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Apicultura

Trabalho realizado por: Eduardo Carvalho nº3


Igor Vidigal nº5 Professor: João Arroja
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Índice
 A apicultura integrada nos ecossistemas agrícolas e florestais
o Caracterização do sector
o Relação com o ecossistema agrícola. A abelha como polinizador
o Relação com o ecossistema florestal
- Distribuição geográfica das principais espécies, épocas de floração e elaboração de calendários
florísticos.
 Biologia da Colónia
o Elementos constituintes da colónia e sua caracterização
- Espaço físico da colónia. Construção de favos
- A rainha, o zangão e as obreiras. Suas funções na colónia
- Morfologia e adaptações
- Fecundação e reprodução
- Ciclo evolutivo. Longevidade e variação sazonal na fase adulta
- Divisão etária do trabalho nas obreiras
 Nutrição dos diferentes indivíduos da colónia
- Nutrição na fase imatura
- Nutrição na fase adulta 2
o Metabolismo da colónia. Termoregulação
o Perpetuidade e multiplicação da colónia
- Rainhas de substituição, emergência e enxameação
- Enxameação
o Estímulos do comportamento social e comunicação
- Aspectos gerais
- Feromonas
- Danças
o Actividade de colheita e constituição de reservas. Variação sazonal
o Agressividade
- Aspectos gerais
- O homem e a picada da abelha
 Técnica apícola
o História da apicultura: dos colhedores de mel à apicultura actual
o Terminologia apícola
o Noções gerais sobre a instalação de uma exploração apícola
- Colmeias de quadros móveis
- Equipamento de proteção e manuseamento
- Localização dos apiários
- Instalação de colmeias 3

- Povoamento de colmeias
 Condução das colónias, seu fundamento biológico
- Generalidades
- Preparação das colónias para o período de inverno
- Necessidades da colónia
- Intervenções por parte do apicultor
- Preparação das colónias no período pré – produtivo e produtivo
- Necessidades da colónia
- Intervenções do apicultor
- Cresta
o Produtos apícolas
- Composição
- Aplicações
- Métodos de obtenção
o Proteção Apícola
- As defesas naturais da colónia
- Principais inimigos da colónia (predadores, parasitas e doenças)
- Intoxicações: plantas e pesticidas
 Valor económico dos produtos apícolas e do serviço de polinização

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A apicultura integrada nos ecossistemas
agrícolas

“A apicultura é uma atividade essencial para o equilíbrio e sustentabilidade do


meio ambiente. As abelhas respondem por cerca de 80% da polinização dos
vegetais. Dessa forma, a apicultura contribui, de forma eficaz, para minimizar a
interferência e a degradação da natureza, corroborando com a produção
integrada na agropecuária. Criar abelhas é de suma importância para a
agricultura pela efetiva polinização, que, por sua vez, provoca um significativo
aumento na produção agrícola.”

http://www.sistemafaemg.org.br/Noticia.aspx?Code=4520&Portal=1&PortalNews=1&ParentCode=139&ParentPath=None&ContentVersion=R
Conclusão
 A apicultura é uma atividade essencial para o equilíbrio e sustentabilidade do
meio ambiente.

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A apicultura integrada nos ecossistemas
florestais

“Os ecossistemas florestais podem ser neste contexto muito valiosos como
espaços isentos de pesticidas onde as colónias de abelhas se podem
reproduzir sem a ameaça de produtos químicos, fornecendo bens e serviços de
elevado valor biológico.”

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https://static1.squarespace.com/static/56f17381f8baf348c571b7fb/t/5708e66686db439cd762f0ec/1460201069587/revista_17.pdf
Conclusão
 A polinização é um processo de transferência de grãos de
pólen de uma flor para outra.

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Caracterização do sector

“O sector apícola em Portugal, assim como no resto Europa Comunitária, é


uma actividade tradicional ligada à agricultura, proporcionando um
complemento ao rendimento das explorações agrícolas, existindo uma
pequena minoria de apicultores para os quais a apicultura é a base das receitas
de exploração.

O sector apícola também desempenha um papel importante no equilíbrio


ecológico da flora, pois a actividade polinizadora das abelhas traduz-se num
acréscimo de produtividade de diversas culturas agrícolas e é vital para muitas
espécies espontâneas.”

http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=3&cid=496&bl=1&viewall=true
Conclusão
 Em Portugal o setor apícola é ainda esta associado a pequenos apiários não
sendo visto como uma fonte de rendimento, por norma quem possui
apiários são agricultores que para alem de receberem algum dinheiro pelo
mel veem as suas plantas polinizadas.

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Relação com o ecossistema agrícola A abelha como polinizador

“A maior importância ecológica das abelhas está relacionada à polinização. A


polinização é um processo de transferência de grãos de pólen de uma flor para
outra. Estima-se que mais de 90% das plantas com flores dependem de
polinizadores animais. Estes, ao visitarem as flores para se alimentar de pólen
ou néctar, acabam ficando com os grãos de pólen aderidos em seus corpos. Ao
se deslocarem entre as flores, eles levam os grãos de uma flor para a outra. O
grão de pólen ao ser depositado na flor, se funde ao óvulo, o que dará origem
às sementes e frutos. Assim, muitas plantas dependem de animais para a
produção de frutos e sementes, o que tem relação direta com a agricultura.”

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https://abelha.org.br/abelhas-polinizadoras-importantes-para-a-agricultura-brasileira/
Relação com o ecossistema florestal

“Além disso, a conservação de árvores como locais para alojamento de ninhos


é crucial para a sobrevivência das abelhas em ambientes naturais. Apesar de
possuir grande importância ecológica, muitas espécies são dizimadas pelo
desmatamento que resulta na eliminação do recurso floral responsável pela
alimentação dos polinizadores e outros animais e a destruição dos ninhos
abrigados nas árvores derrubadas.”

