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FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO (UFPI)

MESTRE EM FARMACOLOGIA (UFPI)


ESPECIALISTA EM FARMACOLOGIA-UFLA(MG)
Histórico
 1860, Joseph Lister - efeito inibitório de
substâncias químicas sobre as bactérias
(fenol)

 1928- Fleming – penicilina

 1932- Síntese do Prontosil (Klarer e


Meitzsch)
 1932- Síntese do Prontosil (Klarer e
Meitzsch)

 1940- Florey- síntese penicilina

 1942-Waksman- antibióticos

 1944- Waksman- Estreptomicina


 bactericida X bacteriostático

 antibióticos X quimioterápicos
MECANISMO DE AÇÃO B
Bactéria
PAREDE CELULAR BACTERIANA

Gram-positivo

Porina
Gram-negativo

Peptídeoglicano
MORFOLOGIA BACTERIANA
 Cocos-esféricas

 Bacilos

 Espirilos

 Vibrião
Flora Bacteriana
Bactérias Resistentes
Bactérias Resistentes
 2003- EUA- Acinetobacter baumannii, que
contaminou 700 soldados entre 2003 e
2007
KPC
 KPC- foi descrita e isolada pela primeira
vez em um hospital da Carolina do Norte,
nos Estados Unidos, em 2001.

 2003- O primeiro surto KPC, em Nova


York- 47% dos pacientes afetados
morreram.
KPC
KPC
 EUA,Israel, China e França.

 Em 2005, foi registrado o primeiro caso no


Brasil.
KPC
 Últimos anos - Surto de KPC - Paraná e
no Distrito Federal.
MDM-1
 2010- India
MDM-1(metalo-beta-lactamase 1 de
Nova Delhi)- “turismo médico”

_infecções respiratórias- pacientes


imunocomprometidos
Legislação
 RDC 20/2011 -antibióticos

 PORTARIA N° 2.616, DE 12 DE MAIO DE


1998- controle da infecção hospitalar.
Resistência Bacteriana
Constitutiva
 Espécies intrinsecamente resistentes
 Pseudomonas aeruginosa
 Acinetobacter baumanni
 Stenotrophomonas (Xanthomonas) maltophilia
 Enterococcus

Cromossômica
Adquirida
Plasmidial
 Aquisiçãode genes
 Mutação de genes já existentes
Aquisição de Mecanismos de Resistência

 As
bactérias
podem
desenvolver
resistência
através de:
mutações
ou recombinações gênicas.
Principais Mecanismos de resistência

 Produção de enzimas que:


 destroem os antibióticos
 modificam a droga inativando-a;

Alteração na permeabilidade
da membrana:
 impedindo a entrada da droga,
 expelindo a droga para fora da célula (Efluxo)
 Modificando os alvos de ligação da droga
ribossomos
membrana celular
Antibióticos: cronologia do desenvolvimento e
do surgimento da resistência
O que fazer?????????

Uso racional dos


antimicrobianos
ANTIBIÓTICOS
 B-Lactâmicos
 Macrolídeos

 Tetraciclinas

 Cloranfenicol

 Sulfonamidas

 Aminoglicosídeos
 Quinolonas...
Mecanismos de Ação dos antimicrobianos

1. Interfere com a síntese da parede


celular causando lise osmótica
(β–lactâmicos e Glicopeptídeos).

2. Impede a síntese de proteínas a nível de


ribossomo
(Aminoglicosídeos, Lincosamidas,
Tetraciclinas, macrolídeos, Cloranfenicol,
Estreptograminas, Oxazolidinonas).
3. Inibe as funções das enzimas envolvidas
com a síntese de DNA:

 por inibir as topoisomerases e as dna


girases (Quinolônicos);
ao bloquear a síntese de folatos (cofator
para a síntese de DNA;
Sulfonamidas, Trimetoprim)
 por clivar as fitas de DNA em condições
anaeróbicas ou microaerófilas
(Metronidazol)
por inibir a síntese de RNA ao inibir a
RNA polimerase (Rifampicina).

