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Administração de

Estoques e Almoxarifado

O Impacto das Políticas e


Técnicas de Gestão na
Eficiência da Operação e no
Serviço aos Clientes

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Logística: uma área de conhecimento em alta

 “A logística, enquanto campo de conhecimento é uma


área nova. Desta forma não se encontra alguém com
20 anos de experiência em logística como um todo”...
 “A demanda por bons profissionais é maior que a
oferta”
Paulo Sarti, diretor de Operações e Marketing da Penske Logistics

 “Mais do que nunca, o custo da logística pode fazer a


diferença entre uma empresa que ganha mais ou
menos dinheiro”
Luiz Wever, sócio-diretor da Ray & Berndtson

(Fonte: Revista Tecnologística Fev/2007)


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Importância Estratégica da Logística
 Quatro objetivos básicos para uma empresa
competitiva:
1. Prover o melhor serviço ao cliente.
2. Prover os mais baixos custos de produção
3. Prover o menor investimento em estoques
4. Prover os menores custos de distribuição
Tony Arnould (1998)

 A Logística está presente direta ou


indiretamente em todos estes objetivos

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Custos Logísticos
 No Brasil os custos logísticos Composição do Custo
representam Logístico no Brasil
aproximadamente 20% do 4% 5%
PNB.
 Cerca de USD 105 bilhões por
ano (dados de 2001)
 Na indústria os custos
logísticos podem variar entre 31%
10% a 32% do faturamento
bruto 60%
 Armazenagem e Manutenção
de Estoques representam
36% dos custos logísticos no
Administração Armazenagem
Brasil
Estoque Transporte

Fonte: Panorama CEL/COPEAD – Custos Logísticos no Brasil, 2006 6


Proposta da Logística Integrada

Logística
Distribuição
Almoxarifado PCP Compras
Física

 Quebrar os Muros de Separação.


 Integrar as atividades em um único processo.
 Melhorar o fluxo de informações que é fundamental no processo
logístico.
 O nível de serviço ao cliente e os custos globais dependem da
integração das funções compras, planejamento, estoques,
armazenagem, transportes e processamento de pedidos.
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Desdobramento da Cadeia Utilizando o Conceito
de Logística Integrada
 Identificação da Demanda
 Planejamento das Necessidades
 Seleção e Qualificação de Fornecedores
 Compras
 Transportes
 Recebimento e Armazenagem
 Movimentação Interna
 Armazenagem de Produto Acabado
 Distribuição Física

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Fundamentos da
Administração de
Estoques
 A Importância dos Estoques
 Porque são necessários os Estoques?
 Objetivos da Administração de Estoques
 Custos Envolvidos na Administração de Estoques

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A Importância dos Estoques

 “Todo erro gerencial acaba gerando estoque”


(Michael C.Bergerac – Pres. Executivo da Revlon, Inc.)

 Dilema da Administração de Estoques:


 “Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas
nunca podemos ser pegos com algum estoque”.
(Ballou, 1993)

 A importância dos estoques deriva do fato de eles


serem necessários para assegurar a disponibilidade de
mercadorias, mas ao mesmo tempo representam
20% a 60% dos ativos totais de uma organização.

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Finalidades dos estoques Problemas gerados pelos
 Melhoram nível de serviço
estoques
 Incentivam economias na  Consomem capital
produção  Encobrem ineficiências gerais
 Promovem economia de do sistema
transportes  Constituem um potencial de
 Proteção contra alterações perdas por avarias e
nos preços. obsolescência.
 Proteção contra oscilações na  Necessitam de recursos
demanda  Mão de Obra
 Proteção com relação a  Equipamentos para
atrasos de entrega. movimentação e
 Proteção contra armazenagem
contingências: quebras de  Espaço
máquinas, inundações,  Gerenciamento
incêndios, greves, etc.
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Objetivos da Administração de Estoques
 Contribuir para a maximização dos lucros mediante:
 Excelência no atendimento aos clientes.
 Operação da fábrica a baixo custo.
 Investimento mínimo em estoques.
 A Administração de Estoques consiste em estabelecer
um conjunto de regras de modo a permitir:
 Conhecer os itens de estoque de maior importância
 Definir as formas pelas quais os itens devem ser controlados
 Saber quando pedir
 Saber quanto pedir
(Fonte: Tony Arnould, 1999)