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https://abelha.org.br/abelhas-conservacao-florestas/
Conclusão
 Tal como referido anteriormente a abelha é um dos principais percursores
na polinização se não o maior, dai ser tão importante quer no setor agrícola
quer no florestal, sendo que o objetivo é idêntico nos dois visto que o que se
pretende é obter a polinização da flora existente.

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Distribuição geográfica das principais
espécies
“Distribuição geográfica, muitas vezes referida apenas como distribuição, é
um termo utilizado pela biologia, geografia e linguística para delimitar a área
em que determinada ocorrência se verifica.”

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_geogr%C3%A1fica
Conclusão
 Distribuição geográfica, muitas vezes referida apenas como distribuição, é
um termo utilizado pela biologia, geografia e linguística para delimitar a área
em que determinada ocorrência se verifica

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Épocas de floração

“Floração ou época de floração é a designação dada ao período do ano, ou à


estação do ano, em que desabrocham as flores de determinada espécie ou
grupo de espécies de plantas, estando então a planta em flor. Pode igualmente
referir o mecanismo de indução da floração, identificando os processos
fisiológicos e bioquímicos que conduzem à floração.”

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Flora%C3%A7%C3%A3o
Elaboração de calendários florísticos

“A origem floral do mel está intimamente associada a aspetos organoléticos


como a cor e o sabor, sendo utilizada para a tipificação do mel como medida
de valorização do produto.”

Fig. Calendário de Floração de Espécies Melíferas

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http://www.gpp.pt/images/Programas_e_Apoios/Apoios_de_Mercado/PAN/PAN2017-2019.pdf
Conclusão
 Os calendários florísticos ou de melada são muito importantes para o setor
apícola pois, assim o apicultor sabe quais as épocas de maior produção das
suas colmeias, calculando também quando estas poderão precisar de um
suplemento.
 Importante é também referir que os calendários deveram indicar qual a
melhor época para mexer nas colmeias visto que em épocas de floração as
abelhas estarão mais ativas.

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Biologia da Colónia

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http://fnap.pt/web/wp-content/uploads/Guia-Pr%C3%A1tico-da-Biologia-da-Abelha-vol1.pdf
Zangão Abelha-rainha

Abelha-operária
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Espaço físico da colónia
Construção de favos

“O ninho das abelhas é constituído de favos, que são formados por alvéolos de
formato hexagonal (com seis lados). Essa forma permite menor uso de material e
maior aproveitamento do espaço. Os alvéolos têm uma inclinação de 4° a 9º para
cima, evitando que a larva e o mel escorram, e são construídos em dois tamanhos:
no maior, a rainha faz postura de ovos de zangão; já os menores podem ser
usados para a criação de operárias e para estocagem de alimento.
Durante a maior parte do ano, a prole é criada nas partes centrais da colmeia, de
forma a facilitar o controle de temperatura pelas operárias. A cria,
frequentemente, ocupa o centro dos favos, sendo que os cantos inferiores e
superiores são usados para estocagem de alimento, facilitando o trabalho das
abelhas nutrizes, que são responsáveis pela alimentação das larvas.”

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https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckg3dhb02wx5eo0a2ndxytqx96jy.html
Conclusão
 O espaço físico da colónia não é nada mais que a colmeia, após o enxame
encontrar um bom sitio para habitar como um tronco, uma casa ou
colmeias, este irá iniciar a construção de favos para a rainha poder depositar
os seus ovos que mais tarde se viram a transformar em larvas e por ultimo
abelhas e também onde poderão depositar o mel.

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Morfologia e adaptações

“As abelhas utilizam sinais visuais e olfatórios para encontrar as plantas das
quais utilizam recursos florais. Algumas abelhas adquiriram hábitos crepuscular
ou noturno e forrageiam durante períodos de pouca luminosidade.
Algumas espécies de abelhas noturnas são conhecidas por possuírem
adaptações morfológicas do sistema visual que lhes permitem o voo noturno,
e assim facilitam o encontro de plantas que podem ser utilizadas como
recursos.”

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file:///C:/Users/Aluno_2/Downloads/CarolinadeAlmeidaCaetano_corrigida.pdf
Conclusão
 Tal como outros animais também as abelhas desenvolveram adaptações
quer para se adaptarem a um clima mais frio ou mais seco quer para se
protegerem de um novo predador, tudo isto para assegurarem a
prosperidade da colmeia.
 Quanto á morfologia o corpo da abelha esta revestido como o da maioria
dos insetos por quitina, e esta tem o cor adaptado para ser ágil, forte mas
também para ter uma fabulosa estabilidade.

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Fecundação e reprodução

“As sociedades de abelhas estão organizadas em castas, que correspondem


aos zângãos (machos férteis), às operárias (fêmeas estéreis) e à rainha, a única
fêmea fértil, capaz de produzir até cerca de mil ovos por dia.”

Fig. Reprodução das abelhas

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https://mybrainsociety.blogspot.com/2016/12/reproducao-das-abelhas.html
Conclusão
 As sociedades de abelhas estão organizadas em castas, que correspondem
aos zângãos (machos férteis), às operárias (fêmeas estéreis) e à rainha, a
única fêmea fértil, capaz de produzir até cerca de mil ovos por dia.

