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UNIME- União Metropolitana

Curso: Odontologia

Anestesiologia
Disciplina: Anatomia cabeça e pescoço
Docente: MsC. Rafael Zetehaku Araújo
Discentes: Érik Almeida, Denize Jesus, Ellen Mendonça,
Evelyn Mendonça,Leonardo Reis, Jhennifer Cristhine,
Juciara Ferreira, Juliana Estevão, João Pedro Almeida,
Manoel Antônio,Nielle Alves.
Histórico
Necessidade do homem de aliviar a dor impulsionou o homem
para a descoberta de novas técnicas.

Homem primitivo: dor estava associada à espíritos malígnos,


utilização de amuletos, curandeiros, bruxas.

Egípcios (1550 a.C): Utilização do ópio para alívios de cefaleias


Civilização greco-romana: utilização de mandrágora e ópio.

MENDONÇA, 2017
Galeno (Século XII): Desenvolveu anatomia dos nervos cranianos

Século XIX: Estudos relacionados à química e a fisiologia

1846: Demonstração pública sobre o efeito do éter como


anestésico geral em Boston, a partir dos estudos de William
Thomas Green Morton (dentista) em colaboração John Warren.

MENDONÇA, 2017
Thomas Green Morton

Fonte: http://revistaibc.blogspot.com.br/2017/01/william-thomas-green-morton.html
Figura 1: Thomas Green Morton, um dos precursores da anestesiologia.
Figura 2: Primeira demonstração de anestesia em Londres no século XIX

Fonte:http://thesectech.blogspot.com.br/2011/08/anestesia-anestesia-tem-um-papel.html
Conceito
1846, sugerido o termo anestesia como designação do estado de
imobilidade e ausência de dor

1940, surgimento de outras classes de anestésico, como a


lidocaína.

SOARES et al., 2006

Anestesia local: bloqueio reversível da condução nervosa, a qual


determina a perda de sensações sem inviabilizar a consciência.

PAIVA; CAVALCANTI, 2005


Características de um anestésico
Características de um anestésico
Deve apresentar baixa toxicidade sistêmica;

Não apresentar irritação tecidual;

Não ocasionar irritação as estruturas nervosas e apresentar


atuação reversível

MALAMED, 2005
Figura 3: Ramos da região da maxila
Inervação maxilar
Aplicações anéstésicas

Fonte: https://pt.slideshare.net/camillabringel/tcnicas-anestsicas-da-maxila
Figura 4: Inervações mandibulares
Inervação mandibular
Aplicações anestésicas

Fonte: https://pt.slideshare.net/LuanaNegro/anatomia-do-trigmeo-tpicos-faculdade-integrada-de-pernambuco-15377369
Farmacologia
Grupamento amínico
secundário ou terciário
Hidrossolubilidade.

Subdivisões da
molécula do anestésico Grupo aromático
local. Lipofílica
Permite impregnação nas
fibras nervosas.

Cadeia intermediária

TORTAMANO; ARMONIA, 2001


Classificação anestésico local

-NHCO- Importantes
Amida Metabolismo no
quanto:
plasma
1) Grau de
alergenicidade;

Ésteres
-COO- 2)Potência;
Metabolismo no
fígado 3)Metabolismo.

TORTAMANO; ARMONIA, 2001


Diferenciação

Elevada toxicidade Mais estáveis;

Exemplos: Cocaína, Ação mais duradoura;


Benzocaína, Procaína.
Escassa reação de
hipersensibilidade;

Menor potencial
alergênico.

PORTO et al., 2012; SOARES et al., 2006


Farmacocinética
Injeção da
Reação de
substância nos
vasoatividade
tecidos moles

Distribuição para Absorção pela


os tecidos do corrente
corpo. sanguínea

Biotransformação Excreção

VEERING, 2003; MALAMED, 2004; TORTAMANO; ARMONIA, 2001


Técnicas anestésicas
Submucosa

Supraperióstica

Infiltrativas Intraligamentaria

Intraóssea

Intrapulpar
Divisões
Para maxilar

Tronculares Para mandibular

Superficiais Plexo cervical


Sem aplicação de agulhas
Anestesia periférica superficial

Fonte: http://usuarios.upf.br/~fo/Disciplinas/Clinica%20odontologica/CO%20II%20-%203%20-%20tecnicas%20anest%E9sicas.pdf
• Submucosa
Anestesia infiltrativa

Fonte: https://www.slideshare.net/ceferele/terapeutica-farmacologica-anestesia-anatomia-aplicada-cd-carlos-f-ruiz-laos
• Supraperióstea
Anestesia infiltrativa

