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Aula 01

04/03/10

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ESTRUTURA ATÔMICA

Demócrito (460 - 370 a.C.)

 a matéria consiste de partículas pequenas e indivisíveis,


os átomos (do grego átomos: que não pode ser
separado, indivisível).

Platão e Aristóteles

 não há partículas indivísiveis.

John Dalton (1807) - “bola de bilhar”

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Postulados:
1. os elementos são formados por átomos, partículas extremamente
pequenas e indivisíveis.
2. todos os átomos de um dado elemento são idênticos; os átomos de
diferentes elementos são diferentes e têm diferentes propriedades e
diferentes massas.
3. uma reação química envolve apenas uma recombinação dos átomos.
4. um composto é formado quando átomos de mais de um elemento se
combinam.

A teoria de Dalton explica:


 lei da composição constante: em um determinado composto o número relativo de
átomos e seus tipos são constantes.
 lei da conservação das massas (conservação da matéria): a massa total dos
materiais presentes depois da reação química é igual a massa total antes da
reação. 3
Joseph John Thomson (1856 - 1940) - “pudim de passas”
 identificou o elétron: evidência de uma estrutura interna.
 elétrons uniformemente distribuídos (devido à repulsão Coulombiana)
no interior de uma distribuição contínua de carga positiva, de modo a
manter o átomo neutro.
 Raios catódicos !

 Descarga elétrica através de tubos evacuados. Uma alta diferença de


potencial produzia radiação dentro do tubo.

Cátodo (eletrodo negativo) Ánodo (eletrodo positivo) 4


 Experimento de J. J. Thomson

 a descarga eleétrica faz as partículas negativas deslocarem do cátodo


para o ânodo.
 A trajetória dos elétrons pode ser alterada pela presença de um campo
magnético.
 Os raios catódicos saem do eletrodo positivo através de um pequeno
orifício. 5
 Se eles interagirem com um campo magnético perpendicular a um
campo elétrico aplicado, os raios catódicos podem sofrer desvios.
 A magnitude do desvio depende dos campos magnético e elétrico
aplicados.
 A magnitude do desvio também depende da proporção carga-massa do
elétron.
 Em 1897, Thomson determinou que a proporção carga-massa de um
elétron é 1,76 x 108 C/g.

Objetivo: encontrar a carga no elétron para determinar sua massa.

 R. A. Millikan (1868 - 1953) determinou a carga associada ao


elétron, realizando o “experimento da gota de óleo”.

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• Gotas de óleo são borrifadas sobre uma chapa carregada
positivamente contendo um pequeno orifício.
• À medida que as gotas de óleo passam através do orifício,
elas são carregadas negativamente.
• A gravidade força as gotas para baixo. O campo elétrico
aplicado força as gotas para cima.
• Quando uma gota está perfeitamente equilibrada, sua massa
é igual à força de atração eletrostática entre a gota e a chapa
positiva.

Massa do elétron =
carga do
carga do elétron = elétron/proporçao
1,60 x 10-19 C. carga-massa
massa do elétron =
9,10 x 10-28 g.
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Thomson supôs que todas essas
espécies carregadas eram encontradas
em uma esfera.

 A radioatividade

 A radiação proveniente, espontaneamente, de espécies


químicas foi inicialmente estudada por A. H. Becquerel (1852 –
1908), Marie Curie (1867 – 1934) e E. Rutherford (1871 –
1937).

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 Cada tipo de radiação difere um do outro quanto a sua reação a um campo
elétrico.
 os raios  e  consistem de partículas e são desviadas pelo campo
elétrico.
 Radiação  é de alta energia, similar aos raios X e não possui carga.

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Modelo Atômico de E. Rutherford (1910)
 E. Rutherford propôs um experimento para testar o modelo
proposto por J. J. Thomson.

 Uma fonte de partículas  foi colocada na entrada de um detector


circular.
 As partículas  foram lançadas através de um pedaço de chapa de
ouro.
 A maioria das partículas  passaram diretamente através da chapa,
sem desviar.
 Algumas partículas  foram desviadas com ângulos grandes.
 Se o modelo do átomo de Thomson estivesse correto, o resultado de
Rutherford seria impossível !!

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 Para fazer com que a maioria
das partículas  passe através
de uma lâmina de ouro, a maior
parte do átomo deve consistir
de carga negativa difusa de
massa pequena: o elétron.
 Para explicar o pequeno
número de desvios grandes das
partículas , o centro ou núcleo
do átomo deve ser constituído
de uma carga positiva densa.