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Ciclo evolutivo
No esquema seguinte podemos ver o ciclo evolutivo das três castas de
abelhas:

27
Continuação

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Variação sazonal na fase adulta

“Além da influência direta das condições meteorológicas, as alterações do


comportamento das abelhas operárias podem ser atribuídas à variação
diária e/ou sazonal do fluxo de recursos alimentares”

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Divisão etária do trabalho nas obreiras

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http://montedomel.blogspot.com/2009/10/sindroma-do-despovoamento-de-colmeias.html
Nutrição na fase imatura

“A geleia real é segregada nas glândulas hipofaríngeas de obreiras jovens e é


usada para alimentar as larvas das três castas, nos três primeiros dias, e a
rainha, durante toda a sua vida. Dada a grande diferença de longevidade
entre a rainha e as obreiras que se alimentam de uma mistura de mel e pólen,
a geleia real foi alvo de algum misticismo. As abelhas não armazenam geleia
real, mas depositam uma quantidade apreciável desta substância nos
alvéolos reais para alimentar bem as larvas das futuras rainhas. ”

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Nutrição na fase adulta

“A falta de uma ou mais substâncias importantes para as abelhas adultas leva a


que haja uma redução acentuada na população da colónia, compromete a
duração de vida das abelhas e das populações dos zangãos, leva ao aumento
da suscetibilidade a doenças, podendo até vir a causar a morte da colónia.
Quando a falta de proteínas é extrema podem ocorrer situações de
canibalismo em que as abelhas utilizam larvas, em particular dos zangões,
para se alimentarem. Conforme a idade das abelhas as suas necessidades
proteicas variam, seja na quantidade seja no tipo de proteína específica
necessária”

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http://objects.hifarmax.com/cc113b92199b05426ff7df813c64d2b7.pdf
Conclusão
 No inicio as larvas são alimentadas com geleia real segregada pelas jovens
obreiras, mais tarde quando adultas as abelhas alimentam-se á base de pólen
e néctar á exceção de um a rainha que continuará a ser alimentada com
geleia real até ao fim dos seus dias.

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Metabolismo da colónia. Termoregulação

“No verão, com dias em que as temperaturas rondam frequentemente os 40ºC,


as obreiras promovem a ventilação da colmeia colocando-se,
estrategicamente, na rampa de voo a bater energicamente as asas. Esta ação
contribui para a evaporação da água contida no néctar e no mel
desoperculado e, simultaneamente, para o refrescamento do ar no interior
da colmeia.
No inverno, o esforço das abelhas é dedicado a manter a sua temperatura
corporal superior à do ambiente externo. As abelhas cuja temperatura
corporal desce abaixo dos 9º-11º C ficam paralisadas e entram no chamado
coma por esfriamento, ficando incapacitadas de se alimentar, acabando por
morrer. Em Portugal encontramos regiões, sobretudo no interior centro e
norte, com dias seguidos em que as temperaturas atmosféricas rondam os
0ºC.”

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Conclusão
 Este mecanismo é utilizado para proteger a colmei mais precisamente as
larvas que não aguentam variações de temperatura, no verão o mecanismo
consiste em criar uma corrente de ar dentro da colmeia, já no inverno a
única coisa que podem fazer é tentarem manter-se o mais quentes possível
ou seja mantendo a sua temperatura corporal elevada aquecendo assim a
colmeia.

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Perpetuidade e multiplicação da colónia

“No processo de multiplicação da colônia é importante que, num primeiro


momento, a gente abra a colônia e localize uma célula especial, uma célula
de cria, que vai conter uma rainha, que vai nascer uma rainha, para essa
célula de cria a gente dá o nome de realeira ou célula de cria real”

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http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2011/07/biologo-explica-como-fazer-divisao-de-colmeias-de-abelhas-jatai.html
Rainhas de substituição e emergência

“ A substituição da rainha existente na “presença” da velha, permite a


continuidade de crescimento do enxame, aumentando bem a população
pois num determinado intervalo de tempo temos 2 rainhas em postura,
potenciando boas colheitas, é também uma boa opção para efectuar
desdobramentos, permitindo criar rainhas novas na presença da velha,
considerando que desta forma teremos menos alvéolos reais mas mais bem
alimentados.”
“Entre os apicultores está mais ou menos generalizada a opinião de que as
rainhas de emergência são rainhas de qualidade inferior, portanto a evitar. ”

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https://abelhasabeira.com/introduzir-rainhas-novas-em-colmeias-estabelecidas/ https://abelhasabeira.com/pobres-rainhas-de-emergencia/
Conclusão
 As rainhas de substituição e de emergência são utilizadas para quando a
rainha está doente ou morreu e quando o apicultor acha que a rainha não
está a dar conta da reprodução e/ou está velha substituindo-a assim por
uma mais nova, mais saudável e mais vigorosa.

38
-
Enxameação

“A enxameação é um fenómeno natural e espontâneo, que as abelhas utilizam


para se multiplicarem, que tem como base o instinto de reprodução e de
conservação da espécie, e que consiste na saída de parte das abelhas de
uma colónia para formarem uma nova colónia noutro local, com o fim de
garantirem a sua sobrevivência e a propagação da espécie.”

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http://www.aait.pt/index.php?abrir=12.3
Conclusão
 Enxameação consiste na expansão/desdobramento de uma colmeia quando
a colmeia mãe se encontra sobrelotada ou foi destruída faz parte do instinto
natural das abelhas unirem-se de modo a assegurar a sua sobrevivência.

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Estímulos do comportamento social e comunicação

“Entre as abelhas Apis mellifera, a comunicação pode ser feita por meio de sons,
substâncias químicas, tato, danças ou estímulos eletromagnéticos.
A transferência de alimento parece ser uma das maneiras mais importantes de
comunicação, uma vez que, durante as transferências, ocorrem também trocas de
algumas secreções glandulares. Esse simples gesto de troca de alimento pode
informar a necessidade de néctar e água, odor e sabor da fonte de alimento e as
mudanças na qualidade e quantidade de néctar coletado, afetando a postura,
criação da prole, secreção de cera e armazenamento do mel, entre outras
atividades. Durante esse processo, são transferidos, também, feromônios que
estimulam ações específicas, como será visto a seguir.
O principal meio de comunicação químico é feito pelos feromônios, que são
substâncias químicas produzidas e liberadas externamente por indivíduos, que
produzem uma resposta específica nocomportamento ou fisiologia de indivíduos
da mesma espécie. Em abelhas esses feromônios são transmitidos pelo ar,
contato físico ou alimento.”
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https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckg3dhb02wx5eo0a2ndxytqx96jy.html
Aspectos gerais

“As abelhas, como os demais insetos, apresentam um esqueleto externo


chamado exoesqueleto. Constituído de quitina, o exoesqueleto fornece
proteção para os órgãos internos e sustentação para os músculos, além de
proteger o inseto contra a perda de água. O corpo é dividido em três
partes: cabeça, tórax e abdome. A seguir, serão descritas resumidamente
cada uma dessas partes, destacando-se aquelas que apresentam maior
importância para o desempenho das diversas atividades das abelhas.”

