Solo: Componentes do solo: Ar; Água; Matéria orgânica; Parte mineral que veio da alteração das rochas.
A grande diversidade de tipos de solos é condicionada
pelas formas e tipos de relevo, clima, material de origem, vegetação e organismos do solo. Distribuição dos solos no Brasil baseado no Mapa de Solos do Brasil, atualizado segundo o atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Solos do Brasil: Há grande predominância dos Latossolos, Argissolos e Neossolos, que no conjunto se distribuem em aproximadamente 70% do território nacional. Classes Área absoluta Área relativa (Km2) (%)
Argissolos 2.28589,16 26,84
Cambissolos 448.268,08 5,26 Chernossolos 37.206,29 0,44 Espodossolos 160.892,69 1,89 Gleissolos 397.644,27 4,67 Latossolos 2.681.588,69 31,49 Luvissolos 241.910,74 2,84 Neossolos 1.122.603,82 13,18 Nitossolos 96.533,02 1,13 Organossolos 2.231,33 0,03 Planossolos 226.561,75 2,66 Plintossolos 594.599,98 6,98 Vertissolos 17.630,98 0,21 Afloramentos de 201.815,77 2,37 rocha, dunas, águas e outros. Brasil 8.514.876,60 100,00 Argissolos: Os solos desta classe têm como característica marcante um aumento de argila do horizonte superficial A para o subsuperficial B que é do tipo textural (Bt);
Existem argissolos de várias colorações, mas a maioria
deles apresenta cores amareladas;
Argissolo Vermelho-Amarelo – Curitiba – PR. >
Argissolos:
Normalmente são solos muito ácidos e naturalmente
pouco férteis;
A profundidade dos solos é variável, mas em geral são
pouco profundos e profundos.
São verificados em praticamente todas as regiões do
país. Ocupam 15% da área do cerrado. Principais ocorrências dos argissolos: Cambissolos: Do latim: cambiare = trocar. Rasos a profundos. Drenagem acentuada a imperfeita. Podem apresentar qualquer tipo de horizonte A sobre um horizonte B incipiente (Bi), também de cores diversas. Muitas vezes são pedregosos, cascalhentos ou rochosos. Cambissolos: Ocorrem disseminados em todas as regiões do Brasil, preferencialmente em regiões serranas ou montanhosas.
Chernossolos: Se caracterizam pela presença de um horizonte superficial A do tipo chernozêmico sobre horizontes subsuperficiais avermelhados ou escurecidos com argila de alta atividade.
Variam de moderadamente ácidos a fortemente
alcalinos.
Solos de desenvolvimento não muito avançado, com a
profundidade variando de solos pouco profundos a profundos. Chernossolos:
Apresentam alto potencial agrícola.
Ocorrem em várias regiões do Brasil, mas têm
concentração expressiva na região da Campanha Gaúcha (Ebânicos), onde são utilizados com pasto e lavouras. No restante do Brasil ocorrem relativamente dispersos (Argilúvicos), ou em pequenas concentrações no Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte (Rêndzicos). Chernossolos: < Principais Ocorrências dos Chernossolos.
Chernossolo Argilúvico - Juscimeira - MT. >
Espodossolos:
Moderada a fortemente ácidos e baixa saturação
por bases. Variam de pouco profundos até muito profundos. Ocorrem em relevo plano, suave ondulado ou ondulado. Ocorrem associados a locais de umidade elevada. Espodossolos:
A textura é predominantemente arenosa.
Não apresentam normalmente aptidão agrícola, sendo
indicados para áreas de conservação ambiental. No entanto, verifica-se que, em algumas áreas, os Espodossolos podem ser utilizados para pastagem. Espodossolos: Tem sua mais expressiva ocorrência na região Amazônica (Amazonas e Roraima) e no Pantanal Matogrossense, mas também estão distribuídos ao longo da costa brasileira. Espodossolos:
Espodossolo Ferrilúvico – Recife – PE. >
Gleissolos: São solos característicos de áreas alagadas ou sujeitas a alagamento.