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Indicadores de desempenho na administração
de estoques e almoxarifado

“Não é possível melhorar


aquilo que não medimos”
(Joseph M. Juran)
 Um dos oito princípios do Sistema de
Gestão da Qualidade é o da Melhoria
Contínua.
 Os objetivos definem para onde
queremos ir.
 Os indicadores apontam onde estamos
 Motivam ações para a melhoria
contínua

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Alguns indicadores de desempenho relacionados
com a gestão de estoques e almoxarifado
 Nível de serviço do almoxarifado
 Avalia a capacidade do almoxarifado em atender as
requisições de materiais nos prazos acordados
Número de itens atendidos
Nível de Serviço   100
Número de itens requisitad os
 Meta sugestiva: de 95% a 98%
 Dock to stock time
 Tempo decorrido entre o descarregamento da mercadoria até
seu efetivo armazenamento
 Stock outs
 Valor de vendas perdidas por falta de estoque de
mercadorias
 Pode ser expresso em moeda corrente ou em % em
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relação ao faturamento total
 Acurácia de inventário
 Mede a precisão entre saldos físicos e contábeis
Número de itens corretos
Acurácia   100
Número de itens inventaria dos
 Meta sugestiva: de 95% a 99%
 Taxa de ocupação volumétrica
 Mede a relação entre o volume efetivamente ocupado e a
disponibilidade cúbica do armazém
 Avalia a eficiência do lay-out e do sistema de armazenagem

Volume útil de armazenage m (m 3 )


Txocupação   100
Volume total do armazém

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 Custos de movimentação e armazenagem
 Avalia o custo total do warehouse em relação ao faturamento
Custo do warehouse no período
Custo Armaz   100
Faturamento no período
 Giro de estoques
 Mede o índice de renovação do estoque
 Relaciona o volume médio de estoque em um período com o
consumo de material no mesmo período
 Normalmente expresso em giros anuais
Consumo mensal  12
# de giros anuais 
Estoque médio mensal

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Algumas Definições
 Estoque de Segurança: quantidade a ser mantida em estoque
em função das incertezas quanto à previsão de demanda ou
quanto aos prazos de entrega.
 Estoque Médio: é a média entre o estoque final e o estoque
inicial em um determinado período (Em=Ei + Ef)/2. Para lote
constante de entrega é o tamanho do lote dividido por 2
(Em=L/2)
 Tempo de Atendimento do Pedido (Lead-time): é o tempo
total decorrido entre a colocação do pedido no fornecedor até o
recebimento da mercadoria na fábrica. No caso de um item
produzido internamente é o tempo entre a colocação da ordem
de produção e a entrada do item no estoque.
 Ponto de Pedido: é a quantidade em estoque na qual um novo
pedido deve ser colocado. É determinado em função do tempo de
atendimento do pedido.
Ponto de Pedido = Consumo Médio * Tempo de Atendimento do
Pedido
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Observações Práticas
 Quanto maior o nível de incertezas em relação à
demanda ou aos prazos de entrega, maior deverá ser
o estoque de segurança.
 Quanto maior o tempo de atendimento do pedido
maior deverá ser o ponto de pedido.
 Quanto maior a freqüência de entregas menor será o
tamanho do lote e o estoque médio, porém maior
será o custo de colocação de pedidos.
 Em caso de aumento de demanda, se mantivermos a
mesma freqüência de entregas estaremos provocando
um aumento do estoque médio.

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Custos Envolvidos na Gestão de Estoques
 Custo do item: Preço pago acrescido de todos os custos para
colocar o item na fábrica (transporte, alfândegas, seguro,
armazenagem intermediária, etc.)
 Custos de estocagem: constitui a soma dos custos de capital,
armazenagem e movimentação (espaço físico, equipamentos,
mão-de-obra, despesas, etc.) e custos de risco (obsolescência,
avarias, furtos, deterioração)
 Custos de Pedidos (ou Custo de Preparação): custos
administrativos para a colocação e recebimento de um pedido
(preenchimento de solicitação de compra e pedido, negociação,
processamento, entrada de dados, recebimento e conferência).
No caso de produção interna são os custos associados à
preparação de um lote de produção (set-up).
 Custo Total de Estoque: definido com a soma dos custos de
estocagem e de colocação de pedidos
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O que é Lote Econômico?