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https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckg3dhb02wx5eo0a2ndxytqx96jy.html
Feromonas

“As abelhas têm um sofisticado sistema de comunicação que inclui três tipos de
mensagens: substâncias químicas (feromonas), danças e sons. Apesar da
complexidade desta temática, foram isoladas e caracterizadas várias feromonas
que regulam o comportamento do enxame. As mais conhecidas são a feromona de
alarme, feromona de reconhecimento da criação e a feromona real. A primeira é
produzida por glândulas localizadas nas mandíbulas e junto ao ferrão e a sua ação
estimula o comportamento defensivo das obreiras. A segunda é produzida pelas
larvas e pupas, tendo como função inibir os ovários das obreiras e permitir a
distinção entre criação das diferentes castas. A feromona real é produzida,
maioritariamente, pelas glândulas mandibulares da rainha, sendo reconhecida
como uma das mais importantes já que afeta o comportamento social e a coesão
do enxame, desempenha um papel atrativo para os zângãos no voo nupcial e inibe
o desenvolvimento dos ovários das obreiras. Esta feromona real influencia a
totalidade das obreiras devido ao comportamento de trofolaxia, que consiste na
troca de fluídos alimentares entre todos os indivíduos de uma colónia”

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http://www.boticasparque.pt/dados.php?ref=abelhas
Danças

“A dança é outro importante meio de comunicação; por meio dela as operárias


podem informar a distância e a localização exata de uma fonte de alimento,
um novo local para instalação do enxame, a necessidade de ajuda em sua
higiene ou, ainda, podem impedir que a rainha destrua novas realeiras e
estimular a enxameação.
O cientista alemão Karl Von Frisch descobriu e definiu o sistema de comunicação
utilizado para informar sobre a localização da fonte de alimento, observando
que as abelhas costumam realizar três tipos de dança: dança em círculo, dança
do requebrado ou em forma de oito e dança da foice (Wiese, 1985)”

44
Continuação

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https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckg3dhb02wx5eo0a2ndxytqx96jy.html
Conclusão
 Todos estes métodos de comunicação são utilizados com um objetivo em
comum o de assegurar a prosperidade da colmeia quer seja para indicar o
local onde podem encontrar alimento, para alertar de um possível ataque ou
como é o caso do voo nupcial para atrair um parceiro.
 Todos estes métodos de comunicação apenas realçam mais o como esta é
uma sociedade perfeita como mesmo sendo animais conseguem organizar-
se criando até uma hierarquia social.

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Actividade de colheita e constituição de reservas.
Variação sazonal

“O pólen apícola resulta da aglutinação do pólen das flores efetuada pelas


abelhas, mediante o acréscimo de substâncias salivares e pequenas
quantidades de néctar ou mel. Enquanto o mel é armazenado na colmeia
dependendo da disponibilidade de néctar na vizinhança da colmeia, o pólen
apenas é recolhido pelas abelhas consoante as necessidades da colónia,
representando a sua principal fonte de proteínas.”

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https://www.portalveganismo.com.br/artigos/mel-como-funciona-a-extracao-e-a-exploracao-das-abelhas/
Conclusão
 A coleta do pólen e dos néctares varia consoante a época do ano em
questão, tal como referido atrás na questão dos calendários florísticos, logo
em épocas de floração a atividade de colheita é superior visto que existe
pólen em abundancia, já em épocas de pouca ou nenhuma floração como é o
caso do inverno a atividade de colheita diminui ficando quase nula.
 A falta de nutrientes no inverno pode ser corrigida com suplementos
inseridos no interior ou ao redor da colmeia.

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Agressividade

“Além dos fatores genéticos é necessário conhecermos bem as outras


condições que aumentam a agressividade das abelhas. Dentre eles podemos
considerar: movimentação intensa nas proximidades da colmeia, objetos ou
roupas de lã felpudas, fatores climáticos como: vento, chuvas e tempo
instável; idade da operaria, pois, quanto mais velha maior a sensibilidade á
feromona de alarme e, portanto, mais agressiva; estado fisiológico das
abelhas, já que sabemos que as operárias poedeiras são mais bravas; cheiros
estranhos para elas, como os de perfume, desinfetantes, etc.; determinadas
cores como preto e marrom, não saber manejar com as abelhas ou com a
colmeia, lidar com as colmeias em dias impróprios, ficar na linha de voo das
abelhas em frente ao alvado, justamente quando elas, carregadas e já
cansadas, tentam voltar à colmeia; presença de animais perto do apiário,
fazer um numero excessivo de revisões, excesso de fumaça ou sua aplicação
incorreta”
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http://joaootavio.com.br/bioterra/workspace/uploads/artigos/agressividade-5182ddf42a87d.pdf
Conclusão
 Quando se fala de agressividade por parte das abelhas, devemos pensar que
estas agem instintivamente de modo a defender-se a si mas sobretudo á
colmeia, os níveis de agressividade da colmeia podem variar consoante, o
clima, a idade da abelha se o caso do atacado for uma pessoa o facto desta
estar a usar perfume pode piorar a situação, se tem havido mobilização da
colmeia, se a vitima se encontra na linha de voo.

