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PROGRAMAÇÃO – CLIMA

DOCENTE: Maria Isabel Vitorino

PROCESSOS E CONTROLES CLIMÁTICOS


18 Março 2019 Principais processos de transporte de energia na
atmosfera (radiação, condução, convecção e advecção);
14-17 hs Aula Conceitos básicos de balanço energético;
teórica Balanço de Energia Global;
Aquecimento e energia: temperatura do ar atmosférico e
seus efeitos sobre os ecossistemas.

20 Março 2019 (Continuação) Balanço de Energia da Terra;


Efeito Estufa;
14-17 hs
Aula Balanço de Energia na superfície;
teórica Balanço de energia no topo da atmosfera.

22 Março 2019 Aula CICLO HIDROLÓGICO


teórica Conceitos básicos;
14-17 hs Balanço hídrico e o ciclo hidrológico;
O ciclo hidrológico e os fatores que podem afetar a
biosfera local e globalmente;
O ciclo hidrológico e a agricultura.
25 Março 2019 Aula
14-17 hs
teórica AVALIAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais / UFPA − EMBRAPA − MPEG
DISCIPLINA: CG199001 CLIMATOLOGIA GERAL
PROCESSOS E CONTROLES CLIMÁTICOS
O Balanço de Energia Global
A fonte de energia primária que mantém a vida na Terra é proveniente do Sol.
O sol emite energia solar que é absorvida pela Terra aquecendo-a e este aquecimento
pode se medido.

-TEMPERATURA DO AR: Uma das mais importantes variáveis climáticas. É uma


medida de energia contida no movimento das moléculas.

Basicamente o balanço global de energia da Terra é resultante do saldo entre a energia


solar que chega no topo da atmosfera e a que a emissão radiativa da Terra para o espaço

A maior parte da radiação solar é absorvida pela superfície.

A atmosfera terrestre absorve e emite eficientemente radiação infravermelha (térmica).

Durante o ano em média mais energia solar é absorvida próximo ao equador do que
próximo aos pólos.
Radiação solar (onda curta) e Radiação terrestre (onda longa)
O Balanço de Energia da Terra
A Energia solar que chega na superfície da Terra segue o príncipio da conservação
de energia dado pela Primeira Lei da Termodinâmica:
dQ = dU – dW

dQ é a quantidade de energia adicionada no sistema


dU é o aumento da energia interna do sistema
dW é o trabalho realizado pelo sistema.

Processos de transporte de energia:

1) Radiação: Movimento de energia radiante (velocidade da luz 300000km s-1). Não


necessita de meio e nem necessita de movimentação de massa.
2) Condução: É a transferência de calor por colisão entre átomos ou moléculas. Não
há movimentação de massa, mas depende do meio físico.
3) Convecção: A massa é transportada. A energia é transferida pelo movimento de
massa.
A temperatura média da Terra mantém-se razoavelmente
constante de ano para ano.

Portanto, a Terra deve liberar para o espaço a mesma quantidade


de energia que recebe do Sol. Se assim não fosse, a atmosfera
deveria aquecer ou esfriar, dependendo da quantidade de calor
liberado para o espaço.

Então, o que acontece com radiação solar uma vez que entra na
atmosfera terrestre e como é que a energia é radiada para o
espaço?
Vejamos o que acontece ao balanço de energia em termos das variações de
temperatura ao longo do dia. A energia que chega do Sol atinge o seu máximo
quando o Sol está mais alto no céu. Mas a superfície da Terra aquece
continuamente desde que o Sol nasce até que ele se põe. Portanto, a Terra
radia o máximo ao pôr-do-sol e só começa a reduzir a radiação que emite após
o Sol desaparecer (i.e., quando deixa que existir radiação emitida pelo Sol).
O balanço global de energia hoje
O Efeito Estufa Natural
Admitindo-se que a atmosfera atua como um corpo negro para a radiação terrestre, mas é
transparente para a radiação solar. O diagrama do fluxo de energia para um planeta com uma
atmosfera transparente a radiação solar mas opaca para a radiação do planeta será:

O efeito estufa é o aquecimento da superfície terrestre causada pela re-emissão para a superfície da
energia terrestre (térmica). A quantidade de energia térmica absorvida pela atmosfera depende
predominantemente da concentração de gases variáveis. Portanto, se os padrões atuais da composição
atmosférica for alterado, isto causará o aumento do efeito estufa e consequentemente, o aumento da
temperatura superfícial.
O EFEITO ESTUFA NATURAL
Balanço de energia no topo da atmosfera.
Mapa global do albedo planetário:
a) médio anual, b) verão HN e c)
verão do S
-A quantidade de energia emitida e
absorvida pela atmosfera varia
geograficamente e sazonalmente e depende
das condições atmosféricas e de superfície,
assim como da distribuição da insolação. O
Albedo é estimado pela medida da radiação
solar refletida por uma região. O Albedo é
grande nos pólos onde nuvens e coberturas
de neve refletem muito a radiação solar e
onde o ângulo zenital é grande. Existem
máximos secundários nas regiões tropicais
e sub-tropicais onde são constantes as
coberturas de nuvens e reflexão da área do
Saara. Pequenos Albedos ocorrem nos
Oceanos tropicais onde nuvens são
distribuídas espaçadamente e não há gelo (8
a 10%).
-O Albedo aumenta com a altitude devido ao ângulo solar zenital, cobertura de nuvens
e cobertura de neve aumentam com a latitude.
-O padrão de distribuição do fluxo de radiação é ligeiramente alterado sobre a
superfície terrestre, basicamente por causa do efeito da atmosfera (que absorve, reflete,
difunde e re-irradia a energia solar). A quantidade de radiação refletida pelas nuvens
depende não somente da quantidade e da espessura das mesmas, mas também do tipo
de nuvem. A difusão pode ser ascendente, em direção ao espaço, ou descendente, em
direção à superfície da Terra. Quando o céu está azul significa que a atmosfera está
livre de partículas em suspensão, chamado de efeito Rayleigh e quando há partículas
de poeira e neblina na atmosfera, o céu torna-se branco, devido ao efeito Mie.
Albedo de vários tipos de nuvens
TIPO DE NUVEM ALBEDO %
Cumulunimbus 70 – 90
Cumulunimbus: grande e espessa 92
Stratus (150-300 metros de espessura) 59 – 84
Stratus de 500 metros de espessura, sobre o oceano 64
Stratus fino sobre o oceano 42
Altostratus 39 – 50
Cirrustratus 44 – 50
Cirrus sobre o continente 36
Fonte: Sellers, 1965; Barry Chorley, 1976.
Albedo de vários tipos de superfícies
TIPO DE SUPERFÍCIE ALBEDO %
Solo negro e seco 14
Solo negro e úmido 8
Solo nu 7 – 20
Areia 15 – 25
Florestas 3 – 10
Campos naturais 3 – 15
Campos de cultivo secos 20 – 25
Gramados 15 – 30
Neve recém-caída 80
Neve caída a dias ou a semanas 50 – 70
Gelo 50 – 70
Água, altitude polar > 40 o 2–4
Água, altitude solar 5 – 30o 6 – 40
Cidades 14 - 18
-Mapa global de radiação de ondas longas
(ROL) para: a) Média global , b) Verão
HN (JJA) e c) Verão no HS

-A radiação de onda longa é maior sobre


os Desertos e áreas dos Oceanos tropicais
onde nuvens não ocorrem com frequência
-A ROL é mais baixa nas regiões polares
(cobertas por gelo) e e em regiões tropicais
com grande nebulosidade.
-A ROL é controlada pela temperatura de
emissão da substância, assim os pólos e os
topos das nuvens frios produzem baixos
valores.
-Os mais altos valores ocorrem quando a
superfície quente é afetada por uma massa
de ar relativamente seco (céu sem nuvens).
Mapa global do saldo de radiação que
chega no topo da atmosfera para: a)
Média anual , b) Verão HN (JJA) e c)
Verão no S (contorno 20 W m-2)