Apresentam cores acinzentadas, azuladas ou
esverdeadas, dentro de 50 cm da superfície, resultado de modificações sofridas pelos óxidos de ferro existentes no solo (redução).
Podem ser de alta ou baixa fertilidade natural
Gleissolos:
Podem apresentar pH muito baixo e teores elevados de
alumínio, de sódio e de enxofre;
Depois de drenados e corrigidas as deficiências
químicas, esses solos prestam-se principalmente para pastagens, culturas anuais diversas, cana-de-açúcar, bananicultura, entre outras. Gleissolos: < Principais Ocorrências dos Gleissolos.
Gleissolo Tiomórfico – Aracruz – ES. >
Latossolos: Relevo plano a suave-ondulado.
Culturas anuais, perenes, pastagens e reflorestamento.
São profundos, porosos, bem drenados, bem
permeáveis.
Um fator limitante é a baixa fertilidade desses solos.
Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e fertilizantes, obtêm-se boas produções. Latossolos: A baixa CTC desses solos pode ser melhorada, adotando-se práticas de manejo que promovam a elevação dos teores de matéria orgânica do solo. Plantio direto, associado à rotação de culturas, pode permitir a elevação desses teores.
Diferenciam-se entre si, principalmente pela coloração
e teores de óxidos de ferro, em quatro subordens: Latossolos: 1) Latossolos Brunos: Profundos, com horizonte superficial (A) escurecido e o subsuperficial (B) em tons brunados. Comuns na Região Sul do País em grandes altitudes (> 800m), em condições de clima subtropical. Assim como outros Latossolos são muito utilizados com agricultura.
Latossolo Bruno – Castro – PR.>
Latossolos: 2) Latossolos Amarelos: Solos profundos, de coloração amarelada, perfis muito homogêneos e com boa drenagem. Ocupam grandes extensões de terras no Baixo e Médio Amazonas e Zonas Úmidas Costeiras (tabuleiros). São cultivados com grande variedade de lavouras.
Latossolo Amarelo – Campos dos Goytacazes – RJ. >
Latossolos: 3) Latossolos Vermelhos: Bem drenados e de coloração vermelho-escura, geralmente bruno-avermelhado escuro. São importantíssimos pelo seu elevado potencial agrícola, sendo responsáveis por grande parcela da produção agrícola nacional, podendo-se destacar a produção de cana-de- açúcar em São Paulo, e uma grande variedade de grãos na Região Sul.
Latossolo Vermelho – Caçu – GO. >
Latossolos: 4) Latossolos Vermelho-Amarelos: Têm cores vermelho-amareladas, são profundos, com boa drenagem. Ocorrem em praticamente todo o território brasileiro. Quando de textura argilosa são muito explorados com lavouras de grãos mecanizadas e quando de textura média são usados basicamente com pastagens.
Latossolo vermelho-amarelo - Jaciara – MT. >
Latossolos: Os latossolos distribuem-se por amplas superfícies no território nacional, ocorrendo em praticamente todas as regiões.
Principais ocorrências dos Latossolos. >
Luvissolos: Apresentam horizonte B textural ou nítico abaixo de horizonte A fraco, moderado ou horizonte E.
São solos de profundidade mediana, com cores desde
vermelhas a acinzentadas.
São altamente susceptíveis aos processos erosivos,
em virtude da grande diferença textural entre o horizonte A e o horizonte B. Luvissolos: A mineralogia das argilas condiciona certo fendilhamento em alguns perfis nos períodos secos.
São moderadamente ácidos a ligeiramente alcalinos.
Presença, em quantidade variável, de argilominerais do
tipo 2:1 indicando atividade alta da argila.
Apresenta alta saturação por bases.
Luvissolos: Distribuem-se por boa parte do território brasileiro, com maior expressividade em regiões como o semi- árido nordestino, Região Sul e mesmo na região Amazônica , no estado do Acre .