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O homem e a picada da abelha

“As picadas de abelha ou vespa podem causar muita dor, e em alguns


casos, até causar uma reação exagerada do organismo que causa intensa
dificuldade para respirar. No entanto, isto normalmente só acontece em
pessoas que possuem alergia ao veneno das abelhas ou que são picadas
por muitas abelhas ao mesmo tempo, o que não é frequente.
O que fazer em caso de picada:
 1º-Remova o ferrão com a ajuda de uma pinça ou agulha;
 2º-Lave a região afetada com água fria e sabão;
 3º-Aplique gelo enrolado em papel de cozinha para reduzir o inchaço e
aliviar a dor;
 4º-Passe uma pomada para picadas de insetos na região afetada e deixe
secar sem cobrir a pele, caso a vermelhidão não melhore.”
51

https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/news/editorial/2018/05/15/14/05/bee-stings
Técnica apícola

“- Preservar o ecossistema: culturas apropriadas e sistemas de rotação,


aplicação de adubos “verdes”, luta biológica contra pragas e doenças, uso
e selecção de raças autóctones, garantir uma produção segundos os
princípios éticos e necessidades do comportamento natural e bem-estar
animal.
- Sustentabilidade do ecossistema: reciclar e reutilizar os restos de origem
animal ou vegetal, depender de recursos renováveis em sistemas agrícolas
organizados localmente, garantir a diversidade genética.
- Responsabilidade social: valorização e distribuição equitativa do valor real
dos produtos pelos envolvidos, fixação das populações, garantir ao
consumidor o direito à escolha de produtos isentos de OGM e a qualidade
dos produtos, promover as actividades tradicionais mas envolvendo de
forma racional e acautelada a inovação e a ciência.”
52

http://fnap.pt/web/wp-content/uploads/documento_cnt_projectos_133.pdf
Conclusão
 Por técnicas apículas entende-se que serão todas as técnicas de modo a
melhorar as condições dentro da colmeia, quer a higiene quer a saúde das
abelhas, mas para o apicultor o mais importante será aumentar a produção
para consequentemente aumentar o lucro.

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História da apicultura: dos colhedores de mel à apicultura
actual

“O mel que é usado como alimento pelo homem desde a pré-história, por
vários séculos foi retirado dos enxames de forma extrativista e predatória,
muitas vezes causando danos ao meio ambiente, matando as abelhas.
Entretanto, com o tempo, o homem foi aprendendo a proteger seus
enxames, instalá-los em colmeias racionais e manejá-los de forma que
houvesse maior produção de mel sem causar prejuízo para as abelhas.
Nascia, assim, a apicultura.
Hoje, além do mel, é possível explorar, com a criação racional das abelhas,
produtos como: pólen apícola, geléia real, rainhas, polinização, apitoxina e
cera. Existem casos de produtores que comercializam enxames e crias.”

54

http://bemcomum.net/group/apicultura/forum/topics/introducao-e-historia-da
Terminologia apícola

“Apicultura é a criação de abelhas para produção de mel e cera e também é a


parte da zootecnia especial dedicada ao estudo e à criação de abelhas para
os seguintes fins: produção de mel, própolis, geleia real, pólen e veneno.
Além disso, as abelhas são ótimas polinizadoras.
A apicultura é uma atividade muito antiga, suas origens estão na pré-história.
São conhecidos os desenhos descobertos em caverna, mostrando o homem
primitivo colhendo o mel de um enxame. A Bíblia também faz inúmeras
referencias ao mel e enxame de abelhas.”

55

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/o-que-e-apicultura/4593
Colmeias de quadros móveis

“A colmeia Langstroth ou colmeia quadrados moveis é uma colmeia de abelhas


que foi patenteada em Outubro de 1852, é a colmeia padronizada usada em
muitas partes do mundo para a apicultura. A vantagem desta colmeia é que
as abelhas constroem o favo de mel em caixilhos (quadros), que podem ser
movidos com facilidade. Os caixilhos são projetados para evitar que as
abelhas unam os favos de mel, normalmente elas iriam conectar aos caixilhos
adjacentes, ou conectar os caixilhos as paredes da colmeia.”

56

https://pt.wikipedia.org/wiki/Colmeia_Langstroth
Equipamento de proteção e manuseamento

Fumigador: “Trata-se de um equipamento próprio para gerar


fumaça. Para facilitar o trabalho, procure utilizar madeira seca
com ramas de cedro ou cipreste, que aumenta o volume de
fumaça. Note que além do recipiente e do funil para direcionar a
fumaça, há também um fole que deverá ser bombeado para que
a fumaça saia com mais velocidade. Serve para acalmar as
abelhas.”

57
Formão do Apicultor
“Feito de metal, deve ter cerca de 20 cm de comprimento. É utilizado para
remover o teto da colmeia.”

58
Raspador
“O raspador tem a função principal de raspar o própolis presente na colmeia.
No entanto, pode ser utilizado também para separar as alças da colmeia e
raspar a cera dos quadros.

Há equipamentos que em uma das extremidades possuem o raspador e na


outra um formão.”

59
Centrífuga
“É usada para extrair o mel sem que os favos sejam prejudicados. Um
centrifugador é feito de metal e possui um espaço interior onde os quadros
de melgueiras serão colocados. Depois da centrifugação, o mel ficará
depositado na região inferior.”

60
Espanador
“Trata-se de uma escova com cerdas macias que serve para afastar as abelhas
dos quadros da colmeia.”

61
Faca
“Deve ter cerca de 35 cm. É usada para destampar os alvéolos dos favos para
que se possa retirar o mel.”

62
Saca-quadros (levanta-quadros)

“É constituído por duas pegas com mola. É usado para levantar os quadros.”