4. Alterar a membrana plasmática causando


extravasamento do conteúdo celular
(Polimixinas, daptomicina)
Penicilinas

Cefalosporinas

Carbapenêmicos

Monobactâmicos

Cefamicinas
PENICILINAS

 1928-Alexander Fleming- Penicillium notatum

 1940-Produziram
 PENICILINA G

_Inativada pelo suco Gástrico

_Absorção irregular

_Ligação as Proteínas Plasmáticas-60%


_Pouca distribuição no Líquor, Humor
aquoso, Próstata
 PENICILINA V

_Não inativada pelo suco gástrico

_Administrada via oral


 AMPICILINA

_ Semi-sintética

_Resiste ao suco gástrico


 AMOXICILINA

_ Semi-sintética

_Resiste ao suco gástrico


_Maior absorção que a ampicilina e não tão
afetada pelos alimentos

_Absorção 75 a 90%
 METICILINA

_Semi-sintética

_Inativada pelo suco gástrico


 NAFCILINA

_ Semi-sintética

_Resiste ao suco gástrico

_Absorção 20%
 OXACILINA

_ Semi-sintética

_Resiste ao suco gástrico

_Absorção 30%

_Alimento interfere
Mecanismo de Ação
Espectro de Ação
_Benzilpenicilinas e Penicilina V

Gram positivas
 Ampicilina e Carbenicilina

Também Bacilos Gram Negativos


Resistência as Penicilinas
 _Inativação pelas Betalactamases-
Estafilococos e Gram negativas
_Redução da Permeabilidade

_Alterações conformacionais nas PBP

_Tolerância
Usos Terapêuticos
 Estreptococos
Reações Adversas
_Reações Alérgicas(1 a 10% dos pacientes)
Interações e Associações
Medicamentosas
Probenecida
retarda excreção
 ÁCIDO CLAVULÂNICO

_Inibe betalactamases
Contra-indicações
_Gestantes e Lactentes

_Alérgicos
CEFALOSPORINAS
 Cephalosporium
acremonium
Classificação e Espectro
Cefalosporinas 1ª Geração
 Gram + (produtores S. aureus enzimas)

 Listeria

 Corynebacterium
Cefalosporinas 2ª Geração
 Menos ativos em GRAM +

 Haemophilus influenza

 Não age em pseudomonas


Cefalosporinas 3ª Geração
 Bacilos GRAM – aeróbios

 Enterobactérias

 Pseudomonas

 Neisseria
Cefalosporinas 4ª Geração
Farmacocinética
Mecanismo de Ação
 Infecções por GRAM + pacientes
sensíveis à penicilina.

 Bacilos GRAM –

 Infecções Graves

 Profilaxia em cirurgias
Efeitos Colaterais
 Irritação local

 Hipersensibilidade
Interações
 Alcool- efeito Dissulfiram
CARBAPENÊMICOS
 Imipinem

 Meropenem
 Imipinem

_Streptomyces cattleya
 Espectro mais amplo

 Sofre grande metabolização por


desidropeptidase-1(túbulos renais)
 Cilastatina

_inibidor da desidropeptidase-1

_Protege o rim da toxicidade renal


 Farmacocinética Imipinem

_parenteral

_eliminado na urina
Mecanismo de Ação
Espectro:
_Gram+
_Gram –
_Anaeróbios

S. Faecium resistente
Resistência

-Induzem Betalactamases

-Inativado Pseudomonas multophila e


Bacterioides fragilis

-Redução da permeabilidade-Serratia
mascescens e Enterobacter cloacae
Efeitos Adversos
 Hipersensibilidade

 Distúrbios TGI

 Convulsões
 Meropenem

_Não sofre ação da desidropeptidase renal

_É mais ativo em GRAM-


MONOBACTÂMICOS
Astreonam
Antibióticos fracos

Sintético
Gram –
Pseudomonas
Estável B-lactamases
 Não absorvido TGI

 Só atinge GRAM- aeróbicas

 Reações semelhantes ao outros B-


Lactâmicos
CEFAMICINAS

 semelhantes às cefalosporinas
 Elas são produzidas pelas actinobacterias
 Membros do grupo:

