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TERAPÊUTICA

SISTÊMICA
DROGAS DE USO DERMATOLÓGICO
ANTIMALÁRICOS
EFEITOS:

• Estabiliza lisossomos de células lesadas

• Inibe apresentação de antígenos

• Inibe imunidade celular e síntese de citocinas

• Efeito antitrombótico e antiplaquetário

• Fotoprotetor e antiiflamatório
ANTIMALÁRICOS
EF. COLATERIAS:
• Discromia da pele: azul-acinzentada
• Clareamento das raízes do cabelo,
• Exantema (p. ex., urticária, erupção liquenoide, até
eritrodermia esfoliativa)
• Pancitopenia. Hemólise (G6PD deficientes)
• Retinopatia reversível (precoce) e irreversível
• Podem piorar Psoríase
ANTIMALÁRICOS
INTERAÇÕES

CIMETIDINA: ↑ níveis dos ANTIMALÁRICOS

TABAGISMO: pode ↓ eficácia dos ANTIMALÁRICOS

ANTIMALÁRICOS: ↑ níveis de DIGOXINA

CLOROQ. + HIDROXICLOROQ.: ↑ risco de retinopatia


ANTIMALÁRICOS

Mais de 1/3 dos pacientes com > 4 meses de uso terão hipercromia
de pele, mucosa oral e/ou leito ungueal.
Remissão completa pode demorar meses após suspensão.
ANTIMALÁRICOS
ANTIMALÁRICOS
CONTRA-INDICAÇÕES

Absoluta: Hipersensibilidade conhecida

Relativas:

• Discrasias sanguíneas graves

• Alterações hepáticas

Pode haver hepatite e supressão de MO


AZATIOPRINA
EFEITOS: anti-inflamatórios e imunossupressores

• Metabólito ativo: 6-TIOGUANINA, análogo da


PURINA, similar à ADENINA e à GUANINA

• Incorpora-se ao DNA e RNA, inibindo a divisão celular

• Suprime atividade de LT e produção de Igs pelo LB

• Reduz número e função de cels de Langerhans (CAAg)


AZATIOPRINA
EF. COLATERIAS:

• CA de pele não melanoma. CEC cutâneo e ginecológico.

• Mielossupressão: leuco e trombocitopenia.

• Raramente pancitopenia

• Imunossupressão e infecções oportunistas.

• TGI. Pancreatite e hepatite.

• Sd. De hipersensibilidade
AZATIOPRINA

Sd. De hipersensibilidade: 1º mês, com erupção morbiliforme confluente + febre,


SARA, alt. TGI e hepatotoxicidade, até colapso SCV.
AZATIOPRINA
EF. COLATERIAS:
TED 17

A azatioprina pode desenvolver


mielossupressão, que pode ser grave, mais
comumente no início do tratamento.
AZATIOPRINA
CONTRA-INDICAÇÕES

Absoluta: Hipersensibilidade conhecida

Relativas:

• Gestação e infecção ativa

• Uso concomitante de Alopurinol


AZATIOPRINA
INTERAÇÕES

ALOPURINOL: inibe xantina oxidase 


aumenta toxicidade hematológica
CAPTOPRIL: pode ↑ risco de leucopenia
AZA: pode ↓ eficácia de VARFARINA,
PANCURÔNIO* e DISP. CONTRACEPTIVOS

*Bloqueador neuromuscular para IOT


BLEOMICINA - Intralesional
• FONTE: Streptomyces verticillus

• CLASSE: antibiótico antineoplásico

• MECANISMO DE AÇÃO: inibe a síntese de DNA nos queratinócitos infectados,

porém nenhum efeito direto sobre o papilomavírus humano

• USO DERMATOLÓGICO: tratamento intralesional de verrugas vulgares

resistentes à terapia; 65%-80% das lesões clareiam após uma ou duas injeções

• DOSAGEM: 0,1 a 0,3 ml de 1 U/ml (de solução salina) injetada em lesões-alvo,

com dose máxima total por tratamento = 2 ml; repetida a cada 3 a 6 semanas

até a resolução;
BLEOMICINA - Intralesional
• EFEITOS COLATERAIS:

• A injeção é extremamente dolorosa (anestesiar); dor e queimação

pós-injeção por 2-3 dias;

• Fenômeno de Raynaud ocasionalmente;

• Distrofia ungueal;

• Nenhuma toxicidade sistêmica com dose total recomendada

• CONTRAINDICAÇÕES: gravidez, imunossupressão, comprometimento vascular

• GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: não recomendada; prescrição de gravidez categoria D


