O documento discute convulsões na infância, incluindo classificação, causas, abordagem inicial e tratamento. As convulsões podem ser epilépticas ou não epilépticas, e as epilépticas são classificadas como parciais ou generalizadas. As causas variam e incluem traumatismo craniano, infecções, distúrbios metabólicos e genética. O tratamento envolve estabilização, exames, medicações como benzodiazepínicos e antiepilépticos.
O documento discute convulsões na infância, incluindo classificação, causas, abordagem inicial e tratamento. As convulsões podem ser epilépticas ou não epilépticas, e as epilépticas são classificadas como parciais ou generalizadas. As causas variam e incluem traumatismo craniano, infecções, distúrbios metabólicos e genética. O tratamento envolve estabilização, exames, medicações como benzodiazepínicos e antiepilépticos.
O documento discute convulsões na infância, incluindo classificação, causas, abordagem inicial e tratamento. As convulsões podem ser epilépticas ou não epilépticas, e as epilépticas são classificadas como parciais ou generalizadas. As causas variam e incluem traumatismo craniano, infecções, distúrbios metabólicos e genética. O tratamento envolve estabilização, exames, medicações como benzodiazepínicos e antiepilépticos.
Crise epiléptica • Atividade anormal dos neurônios no córtex cerebral (perturbação paroxística involuntária da função cerebral)
• Crises epilépticas com manifestação
motora = convulsão
• Crises de ausência ou crises sensitivas = crises
epilépticas não convulsivas Incidência • Maior na faixa etária pediátrica por < limiar do cérebro –SNC imaturo • 3 a 5% da população pediátrica • 60% inicia-se na infância • Infância: predomínio de epilepsia com indícios de doença neurológica subjacente (criptogenética) • Adolescência (idiopática) • O estado de mal epiléptico (EME) predomina na infância, sendo 4% convulsões febris • 40% das crianças com epilepsia de início recente apresentam convulsões parciais, indicando agressão ou lesão cerebral • Dentre as crises epilépticas hereditárias, as mais comuns são as crises de ausência e a mioclônica juvenil, idiopáticas ou primárias • Das sintomáticas agudas, são os distúrbios metabólicos e as farmacoinduzidas Causas • TCE • Acidente vascular encefálico • Meningites/encefalites • Desidratação grave • Intoxicações ou reações a medicamentos • Hipoxemia perinatal (falta de oxigênio aos recém nascidos em partos complicados) • Hipoglicemia (baixa glicose no sangue) • Distúrbios hidroeletrolíticos • Genética (Epilepsia noturna do lobo frontal autossômica dominante) • Febre Abordagem na emergência • O evento é uma atividade epiléptica? • História • Situação nova ou episódio recorrente? • Verificar eventos externos do parênquima cerebral: febre, distúrbios hidroeletrolíticos, intoxicação exógena, trauma Abordagem inicial no PS • História: É realmente crise convulsiva? • Exame físico: sinais de trauma em lábios, enurese, perda de consciência • Risco de hipertensão craniana? Distúrbios Paroxísticos Não Epilépticos • Síncope • Perda de fôlego • Mioclonias benignas noturnas • Terror noturno • Discinesias paroxísticas • Torcicolo paroxístico na infância • Distonia paroxística • Síndrome de Sandifer • Vertigem paroxítica benigna • Pseudocrises Classificação • Crises epilépticas generalizadas – atividade epiléptica simultânea nos dois hemisférios (obrigatoriamente há perda de consciência)
• Parciais: evento epiléptico iniciada em um
hemisfério cerebral (simples ou complexas) Classificação Internacional das crises epilépticas I. Crises Parciais: A. Crises parciais simples: 1. Com sinais motores 2. Com sintomas somatossensoriais 3. Com sintomas ou sinais autônomos 4. Com sintomas psíquicos
B. Crises parciais complexas:
1. Início parcial simples seguido de alteração de consciência 2. Com alteração inicial de consciência
C. Crises parciais evoluindo para generalizadas secundariamente:
1. Crises parciais simples evoluindo para generalizadas 2. Crises parciais complexas evoluindo para generalizadas 3. Crises parciais simples evoluindo para crises parciais complexas e posteriormente para crises generalizadas