Cefotetam
Cefmetazole
Latamoxef
Principal representante: Vancomicina

1956- Streptomyces orientalis

Bactericida: inibe a síntese de parede


celular

infecções graves por Gram +


FARMACOCINÉTICA:

Não é absovida pelo TGI

Irritante por via IM, só por via IV

Distribui-se amplamente
T1/2 plasmática=6h

Meninges normais não alcança o Líquor

Liga-se 10% as proteínas

Excretada na urina na forma inalterada


MECANISMO DE AÇÃO:

Inibe a síntese de fosfolípideos da


menbrana

Inibe a polimerização do
peptidoglicano.
 ESPECTRO DE AÇÃO:

 Ativa contra cocos gram+


 Resistentes à penicilina G e
Meticilina
 S.faecalis(Bacteriostático)
 Bacilos gram+
ESPECTRO DE AÇÃO:

 São resitentes a vancomicina:

_Gram neg. (Exceto algumas Neisseria


spp)
_Micobactéria
_Fungos
TOXICIDADE:
 Ototoxicidade
 Nefrotoxicidade
 Reações alérgicas
 Náusea
 Prurido
 Rubor e dor no local
INDICAÇÃO:

Infecções graves por Gram+


Estafilococos meticilina resistentes
Endocardite(S. faecalis)
 Teicoplanina

_ Europa- tratamento de infecções por


germes Gram-positivos.
_Efeitos colaterais:
febre
calafrios
flebites
síndrome do pescoço vermelho
leucopenia
ototoxicidade
INTRODUÇÃO

Obtida de Streptomyces erythreus


em 1952(Eritromicina).

Mais recentes: claritromicina e


azitromicina...
MECANISMO DE AÇÃO

Inibição da síntese protéica

Ligação à 50s
MECANISMO DE AÇÃO
ESPECTRO DE AÇÃO

Eritromicina: Semelhante à penicilina


(pacientes sensíveis). Mais efetiva
contra G+

Outros (menos contra G-):


Azitromicina age contra Toxoplasma
gondii)
ESPECTRO DE AÇÃO
 Mycoplasma

 Legionella

 Chamydia trachomatis

 Helicobacter

 Micobactérias
RESISTÊNCIA

 Metilação do receptor rRNA sobre a


unidade 50S

 Esterase-hidrólise do anel lactônico

 Redução da permeabilidade
QUÍMICA
FARMACOCINÉTICA

Age melhor em pH básico

Destruida pelo ácido gástrico

Boa distribuição exceto no Cérebro e


LCR
FARMACOCINÉTICA
Atravessa placenta;
Excretado na Bile(fezes);
5% urina
Excretado no leite materno.
REAÇÕES ADVERSAS

 Efeitos Gastrointestinais

 Toxicidade Hepática-Hepatite
colestática(Hipersensibilidade)

 Surdez transitória (idosos)


1991

Maior espectro e maior


penetração nos tecidos
FARMACOCINÉTICA
 È mais estável em pH ácido
 Antiácidos e alimentos diminuem a
absorção
 Boa distribuição exceto no LCR
 Meia vida – 2 a 4 dias
FARMACOCINÉTICA

 Metabolismo hepático

 Excreção biliar

 Ligação as proteínas plasmáticas 51%


USOS CLÍNICOS

 Paciente com mais de 16 anos


 Alternativa- Eritromicina
 S.pyogenes,S.aureus e S.agalactiae
 Pneumonias-S.pneumoniae e
Haemophilus
 Chlamydia
 Mycobacterium avium e toxoplasmose
portadores de HIV
 Alimentos não reduzem a
Biodisponibilidade