63
Enxada
“Usada para garantir que a área do apiário se encontre sempre limpa e livre de
matos altos.”

64
Macacão
“Pode ser de brim ou nylon, cobrindo todo o corpo desde o calcanhar até o
pescoço e deste ao fim dos braços. Deve ser largo e estar sem buracos ou
rasgados. Pode ser inteiro ou calça e jaquetão. As extremidades do macacão
(mangas e pernas) devem ser arrematadas com elástico, para impedir a
entrada de abelhas na vestimenta. ”

65
Máscara
“A máscara pode ser de pano, com visor de tela metálica, pintada com tinta
preta e fosca, que permite melhor visibilidade, sustentada por chapéu de
palha ou vime e é fechada com um longo cadarço, que é amarrado sobre o
macacão. Atualmente, as máscaras já vêm acopladas aos chapéus que são
feitos também de nylon.”

66
Luvas
“As luvas devem ser finas o suficiente para que o apicultor não perca
totalmente o tato, mas ao mesmo tempo grossas, para não permitir
ferroadas.
• As luvas de plástico, muitas vezes não são resistentes às ferroadas, e têm o
inconveniente de não permitir a evaporação do suor das mãos, o que
dificulta os trabalhos. Seu odor pode irritar as abelhas;
• As luvas de borracha sintética de látex protegem bem as mãos das
ferroadas;
• As luvas de couro fino, brancas, são as mais indicadas;
• As luvas de cor azul são menos atacadas pelas abelhas do que as luvas de
cor amarela ou verde.”

67
Botas
“As melhores botas são as de borracha, branca, de cano médio ou longo, sobre
o qual é ajustada a bainha do macacão. Devem-se evitar as botas pretas,
pois atiçam a agressividade das abelhas. Não se deve usar tênis com meias,
pois a segurança não será 100%. As abelhas encontram um caminho,
geralmente perto do calcanhar.”

68

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/materiais-apicolas/22901
Localização dos apiários

“Apiário é a denominação de um conjunto de colméias devidamente instaladas


em uma área geográfica. Os apiários podem ser destinados à apicultura fixa,
quando são construídos para receberem colméias que permanecerão
definitivamente na área, ou destinados para a apicultura migratória, quando
recebem colméias apenas durante um determinado período do ano, para
exploração de floradas específicas.
A escolha do local e a instalação do apiário são dois pontos de grande
importância para o sucesso na apicultura, uma vez que as abelhas
necessitam estar bem instaladas e de boas floradas para que se obtenham
grandes produções.”

69

http://tecabelhas.blogspot.com/2011/11/localizacao-e-instalacao-de-apiarios.html
Conclusão
 Os pontos atrás referidos são de extrema importância pois visão, manter o
bom funcionamento dos apiários, e uma boa produção mas também
proteger pessoas e bens materiais circundantes de modo a que a instalação
destes apiários não interfira com o dia-dia destas pessoas.

70
Instalação de colmeias

“Dependendo das características do local onde se faz o assentamento, assim


estimulamos ou comprometemos aspetos como a produtividade ou a
sanidade das nossas colónias.
Além dos conceitos normais , convém decidirmo-nos por um local onde o
apicultor se sinta bem, uma vez que vai lá passar muitas horas a tratar das
abelhas.”

71
Povoamento de colmeias

“Para facilitar a aceitação das abelhas à nova caixa, é recomendável que o


apicultor pincele em seu interior uma solução de própolis ou extrato de
capim-limão ou capim-cidreira (Cymbopogon citratus) ou esfregar um
punhado de suas folhas, deixando a madeira com um odor mais atrativo para
o enxame. Para povoar o apiário, o apicultor poderá comprar colmeias
povoadas, dividir famílias fortes ou capturar enxame.”

72

https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckg3dhb02wx5eo0a2ndxyi87llzt.html
Conclusão
 Para facilitar a aceitação das abelhas à nova caixa, é recomendável que o
apicultor pincele em seu interior uma solução de própolis ou extrato de
capim-limão ou capim-cidreira (Cymbopogon citratus) ou esfregar um
punhado de suas folhas, deixando a madeira com um odor mais atrativo
para o enxame.

73
Generalidades

“Abelhas (Apis mellifera) são insetos himenópteros (com 2 pares de asas


membranosas) que polinizam as plantas, produzem mel ... e também picadas
mortais.
Há cerca de 20.000 espécies de abelhas no mundo. O seu tamanho varia de 2
mm a 4 cm. Algumas são pretas ou cinzas, mas há as de cor amarela
brilhante, vermelhas e verdes ou azuis metálicas.
As abelhas africanas ou "abelhas assassinas", descendem das Sul-Africanas,
importadas em 1956 por cientistas brasileiros, com vistas à melhoria da
produção de mel e, desde então, vem se cruzando com as abelhas
europeias.”

74

http://www.abelhas.noradar.com/ataques.htm
Preparação das colónias para o período de inverno

“Durante o inverno, nós talvez tenhamos de transferir nossas colmeias para


áreas ensolaradas e bem drenadas, protegidas dos ventos fortes. Se você
transferi-las, certifique-se de escolher um lugar a pelo menos a 5 km afastado
da posição inicial, porque caso contrário, se você não aplicar medidas de
reorientação, as operárias podem ficar confusas e retornarem ao lugar
inicial.”

75

https://wikifarmer.com/pt-br/preparacao-das-colmeias-para-o-inverno/
Conclusão
 Chegando o inverno é necessário preparar as colónias, para este período de
baixas temperaturas e de falta de alimento como tal antes de se dar o inicio
desta estação deverá ser feita a manutenção da colmeia verificando o seu
higiene tal como se a rainha se encontra saudável e no caso de as reservas se
encontrarem em baixo estas deveram ser repostas através de alimento
artificial.

