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SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA Por:

Nelsone D. B. Chapananga

DO MUNICÍPIO DA CIDADE DE nchapananga@ucm.ac.mz

NAMPULA VIII Jornadas Científicas da FEC


24 de Outubro de 2018
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
1. Problema
2. Objectivo
3. Hipótese
4. Estado de arte
5. Metodologia
6. Apresentação de dados
7. Discussão de resultados
8. Conclusão e recomendação

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1. PROBLEMA

Já passaram sensivelmente 20 anos desde que as primeiras


autarquias locais entraram em funcionamento em Moçambique:
Será que o Município da Cidade de Nampula (MCN) já goza,
materialmente, da autonomia financeira constitucionalmente
prevista?

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2. OBJECTIVO

Analisar a sustentabilidade financeira do MCN basenado-se em


indicadores orçamentais pré-determinados.

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3. HIPÓTESE

O Município da Cidade de Nampula não goza de autonomia


financeira plena porque o seu orçamento depende
maioritariamente de transferências do Estado.

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4. ESTADO DE ARTE
Indicadores de desempenho financeiro dos municipios
(Nguenha, Raich & Weimer, 2012)
(i) Receitas próprias / despesas correntes – serve para avaliar a
capacidade do município de gerar recursos próprios suficientes para cobrir as
suas despesas operacionais (despesas correntes).
NOTA: Um valor inferior a 1 representa dependência de outras fontes de receita.

(ii) Receitas correntes / despesas correntes – leva em conta as subvenções


para propósitos gerais que um município recebe, como é o caso do FCA
considerada como uma fonte de receita estável.
NOTA: Quanto mais proximo este indicador estiver de 1, melhor a sustentabilidade.

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(iii) Receitas fiscais / receitas próprias – mede o empenho (esforco) dos
municípios em arrecadar receitas fiscais (impostos).
NOTA: Quanto mais proximo este indicador estiver de 1, melhor a capacidade de
um governo local de usar os impostos como instrumentos para financiar bens públicos.

(iv) Fontes não próprias de receitas / receitas totais – mede a dependência


de fontes não próprias de receitas compostas por transferências
governamentais e outros donativos.
NOTA: Quanto mais proximo este indicador estiver de um, mais alto o nivel de
dependencia.

(v) Ajuda + SPG / despesas de capital – mostra a proporção das despesas de


capital (investimento) que são financiadas através de ajuda e SPG (ex.: FIIL).
NOTA: Um valor baixo (isto é muito afastado de 1) demonstra uma grande sujeicao
as receitas proprias ou autonomia para financiar investimentos locais.

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5. METODOLOGIA
Objecto do estudo – Sustentabilidade das autarquias locais
Local de estudo – Município da Cidade de Nampula
Tempo de estudo – 2015 – 2017
Tipo de abordagem – quantitativa
Método – correlacional
Técnicas de recolha de dados – escalas de medição

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Estrutura do processo de medição:

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6. APRESENTAÇÃO DE DADOS

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Receitas totais do município de Nampula – 2015-2017

1,790,504,956.04

1,800,000,000.00

1,600,000,000.00
1,262,373,814.20
1,400,000,000.00 1,033,981,886.82
756,523,069.22
1,200,000,000.00 822,985,103.54

1,000,000,000.00
439,388,710.66
2015
800,000,000.00 623,902,123.96
2016
276,137,110.00
347,765,013.96 2017
600,000,000.00
265,379,477.80 156,101,860.83 269,251,133.00 425,352,993.83 Total
596,879,997.53
400,000,000.00 147,343,617.08 331,500,519.73 278,698,944.98
215,006,481.42 426,042,562.06
200,000,000.00 135,943,232.75
569,722,834.55
354,716,353.13
0.00 275,035,025.56
410,978,258.31
Orcadas
Realizadas
Orcadas
Total de Receitas Proprias Realizadas
Orcadas
Total de Receitas Nao Proprias Realizadas
Total de Receitas
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Receitas próprias orçadas e realizadas – 2015 - 2017
800,000,000.00
756,523,069.22
700,000,000.00