 Boa distribuição

 Biotransformação hepática-14-OH
 Eliminação renal e não renal

 Distúrbios no TGI

 Cefaléia
 Espectro de ação símile a eritromicina
 Boa absorção e distribuição
 96% ligado as proteínas
 T1/2=8 a 13h
 Excretada pricipalmente pelas
fezez(>50%)
 Excretada no leite
 Distúrbios TGI
 Alterações no Hemograma
 Aumentam bromocriptina e
ciclosporina
 Ergotismo(Alcalóide do Ergot)
 Indutores
 Inibidores
 Espectro semelhante a Eritromicina e
Clindamicina
 Resistência cruzada com Eritromicina
 Absorção irregular(20-50%)
 Boa distribuição
 Conc. Altas no aparelho respiratório
 Produz metabólitos mais ativos
 Bacteriostático
 Sofre biotransformação
 Uso-Infecções do trato respiratório
 Causa distúrbios no TGI,superinfecção
e fenômenos anafiláticos.
 Anticoncepcionais podem causar
icterícia e prurido
Aminoglicosídeos

 1944- Waksman- Estreptomicina-


Estreptomyces griseus - Tuberculose
Aminoglicosídeos
 Mecanismo de ação

_bactericida

_ inibe a síntese de proteínas (30s)


Aminoglicosídeos
Aminoglicosídeos
 Farmacocinética

_não absorvidos via oral

_eliminação mais renal


Aminoglicosídeos
 Reações de hipersensibilidade
 Agranulocitose
 Nefrotoxicidade
 Ototoxicidade
 Neurotoxicidade (bloqueio neuromuscular)
Aminoglicosídeos
 Espectro de ação:

_ bacilos aeróbios gram negativos

_micobactérias e protozoários
 bactérias Gram-negativas aérobias, como
Pseudomonas, Acinetobacter e
Enterobacter.
 Antibióticos de amplo espectro

 Ação bacteriostática , bactericidas em


altas concentrações.

 Inibem a pepdiltransferase

 Cloranfenicol e Tianfenicol
INTRODUÇÃO
Foi isolado pela primeira vez do
fungo Streptomyces venzuelae (solo)
(1947

Síntese química total em 1949.


Tratamento do tifo. Discrasias 1950

Hoje é todo sintetizado

Bacteriostático de amplo espectro:


G+, G- e ricketsias
QUÍMICA
RESISTÊNCIA
Produção de acetil transferases
(acetilação) através do plasmídeo R
(resistência a outras drogas: tetrac.,
estreptomic. e etc.)

Tianfenicol: SO2CH3 ao invés de p-


NO2 (depressão medula)

Natureza neutra e bastante


lipossolúvel
 Mutantes resistentes são menos
permeáveis ao fármaco.

 Através de plasmídio por conjugação

 Sem resistência cruzada


MECANISMO DE AÇÃO

Inibição da síntese protéica: liga-se à


sub-unidade 50s do ribos. Bacteriano

Fase de transpeptidação
(peptidiltransferase)
 Espectro

_Bacteriostático para muitas bactérias


_A maioria das gram-positivas e gram-
negativas
_Bactericida para:Haemophilus
influenzae , Neisseria
meningitidis,Streptococcus
pneumoniae
FARMACOCINÉTICA
Facilmente absorvido por via oral

Se distribui amplamente: atinge com


facilidade o SNC

Ligação às PP de 30 a 50%. A T ½ é
de cerca de 2 horas

10% excretado na forma ativa e 90%


conjugado no fígado (C/AG)
FARMACOCINÉTICA

 Adm. Oral rápida e completa.