Fonte: https://www.slideshare.net/ceferele/terapeutica-farmacologica-anestesia-anatomia-aplicada-cd-carlos-f-ruiz-laos
Anestesia infiltrativa
• Intraligamentária

Fonte: https://pt.slideshare.net/camillabringel/tcnicas-anestsicas-da-maxila
Injeção do anestésico no espaço do ligamento
periodontal, entre o dente e o osso.
Anestesia infiltrativa
• Intraóssea

Fonte: https://pt.slideshare.net/camillabringel/tcnicas-anestsicas-da-maxila
Injeção do anestésico no osso medular (esponjoso).
Fonte: https://www.slideshare.net/danielleribeiro36/anestesia-endodontia-lemos-unisanta-2012
Anestesia infiltrativa
• Intrapulpar
Anestesia troncular
• Para mandibular Tronco do
Fonte: https://pt.slideshare.net/lucasalmeidaodonto/anestesia-local-em-odontologia

nervo
Ocorre por
bloqueio

Efetuada nos nervos: inferior, lingual, bucal,


mental e incisivo, por meio da técnica direta
ou pela técnica boca fechada
Anestesia troncular
• Para maxilar

Fonte: https://pt.slideshare.net/lucasalmeidaodonto/anestesia-local-em-odontologia
Pode ser efetuada nos nervos: Alveolar superior posterior
(figura), nervo alveolar médio, nervo alveolar anterior, nervo
infra orbital, nervo nasopalatino ou nervo palatino maior.
• Plexo cervical
Anestesia troncular

Fonte: http://depto.icb.ufmg.br/dmor/mof011/anestesia.pdf
Anestésicos mais utilizados na
odontologia - Amida

Mais utilizado na odontologia, sintetizado em 1943;

A ação tem início em cerca de 2-3 minutos, eficácia


em uma concentração de 2%.

Dose máxima recomendada é de 7,0 mg/Kg em


adulto.
MALAMED, 2013
Anestésico de duração intermediária;
Toxicidade 2x maior quando comparada à lidocaína.

Ação varia entre 1,5 minutos até 2 minutos, sendo


recomendada a dose de 6,6 mg/Kg.

PAIVA; CAVALCANTI, 2005


Anel tiofénico, a qual a torna a única amida com um
éster presente, sendo seu metabolismo no fígado e
no plasma.

Prescrição contraindicada em pacientes com anemia


ou insuficiência cardiorrespiratória.

VICTORINO et al., 2004; PAIVA; CAVALCANTI, 2005


Descrita em 1960, apresenta menor vasodilatação.

Ação de 2-4 minutos; apresenta-se com uma


concentração de 3 a 4%.

PAIVA; CAVALCANTI, 2005


Estrutura semelhante à lidocaína, porém toxicidade quatro
vezes menor, ação tem duração varia entre 6 a 10 minutos.

Dose máxima recomendada de 1,3 mg/Kg

MALAMED, 2013
Anestésicos mais utilizados na
odontologia - Ésteres

Mais comuns: Adrenalina, noradrenalina, fenilefrina.

.
Adrenalina é a mais comum e tem capacidade de se
ligar aos receptores α e β produzindo uma reação de
alarme.

FARIA; MARZOLA, 2001


Base anestésica na prilocaína, não induz alterações
na pressão arterial nem na circulação coronária.

Indicado quando se pretende obter hemostesia


local.

SANTAELLA, 2011
Reações adversas

As reações podem ocorrer na área onde foi aplicada a anestesia ou em regiões


circunvizinhas.

Atenção na anamnese, principalmente ao grau de ansiedade do paciente,


explicando ao paciente como será realizada a técnica.

A anestesia local deve ser vista a partir de sua importância em gerar conforto ao
paciente mas também na prevenção de acidentes.

GONÇALVES, 2014
Fratura da agulha

Ocorre no ato da aplicação, geralmente em locais onde há baixa resistência


mecânica.

Devido ao grau de ansiedade do paciente, pode gerar uma movimentação


voluntária ocasionando esse fenômeno.

GONÇALVES, 2014
Medidas para evitar fratura da agulha

1. Utilizar agulhas de calibre e comprimentos apropriados.

2. Adotar técnicas apropriadas para cada área anestesiada.

3. Manter o ambiente tranquilo.

4. Atenção aos movimentos do paciente.


GONÇALVES, 2014
Fonte: https://issuu.com/editorarubio/docs/issuu_anestesia_local_e_geral_na_pr
Cuidado na escolha da agulha!
Infecções

Torna-se possível através da inoculação de microorganismos na região que


está sendo inoculada a anestesia.

