ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL EVANGÉLICA LUTERANA

ESCOLA TÉCNICA RURAL LUTERANA - ETRL

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

Irrigação de hortaliças

TEÓFILO OTONI – 2010

 Irrigação: o controle da água
Água constitui mais de 90% do peso de matéria fresca das hortaliças

Razão pela qual se destacam sua exigência em água

Muitas espécies, ou cultivares, só podem ser plantadas no outono-

inverno  Período seco.
 Noções básicas
Ponto de murcha permanente
Capacidade de campo

• Quando se irriga uma cultura, o teor de água útil deve atingir 100% na
região do solo de maior concentração de raízes.
• Esse nível não deve ser ultrapassado.
• Utilização de instrumentos como o tensiômetro (teor de água útil).
• Como regra geral, o teor de água útil no solo deve ser mantido entre 70
e 100%.
• Hortaliças herbáceas são as mais exigentes.
• Para hortaliças-fruto, o teor de água também deve ser mantido durante a
colheita.
• hortaliças tuberosas podem até dispensar irrigação quando chuvas
forem abundantes.

Irrigação plantas novas de batata

 • Umedecer o perfil do solo em maiores profundidades.
• Para mudas recém plantadas, a irrigação deve ser mais freqüente, em
volume menor.
Excessos hídricos no solo

Deficiência de arejamento
 Métodos de monitoramento de irrigação

• Tensiometria (Tensão em kPa).

• Monitoramento baseado com condições ambientais, do solo e

exigência da cultura.
 Sistemas de Irrigação

• Teoricamente, todos os sistemas podem ser utilizados para irrigação de

hortaliças.

• Deve-se avaliar pontos negativos e positivos.

• Aspersão: sistemas mais utilizados para hortaliças.

Métodos de irrigação

• Superficiais (por sulco)

• Aspersão

• Gotejamento
 Irrigação por sulco

• Sistema superficial muito utilizado para hortaliças.

• Condução/distribuição da água: Sobre a superfície do solo.

• Utilização de Tubos, sifões e tubos janelados

• Feita por bombeamento ou captação por gravidade.

• Declividade para Sulcos: < 2 %

• Eficiência de irrigação: 40-70 %

 Pontos Positivos:

- Baixo investimento e uso de energia

- Simplicidade operacional

- Não sofrem ação do vento

- Permite o uso de águas com sedimentos

- Não lava agrotóxicos aplicados à folhagem

- Menor incidência de doenças da parte aérea

 Pontos Negativos

- Requer terrenos planos ou sistematizados

- Inadequado para solos permeáveis (arenosos)

- Maior uso de mão-de-obra

- Dimensionamento exige ensaios de campo

- Sujeito à erosão

- Maior incidência de doenças de solo

• Conduzidos em cultivos tutorados: Tomate e pimentão.
• Pouco recomendado para solos do cerrado.

Mangueira
Sifão
Tubo Janelado
 Irrigação por Aspersão
Característica do sistema

• Água é aplicada na forma de chuva

• Requer bombeamento para pressurização

Condução e distribuição:
Linha principal, secundária e lateral
 • Aspersores: tipo “spray” e rotores.

• Pequenos, médios e grandes (canhões).

• Boa eficiência de irrigação (60-90 %).

 Vantagens da irrigação por aspersão

• Adaptável a todos os tipos de solos.

• Adaptável à topografia variada.

• Adaptável às diversas hortaliças.

• Maior eficiência que sistemas por superfície.

• Menor uso de mão-de-obra que superfície.

• Pode-se aplicar fertilizantes (agrotóxicos).

 Desvantagens da irrigação por aspersão

• Maior custo que sistemas por superfície.

• Maior uso de energia.

• Deriva de água pelo vento.

• Alta evaporação em climas secos e quentes.

• Interfere com os tratos fitossanitários.

• Pode favorecer doenças foliares.

• Pode prejudicar polinização e qualidade de sementes.

 Sistemas por aspersão

- Convencional
- Autopropelido
- Pivô central

Sistema Convencional

• Pequenas áreas.
• Áreas onde se cultiva várias hortaliças.
 Tamanho dos aspersores

• Microaspersores (raio < 5 m)

• Aspersores pequenos (raio: 5-15 m)
• Aspersores médios (raio: 15-25 m)
• Aspersores grandes ou canhões (raio > 25 m)
Sistema rolante e pivô central
 Pivô central

• Sistema mais utilizado na região de Cerrado.

• Tomate industrial, cenoura, batata, milho-doce.

• Baixo uso de mão-de-obra.

• Manejo e montagem mais difícil.

Irrigação por gotejamento
 Gotejamento:

- Superficial
- Subsuperficial ou subterrâneo
 Características do sistema

• Aplicação localizada.

• Condução e distribuição por meio de tubos.

• Linhas principal e secundária de irrigação.

• Fácil automação: Controladores e válvulas.

• Alta eficiência de irrigação (> 70 %).

 • Tipos de gotejadores

- Externos (tipo botão),

-Autocompensantes (funcionam sob pressão),

- outros (EMATER).

• Vazão dos gotejadores: 0,5-4,0 L/h (normal: 1-2 L/h)

 Vantagens do gotejamento

• Aplicação localizada de água.

• Aplicação de fertilizantes (agrotóxicos).

• Maior eficiência no uso de água.

• Redução de doenças da parte aérea.

• Adaptável a todos tipos de solo.

• Não sofrem ação de fatores climáticos.

• Alta eficiência de irrigação – Manejo racional da água.

• Pode-se irrigar qualquer hortaliça.

 Desvantagens do gotejamento

• Alto custo inicial.

• Entupimento de emissores.

Gotejamento subterrêneo

• Profundidade de instalação (> 20 cm).

• Não molha a superfície do solo.

• Germinação ou pegamento de muda: usar aspersão.