 Boa distribuição (inclusive no LCR e
SNC).
 Concentração no tecido cerebral pode ser
igual a do soro.
 50 a 60% Ligados a proteínas
 t1/2 - 4 h
INDICAÇÕES
Deve-se levar em conta a relação
custo/benefício

Meningite onde não se usa penicilina

Infecções oculares
 Salmonelose(febre tifóide e paratifóide)
 Haemophilus(pneumonia)
 Meningite
EFEITOS INDESEJÁVEIS
Depressão da medula óssea

Anemia, leucopenia e ou
pancitopenia
Alguns animais são mais sensíveis
(irreversível)

Imunossupressão
EFEITOS INDESEJÁVEIS

Superinfecção (germes resistentes:


fungos)

Hipersensibilidade: rara

Síndrome do “bebê cinzento”: pele e


mucosas cianóticas. Deficiência de
glucoronil tranferase
EFEITOS INDESEJÁVEIS

 Distúrbios Gastrointestinais(náuseas,
vômitos, candidíase)

 Distúrbios da Medula Óssea(Distúrbios na


maturação dos eritrócitos)

 _Aparecimento de eritrócitos nucleados,


anemia(reversível)

 _Anemia aplástica, ↑ Ferro sérico


CONTRA-INDICAÇÕES

 Gestantes e Lactentes
NOMES COMERCIAIS:
_Quemicetina(Searle)-Cinamato
de cloranfenicol
_Farmicetina(Pharmasia Brasil)-
Estearato e Palmitato
_Sintomicetina(Medley)-
Hemissucinato de Cloranfenicol
_Obtido por Modificação Molecular
_CH3SO2 em lugar do NO2
_Atividade similar ao Cloranfenicol
_Mais Bactericida contra
Haemophilus e Neisseria
_Efeitos semelhantes ao
Cloranfenicol
_Mais Bactericida p/ Haemophilus e
Neisseria
_Efeitos semelhantes ao
Cloranfenicol
_Espécies resistentes ao
cloranfenicol podem ser sensíveis
ao TIAN
_Depressão maior da Medula Óssea
_Excretado no Leite
_Atravessa placenta
_70%(inalterado)-Urina
_Restante(Bile e Fezes)
NOMES COMERCIAIS:

_GLITISOL(Zambon)
INTRODUÇÃO

Antibiótico de amplo espectro

Primeiros representantes isolados de


Streptomyces aureofaciens e S. rimosus:
Clortetraciclina e Oxitetraciclina

As mais recentes são semi-sintéticas


COMPONENTES DO GRUPO

Clortetraciclina

Oxitetraciclina

Tetraciclina (obtida da clortetracilcina)

Demeclociclina

Metaciclina

Doxiciclina
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

Caráter anfótero (grupos ácidos e básicos)

Propriedades quelantes: complexa-se com


Fe, Ca, Mg e Al

Incompatível com leite e derivados, anti-


ácidos e etc.
EFEITOS INDESEJÁVEIS

Uso crônico: danos à flora do TGI


(diarréia)

Dor/irritação: IM, irritação gástrica,


flebite por irritação

Danos ao esmalte do dente (uso


prolongado)
EFEITOS INDESEJÁVEIS

Manchas nos dentes, hipoplasia dentária


e deformidades ósseas em fetos e
lactentes

Contra-indicado para gestantes e


“lactantes”
 Lincomicina e Clindamicina
 A lincomicina foi isolada do micro-
organismo de solo Streptomyces
lincolnensis

 clindamicina é um antibiótico amplamente


utilizado, que possui melhor atividade e
maior absorção por via oral.
Clindamicina derivada da lincomicina

 ativo contra estafilococos


resistentes penicilina e anaeróbios
(Bacteroides)

Age por inibição da síntese protéica


como cloranfenicol e macrolídeos
(50S)
 topicamente utilizado para o tratamento de
acne
FARMACOCINÉTICA:

Bem absorvida via oral(90%)

Alimento não interfere na absorção


como acontece com a licomicina

Distribui-se amplamente nos tecidos


e fluidos.
FARMACODINÂMICA:

 Inibe a síntese proeica(50S)