Custo de Colocar Custo de Manter


um Pedido um Item em
Estoque
Ponto de Equilíbrio = LOTE ECONÔMICO

É a quantidade em que o custo de colocar pedidos é


igual ao custo de carregamento de estoque. É
também a quantidade que representa o menor custo
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total
Calculando os Custos de Estoque
 Definições

 cp: custo fixo para colocação de um pedido


ou lote de produção
 ce: custo unitário anual de estocagem; soma
dos custos para manter uma unidade em
estoque

CA: Custo de Armazenagem; é dado pelo L


CA  Ce 

estoque médio multiplicado pelo custo
unitário anual de estocagem. 2
 CP: Custo de pedido; é dado pela
multiplicação do custo para colocação de um DA
pedido pela quantidade de pedidos no ano, CP  cp 
que é a Demanda Anual (DA) dividido pelo
tamanho do lote(L)
L
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Considerações sobre o Lote Econômico
 O lote econômico ou quantidade econômica de pedido é
apenas um dos critérios de decisão referente ao tamanho
de lote
 Sua aplicação baseia-se nas seguintes suposições:
 Demanda relativamente constante
 Produção ou compra em lotes e não de forma contínua
 Custos de pedidos e custos de armazenagem conhecidos e
constantes
 Quando a aplicação do lote econômico não é viável?
 Produção sob encomenda
 Demanda variável e inconstante
 Quando o cliente ou fornecedor especifica a quantidade
 Quando outros fatores limitam o tamanho de lote (p.ex.:
vida útil da ferramenta, turno de trabalho, lote de matéria
prima, etc)
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Fatores que Influenciam o Aumento de
Inventário
 Previsões de vendas otimistas
 Substituições de produtos ou alterações de
engenharia sem levar em consideração estoque de
componentes dedicados, gerando obsoletos.
 Problemas de qualidade podem gerar necessidades de
lotes suplementares
 Desbalanceamento entre etapas do processo
produtivo ou constantes problemas de manutenção
geram estoques intermediários (WIP) indesejáveis

 Deficiências no planejamento de produção


e materiais
 Compras promocionais ou especulativas.
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Técnicas para Redução de Estoques
 Melhorar as previsões de demanda em termos de quantidade e prazos;
 Melhorar a confiabilidade de entregas dos fornecedores (ou produção) em
termos de prazo, quantidade e qualidade, permitindo a redução do Estoque
de Segurança;
 Redução dos custos fixos de colocação de pedido ou de preparação da
produção (set-up);
 Aumentar freqüência de entregas sem aumento do custo de transportes pela
adoção de práticas como “milk-run”, consolidação de cargas, etc;
 Utilizar como um dos critérios de seleção de fornecedores a proximidade
com a planta industrial;
 Manter o local de armazenagem limpo e organizado com aplicação de
técnicas como “housekeeping” e “5S”;
 Implantação dos princípios da “Manufatura Enxuta”, entre os quais: lay-out
celular, redução do tempo de atravessamento, kanban, “one-piece-flow”,
gestão à vista, etc;
 Manter um bom nível de acurácia dos estoques efetuando inventários
rotativos constantes Redução do quadro de fornecedores e estabelecimento
de parcerias;
 Estoque em consignação;
 Manter planos de controle e eliminação de estoques obsoletos;
 Padronização de materiais e embalagens.

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Modelos Utilizados para
Reposição de Estoques

 Método do Ponto de Pedido


 Método de Reposição Periódica
 M.R.P.
 Just-in-time / Kanban
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Introdução
 Toda empresa deve definir em sua política de
gestão de estoques os modelos de reposição
que devem responder as perguntas “quando
comprar” e “quanto comprar”.
 De acordo com o tipo de demanda e outras
características particulares, poderão ser
adotados diferentes modelos de reposição
para cada grupo de materiais.
 Segundo a natureza da demanda as SKU’s
poder ser classificadas em:
 Demanda Independente;
 Demanda Dependente.

