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Aula 04

Ligação Química
• Ligação química: é a força atrativa que mantém dois ou mais
átomos unidos.

• Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal


para um não-metal.

• Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre


dois átomos.

• Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais puros


unidos.
Símbolo de Lewis

• Os elétrons envolvidos em ligações químicas são chamados de


elétrons de valência.

• O símbolo de Lewis para um elemento consiste no símbolo


químico do elemento mais um ponto para cada elétron de valência..

• Os pontos são colocados nos quatro lados do símbolo atômico:


acima, abaixo e dos lados esquerdo e direito.

• Cada lado pode acomodar no máximo 2 elétrons.


A regra do octeto

• Todos os gases nobres, com exceção do He, têm uma


configuração s2p6.

• A regra do octeto: os átomos tendem a ganhar, perder ou


compartilhar elétrons até que eles estejam rodeados por 8
elétrons de valência (4 pares de elétrons).

• Cuidado: existem várias exceções à regra do octeto.


Ligação Iônica: Formação do Cloreto de Sódio (NaCl)s

Na(s) + ½ Cl2(g) → NaCl(s) H = - 411 KJ


11Na = 1s2 2s2 2p6 3s1 17Cl = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5

Na(g) Na+(g) + e- H = + 496 KJ

Cl(g) + e- Cl-(g) H = - 349 KJ

Balanço de energia = + 147 KJ

?
Uma medida da quantidade de energia necessária para a
estabilização que se obtém quando íons de cargas opostas são
agrupados em um sólido iônico é a energia de rede. A energia
de rede é a energia necessária para separar completamente
um composto sólido iônico em íons no estado gasoso!!

NaCl (s)  Na+ (g) + Cl-(g) H = +788 kJ

Portanto, a principal razão para compostos iônicos serem


estáveis é a atração entre íons de carga oposta (atração
eletrostática) no sólido !!!

Na+(g) + Cl-(g)  NaCl(s) H = - 788 kJ


A energia de rede depende das cargas nos íons e dos
tamanhos dos íons:

Q1Q2
El  
d

k é uma constante (8,99 x 109 J m/C2), Q1 e Q2 são as cargas


nas partículas e d é a distância entre seus centros.
Ciclo de Born - Haber
 Formação de NaCls a partir dos elementos Na(s) e Cl (g) :

 Primeira etapa: gerar átomos Na(g) a partir de Na(s) :

Na(s) Na(g) H = 108 KJ

 Segunda Etapa: formar Cl(g) por quebra das ligações nas


moléculas de Cl2:

½ Cl2 (g) Cl (g) H = 122 KJ


 Terceira etapa: remover um elétron do Na(g):

Na (g) Na+ + e- H = 496 KJ

 Quarta etapa: adicionar um elétron ao Cl(g):

Cl(g) + e- Cl- H = - 349KJ

 Quinta etapa: combinação dos íons Na(g) e Cl(g):

Na(g) + Cl(g) NaCl(s) H = - Hrede


A soma das cinco etapas nos fornece NaCl(s) a partir de Na(s)
e ½ Cl(g) !

Na(s) + ½ Cl2(g) → NaCl(s) H = - 411 KJ

A energia de formação do NaCl(s) a partir do sódio e do cloro


é igual a soma das energias de várias etapas individuais.
Energia de Rede
Ligação Covalente

• Quando dois átomos similares se ligam, nenhum deles quer


perder ou ganhar um elétron para formar um octeto.

• Quando átomos similares se ligam, eles compartilham pares


de elétrons para que cada um atinja o octeto.

• Cada par de elétrons compartilhado constitui uma ligação


química.

• Por exemplo: H + H  H2 tem elétrons em uma linha


conectando os dois núcleos de H.
Ligação Covalente
Estruturas de Lewis

• As ligações covalentes podem ser representadas pelos


símbolos de Lewis dos elementos:

Cl + Cl Cl Cl

• Nas estruturas de Lewis, cada par de elétrons em uma


ligação é representado por uma única linha:
H
H O H N H
Cl Cl H F H C H
H H
H
Ligações múltiplas

• Mais de um par de elétrons pode ser compartilhado entre


dois átomos (ligações múltiplas):
• Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2);
• Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla
(O2);
• Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla
(N2).
H H O O N N

• Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à


medida que o número de pares de elétrons compartilhados
aumenta.
Polaridade da ligação e eletronegatividade

Eletronegatividade
• Eletronegatividade: é a capacidade de um átomo de atrair
elétrons para si em certa molécula .
• Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala
de 0,7 (Cs) a 4,0 (F).
• A eletronegatividade aumenta:
• ao logo de um período e
• ao descermos em um grupo.
Eletronegatividade
Eletronegatividade e polaridade de ligação

• A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma


medida da polaridade de ligação:

• próximas a 0 resultam em ligações covalentes apolares


(compartilhamento de elétrons igual ou quase igual);

• próximas a 2 resultam em ligações covalentes polares


(compartilhamento de elétrons desigual);

• próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência


de elétrons).
Distribuição da densidade eletrônica
Momentos de dipolo

• Considere HF:
• A diferença de eletronegatividade leva a uma ligação
polar.
• Há mais densidade eletrônica no F do que no H.
• Uma vez que há duas ‘extremidades’ diferentes da
molécula, chamamos o HF de um dipolo.
• O momento de dipolo, m, é a ordem de grandeza do
dipolo:
  Qr
onde Q é a grandeza das cargas.
• Os momentos de dipolo são medidos em debyes (D).
Desenhando as estruturas de Lewis

 Some os elétrons de valência de todos os átomos.