 Interfere na transferência peptídica

 Bacteriostático

 Gram+ e Gram- anaeróbios


 Gram- aeróbios são resistentes
 Derivado da rifamicina

 Inibidor da RNA polimerase

 Bloqueia a transcrição bacteriana


 Inibe síntese de RNA

 Micobactérias, pfx de dç meningocócica

 Reações cutâneas

 alterações hepáticas

 Contra-indicada em hepatopatas graves


Bacillus anthracis

SULFONAMIDAS Brucella
Calymmatobacterium granulomatosus
Corynebacterium diphteriae
Haemphilus influenzae
Pseudomonas pseudomallei
Streptomyces pneumoniae
Streptomyces pyogenes
Espectro de ação
Vibrio cholerae
Yersinia pestis
Actinomyces
Chlamydia trachomatis
Nocardia spp
Plasmodium falciparum
Toxoplasma gondii
Escherichia coli
Paracoccidioides brasiliensis
MECANISMO DE AÇÃO
SULFONAMIDAS
• Antagonistas metabólicos competitivos do ácido p-amino
benzóico (antimetabólitos do PABA).

• Interferem na síntese do ácido fólico e conseqüentemente


do DNA.

H2N COOH

PABA

Reconhecimento pela
H2N SO2NH2 enzima
diidropteroato
SULFANILAMIDA sintase
MECANISMO DE AÇÃO

: Substâncias produzidas pelo organismo que servem de substrato para uma determinada via
metabólica.
ANTIMETABÓLITO: Substância que antagoniza um metabólito essencial.
Síntese do DNA

PABA
diidropteroato sintase
SULFONAMIDAS

ÁCIDO DIIDROFÓLICO
diidrofolato
redutase
ÁCIDO TETRAIDROFÓLICO

SÍNTESE DO TIMIDILATO
PABA
Essencial na síntese do
DNA ácido fólico
EFEITOS ADVERSOS
Cristalúria
CONTRA-
Hipersensibilidade INDICAÇÕES
Discrasias sanguíneas
(leucopenia-
agrunalocitose-anemia Gravidez
hemolítica)
Lactação
Síndrome de Stevens-
Johnson Menores de 1 mês de
Náusea, vômito, dor idade
de cabeça
Anemia
megaloblastica
Histórico
 Década de 60
_1o membro da classe: Ác. Nalidíxico

 Década de 70
_Ác. Oxolónico, Cinoxacino, Ác. Piromídico, Ác.
Pipemídico

 Década de 80
_Fluoroquinolonas
Fluoroquinolonas
H

F. Trovafloxacin

Fluoroquinolonas
Mecanismo de Ação
 Interferência na síntese do DNA
bacteriano, através da inibição de 2
enzimas:
 DNA- girase (Gram (-))
 Topoisomerase IV (Gram (+))

 Responsáveis pelo controle do processo de


divisão, reunião de novas cadeias e
enovelamento do novo DNA durante a
replicação
Fluoroquinolonas
Mecanismos de Resistência
 DNA-girase modificadas que não sofrem ação
pelas drogas

 Modificação dos canais porínicos da


membrana externa das bactérias--> menor
difusão da droga

 Mecanismo de efluxo: retirada ativa da


droga do meio intracelular
Fluoroquinolonas
Efeitos colaterais

 Comuns: náuseas, vômitos, diarréia e dor


abdominal

 Hipersensibilidade: urticária, eosinofilia,


erupções maculo-papulares e febre

 Tendinite e ruptura de tendões (pefloxacino)


 Lesões articulares
Fluoroquinolonas
Classificação

1a Geração  Ác. Nalidíxico


 Ác. Pipemídico

 Ação sobre enterobactérias


 Limitada ação anti-Pseudomonas
 Ausência de atividade contra Gram (+)
 Baixa difusão tissular
 Ação terapêutica: vias urinárias e intestino

Fluoroquinolonas
Classificação
• 1o Grupo: Norfloxacino, lomefloxacino,
2a enoxacino (VO)
Geração • 2o Grupo: Ciprofloxacino, ofloxacino, pefloxacino
(VO,EV)

• Elevada potência antimicrobiana contra cocos e bacilos


Gram (-)
• ação anti-Pseudomonas
• Boa difusão tissular (concentração sistêmica: exceto
norfloxacino)
• 2o Grupo: alta penetração intracelular (atípicos)