-O saldo de radiação é negativo próximo


aos pólos e positivo nos trópicos.
-Os maiores valores positivos (120 W m-2)
ocorrem sobre os Oceanos subtropicais
no verão do hemisfério quando altos
insolações e relativamente baixos
albedos contribuem para a grande
absorção da radiação solar.
-As grandes perdas de energia ocorrem
no pólo do hemisfério de inverno, onde a
ROL não é compensada pela absorção
solar.
-Os desertos secos perdem energia no
balanço anual, devido ao alto albedo
combinada com a grande perda de ROL,
associada com a atmosfera seca acima
de uma superfície quente.
Animação do ciclo anual da balanço de radiação global
Animação do ciclo anual
-A perda de radiação nos pólos é compensada pelos transportes de radiação dos oceanos
e atmosfera.
-A radiação solar absorvida excede a ROL nos trópicos, assim o saldo de radiação é
positivo.
-Em torno de 40º de latitude a radiação solar absorvida é menor que a ROL e o saldo de
radiação é negativo, assim o sistema climático perde energia para o espaço.
O gradiente latitudinal do saldo de radiação médio anual precisa ser balanceado por um
fluxo de energia em direção aos pólos no sistema climático da Terra.

Média anual da radiação solar absorvida, ROL e saldo médio de radiação em cada
circulo de latitude
Transporte meridional de energia para condições médias anuais, o saldo de radiação e o
transporte são estimados por observações; o transporte oceânico é calculado como resíduo
do balanço de energia (unidade = 1 x 10 5 W) Fonte: AMS.

-O fluxo de energia para o norte alcança o máximo valor em torno de 30o de latitude, este fluxo é
a contribuição entre o fluxo oceânico e atmosférico.
-Nesta latitude a contribuição dos fluxos atmosféricos e oceânicos para os pólos é de cerca de 2,5
PW.
-O fluxo máximo oceânico ocorrem em 20o de latitude enquanto que o fluxo atmosférico ocorre
entre 20 e 60o de latitude.
-Se não houvesse este transporte os trópicos seriam mais quentes e os pólos mais frios.
Balanço Radiativo à Superfície
- Radiação Solar e Terrestre
- Radiação fotossinteticamente ativa
- Albedo
- Perfil vertical de radiação na vegetação
- Radiação no solo da floresta

Radiação Solar Radiação Terrestre e Atmosférica

Emitida por um corpo com temperatura de


superfície de aproximadamente 6000 K Emitida por um corpo com temperatura de
superfície de aproximadamente 300 K
Comprimentos de onda variando de 0,1 a 5 µm
(ondas curtas) Comprimentos de onda variando de 3 a 100 µm
- 0,1 a 0,4 µm - ultravioleta (ondas longas)
- 0,4 a 0,7 µm - visível (fotossinteticamente ativa)
- 8 a 12 µm - janela atmosférica
- 0,7 a 5 µm - infravermelho próximo
Estudos sobre o Balanço Radiativo à Superfície (contribuições do LBA)

S L L

S

Rn = S - S + L - L

L =  Ts4 - S  = R a d ia ç ã o s o la r in c id e n te
- S  = R a d ia ç ã o s o la r re fle tid a
- L  = R a d ia ç ã o a tm o s fé ric a d e s c e n d e n te
- L  = R a d ia ç ã o te rre s tre a s c e n d e n te
- R n = S a ld o d e ra d ia ç ã o
- a lb e d o = S  / S 
Reserva Biológica do Jaru – Ji-Paraná (RO)

800
R
Rn
Fluxos de Radiação (W/m )
2

P
600 L
L

400

200

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Horário Local (horas)

Fig. 5.2.- Ciclos diurnos de radiação solar incidente (R), saldo de radiação (Rn),
radiação fotossinteticamente ativa (P) e radiação de onda longa incidente
Fig. 3.8 - Conjunto de sensores de radiação na base da torre micrometeorológica (chão), apresentando um
piranômetro (à esquerda), um sensor quantum (ao centro) e um saldo-radiômetro (à direita), da foto.
(L) e emitida (L).
REFLETIVIDADE DA VEGETAÇÃO

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