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Administração

Financeira e
Orçamentária – AFO
&
Contabilidade Aplicada
ao Setor Público
UniAbeu – Contabilidade Pública – Prof. Alessandro Lopez

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Orçamento Público: conceito, características, princípios e tipos
 Leis Orçamentárias: PPA – LDO – LOA
 Créditos Adicionais: Suplementares – Especiais –
Extraordinários
 Receitas Públicas: conceitos, características, tipos, execução
 Despesas Públicas: conceitos, características, tipos, execução
 Restos a Pagar – Dívida Ativa – Dívida Passiva – Despesas de
Exercícios Anteriores

 Contabilidade Aplicada ao Setor Público


Conceito, características, demonstrações contábeis, lançamentos,
sistemas contábeis, tabela de eventos
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AP1
1. 5 pontos: Prova Individual (PI1)
2. 5 pontos: Teste (T)
3. Média FINAL da AP1 = PI1 + T

AP2
1. 10 pontos: Prova Individual (PI2)
2. 10 pontos: Seminário (S)
3. Média FINAL da AP2 = (PI2 + S)/2

AS
1. 10 pontos: Prova Individual (PI3) – Matéria TODA!!!
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Características do Orçamento Público


Trab1: Princípios Orçamentários – cada um entregará uma folha
contendo 5 questões + uma folha contendo o gabarito (assinada)
Princípios Orçamentários e Ciclo Orçamentário
Continuação de Ciclo Orçamentário: da Elaboração à Execução
+ Atividade 1
Trab2: Leis Orçamentários – cada um entregará uma folha contendo
5 questões + uma folha contendo o gabarito (assinada)
Leis Orçamentárias: PPA, LDO e LOA
+ Atividade 2
Trab3: Créditos Adicionais – idem
REVISÃO
Prova Individual – PI1
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Características do Orçamento Público


Trab1: Princípios Orçamentários – cada um entregará uma
folha contendo 5 questões + uma folha contendo o gabarito
(assinada)
Ciclo Orçamentário: da Elaboração à Execução
+ Atividade 1
Trab2: Leis Orçamentários – cada um entregará uma folha
contendo 5 questões + uma folha contendo o gabarito
(assinada)
Leis Orçamentárias: PPA, LDO e LOA
+ Atividade 2
Trab3: Créditos Adicionais – idem
REVISÃO para AP1
Prova Individual – PI1
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TEMAS PARA O SEMINÁRIO 2º Bimestre

01 Balanço Patrimonial Setor Público


02 Receita Pública
03 Balanço Financeiro
04 Balanço Orçamentário
05 Demonstração das Variações Patrimoniais
06 Despesa Pública
07 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Déficit Público (Impacto da dívida pública na qualidade de
08
vida do povo brasileiro)
09 Contabilidade Pública: uma visão geral
Conceito de Orçamento Público

Instrumento de planejamento de que dispõe o Poder Público


para expressar, em determinado período, seu programa de
atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a
serem obtidos, bem como a natureza e o montante dos
dispêndios a serem efetuados.

A ação planejada do Estado, quer na manutenção de suas


atividades, quer na execução de seus projetos, materializa-
se através do Orçamento Público.

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Principais Características

1)A sua execução exige autorização prévia do órgão de


representação popular
2)É um plano de trabalho governamental que evidencia a política
econômico-financeira do Governo
3) É executado durante o ano-financeiro
4)É considerado um documento que consubstancia as finanças do
Estado
5)É um ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado
deve efetuar em um exercício
6) O Orçamento Público é considerado rígido e estático.
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Princípios
Orçamentários
Art. 2º da 4320/64: A Lei do Orçamento conterá
a discriminação da Receita e Despesa, de forma a
evidenciar a política econômico-financeira e o
programa de trabalho do governo, obedecidos os
princípios da UNIDADE, UNIVERSALIDADE E
ANUALIDADE.
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Princípio da UNIDADE
O orçamento deve constituir UMA SÓ PEÇA, ou
seja, deve haver SOMENTE UM ÚNICO
ORÇAMENTO para o exercício financeiro,
evitando orçamentos paralelos. Cada entidade de
direito público deve possuir apenas um orçamento,
fundamentado em uma única política orçamentária
e estruturado uniformemente. Assim, existe o
orçamento da União, o de cada Estado e o de cada
Município.

