Professional Documents
Culture Documents
Mesa 7
Participação de Usuários e Controle
Social no SUAS
Gestão (Secretarias)
Financiamento (Fundos)
Rede Socioassistencial
USUÁRIOS
Debater
Deliberar
O que significa a Acompanhar
gestão democrática
no SUAS?
Controle social
Quem são os usuários
do SUAS?
Conferências de Assistência
Social (municipal, estadual e
nacional)
Unidades de atendimento Conselhos de Assistência Conferências de Assistência
(CRAS, CREAS, Centros POP) Social Social
o Coletivo de usuários;
o Associações;
o Fóruns;
o Conselhos locais;
o Redes;
o Comissões, associações comunitárias ou de moradores.
Diferentemente dos conselhos e das conferências, tais modalidades de organização dos usuários
são autônomas, isto é, não integram a estrutura do Estado. Elas possibilitam a participação ampla
e democrática do público-alvo da Assistência Social e contribuem para a mobilização, a
articulação e o fortalecimento do exercício do controle social.
Usuários e conselhos
Subsídios ao debate
Conselhos de Assistência Social
Instâncias obrigatórias
e permanentes
Proporcionalidade
Usuários
Deliberativos
Trabalhadores
Governo
Paritários Entidades
Gráfico 1: Como são eleitos os representantes da sociedade civil nos
Conselhos Municipais de Assistência Social:
Usuários 8,540
Sociedade Civil
Organizações dos trabalhadores 6,360
Organizações de usuários 6,713
Entidades e Organizações de Ass. Social 16,986
Outras áreas 13,494
Governamental
Saúde 8,191
Educação 8,511
Assistência Social 10,374
Amostra de CEAS
visitados
Período de realização: de
Região Norte: Tocantins, Amapá junho a abril de 2018.
Região Nordeste: Alagoas
Região Sudeste: São Paulo
Região Sul: Santa Catarina
Região Centro-oeste: Distrito Federal
Quem são os usuários nos CEAS?
Participação
majoritária de Trabalhadores
homens autônomos.
Renda familiar
mensal de menos Faixa etária de 39 a
de 1 a 8 SM 68 anos
Trajetória
Diversidade participativa
étnica/racial (saúde, segurança alimentar,
criança e adolescente)
“O usuário não tem apoio. (...) Desde o COMAS, que os outros usuários, que estavam na suplência e tinham
assumido, tinham voz mas não tinham voto, se tivesse uma reunião de dia todo, iam passar fome. Primeiro,
não tinham nem pra condução. E depois não tinham como se alimentar. Comecei a brigar por isso. (...) O
trabalhador tem seu salário, o representante do Poder Público tem seu salário, as organizações têm sua
verba. O usuário não tem nada. Normalmente, esses usuários estavam em uma instituição que os abrigava e
ele nem tinha tempo de ir lá na instituição, almoçar e voltar. Até mesmo porque se ele fosse, ele ia chegar
fora do horário. E, muitas vezes, esbarrava nessa coisa de o funcionário não querer servir”.
Preconceito e constrangimentos
“Eu tomei pegando gosto pela coisa porque eu tenho como me virar. Graças a Deus. Mas
esse pessoal não tinha e ainda não tem. Então a gente briga exatamente pra ver se
consegue alguma coisa. E dentro desse conselho não é diferente. Existe preconceito.
Existe aquela coisa que todo mundo pode falar, mas quando chega na sua vez, - peraí,
porque não sei o quê, blá, blá, blá. Você tem que ficar forçando a barra e se impondo”.
“Quando chegou minha vez de falar, eu falei: vocês não têm que se envergonhar de nada.
Porque, afinal de contas, existe tudo isso aí por nós, usuários. Senão fossemos nós,
usuários, não teria emprego pra ninguém, não teria gestores, não teria nada. Então nós
somos os principais atores, os protagonistas disso tudo aí”.
Dificuldades de entendimento
“Como é que você traz o surdo para o protagonismo sem fazer libras? Não dá. Então como
é que você vai trazer o usuário sem o usuário entender? Acho que esse é o grande gargalo
desse controle social”.
A vivência da política
“Por eu não ser uma pessoa bem escolarizada, bem formada, porque muitos hoje que
estão aqui nesse conselho ou são professores, ou são assistentes sociais, ou são
representantes, mas eu sou um dos únicos que tenho um grau de escolaridade baixo, que é
o ensino fundamental. Eu só tenho a sexta série, mas entendo muito bem da política por
saber ler e ter meu discernimento e conhecimento da política de assistência social. (...)
Muitos, às vezes, têm só a teoria. Eu tenho a prática, a vivência. Mas é bom porque a gente
traz a voz do usuário realmente pra dentro. A gente traz realmente a vivência e sensibiliza.”
O difícil diálogo com os demais
segmentos
“Eu acho que para ser conselheiro tem que ter compromisso. O conselho precisa de
pessoas que tenham compromisso com esse colegiado porque se for pra ser conselheiro
só pra tá vindo uma, duas vezes, é melhor nem estar. Eu tô aqui porque eu sei que aqui
nesse conselho é da onde vem a garantia das políticas. É onde eu posso deliberar, é onde
eu posso brigar pra garantir efetivamente as políticas públicas”.
“Precisa-se também conversar com a gestão para designar realmente pessoas que tenham
compromisso. Porque são as secretarias que enviam essas pessoas. Não é justo só a
gente da sociedade civil vir trabalhar e os outros companheiros não virem. Nós não
ganhamos nada. É uma responsabilidade grande”.
Como qualificar a participação dos usuários nas
instâncias deliberativas do SUAS?
Dialogar
Escutar Empoderar
USUÁRIO
Incluir Reconhecer
Capacitar Articular
Atenção às portas de entrada da Política;
Estímulo à escuta, ao diálogo e ao
Como? protagonismo do usuário em todas as
instâncias do SUAS;
o Desenvolvimento de atividades que promovam a participação e a
gestão democrática nos CRAS, CREAS, Centros POP, e outros;
o Articulação e identificação de lideranças comunitárias (construir
coletivamente a Política de Assistência Social);
Instâncias
Instâncias
deliberativas
deliberativas
Nacional Nacional
Estadual Estadual
Municipal Municipal
USUÁRIOS
O direito está garantido, mas como
efetivá-lo?
Qualificar o exercício da
gestão democrática do
SUAS pelo reconhecimento
de seu público-alvo.
Promover o
protagonismo do Garantir o acesso, a
usuário pelo apoio à permanência e a
mobilização, à participação
articulação qualificada do usuário
comunitária e à nas instâncias de
participação nos deliberação do SUAS.
equipamentos.
Fortalecer o exercício a cidadania;
Construir ações coletivamente;
Mobilizar esforços para a efetivação dos direitos socioassistenciais e garantir o reconhecimento
dos usuários como agentes políticos.
Obrigada pela atenção!
Email: pciasantos@gmail.com