76
Intervenções por parte do apicultor

“O apicultor é quem cria abelhas se encarrega de cultivar os produtos


proporcionados pelas abelhas.
Os apicultores também fornecem as abelhas colméias artificiais, podendo ser
feitas a partir de diferentes tipos de caixas, que são muito mais práticas e
fáceis de manejar.
Além disso, é o apicultor quem sabe qual é o melhor momento para colher o
mel e que quantidade pode extrair sem prejudicar as abelhas, então retira
somente os favos que contêm mel maduro.”

77

http://www.anapicultura.xpg.com.br/apicultor.html
Conclusão
 As intervenções por parte do apicultor deveram ser precisas e não excessivas
de modo a não incomodar o enxame, são exemplos de intervenções que o
apicultor pode realizar a manutenção dos favos, intervenção sanitária ou seja
limpeza da colmeia e a retirada dos favos ou cresta para serem levados para
a centrifugação e deste processo resulta o mel.

78
Necessidades da colónia
“Uma boa alimentação das abelhas é a base para um cresimento e um bom
desenvolvimento da colónia. As abelhas são insetos que no seu conjunto formam um
superorganismo, conduzindo assim, a uma interligação entre a nutrição das abelhas
adultas e das larvas. Os distúrbios alimentares em estágios anteriores afetam as fases
subsequentes.
As abelhas precisam de uma série de nutrientes para satisfazer as suas necessidades e
obter um crescimento e desenvolvimento normal. Estes nutrientes abrangem as
proteínas (aminoácidos), os hidratos de carbono (açúcares), os minerias, os lípidos
(gorduras), as vitaminas e a água. De modo a proporcionar uma boa nutrição os
nutrientes devem estar presentes numa porção qualitativa e quantitativa
adequada. Geralmente os alimentos são recolhidos pelas abelhas no ambiente de acordo
com as necessidades da colónia e com a disponibilidade destes no meio. A falta de um ou
mais nutrientes tem consequências nas colónias, podendo provocar uma diminuição da
população da colónia, uma diminuição da longevidade das abelhas, uma diminuição da
população de zangãos, um aumento da suscetibilidade a doenças e em casos extremos
pode levar à morte da colónia. Um aumento da longevidade das abelhas pode
incrementar a produção de mel em 25% a 40%. ”
79

https://www.hifarmax.com/pt/ap/artigos/a-alimentacao-das-abelhas-a-importancia-de-ter-todos-os-nutrientes
Conclusão
 A colónia possui diversas necessidades, para se manter forte e saudável as
abelhas necessitam de carboidratos e minerais presentes no néctar,
proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas presentes no pólen e agua, são
estes os elementos fundamentais á sua existência.

80
Cresta

“O trabalho de campo é finalizado com a realização da cresta, que consiste na


recolha das alças e meias alças cheias de mel e pólen. Seguidamente, são
transportadas até ao local onde ocorre a sua receção, num veículo
previamente limpo, para que desta etapa não decorra contaminações.
Além disso, é necessário ter cuidados acrescidos nesta fase, uma vez que, se
as alças e meias alças ficarem expostas ao sol por longos períodos de
tempo, poderá ocorrer a formação de compostos que diminuem os padrões
de qualidade do mel.”

81 Fig. Cresta
https://dica.madeira.gov.pt/index.php/2016-02-24-11-28-27/producao-animal/625-a-cresta
Conclusão
 A cresta ou retirada das alças consiste em retirar as abelhas do interior das
colmeias para o processo pode ser utilizado um soprador, com as abelhas
fora dos favos e alças é altura de leva-las/los para o local onde vão ser
centrifugados para a obtenção de mel.

82
Produtos apicolas

83
Mel
“A composição físico-química do mel é muito variável, uma vez que, depende
de vários fatores, nomeadamente a origem botânica e floral assim como com
o manuseamento e processamento.
O mel é composto maioritariamente por a água e hidratos de carbono,
sobretudo frutose e glucose (açúcares redutores) cuja proporção influencia
significativamente as propriedades do mel, nomeadamente o sabor e a
granulosidade. A glucose por ser menos solúvel em água, se tiver em maiores
quantidades pode provocar a cristalização do mel. Por outro lado, se a
frutose tiver em maiores quantidades o mel será mais adocicado e
permanecerá líquido durante mais tempo. Os açúcares redutores do mel são
também responsáveis pela viscosidade, higroscopicidade, valor energético e
atividade antimicrobiana do mel. Em menores quantidades encontram-se os
dissacáridos (maltose, sacarose, trealose e turanose) trissacáridos
(melezitose e erlose), e oligossacáridos.”
84
Obtenções
“A colheita do mel é realizada quando a maior parte dos favos
estão selados. As alças são transportadas para a melaria, onde
se procede à desoperculação e à centrifugação. Após a
extração, o processamento do mel envolve as seguintes etapas:
pré-aquecimento, coagem, filtração, tratamento térmico e
embalamento.”

85
Aplicação
“Na indústria alimentar o mel é utilizado principalmente como fonte de açúcar
em bebidas (e.g. leite e chá). Além disso, pode ser utilizado na culinária para
a confeção de doces típicos regionais e até na preparação de pratos
principais. O mel é incluído no fabrico de vários produtos, nomeadamente,
cereais de pequeno-almoço, produtos de padaria, hidromel, cervejas, e
outros produtos de valor acrescentado. Em alguns países o mel cristalizado
(em forma de creme) é muito apreciado no consumo com pão, como por
exemplo em França. O mel pode ser utilizado como conservante alimentar,
devido à sua capacidade de inibir o crescimento de determinados
organismos capazes de deteriorar alimentos”