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Princípio da UNIVERSALIDADE
A Lei orçamentária deve incorporar TODAS as
Receitas e Despesas, inclusive as operações de
créditos autorizadas por lei, com exceção das
Operações de Crédito por Antecipação de
Receita, das Emissões de Papel-Moeda e outras
entradas compensatórias no Ativo e no Passivo
Financeiros.

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Princípio da ANUALIDADE
As previsões de receitas e despesas devem
referir-se sempre a um período limitado de
tempo; estabelece que a cada ano financeiro
(período de 12 meses) seja elaborado uma nova
lei orçamentária. No Brasil, por força do artigo
34, o exercício financeiro coincidirá com o ano
civil.

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Esta regra obriga o Poder Executivo a pedir,


periodicamente, nova autorização para
cobrar tributos e aplicar o produto da
arrecadação;

Permite também um maior controle do


legislativo sobre os atos administrativos de
natureza financeira, além de possibilitar que
os planos sejam revistos anualmente, de
forma a aperfeiçoá-los.
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EXCEÇÃO: § 2º do art. 167 CF/88: os
Créditos ESPECIAIS e
EXTRAORDINÁRIOS terão vigência no
exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ATO de
AUTORIZAÇÃO for promulgado nos
últimos 4 meses daquele exercício, caso em
que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
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Princípio da EXCLUSIVIDADE
A lei orçamentária deverá conter somente matéria de
natureza orçamentária, não podendo constar dispositivo
estranho à previsão da receita e a fixação da despesa.

EXCEÇÃO: autorização para abertura de créditos


suplementares na própria Lei Orçamentária Anual
(LOA) e a contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação da receita, para atender a
insuficiência de caixa.
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Princípio da ESPECIFICAÇÃO
Também conhecido como princípio da
DISCRIMINAÇÃO ou da ESPECIALIZAÇÃO,
visa impedir a inclusão de Dotações Globais, tanto
para arrecadar tributos como para aplicar os
recursos financeiros; exige que o plano de cobrança
dos tributos e o programa de custeio e investimentos
sejam expostos pormenorizadamente.

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EXCEÇÃO: Reserva de Contingência:


destinada a atender pagamentos
inesperados, que não puderam ser previstos
durante a elaboração do orçamento (ações
judiciais trabalhistas, indenização por
desapropriação...).

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Princípio da PUBLICIDADE
Mais do que um princípio orçamentário, a
PUBLICIDADE é um Princípio Constitucional
(art. 37) que deve nortear todos os atos da
Administração Pública. O maior objetivo deste
princípio é proporcionar publicidade aos atos
públicos na busca da tão difundida
transparência dos gastos públicos.

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Princípio da transparência
Aplica-se também ao orçamento público, pelas
disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da
LRF, que determinam ao governo, por exemplo:
divulgar o orçamento público de forma ampla à
sociedade; publicar relatórios sobre a execução
orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar,
para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.

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Princípio do EQUILÍBRIO
Estabelece que NÃO haverá Despesa sem
Receita correspondente; o total da despesa
orçamentária não pode ultrapassar o total da
receita orçamentária prevista para cada
exercício financeiro.

Princípio do ORÇAMENTO BRUTO


As receitas e as despesas devem constar da lei
orçamentária e de créditos adicionais pelos seus
valores brutos, sem nenhuma dedução. 20
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Princípio da Não-Vinculação
É vedada a vinculação da receita de impostos a
determinado órgão, fundo ou despesa.

Todos os recursos devem ser recolhidos a uma


caixa única do tesouro, sem discriminação
quanto a sua destinação.

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• destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde,

• para manutenção e desenvolvimento do ensino

• para realização de atividades da administração tributária

• prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de


receita

• Erradicação da pobreza.