Na Região Sul são utilizados com lavouras de grãos e
pastagens, na região Amazônica apenas com pastagens plantadas, enquanto no semi-árido a pecuária extensiva é a principal utilização. Luvissolos: <Principais ocorrências dos Luvissolos.
Luvissolo Háplico – Feijó – AC. >
Neossolos: Pouco evoluídos.
Rasos até profundos e de baixa a alta permeabilidade.
Relevos ondulados, montanhosos e planos.
O manejo adequado dos Neossolos de áreas mais
planas, em geral, requer correção de acidez e de teores nocivos de alumínio para a maioria das plantas e de adubação de acordo com a necessidade da cultura. Neossolos: Neossolo Litólico – Rondonópolis – MT. >
< Neossolo Quartzarênico – Rondonópolis – MT.
Neossolos: Neossolo Regolítico – Garanhuns – PE.>
< Neossolo Flúvico – Margem do rio Tocantins –
Peixe – TO. Neossolos:
Principais ocorrências dos
Neossolos. > Nitossolos: Caracterizados pela presença de um horizonte B nítico.
São profundos, bem drenados, de coloração variando de
vermelha a brunada.
São moderadamente ácidos a ácidos.
Os Nitossolos podem apresentar alta ou baixa
fertilidade natural. Nitossolos:
Os Nitossolos Vermelhos têm ocorrência em
praticamente todo o País.
Os Nitossolos Brunos, por sua vez, são mais restritos
às regiões altas do sul do País. Nitossolos: <Principais ocorrências dos Nitossolos.
Nitossolo Vermelho – Ceres – GO>.
Organossolos:
Pouco evoluídos.
Coloração preta, cinzenta muito escura ou marrom.
Constituídos por material orgânico proveniente de
acumulação de restos vegetais em grau variado de decomposição. Organossolos: São solos que têm elevados teores de água em sua constituição, o que dificulta muito o seu manejo para exploração agrícola. Usualmente são solos fortemente ácidos, apresentando alta capacidade de troca de cátions e baixa saturação por bases.
Organossolo Háplico – Parque Estadual do Jalapão – TO. >
Organossolos: Planossolos:
Compreendem solos minerais, imperfeitamente ou
maldrenados.
Apresenta um horizonte superficial de textura mais leve
que contrasta abruptamente com o horizonte B imediatamente subjacente, adensado e geralmente com acentuada concentração de argila. Planossolos: Estes solos apresentam elevados valores de saturação por bases e também grandes quantidades de minerais primários facilmente intemperizáveis.
O manejo adequado dos Planossolos requer cuidados
com a drenagem, correção de acidez e de teores nocivos de alumínio à maioria das plantas.
Têm ocorrência expressiva no Nordeste brasileiro , no
Pantanal Mato-grossense e no sul do Rio Grande do Sul, onde são muito explorados com arroz e pastagens. Planossolos: <Principais ocorrências dos Planossolos.
Planossolo Nátrico – Petrolina – PE. >
Plintossolos: São fortemente ácidos. São típicos de zonas quentes e úmidas. O manejo adequado dos Plintossolos implica na adoção de correção da acidez e dos teores nocivos de alumínio à maioria das plantas e de adubação de acordo com a necessidade da cultura. Apresentam potencial agrícola, relacionado principalmente em relevo plano ou suave ondulado, sendo muito utilizado com o cultivo de arroz irrigado. Plintossolos:
<Plintossolo Pétrico – São Félix do Araguaia – MT.
São solos de alta capacidade de troca de cátions
(CTC), com alta saturação por bases, com teores elevados de cálcio e magnésio. Vertissolos: Tem o pH variando de neutro para alcalino podendo, menos frequentemente, ocorrer na faixa moderadamente ácida.
Seu potencial agrícola é decorrente da alta fertilidade.
Suas principais limitações estão relacionadas ao uso de máquinas no período chuvoso.
São expressivos no Semi-árido Nordestino, no Pantanal
Mato-grossense, na Campanha Gaúcha e no Recôncavo Baiano. Vertissolos: <Principais ocorrências dos Vertissolos.