II. Crises generalizadas:
A. Ausência B. Mioclônicas C. Clônicas D. Tônicas E. Tônico-clônicas F. Atônicas
III. Crises não classificadas
Epilepsia • Convulsões motoras: ▫ Tônicas - consistem em hipertonia e rigidez ▫ Atônica - flacidez ou ausência de movimento durante a crise ▫ Clônicas - contração e relaxamento musculares rítmicos durante a crise ▫ Mioclônica - movimentos musculares semelhantes a um choque Etiologia das crises epilépticas Sintomáticas agudas Sintomáticas remotas Idiopática Convulsão febril (freqüente < 5 anos de idade) Etiologia das Crises Sintomáticas Agudas
• Infecções do SN (meningoencefalites, abscessos)
• Toxinas/drogas • Encefalopatia hipertensiva • TCE • AVC • Neoplasia do SN • Distúrbios metabólicos ▫ Eletrólitos ▫ Hiper ou hipoglicemia ▫ Hipóxia ▫ Insuficiência renal Convulsão febril • Convulsão febril – frequente (5% das crianças) • Benigna • Única na maioria dos casos • DNPM adequado • 3 meses a 5 anos (pico 9 a 18 meses) • História familiar • Febre alta • Velocidade de subida da febre • História prévia de crise febril • Tônica e tônico-clônica + freq. • Anti-térmicos, considerar benzodiazepínicos Exames subsidiários • Primeira convulsão febril em lactentes e/ou presença de sinais meníngeos: indicar LCR • Contraindicação de coleta de LCR: sinais de hipertensão craniana • Dosagem de eletrólitos • Glicemia • TC ou RNM • EEG: verificar presença de mal epiléptico Tratamento • ABC • Local seguro • DDH com face lateralizada • Fornecer O2 inalatório: 5 l/min • Acesso venoso • Dextrostix ou SG 25% 2 a 4 mg/kg/dose Tratamento • Deitar a criança • Afrouxar roupas • Retirar objetos de perto • Manter vias aéreas desobstruídas
• Exames: Eletrólitos e hemograma. Se suspeita
de meningite: líquor. Tomografia: dependerá da história. Tratamento • Diazepam 0,3 mg/kg/dose IV (máx. 10 mg), repetidas até 2 vezes com intervalos de 5 a 10 min (máx. 3 doses) • Na falta de acesso venoso, Diazepam 0,5 mg/kg/dose via retal • Absorção IM do Diazepam é errática • Cuidado com depressão respiratória • Evitar usar em RN devido a hiperbilirrubinemia • Outra opção de benzodiazepínico é o Midazolam ataque 0,2 mg/kg/dose, pode ser usado IM (infusão de 1 a 18 mcg/kg/min até controle da crise) Fenobarbital sódico • Preferível usar fenobarbital no RN que fenitoína (kernicterus) • Ataque 20 mg/kg IV • Manutenção 24 horas após ataque: 3 a 5 mg/kg/dia Fenitoína • Fenitoína: dose 18 a 20 mg/kg/dose IV - diluir em AD ou SF 0,9%. • Não usar soro glicosado c/ Fenitoína: precipitação flebite • Fenitoína é a droga de escolha quando persistem crises epilépticas após uso de Diazepam • Cuidado com hipotensão em infusões com velocidades rápidas Tiopental • Sem respostas às drogas usadas, crises epilépticas frequentes sem retorno de consciência • Internação na UTI • Intubação prévia, ventilação assistida • Ataque 3 a 5 mg/kg/dose IV • Infusão contínua: 10 a 100 mcg/kg/min • EEG contínuo Tratamento ambulatorial • Controle de nível sérico das drogas usadas • 1. Crises parciais: fenitoína, carbamazepina, fenobarbital, primidona, valproato, benzodiazepínicos • 2. Crises generalizadas tônico-clônicas: valproato, fenobarbital, carbamazepina, primidona • 3. Crises generalizadas tônicas: fenitoína, fenobarbital, benzodiazepínico • 4. Ausência: valproato, clonazepam • 5. Mioclônica: valproato, benzodiazepínicos Síndrome de Stevens-Johnson • É uma reação alérgica grave, que causa lesão da pele, olhos e mucosas. • Pode ser causada por Benzodiazepínicos, Fenitoína, Fenobarbital ou Carbamazepina. • Evitar anticonvulsivantes aromáticos. • Usar Valproato. Tratamento • Considerar número de crises • Doença neurológica de base • Deficiência mental • Após sucesso ou controle, redução de medicações de forma gradual (2 a 5 anos) • Considerar em casos graves associação de medicações • Tratamento cirúrgico??? (Neurocirurgia- avaliação) Prognóstico • Cerca de 80% dos casos evoluem com controle das crises, sem sequelas • Lesões estruturais e deficiência mental – pior prognóstico • Taxa de mortalidade entre epilépticos – 2X maior que a população geral Obrigada!