• Fundo de Participação dos Estados e Municípios


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EXCEÇÃO: vinculação de % da arrecadação da receita do
IR/IPI:
1) manutenção e desenvolvimento da educação;
2) destinação de recursos para aplicação na área de saúde;
3) fundo de participação dos estados e dos municípios;
4) prestação de garantias às operações de créditos por
antecipação de receita;
5) para realização de atividades da administração
tributária; e
6) de acordo com o art. 80 do ADCT, para o fundo de
combate e erradicação da pobreza.
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ATENÇÃO: Art. 56 da Lei 4320/64 – o recolhimento de


todas as receitas far-se-á em estrita observância ao
Princípio de UNIDADE de TESOURARIA, vedada
qualquer fragmentação para criação de caixas especiais

Giacomoni: LOA compreende no OF, OI e OSS, esse


modelo segue a concepção da TOTALIDADE
ORÇAMENTÁRIA, isto é, múltiplos orçamentos são
elaborados de forma independente, sofrendo, entretanto,
a consolidação que possibilita o conhecimento do
desempenho global das finanças públicas.
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ESAF - 2012 - CGU - Segundo disposição da CF88, são exceções
ao princípio orçamentário da Não Afetação da Receita:
a) os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios, as
despesas de pessoal, as despesas com a saúde até o limite
constitucional.
b) os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios,
Fundos de Desenvolvimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e
garantias às operações de crédito por antecipação de receita.
c) as despesas obrigatórias de pessoal, as despesas obrigatórias da
saúde e as transferências constitucionais.
d) apenas as transferências constitucionais e legais destinadas aos
municípios.
e) despesas relacionadas à dívida externa, à despesa com pessoal e
transferências para a saúde desvinculadas pela DRU. 25
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ATENÇÃO: Art. 56 da Lei 4320/64 – o
recolhimento de todas as receitas far-se-
á em estrita observância ao Princípio
de UNIDADE de TESOURARIA,
vedada qualquer fragmentação para
criação de caixas especiais
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Giacomoni: LOA compreende no OF, OI e
OSS, esse modelo segue a concepção da
TOTALIDADE ORÇAMENTÁRIA, isto é,
múltiplos orçamentos são elaborados de
forma independente, sofrendo, entretanto, a
consolidação que possibilita o conhecimento
do desempenho global das finanças públicas.

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O Principio Orçamentário que deve ser seguido


para que a Lei orçamentária incorpore todas as
receitas e despesas necessárias para a manutenção
dos serviços públicos pelos seus valores totais,
sendo vedada qualquer dedução, é denominada:

a) Especificação
b) Anualidade
c) Universalidade
d) Exclusividade
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JULGUE:

O princípio da unidade é flagrantemente


desobedecido, haja vista a existência de
múltiplos orçamentos elaborados de forma
independente, como o orçamento monetário.

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JULGUE:
(CESPE – CNPq/2004). A Lei n.º 4.320/1964
determinou que a Lei de Orçamento
compreendesse todas as receitas, inclusive as
operações de crédito autorizadas em lei. Esse
dispositivo incorpora o princípio da unidade na
legislação orçamentária brasileira.

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De acordo com os princípios orçamentários, o
princípio da universalidade está claramente
incorporado à legislação orçamentária brasileira.
Esse princípio possibilita ao legislativo conhecer a
priori todas as receitas e despesas do governo, dar
prévia autorização para a respectiva arrecadação e
realização e impedir o executivo de realizar
qualquer operação de receitas e despesas sem
prévia autorização parlamentar.

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INSTRUMENTOS NORMATIVOS DO
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO

• Plano Plurianual

• Lei de Diretrizes Orçamentárias

• Lei Orçamentária Anual


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PLANO PLURIANUAL
* Regionalizado

* Diretrizes (orientações gerais)

* Objetivos (discriminação dos resultados que se pretende


alcançar)

* Metas (quantificação física dos objetivos)

* Despesas de Capital

* Programas de duração continuada


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Ciclo Orçamentário do PPA:


• Encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso
Nacional até 4 meses antes do encerramento do 1º. exercício
financeiro do mandato presidencial, ou seja, até 31 de agosto.

• O CN deverá devolver o PPA APROVADO para Sanção do


Presidente da República, até o encerramento da Sessão
Legislativa.

