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DISCIPLINA DE CARDIOLOGIA

HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
Hipertensão Arterial

 É uma doença crônica em que a pressão


sanguínea nas artérias encontra-se
constantemente elevada
Hipertensão Arterial

Segundo a Sociedade Brasileira de


Hipertensão (SBS), estima-se que 25% da
população brasileira apresenta HAS

Entre os 50 a 60 anos de idade a


porcentagem sobe para mais de 50%.

Acima dos 70 anos de idade – 75%


DIRETRIZES
Hipertensão Arterial

 A HAS é silenciosa
 O paciente é assintomático
 Diagnóstico por exame físico
 A longo prazo se associa a alterações
funcionais e estruturais dos órgão alvo
Órgãos Alvo
DISCIPLINA DE CARDILOGIA

CRISE HIPERTENSIVA
CRISE HIPERTENSIVA
Conceito

Elevaçãocrítica da pressão arterial (>180/120 mmhg),


acompanhados de sintomas (leves ou graves)
Requer atenção imediata.
Compreende Emergências e Urgências Hipertensivas
 Emergências: Sintomas graves com risco iminente de
vida ou deterioração rápida de órgãos-alvo. Requer
redução imediata da PA (em 1 a 2 horas)
 Urgências: Sintomas leves (tonturas, zumbidos,
cefaléia) sem deterioração de órgãos-alvo. Redução
mais lenta da PA (em até 24 horas)
CRISE HIPERTENSIVA
Redução Rápida da Pressão Arterial

EMERGÊNCIA

Envolve diferentes situações clínicas:

 Elevação crítica da PA com repercussão em órgãos-


alvo (ex.: encefalopatia hipertensiva, infarto,
angina, edema agudo de pulmão, eclâmpsia, rotura
de aneurisma acidente vascular cerebral)
ENCEFALOPATIA

HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
1.Hipertensão grave associada a complicações agudas
A- Cerebrovasculares
-Encefalopatia hipertensiva
-Hemorragia intracerebral
-Hemorragia subaracnóidea
-AVC isquêmico com transformação hemorrágica
B- Cardiocirculatórias
-Dissecção aórtica aguda
-Edema pulmonar agudo
-Infarto agudo do miocárdio
-Angina instável
C- Renais
-Insuficiência renal rapidamente progressiva
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

2.Crises adrenérgicas graves: crises do feocromocitoma;


dose excessiva de drogas ilícitas (cocaína, “crack”, LSD,
etc.)

3.Hipertensão na gestação: eclâmpsia, síndrome HELLP,


hipertensão grave em final de gestação.

4.Cirurgia e trauma: traumatismo craniano e hemorragias


cirúrgicas.
URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

5.Hipertensão severa no pós-operatório (transplante de órgão,


neurocirurgias, cirurgias vasculares, cardíacas, etc.)
6.Crises adrenérgicas leves/moderadas
-Síndrome do rebote (suspensão abrupta de inibidores
adrenérgicos)
-Consumo excessivo de estimulantes (anfetaminas,
tricíclicos, nicotina, cafeina etc.)
7.Na gestação: pré-eclâmpsia
CRISE HIPERTENSIVA
Avaliação Clínica

 Avaliação do estado mental (lúcido? torporoso?)


 Cuidadoso exame: • cardíaco
• pulmonar
• neurológico
• fundoscópico (edema de papila)
 Pesquisa rápida de pistas para hipertensão secundária
(sopro abdominal, diferença entre pulsos radial e femural,
fácies)
 Exames laboratoriais: para avaliar a função renal
(urinálise, creatinina), bioquímica de sangue, ECG, R-X
Tórax.
CRISE HIPERTENSIVA
Características Clínicas

 PA: usualmente maior 180/120


 Fundoscopia: hemorragias, exsudatos e edema de papila
 Estado neurológico: cefaléia, confusão, sonolência,
estupor, perda visual, déficits focais, convulsão e coma.
 Achados cardiológicos: impulso apical proeminente,
cardiomegalia e insuficiência cardíaca.
 Manifestações renais: oliguria, azotemia (elevação
nitrogenio no sangue)
 Sintomas gastrointestinais: náusea e vômitos
CRISE HIPERTENSIVA
Princípios Gerais do Tratamento

 Após definir a condição de urgência ou emergência,


iniciar o tratamento, estabelecendo-se metas de
duração e intensidade da redução da PA e dos níveis
a serem atingidos
 Redução inicial não deve ultrapassar 25% dos níveis
prévios da PA média
 Critério prático: não reduzir PA diastólica abaixo de
100 mmHg
 Emergências: preferir via endovenosa (medicar em
bomba infusora)
 Urgências: Drogas via oral, sublingual ou injetável
CRISE HIPERTENSIVA: DROGAS ENDOVENOSAS

Droga Dose Início Duração Indicação Efeitos adversos


Ação formal e precauções
Nitroprussiato 0,25-10 Imediato 1-2 min. Todas as Náuseas,
(Nipride®) mcg/kg/min emergências vômitos, cianeto.
Nitroglicerina 5-100 2-5 min. 5-10 Isquemia Cefaléia,
(Tridil ®) mcg/min min. coronariana taquicardia
Hidralazina 10-20 mg EV 10-30 min. 3-8 Pré- Taquicardia, e
(somente para ou 10-40 mg horas eclâmpsia eclâmpsia,
obstetrícia) IM, a cada 6 cefaléia, vômitos.
horas Piora da angina e
IAM
Metoprolol 5 mg, EV 5-10 min. 3-4
(Selozoc ®) Repetir cada horas Dissecção
10 min.S/N até aórtica. Pós-
20 mg op. Bradicardia,
feocromocit bloqueio AV, ICC
Esmolol 100-500 1-5 min. 15-30 e broncospasmo
mcg/kg 1-5 min. oma.
min. por 4 Insuficiência
min. e 50-300 Coronariana
mcg/kg/min
CRISE HIPERTENSIVA: DROGAS VIA ORAL

Droga Dose Início Ação Duração Efeitos


adversos e
precauções
Captopril 6,25-25 mg VO 15-30 min. 6-8 horas, Hipotensão,
ou SL (repetir insuficiência
em uma hora, renal (estenose
se necessário) de artéria renal
bilateral),
hipercalemia
Clonidina 0,1-0,2 mg, VO 30-60 min. 6-8 horas Hipotensão
de hora em postural,
hora, até 0,6 mg sonolência,
boca seca
Minoxidil 5-10 mg, VO 30 min. 8-24 Retenção de
(repetir S/N 2 horas horas volume,
após 4 horas) taquicardia
PSEUDOCRISE HIPERTENSIVA

 Grupo heterogêneo de hipertensos, que apresentam


elevação transitória da PA em eventos emocionais, dolorosos
ou desconfortáveis, como enxaqueca, tonturas rotatórias,
dores músculo-esqueléticas, pós-operatório imediato,
síndrome do pânico
 Não há evidência de deterioração rápida de órgãos-alvo
 Abordagem da CAUSA que levou o paciente ao serviço de
emergência e o tratamento sintomático por si só
acompanham-se de redução ou normalização da PA. , sem
necessidade de tratar cronicamente como hipertenso
Hipertensão Arterial
 Assintomático
 É hipertenso ou está hipertenso (pseudo)
 Sintomas leves – URGENCIA
 Lesão de òrgão alvo – EMERGENCIA

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