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Durante o ano em média mais energia solar é absorvida próximo ao equador do que
próximo aos pólos.
Radiação solar (onda curta) e Radiação terrestre (onda longa)
O Balanço de Energia da Terra
A Energia solar que chega na superfície da Terra segue o príncipio da conservação
de energia dado pela Primeira Lei da Termodinâmica:
dQ = dU – dW
Então, o que acontece com radiação solar uma vez que entra na
atmosfera terrestre e como é que a energia é radiada para o
espaço?
Vejamos o que acontece ao balanço de energia em termos das variações de
temperatura ao longo do dia. A energia que chega do Sol atinge o seu máximo
quando o Sol está mais alto no céu. Mas a superfície da Terra aquece
continuamente desde que o Sol nasce até que ele se põe. Portanto, a Terra
radia o máximo ao pôr-do-sol e só começa a reduzir a radiação que emite após
o Sol desaparecer (i.e., quando deixa que existir radiação emitida pelo Sol).
O balanço global de energia hoje
O Efeito Estufa Natural
Admitindo-se que a atmosfera atua como um corpo negro para a radiação terrestre, mas é
transparente para a radiação solar. O diagrama do fluxo de energia para um planeta com uma
atmosfera transparente a radiação solar mas opaca para a radiação do planeta será:
O efeito estufa é o aquecimento da superfície terrestre causada pela re-emissão para a superfície da
energia terrestre (térmica). A quantidade de energia térmica absorvida pela atmosfera depende
predominantemente da concentração de gases variáveis. Portanto, se os padrões atuais da composição
atmosférica for alterado, isto causará o aumento do efeito estufa e consequentemente, o aumento da
temperatura superfícial.
O EFEITO ESTUFA NATURAL
Balanço de energia no topo da atmosfera.
Mapa global do albedo planetário:
a) médio anual, b) verão HN e c)
verão do S
-A quantidade de energia emitida e
absorvida pela atmosfera varia
geograficamente e sazonalmente e depende
das condições atmosféricas e de superfície,
assim como da distribuição da insolação. O
Albedo é estimado pela medida da radiação
solar refletida por uma região. O Albedo é
grande nos pólos onde nuvens e coberturas
de neve refletem muito a radiação solar e
onde o ângulo zenital é grande. Existem
máximos secundários nas regiões tropicais
e sub-tropicais onde são constantes as
coberturas de nuvens e reflexão da área do
Saara. Pequenos Albedos ocorrem nos
Oceanos tropicais onde nuvens são
distribuídas espaçadamente e não há gelo (8
a 10%).
-O Albedo aumenta com a altitude devido ao ângulo solar zenital, cobertura de nuvens
e cobertura de neve aumentam com a latitude.
-O padrão de distribuição do fluxo de radiação é ligeiramente alterado sobre a
superfície terrestre, basicamente por causa do efeito da atmosfera (que absorve, reflete,
difunde e re-irradia a energia solar). A quantidade de radiação refletida pelas nuvens
depende não somente da quantidade e da espessura das mesmas, mas também do tipo
de nuvem. A difusão pode ser ascendente, em direção ao espaço, ou descendente, em
direção à superfície da Terra. Quando o céu está azul significa que a atmosfera está
livre de partículas em suspensão, chamado de efeito Rayleigh e quando há partículas
de poeira e neblina na atmosfera, o céu torna-se branco, devido ao efeito Mie.
Albedo de vários tipos de nuvens
TIPO DE NUVEM ALBEDO %
Cumulunimbus 70 – 90
Cumulunimbus: grande e espessa 92
Stratus (150-300 metros de espessura) 59 – 84
Stratus de 500 metros de espessura, sobre o oceano 64
Stratus fino sobre o oceano 42
Altostratus 39 – 50
Cirrustratus 44 – 50
Cirrus sobre o continente 36
Fonte: Sellers, 1965; Barry Chorley, 1976.
Albedo de vários tipos de superfícies
TIPO DE SUPERFÍCIE ALBEDO %
Solo negro e seco 14
Solo negro e úmido 8
Solo nu 7 – 20
Areia 15 – 25
Florestas 3 – 10
Campos naturais 3 – 15
Campos de cultivo secos 20 – 25
Gramados 15 – 30
Neve recém-caída 80
Neve caída a dias ou a semanas 50 – 70
Gelo 50 – 70
Água, altitude polar > 40 o 2–4
Água, altitude solar 5 – 30o 6 – 40
Cidades 14 - 18
-Mapa global de radiação de ondas longas
(ROL) para: a) Média global , b) Verão
HN (JJA) e c) Verão no HS
Média anual da radiação solar absorvida, ROL e saldo médio de radiação em cada
circulo de latitude
Transporte meridional de energia para condições médias anuais, o saldo de radiação e o
transporte são estimados por observações; o transporte oceânico é calculado como resíduo
do balanço de energia (unidade = 1 x 10 5 W) Fonte: AMS.
-O fluxo de energia para o norte alcança o máximo valor em torno de 30o de latitude, este fluxo é
a contribuição entre o fluxo oceânico e atmosférico.
-Nesta latitude a contribuição dos fluxos atmosféricos e oceânicos para os pólos é de cerca de 2,5
PW.
-O fluxo máximo oceânico ocorrem em 20o de latitude enquanto que o fluxo atmosférico ocorre
entre 20 e 60o de latitude.
-Se não houvesse este transporte os trópicos seriam mais quentes e os pólos mais frios.
Balanço Radiativo à Superfície
- Radiação Solar e Terrestre
- Radiação fotossinteticamente ativa
- Albedo
- Perfil vertical de radiação na vegetação
- Radiação no solo da floresta
S L L
S
Rn = S - S + L - L
L = Ts4 - S = R a d ia ç ã o s o la r in c id e n te
- S = R a d ia ç ã o s o la r re fle tid a
- L = R a d ia ç ã o a tm o s fé ric a d e s c e n d e n te
- L = R a d ia ç ã o te rre s tre a s c e n d e n te
- R n = S a ld o d e ra d ia ç ã o
- a lb e d o = S / S
Reserva Biológica do Jaru – Ji-Paraná (RO)
800
R
Rn
Fluxos de Radiação (W/m )
2
P
600 L
L
400
200
0 3 6 9 12 15 18 21 24
Fig. 5.2.- Ciclos diurnos de radiação solar incidente (R), saldo de radiação (Rn),
radiação fotossinteticamente ativa (P) e radiação de onda longa incidente
Fig. 3.8 - Conjunto de sensores de radiação na base da torre micrometeorológica (chão), apresentando um
piranômetro (à esquerda), um sensor quantum (ao centro) e um saldo-radiômetro (à direita), da foto.
(L) e emitida (L).
REFLETIVIDADE DA VEGETAÇÃO