• Vigência: 4 anos

Nenhum INVESTIMENTO cuja execução ultrapasse UM exercício


financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Plano
Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
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LEI de DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


• METAS e PRIORIDADES
• DESPESAS de CAPITAL
• Orientará a ELABORAÇÃO da LOA
• Disporá sobre as ALTERAÇÕES na Legislação
Tributária
• Estabelecerá a POLÍTICA de APLICAÇÃO das
Agências Financeiras Oficiais de Fomento.
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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

A Lei Orçamentária Anual compreende


a PROGRAMAÇÃO das AÇÕES a SEREM
EXECUTADAS, visando atingir as
diretrizes, objetivos e metas
estabelecidas no Plano Plurianual.

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PROF. ALESSANDRO LOPEZ
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A LOA compreenderá:
• Orçamento FISCAL referente aos Poderes da União,
seus Fundos, Órgãos e Entidades da Administração
Direta e Indireta, inclusive Fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

• Orçamento de INVESTIMENTO das Empresas em que


a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do Capital Social com direito a voto;

• Orçamento da SEGURIDADE SOCIAL, abrangendo


todas as Entidades e Órgãos a ela vinculados, da
Administração Direta ou Indireta, bem como os
Fundos e Fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público. 38
PROF. ALESSANDRO LOPEZ
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Ciclo Orçamentário da LOA

O prazo para encaminhamento, aprovação


e sanção da LOA, coincide com o do PPA,
isto é Projeto de Lei Orçamentária da
União será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do exercício
financeiro, 31/08, e devolvido para
SANÇÃO até o encerramento da sessão
legislativa, 22/12. 39
PROF. ALESSANDRO LOPEZ
EMENDAS à LOA:
• Sejam compatíveis com o PPA e com a LDO;
• Indiquem os recursos necessários, admitidos
apenas os provenientes de ANULAÇÃO DE DESPESA.
EXCLUÍDAS as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para
Estados, Municípios e Distrito Federal.
• Sejam relacionadas: 1) com a correção de erros ou
omissões; ou 2) com dispositivos do texto do projeto
40
dePROF.
lei.ALESSANDRO LOPEZ
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O crédito orçamentário é a dotação incluída na lei


orçamentária para atender despesas públicas.

Os Créditos Adicionais servem para aumentar a despesa


pública do exercício, já fixada no orçamento. A fim de não
prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a lei
determina que cada solicitação de crédito adicional será
acompanhada da indicação de recursos hábeis, com
EXCEÇÃO dos Créditos Adicionais EXTRAORDINÁRIOS.

Os Créditos Adicionais são classificados em: Suplementares,


Especiais e Extraordinários.
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Os Créditos SUPLEMENTARES têm a finalidade de reforçar


o orçamento, isto é, existe orçamento previsto, porém em
montante inferior ao necessário.

Os Créditos ESPECIAIS são destinados às despesas para as


quais não haja dotação ou categoria de programação específica
na própria lei orçamentária, visam atender despesas novas, não
previstas na LOA, mas que surgiram no decorrer do exercício.

Os Créditos EXTRAORDINÁRIOS são destinados somente


ao atendimento de despesas urgentes e imprevisíveis, tais
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública. 42
43
PROF. ALESSANDRO LOPEZ
Fonte de Recursos para abertura de
Créditos Adicionais

• SUPERÁVIT FINANCEIRO
• EXCESSO DE ARRECADAÇÃO
• OPERAÇÕES DE CRÉDITO
• RECURSOS decorrentes de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual
• ANULAÇÃO parcial ou total de dotações orçamentárias ou
de créditos adicionais, autorizados em lei;
• RESERVA DE CONTINGÊNCIA 44
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RECEITAS PÚBLICAS

INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
São recursos financeiros de caráter temporário e não integram a
LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem
passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização
legislativa. 45
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RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam
durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo
para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se
viabiliza a execução das políticas públicas.
As receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas
pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é
atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.

Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio


do Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro, e, via de
regra, por força do princípio orçamentário da universalidade,
estão previstas na Lei Orçamentária Anual – LOA. 46
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Art. 57 da Lei nº 4320/64: Embora haja obrigatoriedade de a


LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência
formal do registro dessa previsão, no citado documento legal,
não lhes retira o caráter de orçamentárias.