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Rutherford modificou o modelo de Thomson da
seguinte maneira:

 Suponha que o átomo é esférico mas a carga positiva deve estar


localizada no centro, com uma carga negativa difusa em torno dele.

 O átomo consite de entidades neutras, positivas e negativas (prótons,


elétrons e nêutrons).

 Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo do átomo, que é


pequeno. A maior parte da massa do átomo se deve ao núcleo.

 Pode haver um número variável de nêutrons para o mesmo número de


prótons. Os isótopos têm o mesmo número de prótons, mas números
diferentes de nêutrons

 Os elétrons estão localizados fora do núcleo. Grande parte do volume do


átomo se deve aos elétrons. 12
Teoria Atômica Moderna

 A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a


interação da radiação com a matéria.
 A radiação eletromagnética consiste de campos elétricos e
magnéticos oscilando que atravessam o espaço com uma
velocidade de 3,00 x 108 m/s.
 As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias
semelhantes as ondas que se movem na água.
 Por exemplo: a radiação visível tem comprimentos de onda
entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho).

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Radiação Eletromagnética

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 Todas as ondas têm um comprimento de onda
característico, , e uma amplitude, A.
 A frequência, , de uma onda é o número de ciclos que
passam por um ponto em um segundo.
 A velocidade de uma onda, c, é dada por sua frequência
multiplicada pelo seu comprimento de onda (c = ).

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Energia quantizada e fótons

Fenômenos
 quando sólidos são aquecidos emitem
radiação.

 emissão de elétrons a partir de uma superfície


metálica (efeito fotoelétrico).

 emissão de luz a partir de átomos de gás


excitados eletronicamente (espectros de emissão).
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Energia quantizada e fótons
 Planck: a energia só pode ser liberada (ou absorvida) por
átomos (matéria) em certos pacotes de energia chamados
quanta.

 A relação entre a energia e a frequência é (E = h), onde h é


a constante de Planck (6,626 x 10-34 J s).

 Para entender a quantização, considere a subida em uma


rampa versus a subida em uma escada:

• rampa: energia potencial aumenta de forma uniforme e


contínua),

• escada: alteração gradual e quantizada.


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Energia quantizada e fótons

 O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de


partícula da luz - “quantização”.

 Se a luz brilha na superfície de um metal, há um ponto no


qual os elétrons são expelidos do metal.

 Os elétrons somente serão expelidos em uma frequência


mínima é alcançada.

 Abaixo da frequência mínima, nenhum elétron é expelido.

 Acima da frequência mínima, o número de elétrons


expelidos depende da intensidade da luz.
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Energia quantizada e fótons

 Einstein propôs que a luz (radiação eletromagnética)


consistia de partículas denominadas fótons.

 Fóton: pacote de energia.

 A energia de um fóton está relacionada a frequência


da radiação por:
E = h

h = 6,63 x 10-34 J s constante de Planck


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Efeito fotoelétrico

Radiação eletromagnética comporta-se como partículas!! 20


Difração

Difração:
evidência do
comportamento
de onda da
radiação
eletromagnética!!

Radiação eletromagnética comporta-se como ondas!!

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Espectros Contínuo x Espectro de Linhas

A radiação composta por um único comprimento de onda é


chamada de monocromática.
 A radiação que se varre uma matriz completa de diferentes
comprimentos de onda é chamada de contínua.
 A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo
de cores.

Espectro Visível contínuo

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Espectros Contínuo x Espectro de Linhas

 nem todas as fontes de radiação produzem um espectro


contínuo!!

 alguns gases emitem diferentes cores de luz. Ex: gás


neônio (vermelho-alaranjado) de muitos letreiros luminosos.

 quando essa luz passa por um prisma, apenas linhas de


pequenos comprimentos de onda aparecem no espectro.

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Modelo de Bohr
 Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma
que os planetas orbitam em torno do sol.

 Entretanto, uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular


deve perder energia continuamente pela emissão de radiação
eletromagnética: átomo instável de acordo com a teoria de Rutherford.

 Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e


admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos de
energia. Esses foram denominados órbitas.

 A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1, é a mais próxima do


núcleo e a órbita mais distante no modelo de Bohr tem n próximo ao
infinito.