Fluoroquinolonas
Classificação

3a • Levofloxacino, Gatifloxacino,
Geração Moxifloxacino, Grepafloxacino,
Esparfloxacino

• Ação contra Gram (-) e Gram (+) (estreptococos hemolíticos,


pneumococo e bactérias atípicas)

• Pequena ação anti-Pseudomonas

• Gatifloxacino e Moxifloxacino: ação contra alguns anaeróbios de pele e


vias aéreas
Fluoroquinolonas
Classificação

• Trovafloxacino
4a
• Clinafloxacino
Geração
• Sitafloxacino

• Ação contra anaeróbios, incluindo os componentes


do grupo do Bacteroides fragilis e outros anaeróbios
intestinais

Fluoroquinolonas
Espectro de Ação
1a Geração 2a Geração 3a Geração 4a Geração
Ác. Nalidíxico Norfloxacino Ofloxacino Levofloxacino Trovafloxacino
Ác. Pipemídico Lomefloxacino Pefloxacino Gatifloxacino Clinafloxacino
Cinoxacino Enoxacino Ciprofloxacino Esparfloxacino Sitafloxacino
Grepafloxacino
Atividade microbiológica
Enterobactérias Enterobactérias Enterobactérias Enterobactérias Enterobactérias
P. aeruginosa P. aeruginosa P. aeruginosa P. aeruginosa
Atípicos Atípicos Atípicos
Estafilococos Estafilococos Estafilococos
Estreptococos Estreptococos
Anaeróbios

Fluoroquinolonas 193
Espectro de Ação
 Ciprofloxacino- mais potente contra P.
aeruginosa

 Quinolonas de 3a e 4a G agem contra


estreptococos em baixas concentrações

Fluoroquinolonas
Espectro de Ação
 Pouco ativas contra os enterococos

 Quinolonas de 3a e 4a G têm elevada potência


contra microorganismos atípicos (micoplasma,
clamídia e legionelas)

 Micobactérias (M. tuberculosis, M. leprae, M.


avium-intracellulare): Ciprofloxacino e Ofloxacino

Fluoroquinolonas
Indicações Clínicas
 Infecções urinárias complicadas e não
complicadas
 Prostatites
 Uretrite e cervicite gonocócica
 Infecções Gastrointestinais
 Osteomielite
 Infecções de pele e tecidos moles
 Infecções respiratórias
Fluoroquinolonas
 2000- Linezolide
 agente bacteriostático

 amplo espectro de ação e atividade frente


a bactérias resistentes a outros
antibióticos que inibem a síntese de
proteínas.
 linezolida liga-se à subunidade 50S
ribossomal

 linezolida apresenta boa atividade frente


bactérias Gram positivo.
 Restrito a estafilococcias multi-resistentes

 Gosto metálico

 Não usar em grávidas, crianças (< 5 anos)


e nutrizes.
 Streptomyces pristinaespiralis

 utilizadas oralmente no tratamento de


infecções por bactérias Gram positivo

 inibição da síntese protéica bacteriana -


50S
 quinupristina e dalfopristina- via
intravenosa
 A ligação protéica é de 90% e apresentam
altas concentrações em macrófagos
 A meia-vida é de 1 a 2 horas

 metabolização ocorre predominantemente


no fígado (63%) e a eliminação é por via
biliar. A excreção renal ocorre apenas em
15 a 19% dos casos.
 infecções causadas por estafilococos
resistentes à oxacilina (ORSA)

 estafilococos com sensibilidade diminuída


ou resistentes à vancomicina. (VRSA)
 infecções por enterococos- E. faecium
resistentes à vancomicina
 produz intensa dor, inflamação e graves
flebites
 Também podem ocorrer náuseas, vômitos
e diarréia.