Principais classificações das Receitas


Quanto à Natureza: Orçamentária – Extraorçamentária
Quanto ao Poder de Tributar: Fed / Estad / Municipal
Quanto à Afetação Patrimonial: Efetivas – Não Efetiva
Quanto à Categoria Econômica: Corrente – de Capital
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A Receita ORÇAMENTÁRIA pode ser classificada:

1) Quanto ao Impacto na Situação Líquida:

a) EFETIVAS - são aquelas que, sem quaisquer reservas,


condições ou correspondência no passivo, integram-se ao
patrimônio público, como elemento novo e positivo, e deste
modo aumentam o patrimônio líquido.

b) NÃO-EFETIVAS - são aquelas oriundas de mutações que


nada acrescem ao patrimônio líquido, constituindo simples
entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o
compõem.
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2) Quanto à Categoria Econômica:

a) CORRENTE: são arrecadadas dentro do exercício financeiro,


aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com
efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem
instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e
ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas.

b) CAPITAL: São provenientes da realização de recursos


financeiros oriundos de constituição de dívidas, da conversão, em
espécie, de bens e direitos; de recursos recebidos de outras pessoas
de Dir. Público ou Privado, destinados a atender despesas
classificáveis em despesa de capital; das amortizações de
empréstimos concedidos e do superávit do orçamento corrente.
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As Receitas Correntes estão associadas ao que na


contabilidade geral correspondem às “receitas propriamente
ditas”, ou seja, geram Fatos Modificativos Aumentativos.

Já as Receitas de Capital constituem Fatos meramente


Permutativos. São provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos:

1) de constituição de dívidas;
2) de alienação de bens;
3) de transferências de capital;
4) amortizações de empréstimos concedidos;
5) superávit do orçamento corrente
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As Receitas CORRENTES dividem-se em:

TRIBUTÁRIAS
de CONTRIBUIÇÕES,
PATRIMONIAL,
AGROPECUÁRIAS,
INDUSTRIAL,
de SERVIÇOS,
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES e
OUTRAS Receitas Correntes.
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RECEITA TRIBUTÁRIA: São os ingressos provenientes da


arrecadação das receitas de TRIBUTOS (impostos, taxas e
contribuições de melhoria) pagos pelos cidadãos em razão de
suas atividades, suas rendas, suas propriedades. É uma receita
privativa das entidades investidas do poder de tributar: U, E,
DF, M.

O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo da


seguinte forma: "Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada".
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RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES:
1) Contribuições SOCIAIS e ECONÔMICAS (COFINS, PIS,
PASEP),
2) Intervenção no Domínio Econômico (CID COMBUSTÍVEL), e
3) Interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de intervenção nas respectivas áreas.

A competência para instituição das contribuições sociais é da União,


exceto das contribuições dos servidores estatutários dos Estados, DF
e Municípios, que são instituídas pelos mesmos.

A CIDE se dá pela fiscalização de atividades de fomento, como por


exemplo, desenvolvimento de pesquisas para crescimento do setor e
oferecimento de linhas de crédito para expansão da produção.
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RECEITA PATRIMONIAL: Resulta da exploração do


patrimônio público: aluguéis, arrendamentos, foros,
laudêmios, juros de aplicação financeira, dividendos.
Classificam-se em:

1 – Imobiliárias
2 – Valores Mobiliários
3 – Concessões/Permissões
4 – Compensações Financeiras
5 – Exploração de Bens Públicos
6 – Cessão de Direitos

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RECEITA AGROPECUÁRIA: São receitas que resultam das atividades


ou explorações agropecuárias, envolvendo a produção vegetal e animal e
seus derivados.
Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de
atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos:
• agrícolas (grãos, tecnologias, insumos);
• pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes);
• para reflorestamento.

RECEITA INDUSTRIAL: São receitas originárias, provenientes


das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se
nessa classificação receitas provenientes de atividades econômicas,
tais como:
• indústria extrativa mineral;
• indústria de transformação;
• indústria de construção. 55
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RECEITAS DE SERVIÇOS: São receitas decorrentes das


atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente
público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços
hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc.

Tais serviços são remunerados mediante preço público, também


chamado de tarifa.

Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque


estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua
cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em
relação à lei que a instituiu.
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TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: São recursos


financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado destinados a atender despesas de manutenção ou
funcionamento relacionadas a uma finalidade pública
específica, mas que não correspondam a uma contraprestação
direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência.

OUTRAS RECEITAS CORRENTES: Recursos recebidos


em razão da cobrança de MULTAS e JUROS de MORA, do
Recebimento da DÍVIDA ATIVA, de Indenizações e
Restituições, Alienação de bens APREENDIDOS...
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RECEITAS DA DÍVIDA ATIVA: São os créditos da Fazenda


Pública, de natureza tributária ou não tributária, exigíveis em
virtude do transcurso do prazo para pagamento.

Este crédito é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida


ativa da Fazenda Pública da União. Isso confere à certidão da
dívida ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova em
contrário.

Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública


proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos
adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas
tributárias. Dívida Ativa Não-Tributária corresponde aos demais
créditos da Fazenda Pública.
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 Art. 44 da LRF: é vedada a aplicação da receita derivada da alienação


de bens e direitos que integram o patrimônio público para o
financiamento de DESPESA CORRENTE, salvo se destinada por LEI,
aos Regimes de Previdência Social, Geral e Próprio dos Servidores
Públicos.

 Art. 3º da Lei 4320/64: a lei de orçamentos compreenderá todas as


receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

 § 8º art. 165 CF88: ...lei orçamentária poderá conter autorização para


contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita.

 Art. 167, III CF88: é vedada a realização de operações de créditos que


excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizações mediante crédito suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta. 59
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RECEITA DE CAPITAL
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

São ingressos financeiros provenientes da amortização de


financiamentos ou empréstimos concedidos pelo ente público
em títulos e contratos.

Embora a amortização de empréstimos seja origem da


categoria econômica “Receitas de Capital”, os juros recebidos,
associados a esses empréstimos, são classificados em
“Receitas Correntes / de Serviços / Serviços Financeiros”.

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Não devem ser reconhecidos como receita


orçamentária os recursos financeiros oriundos de:

a) Superávit Financeiro
b) Cancelamento de despesas inscritas em restos a
pagar

O cancelamento de despesas inscritas em RESTOS A


PAGAR, consiste na baixa da obrigação constituída em
exercícios anteriores, portanto, trata-se de
restabelecimento de saldo de disponibilidade
comprometida, originária de receitas arrecadadas em
exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser
registrada. 61
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SUPERÁVIT FINANCEIRO
São recursos financeiros que não se encontravam
comprometidos com pagamentos futuros no encerramento do
exercício fiscal. Essa sobra de caixa ocorre, por exemplo, pelo
cancelamento de restos a pagar ou por superávit
orçamentário. De acordo com a Lei 4.320/64, os saldos de
caixa não comprometidos ao final de cada exercício podem ser
utilizados como fonte de financiamento para a abertura de
créditos adicionais no exercício seguinte. A apuração do
superávit financeiro é feita pelo confronto entre os totais do
ativo financeiro e do passivo financeiro, constante do balanço
patrimonial do exercício anterior.
62
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O reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento


de sua ARRECADAÇÃO (art. 35 da Lei nº 4.320/1964).
Objetivo: evitar que a execução das despesas orçamentárias
ultrapasse a arrecadação efetiva.

Regime Orçamentário (REGIME MISTO): Pertencem ao


exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas
nele legalmente empenhadas

Regime Contábil (REGIME DE COMPETÊNCIA): As


receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente
de recebimento ou pagamento. 63
Etapas da Gestão da Receita Orçamentária

PLANEJAMENTO (previsão)

Direto (de Ofício)


(IPVA / IPTU)

Indireto (por Homologação)


LANÇAMENTO
(IPI / ICMS)
EXECUÇÃO
Misto (por Declaração)
(IRPF / ITR)

ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO

CONTROLE E AVALIAÇÃO 64
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LANÇAMENTO
É o ato da repartição competente, que verifica a procedência do
crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito
desta.

