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Universidade de Mato Grosso do Sul

PLATÃO: MUNDO DAS IDÉIAS

Sendo o mundo das sombras, o conhecimento sensível enganador, por sua imagem
refletida.
Platão em sua juventude, se encontra com Sócrates, tornando assim seu discípulo.
Certamente, o seu foco antecedente a este encontro era pela vida política. Contudo,
após a morte de Sócrates, isso mudou. Com efeito, que sua condenação foi resolvida
injustamente pela Cidade-Estado, chamada de polis por acusações tais como: o mesmo
não reconhecia os deuses do Estado, mostrando um certo “desprezo” pela fé; de
introduzir novas divindades e corromper a juventude. Com tais repreensões, Platão dá
ao desgosto sobre esta militância política, em princípio, voltando a filosofia da educação
dos homens. Onde encontra problemas na polis, sobre a ética e política, disto fundou-se
a academia, para então dar tais ensinamentos.
Este encontro, se dá ao início de suas obras, sendo diálogos de situações em que
mostra Sócrates como o personagem principal. Persuadindo homens, sendo jovens ou
idosos indagando sobre seus saberes. Abordando temas como epistemologia, política,
estética, ética, metafísica, entre outros. As doutrinas escritas nestas obras, seria a forma
de Platão por meio de Sócrates, expor seus pensamentos, e assim, a filosofia platônica.
Conforme, essa filosofia, foi uma das mais influenciadas na história do pensamento
ocidental.

E nisto, para ilustrar esse pensamento. Platão, em um formato de diálogo descreve a


alegoria da caverna ou mito da caverna, que seria então (figura 2) prisioneiros em uma
caverna subterrânea retratando o mundo físico, do mesmo modo, o sensível. Mas, tem
uma entrada ao lado oposto de onde os acorrentados têm visão, com isto, tendo uma
abertura para a luz da fogueira e também do sol que reproduz sombras das quais são as
coisas verdadeiras, que estão ao lado de fora da habitação subterrânea são
reproduzidas. A sombra, efetivamente, está ao modo ontológico, e assim, não passam
de uma certa aparência das coisas sensíveis e a luz simbolizando a Idéia do Bem. O lado
de fora, mostra-se o suprassensível e o muro é o divisor entre esse dualismo do mundo
sensível e o mundo das ideias.

A suposição seria que um desses prisioneiros, ou também chamado de ser, com um


trabalho árduo, consegue virar-se completamente. Tendo assim a visão da entrada, essa
virada seria a conversão da alma, movida por si mesma. Efetivamente, sendo imortal
O destaque está na alegoria da caverna, e consiste em um dos principais
com isso, conseguindo então sair desse mundo visível e ir ao mundo inteligível.
fundamentos do pensamento filosófico, presente no diálogo A República.
Contudo, a visão acostumada com as sombras, haveria a cegueira da luz e voltaria assim
Apresentando então as Idéias, o ser por ele mesmo ou o que o termo se expressa
ao fundo da caverna, dando a regressão desse ser que corrompe os outros a se libertar -
de “formas”, é explicito somente na dimensão espiritual das nossas almas, sendo
se fosse o que os outros iriam querer, entretanto, a uma negação para esta saída -. O
então algo imutável, incriado, homogêneo e eterno aos juízos de critério crítico do
motivo que corrompe, é o mal e ainda por si o destrói.
conhecimento verdadeiro, portanto, não são encontrados no físico, devem então
ser procurados no metafisico (figura 1). Dando ao nome de Mundo das Idéais e ao
oposto disto, está o Mundo sensível, em que os objetos são passageiros,
caracterizados pela mutabilidade e ilusórios. Este último é o mundo das
Diálogos / Platão ; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha ; tradução e notas de José Cavalcante de
aparências, das cópias imperfeitas daquilo que se encontra no Mundo das Ideias Souza, Jorge Paleikat e João Cruz Costa. — 5. ed. — São Paulo : Nova Cultural, 1991. — (Os pensadores)
Krastanov, Stefan Vasilev Metafísica I / Stefan Vasilev Krastanov – Batatais, SP : Claretiano, 2013.
que, por sua vez, é o mundo da Episteme (verdades) e o Mundo Sensível o mundo DROZ, Geneviève. Os mitos platônicos. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1997.
traçado pela doxa (opinião), através do qual, portanto, não se atinge a verdade.

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