COLCHICINA
• Fonte: alcaloide de Colchicum autumnale
(açafrão de outono)

• Mecanismos de ação:
• Impede a montagem de microtúbulos 
interrompe a mitose na metáfase e inibe
motilidade celular

• Diminui a degranulação, a adesão e a quimiotaxia


de neutrófilos
COLCHICINA
• Uso dermatológico:
• Dermatoses neutrofílicas (doença de Behçet, síndrome de
Sweet)
• Vasculite de pequenos vasos,
• Doenças bolhosas autoimunes (EBA, dermatose bolhosa IgA
linear)
• Estomatite aftosa

• Dosagem: 0,5 ou 0,6 mg VO 2 a 3x/dia;


(proteger da luz - degradado por UVR)
COLCHICINA
• Efeitos colaterais:
• Comuns: TGI
• Ocasionais: alopecia, neuropatia periférica, miopatia e supressão da
medula óssea (com terapia prolongada);
• Falência múltipla dos órgãos com overdose aguda (reação semelhante à
NET)

• Contraindicações: reação de hipersensibilidade anterior; doença


renal, hepática, gastrointestinal ou cardíaca grave; discrasias
sanguíneas

• Gesta: evitar – risco C


• Amam.: excretado no leite x uso permitido
CICLOFOSFAMIDE
• Derivada da mostarda nitrogenada

• Atravessa a BHC

• Metabolizada pelo CYP 450, gera a mostarda nitrogenada

• 50% de excreção renal

• Acredita-se que o metabólito inativo ACROLEÍNA cause


cistite hemorrágica e CA de bexiga (maior risco com doses
baixas e contínuas)
CICLOFOSFAMIDE
CONTRA INDICAÇÕES

• Relativas: infecções ativas, nefro e hepatopatia

• Absolutas: gravidez e amamentação

• É teratógena no 1º trimestre de gravidez e


imunossupressora em crianças lactantes
CICLOFOSFAMIDE
DOSAGENS

• 1 a 3mg/kg/dia - via EV ou VO

Não é necessário induzir uma


mielossupressão significativa para se obter uma
imunossupressão
CICLOFOSFAMIDE
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• O ALOPURINOL, a CIMETIDINA e o CLORANFENICOL


podem elevar os níveis da CICLOFOSFAMIDA e produzir
citotoxidade (via CYP450)

• BARBITÚRICOS podem a aumentar a conversão para


metabólitos inativos

• A absorção da DIGOXINA pode ser reduzida.


CICLOFOSFAMIDE
EF. COLATERIAS:

• Anemia (inclusive aplástica), leuco e trombocitopenia. Infecções.

• Malignidade: bexiga, linfoma e leucemia aguda.

• Disúria e cistite hemorrágica. Colite hemorrágica.

• Esterilidade: amenorreia e azoospermia.

• TGI. Hepatotoxicidade.

• Pneumonite e fibrose intersticial.

• Anafilaxia.
CICLOFOSFAMIDE
EF. COLATERIAS DERMATOLÓGICOS:

• Eflúvio anágeno (5-30%, geralmente reversível),

• Faixas pigmentadas nos dentes (irreversíveis),

• Hiperpigmentação difusa,

• Sulcos transversos nas unhas,

• Eritema acral,

• Síndrome de Stevens-Johnson (raro)


CICLOSPORINA
MECANISMO DE AÇÃO

Após o estímulo de ativação do LT, o fator nuclear de


células T ativado (NF-ATc) liga-se à região promotora de
genes relacionados às citocinas, induzindo a sua síntese.

A ciclosporina se liga à CICLOFILINA (proteína


citoplasmática) e o complexo formado bloqueia o NF-
ATc, inibindo a super-regulação da IL-2 e dos seus
receptores, resultando em redução do número de
células T CD4+ e CD8+ na epiderme.
CICLOSPORINA
TED 17

A ciclosporina é um potente inibidor da


função do linfócito T auxiliar (CD4+).
CICLOSPORINA
TED 09
CICLOSPORINA
CONSENSO PSORÍASE 2012

Se os níveis de creatinina se elevarem, de forma


persistente (em 3 medidas no período de 1 semana), a
ciclosporina deve ser suspensa ou sua dosagem reduzida
para 0,5-1 mg/kg/dia.