Necessário cuidados de biossegurança.

Esterilização dos materiais em autoclave e armazenamento em embalagens


próprias.

PRADO, 2004
Fonte:http://dentaria.blogspot.com.br/2006/03/drenagem-de-um-abcesso.html
Figura 4: Acúmulo de pús e quadro infeccioso devido à aplicação de anestésico
Hematomas e equimose

Fenômenos causados a partir de uma lesão ocasionada por agulha na parede


do vaso sanguíneo.

Levando a um quadro hemorrágico, podendo ter um aumento na intensidade


dependendo do calibre do vaso atingido.

Podendo ocasionar um edema associado com inchaço facial.

PRADO, 2004
Fonte: http://profissaodentista.com/2016/04/12/hematoma/
Figura 5: Hematoma ocasionado após aplicação de anestesia local.
Gestantes

A gravidez não contraindica o tratamento odontológico, dentre os anestésicos


mais indicados para a grávida há um destaque para lidocaína 2%.

Se houver necessidade de anestésico tópico deve-se preferir a lidocaína tópica


2%.

Os tratamentos odontológicos prolongados e invasivos devem ser evitados até o


nascimento do bebê.

RODRIGUES, 2017
Lesão dentária na anestesiologia
• Principais tipos:
– Fratura;
– Avulsão;
– Luxação de dentes naturais.
– Lesões na mucosa
– Necrose dos tecidos
– Lesões oculares
– Trismo

CARVALHO, 2013; LOPES, 2013.


Referências
• Prado R, Salim M. Cirurgia Bucomaxilofacil – Diagnóstico e
tratamento, 1 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2004.
• CARVALHO, Bárbara et al . O emprego dos anestésicos
locais em Odontologia: Revisão de Literatura. Bras.
Odontol., Rio de Janeiro , v. 70, n. 2, dez. 2013.
• LOPES B. Gabriela; Freitas B. Batista João. Parestesia do
nervo alveolar inferior após exodontia de terceiros molares.
Arquivo Brasileiro de Odontologia v.9 n.2 2013.
• Mendonça, M. (2017). Anestesiologia, da Magia à
Atualidade. Gazeta Médica, 3(1).
https://doi.org/10.29315/gm.v3i1.12
• SOARES, R. G. et al. Como escolher um adequado anestésico local para as
diferentes situações na clínica odontológica diária? Revista Sul Brasileira
de Odontologia, Joinville, v. 3, n. 1, p. 35-40, 2006.
• PAIVA, L. C. A.; CAVALCANTI, A. L. Anestésicos locais na Odontologia: uma
revisão de literatura. Publicativo UEPG Ciências Biológicas e Saúde, Ponta
Grossa, v. 11, n. 2, p. 35-42, jun. 2005.
• MALAMED, S. F. Manual de anestesia local. 5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005.
• TORTAMANO, N.; ARMONIA, P. L. Anestésicos locais.In:TORTAMANO, N.;
ARMONIA, P.L. Guia terapêutico odontológico. 14. ed. São Paulo: Santos.
2001. Cap. 4, p. 30-41.
• Porto, A.N. et al. (2012). Reação alérgica a Mepivacaina: relato de caso
clínico. Rev Odontol Bras Cent, 21(56), pp. 455-7.
• VEERING, B. Complications and local anaesthetic toxicity in regional
anaesthesia. Curr Opin Anaesthesiol,Philadelphia,v. 16, n. 5, p. 455-459,
Oct. 2003.
• MALAMED, S. Manual de Anestesia Local - 6ª Ed. 2013.
• VICTORINO, F.R.et al.Análise comparativa entre os anestésicos locais
Articaína 4% e Prilocaína 3% na extração de terceiros molares retidos em
humanos.Acta Scientiarum. Health Science, Maringá, v. 26, n. 2,p.351-356,
2004. Semestra.
• MALAMED, S. F.Manual de anestesia local.8 ed. São Paulo,Elsevier, 2013.
• FARIA, F. A. C.; MARZOLA, C. Farmacologia dos anestésicos locais –
considerações gerais. BCI, Curitiba, v. 8.n. 29, p. 19-30, jan./mar. 2001.
• SANTAELLA, G. M. Soluções Anestésicas Locais: uma Revisão de Literatura.
2011. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) –
Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2011.

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