600,000,000.00
575,304,231.42
500,000,000.00
439.388.710,66 (58%)
400,000,000.00
365.532.893,59 (83%)
300,000,000.00
257,318,957.00
200,000,000.00 181,038,259.43
174,333,187.80
100,000,000.00 73.450.646,57 (17%)
44,200,000.00
26,613,883.79
0.00

2/15/2019 Código Total de Receitas Próprias Orçadas NELSONE CHAPANANGA - JC 2018


Código Total de Receitas Próprias Realizadas 12
Receitas não próprias orçadas e realizadas – 2015-2017

1,200,000,000.00

1,033,981,886.82
1,000,000,000.00

822.985.103,54 (80%)
800,000,000.00

600,000,000.00 555,919,837.70

447,846,469.12

400,000,000.00 437.243.781,59
(53%) 341.266.091,40 (41,5%)

245,603,233.03
200,000,000.00 180,380,864.06 165,730,524.92

64,938,256.58

0.00
Rec. Ñ Próprias Produtos de Fundo de Donativos Receitas de F. de Invest. Fundo de Fontes externas Produto de
da Adm. Aut. Transf. Corrent. Compens. capital Iniciativa Autar. Estradas (Donativos) Emprestimos
Estado Autárquica (FIIA)
2/15/2019 Código Total de Receitas Ñ Próprias Orçadas NELSONE CHAPANANGA - JC 2018
Código Total de Receitas Ñ Próprias Realizadas 13
Fontes das despesas municipais – 2015-2017

450,000,000.00
400,000,000.00
444,816,032.98
350,000,000.00 391,139,474.40

300,000,000.00
250,000,000.00 (46%)
202.849.016,36 138,212,670.70
200,000,000.00
152,376,965.73
150,000,000.00 (32%)
143.103.878,79
100,000,000.00 42,769,431.16 2015
129,182.18
0.00
50,000,000.00 29,800.00 7,525,820.00 27,727,890.83 2016
39,830,521.12
0.00 1,868,321.24 28,760,600.00 1,200,000.00 21,167,713.80 2017
3,967,157.50
4,063,417.85
0.00 12,420,670.00
7,952,450.12

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7. DISCUSSÃO DE RESULTADOS

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Receitas correntes / despesas correntes como
indicador de sustentabilidade

Fonte: Adaptado dos relatórios de planos de actividades do CMN (2015-2017)


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Ajudas + SPG / despesas de capital como
indicador de sustentabilidade

Fonte: Adaptado dos relatórios de planos de actividades do CMN (2015-2017)


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Receitas próprias / despesas correntes como
indicador de sustentabilidade

Fonte: Adaptado dos relatórios de planos de actividades do CMN (2015-2017)


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Fontes não próprias de receitas / receitas
totais como indicador da dependência

Fonte: Adaptado dos relatórios de planos de actividades do CMN 2015-2017


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Receitas fiscais / receitas própria como
indicador do empenho financeiro

Fonte: Adaptado dos relatórios de actividades do CMCN (2014-2017)


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8. CONCLUSÃO E
RECOMENDAÇÃO

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Conjugando os indicadores (i) RP/DC, (iv) RNP/RT e (v) RF/RP o MCN
torna-se material e financeiramente insustentável:
RP<DC→Dependência; RNP>50%RT→Dependência; RF <50%RP→Negativo.

Conjugando os indicadores (ii) RC/DC e (iii) ajudas+SPG/DCap. O


município torna-se financeiramente sustentável:
RC>DC→Sustentável; ajudas+SGD<DC→Sustentável.

Conclusão: ficou comprovada a afirmação hipotética de que o município


da cidade de Nampula não goza de autonomia financeira plena porque o
seu orçamento depende maioritariamente de transferências do Estado.
O município tem efectuado grande esforço para melhorar a sua
capacidade de gestão financeira apesar da sua sustentabilidade depender
basicamente do FCA.

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Sugerimos que novos estudos sejam realizados, principalmente
focalizando o indicador (vi) despesas não salariais per capita em
ano eleitoral / despesa média não salarial per capita em ano
não eleitoral.
Estes estudos deverão comparar as despesas não salariais per
capita entre um ano eleitoral (por exemplo de 2018) e a média
dos anos não eleitorais (por exemplo dos anos 2014-2017).

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MEU OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA!...

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