 7 dias, com aeração de 0,3 vvm
(volume de ar por volume de meio por minuto), na presença de um
antiespumante.
 pH inicial 6,3 (acertado com ácido sulfúrico diluído) e termina com pH em
volta de 4,5.

 Separa-se a vitamina B2 das células tratando por uma hora a 120°C, para
somente então separar o micélio e desprezá-lo
Produção da riboflavina a partir de
hidrocarbonetos ou com cepas
DNA recombinantes
É possível produzir riboflavina utilizando hidrocarbonetos
alifáticos (entre C10 e C18), desde que se empregue uma Pichia (P.
Miso e P. guilliermondii), dando rendimento elevado.
Com P.miso e um meio com o n-hexadecano, uréia e água de
milho é possível um rendimento de 51g de riboflavina por litro de
meio

Partindo de uma cepa DNA recombinante de Bacillus subtilis, o tempo de fermentação


é menor (48 horas), porém o rendimento ainda é pequeno (3 a 6g de riboflavina
por litro de meio
Separação
 Em ração animal, separa-se ajustando o pH do "vinho" a 4,5, concentrando-
o e secando-o
 Para uso humano (farmacêutico) a purificação desenvolve-se acertando o
pH para 4,5 e aquecendo a 121°C por uma hora, centrifuga-se e despreza-
se a fração insolúvel, tratando-se a seguir a solução com cloreto de titânio
ou outro agente redutor; a vitamina B2 reduzida precipita e é separada
para novamente reoxidá-la ao ar e dissolvê-la em ácido clorídrico 10% a
60°C, após esfriar e neutralizar, dá-se a cristalização da riboflavina.
Ácido Ascórbico
 Vitamina C ou anti-escorbútica
 Ácido L – Ascórbico: lactona do ácido 1-3
cetotreohexurôbico
 sólido branco cristalino, inodoro e de
sabor ácido
Solúvel Insolúvel

Clorofórmio
Água

Benzeno
Álcoois

Acetona Éter
 Poderoso agente redutor o qual é
oxidado muito rapidamente

Luz
Sensibilidade
Soluções
alcalinas

Baixas
temperaturas
Estabilidade
Ausência de
oxigênio
Formas Encontradas

Sem atividade
Com atividade de vitamina C
de vitamina C

Ácido L -
Ácido L - Ácido mono - dehidroascór
Ascórbico dehidroascórbico bico
Transformação do sorbitol em sorbose

ácido-2-ceto
D-sorbitol
• Redução • Oxidação L-gulônico • Tratamento
catalítica • Transformação • Perda de água • Perda de H químico
microbiana • Salificação • Reação de
oxidação
Dextrose Ácido L-
L-sorbose
(glicose) Ascórbico
Emprego de acetobacter suboxidans ou
gluconobacter oxidans

 Através da enzima sorbitoldesidrogenase


transforma D-sorbitol em L-sorbose
 Transformação de álcool em acetona
0,5% extrato de
200g sorbitol/L levedura/água
de milho

Carbonato de ATCC 621


cálcio 30 – 35ºC

Agitação e
180g sorbose/L
aeração/24Hr
Emprego de Erwinia e Corynebacterium para
substituir sínteses químicas

 Duas passagens fermentativas


 Primeira:
 Segunda: Redução do ácido 2-ceto L-
gulônico (transformado quimicamente em
ácido L-ascórbico)
Obtenção de outras vitaminas por
fermentação
 Dentre as vitaminas obtidas por
fermentação destacam-se:

β-Caroteno Biotina (vitamina


(provitamina A) H)
Obtenção de β-caroteno
 Síntese química ou por extração dos
carotenóides
 Escassez de matérias-primas pode levar a
volta dos procedimento fermentativos
 Processo fermentativo obtém maior
rendimento utilizando Blaskelea trispora
Blakeslea Blakeslea
trispora NRRL trispora NRRL
2456 (+) 2457 (-)

Cultura em
Cultura em ágar inclinado
ágar inclinado
27ºC/148
27ºC/168 horas horas

Pré-cultura Pré-cultura
26ºC/48 horas 26ºC/48 horas

Pré-culturas misturadas
Fermentador 26ºC/40
horas

Cultura para produção


 Cristais de cor vermelha
 Insolúvel em água
 Moderadamente solúvel em éter
etílico, éter de pretóleo e óleos
 Pouco solúvel em: etanol e metanol
 Solúvel em: benzeno, clorofórmio e
sulfeto de carbono
Obtenção de biotina por
fermentação
 Partem de Bacillus sphaericus e
Rhodotorura glutinis
Emprego de Rhodotorula glutinis na
obtenção de biotina
 R. glutinis e um meio  Obtém cerca de 0,85 g/L
constituído por: de biotina.
 50 g/L glicose;
 5 g/L peptona;
 4 g/L fosfato monoácido de
potássio;
 3 g/L fosfato diácido de
potássio;
 0,2 g/L sulfato de magnésio
hepta-hidratado;
 2,5 g/L extrato de levedura
 0,5 g/L ácido pimélico
Emprego de Bacillus sphaericus na
obtenção de biotina
 20 g/L glicerol;  0,01 g/L sulfato de
 50 g/L peptona; manganês hexaidratado;
 5 g/L ácidos casamínicos;  0,02 x 10-3 cloridrato de
tiamina.
 1 g/L fosfato monoácido
de potássio; • Obtém-se 0,6 mg/L de
 0,5 g/L cloreto de
biotina.
potássio;
 0,5 g/L sulfato de
magnésio heptaidratado;
 0,01 g/L sulfato ferroso
heptaidratado;
Outros procedimento de produção
 Destacam-se aqueles que partem de um
produto análogo à biotina
 Um dos que produz melhor resultado:
debiotina
Ergosterol (vitamina D2)
Obtenção de ergosterol por
fermentação
 Encontra-se em quantidades interessantes
(2% de biomassa seca) em leveduras e
fungos
 Nos fungos se encontra na superfície das
células facilitando seu isolamento porém
em menor concentração
 Diversas espécies de leveduras dos
gêneros Saccharomyces e Candida são
usados na produção de ergosterol
 Está ligado a parede célula tornando mais
difícil sua extração.
REFERÊNCIAS
 AQUARONE, Eugênio. Produção de vitaminas. In: Biotecnologia industrial[S.l: s.n.], 2001
 Vitamina B2. Disponível em
<https://infinitypharma.com.br/uploads/insumos/pdf/v/Vitamina_B2.pdf>. Acesso em: 30
out. 2018.

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