 Os elétrons no modelo de Bohr podem se mover apenas entre órbitas


através da absorção e da emissão de energia em quantum (h).

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Limitações da Teoria de Bohr

 não explica os espectros de outros átomos (apenas para o hidrogênio) !!


 descreve o elétron apenas como partícula!!

Comportamento dual (partícula-onda) da


matéria
 De Broglie: todas as partículas têm propriedades de onda e
que o comprimento de onda seria inversamente proporcional
a sua massa, m, a sua velocidade, v:

h

mv
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Observações:
 Fisíca clássica: trajetória definida!!
 Dualidade partícula-onda: impossível determinar a posição exata de um
elétron!!

O princípio da incerteza
O princípio da incerteza de Heisenberg:

 Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua


posição, simultaneamente.
 Se x é a incerteza da posição e mv é a incerteza do momento,
então:
h
x·mv 
4
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Mecânica quântica e orbitais atômicos

O comportamento dual da matéria (De Broglie) e o


Princípio da Incerteza (Heisenberg) estabeleceram a base
para a teoria atômica moderna.

Resultado: modelo que descreve precisamente a energia do


elétron enquanto define sua localização em termos de
probabilidades.

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Mecânica quântica e orbitais atômicos
 Schrödinger propôs uma equação que incorpora tanto o
comportamento ondulatório como o de partícula.
 A resolução da equação leva às funções de onda () (que
descrevem o comportamento ondulatório).
 A função de onda nos diz qual a probabilidade de uma
partícula ser encontrada numa determinada posição.
 O quadrado da função de onda fornece a probabilidade de
se encontrar elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o
átomo (2).

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Orbitais e números quânticos

 A resolução da equação de Schrödinger, fornece as


funções de onda (orbitais) e as energias correspondentes.
 Cada orbital descreve uma distribuição específica de
densidade eletrônica.
 Cada orbital tem energia e forma características.

Cada elétron num átomo é “identificado” por um conjunto de números


quânticos:

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Nome Símbolo Característica Informação Valores possíveis
especificada fornecida

Principal n Nível Distância em 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...


relação ao núcleo
(energia)
Azimutal l Subnível Forma do orbital 0, 1, 2, 3, ... (n-1)
secundário

Magnético ml Orbital Orientação - l, ..., 0, ..., +l


do orbital
Spin ms Spin Spin + 1/2, - 1/2

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Orbitais s

• Todos os orbitais s são esféricos.


• À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores.

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Orbitais p
• Existem três orbitais p, px, py, e pz.
• Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z-
de um sistema cartesiano.
• As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0,
e +1.
• Os orbitais têm a forma de halteres.
• À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores.

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Orbitais d e f

• Existem cinco orbitais d e sete orbitais f.

• Os orbitais dx, dy e dz encontram-se nos planos xy, xz e yz,


respectivamente, com os lóbulos orientados entre os eixos.

• Os lóbulos dos orbitais dX2 – Y2 tb se situam no plano xy, mas


com os lóbulos ao longo dos eixos x e y.

• O orbital dz2 tem dois lóbulos ao longo do eixo z e um anel


no plano xy.

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Orbitais d

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Vejamos a configuração eletrônica:

Subnível mais energético.

Regra de Hund”
15P: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3
Para orbitais degenerados, a menor
energia será obtida quando o número de
elétrons com o mesmo spin for
maximizado!

“Princípio da Exclusão de Pauli”

Não mais que 2 elétrons podem ocupar um


16S:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
dado orbital. Quando 2 elétrons ocupam
um orbital, seus spins devem estar
emparelhados ! 35
Configurações eletrônicas
e a tabela periódica

• A organização da Tabela Periódica pode ser explicada


conhecendo as configurações eletrônicas.
• O número do período é o valor de n.
• Os grupos 1 e 2 têm o orbital s preenchido.
• Os grupos 3 – 12 têm o orbital d preenchido.
• Os grupos 13 -18 têm o orbital p preenchido.
• Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido.

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Tabela periódica

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Tabela periódica

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O desenvolvimento da tabela periódica

 A maior parte dos elementos foi descoberta entre 1735 e


1843.
 Como ordenar os elementos em função das tendências
nas propriedades químicas e físicas?
 A primeira tentativa (Mendeleev e Meyer) ordenou os
elementos em ordem crescente de massa atômica.
 A tabela periódica moderna: organiza os elementos em
ordem crescente de número atômico.

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