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PORTUGAL:

O ESTADO NOVO
PORTUGAL: O ESTADO NOVO

A política económica do Estado Novo até 1945


Uma economia submetida aos imperativos políticos:
• Abandono das políticas económicas liberais mas preservação da
propriedade privada, submetida ao modelo económico do regime
e recusa de um modelo coletivista (OU comunista).
• Autarcia (autossuficiência económica) e intervencionismo do
Estado, através da sujeição de todas as atividades económicas aos
interesses da Nação.
• O equilíbrio financeiro do país era necessário para a
consolidação do regime.
• As prioridades económicas relacionam-se e sustentam
os princípios ideológicos do regime.
PORTUGAL: O ESTADO NOVO
Uma economia submetida aos imperativos políticos. Autarcia e
intervencionismo do Estado
PRIORIDADE À
ESTABILIDADE FINANCEIRA
• Melhor administração e controlo
dos dinheiros públicos.
RIGOR e EQUILÍBRIO
• Diminuição de despesas. ORÇAMENTAL 
• Aumento das receitas. ESTABILIDADE FINANCEIRA E
MONETÁRIA

Criação de novos impostos


• Imposto complementar sobre o rendimento.
• Imposto profissional.
• Imposto de salvação pública sobre funcionários públicos.
• Taxa de salvação nacional sobre o consumo de açúcar, gasolina e óleos minerais.
PORTUGAL: O ESTADO NOVO
Uma economia submetida aos imperativos políticos.

A DEFESA DA RURALIDADE

Cartazes de propaganda
dos anos 30 e 40.
PORTUGAL: O ESTADO NOVO
Uma economia submetida aos imperativos políticos.

A DEFESA DA RURALIDADE
Exaltou a importância da agricultura:
• Lançou Campanhas de Produção (ex:
Campanha do Trigo – 1929-1937 e
Campanha do Vinho) para estimular a
produção agrícola.
• Adotou uma Política Económica
fortemente Protecionista e Autárcica,
com o objetivo de assegurar a
Autossuficiência ou Autarcia Alimentar.
• Promoveu um Plano de Florestação
e aproveitou os recursos hidráulicos.
• Promoveu a fixação da população em
algumas áreas do interior.

Valorizou o mundo rural:


• Fez do campo o Bastião dos Valores
Tradicionais.
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Uma economia submetida aos imperativos políticos.

AS OBRAS PÚBLICAS
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O PROGRAMA DE OBRAS PÚBLICAS
Objetivos: Infraestruturas
• Construção e reparação de estradas.
Modernizar o país
• Construção de pontes.
Impulsionar o desenvolvimento • Melhoramentos na rede ferroviária.
económico • Criação do metropolitano.
• Melhoramento dos portos.
Reduzir o desemprego • Construção de barragens e de centrais
hidroelétricas.
• Construção de aeroportos.

Meios de Comunicação
• Telefone.
• Telégrafo.

Equipamentos Públicos
• Construção de hospitais, escolas, tribunais,
prisões, estádios, quartéis, bairros para os
trabalhadores.

Restauro de Monumentos Nacionais


PORTUGAL: O ESTADO NOVO
O PROGRAMA DE OBRAS PÚBLICAS

Indissociavelmente ligada ao
Ministro das Obras Públicas,
o Engenheiro Duarte Pacheco.
PORTUGAL: O ESTADO NOVO
Uma economia submetida aos imperativos políticos.
O CONDICIONAMENTO INDUSTRIAL
Condicionamento industrial: modelo de
desenvolvimento industrial cujas linhas de
força competia ao Estado definir, pelo que era
A Indústria não necessária autorização prévia do Estado para
era uma prioridade que qualquer indústria se instale, reabra,
efetue ampliações, mude de local, seja
(Resultado: apenas cerca de vendida ou até compre máquinas.
20% da população Objetivos:
trabalhava no sector
industrial) • Promover a intervenção do estado
na economia (dirigismo económico).
• Impor regras para evitar a superprodução.
• Defender o nacionalismo económico.
• Regular a atividade produtiva e a
concorrência.
• Atenuar o desemprego.
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Uma economia submetida aos imperativos políticos.
O CONDICIONAMENTO INDUSTRIAL
O condicionamento industrial foi uma política centralista e dirigista.
Política de condicionamento industrial era transitória
mas marcou a política económica do Estado Novo durante os anos 30 e 40.

Impediu a concorrência
Aumentou a burocracia
Protegeu empresas (interesses monopolistas)
Favoreceu a concentração industrial
Limitou a modernização
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Uma economia submetida aos imperativos políticos.

CORPORATIVISMO
• O Estatuto do Trabalho Nacional (1933) criou os Sindicatos
Nacionais que em conjunto com os Grémios dos patrões
constituíam as corporações. Estas negociavam os contratos
coletivos de trabalho, estabeleciam normas e cotas de
produção e fixavam preços e salários.

• Os sindicatos livres foram extintos e as greves proibidas.

• Competia ao Estado arbitrar eventuais conflitos.

Objetivos:

• Impor a supremacia do Estado.

• Garantir a colaboração entre as classes para anular a luta de


classes, conciliando interesses divergentes.

• Defender o “Interesse Nacional” e o “Bem Comum” para


promover a Unidade Nacional e assim garantir a Ordem, a
Disciplina e a Autoridade Social e Económica.
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Estrutura Corporativa

Enquadrou os indivíduos em organizações

CORPORAÇÕES
económicas, morais, assistência, culturais

FEDERAÇÕES E UNIÕES

GRÉMIOS

SINDICATOS NACIONAIS

REPRESENTANTES DOS VÁRIOS CASAS DO POVO


ORGANISMOS CORPORATIVOS FORMAM CASA DOS PESCADORES

CÂMARA CORPORATIVA
Órgão consultivo
Representava os “interesses sociais”, as autarquias e as famílias
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As corporações e outros organismos corporativos são meios de


controlo da sociedade, da economia e das relações laborais.
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A política colonial
Ato colonial de 1930: Missão histórica
civilizadora dos portugueses nos territórios
ultramarinos

Salazar exaltou o passado histórico


nacional como fundamento e
legitimação do Império Colonial
Português.
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A política colonial
do Estado Novo
Ato colonial (1930)
Espécie de constituição para as colónias.
Estabelece a subordinação das colónias
aos interesses da metrópole.

Economicamente, as colónias eram:


•Mercados abastecedores de matérias-primas.
•Consumidores dos produtos da metrópole.
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A política colonial
do Estado Novo

Princípios defendidos:
• Proclama a vocação colonial de Portugal.
• Promove a missão civilizadora dos portugueses –
pressuposto da inferioridade das populações
nativas que são segregadas..
• Incute no povo português a mística colonial.
• Promove congressos, conferências
e exposições que servem de propaganda:
I Exposição Colonial Portuguesa
(Porto, 1934).
Exposição do Mundo Português
(Lisboa, 1940).
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O ESTADO NOVO

Trabalho de aula:
P. 165: questões 1, 4 e 6
P. 167: questão 2
P. 169: questão 3
P. 171: questões 1 e 4

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