Se continuarem elevados, após 2 semanas, suspender a


medicação.
CICLOSPORINA
EF. COLATERIAS:
• HAS. Hiperlipidemia. Hepatotoxicidade. Disfunção renal.
• CA de pele não MN. Linfomas.
• Hipertricose. Hiperplasia gengival. Hiperplasia sebácea.
• Parestesia, hiperestesia, cefaleia e tremor. Mialgia e
miosite.
• Hiper-K, Hipo-Mg e Hiperuricemia
• Dispneia e broncoespasmo. Infecções.
CICLOSPORINA
TRICODISPLASIA ESPINULOSA
Doença rara, que ocorre em imunodeprimidos
(transplantados ou pacientes com malignidades
hematológicas)

Erupção centrofacial, com


pápulas eritematosas, com
espícula queratósica central

Associada com alopecia em


graus variados e ao
poliomavírus (HPV)
DAPSONA
EF. COLATERIAS:

• Hemólise (G6PD)

• Meta-hemoglobilinemia. Icterícia colestática.

• Agranulocitose.

• Neuropatia periférica. Surtos psicóticos.

• Erupção fixa até NET e DRESS (Síndrome da Sulfona)


HIDROXIUREIA
• Agente antineoplásico, estimula diferenciação celular e
normalização da pele com Psoríase
• Início de ação lento na Psoríase (8 semanas)
• Opção: AIDS + Psoríase, por diminuir a CV
(casos graves e recalcitrantes)
• A dose preconizada é de 1 a 1,5 g/dia.
• Mielotoxicidade: efeito mais grave.
• O risco de nefro ou hepatoxicidade é raro.
HIDROXIUREIA
EF. COLATERIAS:
• Anemia, alterações megaloblásticas.
• Leuco e trombocitopenia
• Úlceras nas pernas, alopecia. Hiperpigmentação.
• Lesões semelhantes à dermatomiosite.
• CA de pele não MN
• Hepatite e disfunção renal
• Malignidade: leucemia aguda
HIDROXIUREIA
TACROLIMUS
• LACTONA MACROLÍDEA

• INIBIDOR DE CALCINEURINA: inibe a produção de


citocinas como a IL-8

• Uso dermatológico: GVHD (profilaxia), pioderma agudo


e crônico; pioderma gangrenoso; psoríase recalcitrante

• Dosagem: 1-2 mg por via oral duas vezes ao dia


(nível sanguíneo de 5-10 ng/ml)
TACROLIMUS
Efeitos colaterais:
• Imunossupressão
• HAS, DM, IR
• Hipercalemia

Contraindicações:
• HAS descontrolada
• IR
• Hipersensibilidade conhecida
• Para administração parenteral, alergia ao HCO-60
(óleo de rícino hidrogenado usado como surfactante)
TACROLIMUS
• Gravidez e lactação:
Para distúrbios dermatológicos, deve ser evitado durante
a gravidez (categoria C) e lactação (concentrado no leite
materno)

• Interações medicamentosas:
Outros medicamentos tóxicos e renais;
Fármacos que inibem ou induzem CYP3A4
USO NA GESTAÇÃO

MEDICAMENTO RISCO NA GESTA AMAMENTAÇÃO


Antimaláricos Seguros Uso aprovado
Azatioprina D Não recomendado
Ciclofosfamide D (teratogênica no 1º trim) Não recomendado
Ciclosporina C Contra indicado
Dapsona C Uso aprovado (risco de anemia
hemolítica no bebê)
Hidroxiureia Teratogênico Não recomendado
Tacrolimus C Evitar
INDICAÇÕES CLÍNICAS
Antimaláricos Azatioprina Ciclofosfamida
• Lúpus eritematoso • Dermatite atópica • Penfigoide da
discoide • Dermatite actínica membrana
• GVHD (crônica) crônica mucosa
• Erupção polimorfa à luz • Doença de Behçet • Linfoma de células T
• Porfiria cutânea tardia • Penfigoide bolhoso cutâneo
• Sarcoidose • Penfigoide cicatricial • Pênfigo
• Lúpus eritematoso • Dermatomiosite • Esclerose sistêmica
cutâneo Subagudo • Líquen plano oral • Granulomatose de
• Pênfigo Wegener
INDICAÇÕES CLÍNICAS
Ciclosporina Dapsona Metotrexato Micofenolato
de mofetila
• Dermatite • Doença de • Linfoma de • GVHD
atópica Behçet celulas T (aguda crônica)
• Doença de • Penfigoide da cutâneo • Líquen
Behçet membrana • Dermatomiosite plano • Pênfigo
• Dermatite mucosa • Histiocitose de • Psoríase
actínica (cicatricial) células de • Esclerose
crônica • Dermatite Langerhans sistêmica
• GVHD (aguda) herpetiforme • Papulose
• Psoríase* • Hanseníase linfomatoide
• Urticária • Pustulose
palmoplantar
• Psoríase
• Esclerose
sistêmica

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