1) procedimento administrativo
2) verifica a ocorrência do fato gerador
3) determina a matéria tributável
4) calcula o montante do tributo devido
5) identifica o sujeito passivo
6) aplica penalidade cabível.
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ARRECADAÇÃO: É o ato em que são pagos os tributos ou as


diversas receitas ao agente arrecadador ou bancos autorizados pelo
ente.
• Ag. Arrecadador PÚBLICO – são as próprias repartições do
Governo.
• Ag. Arrecadador PRIVADO – são os bancos autorizados.

RECOLHIMENTO: É o ato pelo qual os Agentes Arrecadadores


entregam DIARIAMENTE, ao Tesouro Público, o produto da
arrecadação.
Compreende a entrega do produto da arrecadação pelos agentes
arrecadadores (repartições fiscais, estabelecimentos bancários...) ao
Banco do Brasil (agente financeiro) para crédito da Conta Única do
Tesouro, que se encontra no Banco Central do Brasil, referente à
receita da União no Tesouro Nacional. 66
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Receitas Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

Impostos 100 90 70 60

Transferência SUS p/custeio 600 500 500

Transferência FUNDEB p/custeio 900 900 900

Operações de crédito 300 250 250

Patrimoniais 200 200 200

Alienação de Bens 100 90 90

1. O valor total da Receita Corrente é de:


A) 1.460 B) 1.660 C) 1.670 D) 1.800 E) 1.920.

2. O valor a ser inscrito na Divida Ativa será de:


A) 10 B) 20 C) 30 D) 40 E) 50. 67
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DESPESA PÚBLICA
É a lei orçamentária que fixa a despesa pública autorizada para
um exercício financeiro.

A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos


entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços
públicos prestados à sociedade.

Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em


ORÇAMENTÁRIOS e EXTRAORÇAMENTÁRIOS.
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Dispêndio Extraorçamentário é aquele que não consta na


Lei Orçamentária Anual, compreendendo determinadas
saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos
de restos a pagar, resgate de operações de crédito por
antecipação de receita e recursos transitórios

Despesa Orçamentária é toda transação que depende de


autorização legislativa, na forma de consignação de
dotação orçamentária, para ser efetivada.

Segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/1964: Pertencem ao


exercício financeiro as despesas nele legalmente
empenhadas.
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A DESPESA ORÇAMENTÁRIA PODE SER CLASSIFICADA:

1) Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial


(quanto a afetação):

- Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no


momento da sua realização, reduz a situação líquida
patrimonial da entidade. (fato modificativo diminutivo)

- Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no


momento da sua realização, não reduz a situação líquida
patrimonial da entidade e constitui fato contábil
PERMUTATIVO.
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A DESPESA ORÇAMENTÁRIA PODE SER CLASSIFICADA:

2) Quanto à Categoria Econômica

a) Despesas Correntes: são gastos de natureza


operacional que se destinam a manutenção e ao
funcionamento dos serviços públicos.

b) Despesas de Capital: são despesas que implicam, via


de regra, acréscimos do patrimônio público –
contribuem diretamente para a formação ou aquisição
de um bem de capital.
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ART.12 – LEI PORTARIA SOF/STN


DESPESAS
4.320/64 Nº 163/2001

• Pessoal e Encargos Sociais


• Custeio • Juros e Encargos da
CORRENTES • Transferências Dívida
Correntes • Outras Despesas
Correntes

• Investimentos
• Inversões • Investimentos
DE CAPITAL Financeiras • Inversões Financeiras
• Transferência de • Amortização da Dívida
Capital
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Conforme estabelece o art. 6º da Port. STN/SOF nº


163/2001, na LOA, a discriminação da despesa, quanto à
sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria
econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade
de aplicação.

De acordo com o art. 15 da Lei 4320/64, na LOA a


discriminação da despesa far-se-á no mínimo por
elementos.
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Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações


para manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive as destinadas a atender a obras de
conservação e adaptação de bens imóveis.

Classificam-se como Transferências Correntes as


dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive
para contribuições e subvenções destinadas a atender à
manutenção de outras entidades de direito público ou
privado.
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Classificam-se como Investimentos as dotações para:


1. Planejamento e a execução de obras;
2. Aquisição de imóveis considerados necessários à
realização das obras;
3. Aquisição de softwares (software de aplicação*)
4. Programas especiais de trabalho;
5. Aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente; e
6. Constituição ou aumento do capital de empresas que não
sejam de caráter comercial ou financeiro.