 Escreva os símbolos para os átomos a e una-os com uma


ligação simples.

 Complete o octeto dos átomos ligados ao átomo central.

 Coloque os elétrons que sobrarem no átomo central.

 Se não existem elétrons suficientes para dar ao átomo


central um octeto, tente ligações múltiplas.
Carga formal

• É possível desenhar mais de uma estrutura de Lewis


obedecendo-se a regra do octeto para todos os átomos.

• Para determinar qual estrutura é mais razoável, usamos a


carga formal.

• A carga formal é a carga que um átomo teria em uma


molécula se todos os outros átomos tivessem a mesma
eletronegatividade.
Carga formal

• Para calcular a carga formal:

• A carga formal é:

os elétrons de valência – (elétrons não ligantes + ½ dos


elétrons ligantes)
CF = Ev - (ENL +½ EL)

A estrutura mais estável tem:


• a carga formal mais baixa em cada átomo,
• a carga formal mais negativa nos átomos mais
eletronegativos.
Estruturas de ressonância

As estruturas de ressonância são tentativas de representar


uma estrutura real, que é uma mistura entre várias
possibilidades extremas.
Ozônio

O O
O O
O O

Benzeno
Ozônio
Exceções à regra do octeto

Existem três classes de exceções à regra do octeto:

 moléculas com número ímpar de elétrons;

 moléculas nas quais um átomo tem menos de um octeto,


ou seja, moléculas deficientes em elétrons;

 moléculas nas quais um átomo tem mais do que um


octeto, ou seja, moléculas com expansão de octeto.
Número ímpar de elétrons

Poucos exemplos. Geralmente, moléculas como ClO2, NO e


NO2 têm um número ímpar de elétrons.

N O N O
Deficiência em elétrons

• Relativamente raro.

• As moléculas com menos de um octeto são típicas para


compostos dos Grupos 1, 2, e 3.

• O exemplo mais típico é o BF3.

• As estruturas de Lewis nas quais existe uma ligação dupla


B—F são menos importantes que aquela na qual existe
deficiência de elétrons.
Expansão do octeto

• Esta é a maior classe de exceções.

• Os átomos do 3º período em diante podem acomodar mais


de um octeto.

• Além do terceiro período, os orbitais d são baixos o


suficiente em energia para participarem de ligações e
receberem a densidade eletrônica extra.
Forças das ligações covalentes

• A energia necessária para quebrar uma ligação covalente é


denominada entalpia de dissociação de ligação, D.
Cl2(g)  2Cl(g).

• Quando mais de uma ligação é quebrada:


CH4(g)  C(g) + 4H(g) H = 1660 kJ
H = ¼(1660 kJ) = 415 kJ

• A entalpia de ligação é sempre uma grandeza positiva; é


sempre necessário fornecer energia para romper ligações
químicas.
Entalpias de ligação e entalpias de reação

• As entalpias de ligação podem ser usadas para determinar


a entalpia para uma reação química.
• Reação química: as ligações são quebradas para que
novas ligações sejam formadas.
• A entalpia da reação é dada pela soma das entalpias de
ligações quebradas menos a soma das entalpias das
ligações formadas.
Exemplo:

CH4(g) + Cl2(g)  CH3Cl(g) + HCl(g) Hr = ?


Formas espaciais moleculares
• As estruturas de Lewis mostram o número e os tipos de
ligações entre os átomos.

• A forma espacial de uma molécula é determinada por seus


ângulos de ligação.

• Exemplo: CCl4: todos os ângulos de ligação Cl-C-Cl são de


109,5.
• Conseqüentemente, a molécula não pode ser plana.
• Todos os átomos de Cl estão localizados nos vértices de
um tetraedro com o C no seu centro.
• os elétrons de valência se repelem e, conseqüentemente, a
molécula assume qualquer geometria que minimize essa
repulsão.
• Teoria de Repulsão do Par de Elétrons no Nível de
Valência (RPENV).
• Para definirmos a geometria ao redor do átomo central,
consideramos todos os elétrons (pares não ligantes e pares
ligantes).
• O nome da geometria molecular, consideramos somente a
posição dos átomos.
O efeito dos elétrons não-ligantes e ligações
múltiplas nos ângulos de ligação

• Determinamos o arranjo observando apenas os elétrons.

• Indicamos o nome da geometria molecular pela posição dos


átomos.

• Ignoramos os pares não ligantes na geometria molecular.


H

H C N O
H H H H
H H H
109.5O 107O
104.5O

Cl
111.4o C O
Cl 124.3o
Forma molecular e polaridade molecular

• Quando existe uma diferença de eletronegatividade entre


dois átomos, a ligação entre eles é polar.

• É possível que uma molécula que contenha ligações polares


não seja polar.

• Por exemplo, os dipolos de ligação no CO2 cancelam-se


porque o CO2 é linear.

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