 Artralgia e mialgia
 elevação de creatinina

 trombocitopenia, anemia, eosinofilia,


aumento de gama glutamiltransferase

 hipercalemia, hiperfosfatemia,
hipocloremia e hiponatremia.
 Daptomicina- aprovado em 2003- Gram +

 Streptomyses roseosporus

 Desorganização na membrana da bactéria


 Daptomicina

_mecanismo de ação: consiste na ligação à


membrana celular bacteriana levando à
rápida despolarização do potencial de
membrana
_ inibição da síntese de proteínas, DNA e
RNA, além do extravasamento de
conteúdo citoplasmático e morte
bacteriana
 meia-vida de 8 horas

 ligação protéica de 92%

 eliminação é predominantemente renal


(78%).
 principal indicação -infecções causadas
por estafilococos resistentes à oxacilina e
enterococos.
 bactérias resistentes à vancomicina e
linezolida.

 a daptomicina é inativada pelo surfactante


pulmonar, não podendo dessa maneira
ser utilizada no tratamento de pneumonia.
 efeitos colaterais:

_mialgia, artralgia e fraqueza muscular


distal.

_creatinofosfoquinase
Novas Perspectivas
 Guimarães (2010)

_Atualmente, há apenas cerca de três


compostos antibióticos com novos
mecanismos de ação em estudos pré-
clínicos, sendo que estes compostos são
de amplo espectro para micro-organismos
Gram positivo ou para infecções do trato
respiratório.
 tigeciclina - pertecente à classe das
tetraciclinas, foi recentemente lançada no
mercado pela indústria Wyeth.
 derivados glicopeptídicos dalbavancina
telavancina e oritavancina ainda estão
sendo submetidos a estudos clínicos.
 A telavancina e oritavancina atuam na
peptídeoglicano da parede celular
bacteriana.

 O antibiótico β-lactâmico ceftobiprol está


em estudos clínicos
 Dois novos macrolídeos, telitromicina ,
lançada no mercado, e cetromicina , em
estudos clínicos

 iclaprim está em estudos clínicos e atua


na inibição da di-hidrofolato redutase.
 O antibiótico policíclico abissomicina C foi
isolado de uma actinobactéria e atua
inibindo a síntese do ácido p-
aminobenzoico
 As marinomicinas macrolídeos foram
isoladas da actinobactéria marinha

_atividade - Staphylococcus aureus


resitente à meticilina e Enterococcus
faecium resistente à vancomicina
 bactérias gliding - mecanismos de ação -
inibição da síntese proteica, inibição de
RNA polimerase e interferência na síntese
da parede celular.
 Estudos químicos das bactérias isoladas
da pulga Ceratophyllus sp. e do intestino
da larva da libélula Ceoenagrion sp.
 Peptídeos antimicrobianos foram isolados
do conteúdo estomacal de pingüins rei
(Aptenodytes patagonicus) e da hemolinfa
de formigas búfalo oriundas da Austrália
(Myrmecia gulosa).
LABORATÓRIO DE
MICROBIOLOGIA
Testes de Sensibilidade a
Antimicrobianos
 Avaliação da sensibilidade do patógeno que está
causando infecção aos antimicrobianos que podem
ser utilizados para tratamento da infecção

 Avaliação da atividade in vitro dos


antimicrobianos que podem ser utilizados
clinicamente contra o patógeno isolado

Helio Sader - LEMC


Teste de sensibilidade aos antimicrobianos

Seleção dos antibióticos

 Laboratório Clínico

 Infectologistas

 Comissão de Infecção Hospitalar

 Comissão de Controle de
Antimicrobianos

 Farmácia
TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS

METODOLOGIAS

 DISCO DIFUSÃO
 AUTOMATIZADOS
 Etest®
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Procedimento

Inóculo
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Procedimento

Inoculação
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Procedimento

Inoculação


Teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Procedimento
Incubação

 Temperatura 35oC

 Atmosfera atm ambiente

exceção Haemoplilus spp., N. gonorrhoeae e


estreptococos

CO2
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Procedimento

Inóculo
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM ÁGAR

Princípio do método
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos


Etest®

Helio Sader - LEMC - UNIFESP


Etest
Etest

LEMC

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