SOFTWARE DE BASE: outras despesas correntes


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Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações


destinadas a:
1. Aquisição de imóveis
2. Aquisição de bens de capital já em utilização;
3. Aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já
constituídas, quando a operação não importe aumento
do capital;
4. Constituição ou aumento do capital de entidades ou
empresas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de
seguros.
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A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim como


qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos
princípios de contabilidade. Dessa forma, aplica-se o
princípio da competência em sua integralidade, ou seja,
os efeitos das transações e outros eventos são
reconhecidos quando ocorrem, e não quando os recursos
financeiros são recebidos ou pagos

Assim, o art. 35 da Lei nº 4.320/1964 refere-se ao regime


orçamentário e não ao regime contábil (patrimonial)
aplicável ao setor público para reconhecimento de ativos e
passivos.
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Etapas da Gestão da Despesa Orçamentária


Planejamento ( FIXAÇÃO )

EMPENHO

Execução LIQUIDAÇÃO

PAGAMENTO

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EMPENHO

- o empenho É PRÉVIO
- está restrito ao limite do crédito orçamentário
- é vedada a realização de despesa sem prévio empenho
- é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição.
- materializa-se através da emissão da nota de empenho
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Modalidade de Empenho

ORDINÁRIO: quando o montante a ser pago for


previamente conhecido e deva ocorrer de uma só vez

GLOBAL: quando o montante a ser pago também for


previamente conhecido, mas deva ocorrer
parceladamente.

Por ESTIMATIVA: quando não se possa determinar


previamente o montante a ser pago, por não ser a
respectiva base periódica homogênea.
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LIQUIDAÇÃO
Verificação do implemento de condição. Consiste na
verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade
beneficiária, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação
ao benefício.
O objetivo da liquidação é de apurar o implemento de
condição, ou seja, se o credor cumpriu ou não a sua
parte, verificando:
1) a origem e o objeto do que se deve pagar;
2) a importância exata a pagar; e
3) a quem se deve pagar para extinguir a obrigação
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PAGAMENTO
É o ato pelo qual o Estado faz a entrega de numerário
correspondente, recebendo a devida quitação. O
pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado
após sua regular LIQUIDAÇÃO.

A Ordem de Pagamento (despacho exarado por


autoridade competente, determinando que a despesa seja
paga) será dada em documento próprio, assinado pelo
Ordenador de Despesa e pelo Agente Responsável pelo
Setor Financeiro.
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RESTOS A PAGAR
Art 36 da Lei 4320/64: consideram-se Restos a Pagar as despesas
empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as
despesas processadas das não-processadas.

São consideradas não processadas aquelas cujos serviços encontram-se


em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor.

A inscrição em Restos a Pagar é feita na data do encerramento do


exercício financeiro de emissão da nota de empenho e terá validade até
31 de dezembro do ano subsequente – É VEDADA A REINSCRIÇÃO!!!

Não raras vezes ocorre que o pagamento só vem a ser reclamado após o
cancelamento da inscrição; nestes casos, reconhecido o direito do
credor, o pagamento deverá ser efetuado à conta do orçamento vigente,
na rubrica DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES.

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DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

“Art. 37 da Lei 4.320/64: As despesas de exercícios


encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio, com saldo suficiente
para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os Restos a Pagar com
prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente, poderão ser pagas à conta de
dotação específica consignada no orçamento,
discriminada por elemento, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica”.
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• DÍVIDA FLUTUANTE: corresponde aos compromissos cujo


pagamento independe de autorização orçamentária:
Ex: Restos a Pagar, Serviços da Dívida, Depósitos de Terceiros
(inclusive consignações em folha), ARO: Operações de Crédito
por Antecipação de Receita (débitos de tesouraria) e PAPEL-
MOEDA ou MOEDA FIDUCIÁRIA.

• DÍVIDA FUNDADA: refere-se às exigibilidades de prazo


superior a 12 meses, contraídas mediante emissão de títulos
ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio
orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços
públicos, e que dependem de autorização legislativa para
amortização ou resgate.

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