86

https://nutriagro.weebly.com/mel.html
Pólen-de-abelha
Composição: “O pólen apícola é o produto apícola que apresenta uma maior
diversidade ao nível da sua composição, sendo fortemente influenciada
pela origem floral, condições climáticas, idade e estado nutricional da
planta, estações do ano. Os componentes principais do pólen-de-abelha são
os hidratos de carbono (40%), as proteínas (35%) e a água (10%) .Entre os
componentes maioritários provenientes do pólen floral constam
polissacáridos (calose, celulose, lenhinas, e amido), aminoácidos e lípidos
(ácidos gordos, esteróis e triglicéridos). A presença de mono e dissacáridos
(frutose, glucose e sacarose) provém da incorporação de néctar ou melada
transportada pelas abelhas, o de mel. Os componentes minoritários
presentes no pólen-de-abelha são pigmentos (flavonoides e carotenoides),
vitaminas (predominantemente cálcio, magnésio, potássio e fósforo),
enzimas (por exemplo, a glucose oxidase) segregadas pelas abelhas e
componentes de ácidos nucleicos .”
87
“A obtenção desta matéria-prima obedece à seguinte sequência de operações:
recolha, congelamento, secagem, limpeza, e embalamento.“

A aplicação: “É fundamentalmente usado na formulação de produtos


dietéticos, suplementos alimentares ou consumido por si adicionado a
bebidas não alcoólicas. Algumas pessoas podem apresentar maior
suscetibilidade alérgica a pólens de determinadas variedades florais.”

88

https://nutriagro.weebly.com/poacutelen-de-abelha.html
Pão-de-abelha
Composição
“Os compostos principais que podemos encontrar nesta matéria-prima são
hidratos de carbono (60%), proteínas e aminoácidos (~18%), água (12-20%) e
lípidos (1-15%). A variação nos teores destes componentes depende da
composição do pólen-de-abelha, da época de recolha, do clima e do maneio
do produto.”
Obtenção
“A tecnologia para a extração do pão-de-abelha consiste na recolha dos favos
com pólen, secagem, arrefecimento, segmentação, separação dos grânulos de
pão-de-abelha da cera. A recolha de pão-de-abelha deve realizar-se com os
favos completamente vazios de mel para se evitar a colagem dos mesmos ao
material de segmentação e reduzir a permanência de resíduos de cera no
produto final.”
89
Aplicação: “O elevado valor nutritivo e características nutracêuticas dos seus
componentes potenciam a utilização do pão-de-abelha como suplemento
alimentar.”

90

https://nutriagro.weebly.com/patildeo-de-abelha.html
As defesas naturais da colónia

“A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e


encarregada da proteção da colmeia como um todo, tem um ferrão na parte
traseira para ataque em situações de suposto perigo. Esse ferrão tem
pequenas farpas, o que impede que seja retirado com facilidade da pele
humana.”

91

https://pt.wikipedia.org/wiki/Abelha#Sistema_de_defesa
Conclusão
 A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e
encarregada da proteção da colmeia como um todo, tem um ferrão na parte
traseira para ataque em situações de suposto perigo.

92
Principais inimigos da colónia
(predadores, parasitas e doenças)
Urso: “Todos os tipos de ursos gostam de comer larvas de abelhas e também
não se importam com o mel. Sintomas que você tem um problema de urso:
Colmeia toda inclinada e grandes pedaços do ninho de ninhada comido.”

Fig. Urso Pardo


93

http://www.bushfarms.com/pt_beespests.htm
Doninhas e Gambás
“As doninhas são um predador muito comum das abelhas na América do
Norte. Os sintomas são abelhas muito zangadas, arranhões na frente das
colmeias, pequenos montes de abelhas mortas no chão perto das colmeias
com abelhas cuja hemolinfa foi sugada.
Os mesmos problemas e soluções que as doninhas.”

Fig. Doninha Fig. Gambá


94
Ratos
“São um problema acima de tudo no inverno quando as abelhas formam cacho
e os ratos entram na colmeia e comem o mel e as atacam as abelhas.”

Fig. Ratos
95
Traça da cera
“Elas tomam partido de enxames fracos e vivem do pólen, mel e furam a cera.
Elas deixam um rasto de teias e fezes. Por vezes são difíceis de ver porque
se tentam esconder das abelhas. Elas furam o meio dos favos (quase
sempre no ninho mas também por vezes nas alças) e furam também nas
ranhuras dos favos. Isto parece preocupar muito bastantes apicultores e é a
causa de muita contaminação química na colmeia.”

Fig. Traça da cera


96
Nosema
“Causado por um fungo (era classificado como um protozoário) chamado
Nosema apis. Nosema está sempre presente e é na verdade uma doença
oportunista
Os sintomas são os intestinos das abelhas inchados (se dissecar uma abelha) e
disenteria. Não dependa apenas da disenteria. Todas as abelhas fechadas
muito tempo ficam com disenteria. Por vezes as abelhas alimentam-se de
fruta podre ou outras coisas que lhes causam disenteria mas pode não ser
Nosema.”

97

Fig. Nosema Vírus


Intoxicações: plantas e pesticidas

“A contaminação das abelhas por pesticidas ocorre, geralmente, na coleta de


néctar e pólen, e pode atingir em maior ou menor extensão a colónia. Ainda
em menor proporção, partículas suspensas no ar são interceptadas por estas
trabalhadoras e ficam retidos nos pelos superficiais de seu corpo ou são
inalados e aderidas em seu aparelho respiratório.
O envenenamento de abelhas por pesticidas é um problema que ocorre em
todo mundo.”

98

https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5391733.pdf
Valor económico dos produtos apícolas e do serviço de
polinização

99
Continuação

“Dos restantes produtos apícolas deve-se salientar o pólen com 12% (214.870 €)
e os enxames com 5% (92.950€) do valor da comercialização. Quanto aos
produtos transformados, o sabonete, hidromel e vinagre de mel, foram os
produtos mais importantes correspondendo a 117.000 € de volume de
negócios. O mel tem uma relevância económica muito importante para os
apicultores uma vez que representa, para 73,5% das explorações apícolas, mais
de 90% das receitas totais.”

100

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