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Ponto de Pedido ou “Duas Gavetas”
 O ponto de pedido representa a quantidade em
estoque suficiente para cobrir o consumo durante o
período de atendimento de um novo pedido
 Uma vez cadastrado no sistema, sempre que o
estoque atingir esta quantidade, será emitida
automaticamente uma solicitação de compras
 O Cálculo do Ponto de Pedido é feito pela equação:
 PP = ES+CM*TA, onde:
 ES: estoque de segurança
 CM: consumo médio (normalmente diário)
 TA: tempo de atendimento do pedido
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Just-in-time
Algumas definições:
“Just in time é um neologismo, expressão que em português
significa bem na hora, define um método de produção”.
pt.wikipedia.org/wiki/Just in time
“Técnica de pedidos de estoque com hora certa para que cheguem
antes que o estoque existente termine, economizando assim espaço
e capital. Um benefício adicional do JIT é a redução de desperdício
de estoques quando um processo de produção é mudado”.
dinheiro.hsw.com.br/operacoes10.htm
“Fabricação do que é necessário, quando é necessário e na
quantidade necessária”.
tbmcg.com/pt/about/terminology.php
“Filosofia de manufatura baseada na eliminação de toda e
qualquer perda e na melhoria contínua da produtividade”.
apps.fiesp.com.br/qualidade/mainglos.htm
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Just-in-time
 Filosofia de produção desenvolvida na Toyota Motor Company
na década de 70
 Também conhecido como “Sistema Toyota de Produção”
 Na filosofia JIT a compra ou produção do material antes do
momento necessário para consumo é considerado um
desperdício
 Neste conceito procura-se estabelecer um método de
“produção puxada” onde os materiais somente são repostos
quando existe consumo
 Entre as ferramentas aplicadas figuram os estudos para
redução de tempo de set-up, lay-out celular que otimiza o fluxo
de materiais e reduz a quantidade de material em processo,
melhoria da confiabilidade de equipamentos, controle
autônomo de defeitos e o KANBAN, entre outras.

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Kanban
 Kanban é uma palavra japonesa que significa "etiqueta" ou
"cartão"
 A produção e abastecimento de materiais é orientada pelos
cartões que possuem dados de identificação do material,
quantidade por embalagem, entre outras
 Os cartões funcionam como requisições de material
 Regula internamente as oscilações no fluxo de materiais
 Minimiza as flutuações de estoque entre operações no processo
produtivo
 Descentraliza a gestão de materiais na fábrica
 Regula a produção para apenas o momento necessário nas
quantidades necessária
 Limita a quantidade total de material no circuito

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M.R.P. (materials requirement planning) ou
Planejamento das Necessidades de Materiais
 Técnica que permite determinar as necessidades de compras dos
materiais a serem utilizados na fabricação de um determinado
produto
 Ao contrário do Kanban o MRP é uma técnica de “produção
empurrada”
 É possível a utilização do MRP para o planejamento de produção
e materiais a médio e longo prazo e o Kanban para a gestão dos
materiais a curto prazo
 Baseia-se na lista de materiais (BOM – Bill of materials).
 Tem ainda como dados de entrada o Plano Mestre de Produção
(MPS – Master Production Scheduling) e o cadastro de produtos,
com os parâmetros de planejamento de cada item, como
lead-time, lote mínimo, estoque de segurança, lote
econômico, quantidade por embalagem, etc.
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Controle de Estoques

 Objetivos
 Técnicas para controle de estoques
 Registros para controle de estoques
 Controle Físico dos estoques

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 O objetivo principal do controle de estoques é o de fornecer
informações confiáveis a qualquer momento com relação às
quantidades em estoque, sua localização e disposição em relação ao
uso
 O processo de reposição de estoque (o que comprar, quando
comprar e quanto comprar) é suportado pelo controle de estoques
 Um sistema de informações eficiente é a base deste processo
 As principais informações para o controle de estoque vem dos registros
de inventário e movimentações
 A aplicação de modernas técnicas de gestão e organização, suportadas
pela tecnologia da informação permitem um aumento significativo da
produtividade e maior segurança das operações de controle, gerando
informações precisas em tempo real.
 A seguir veremos a aplicação de algumas destas técnicas

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Classificação e Codificação dos Materiais
 Para facilitar a administração e controle de estoque os materiais devem
ser classificados segundo seu estado e uso. As principais são:
 Matérias Primas: itens comprados que ainda não entraram em
processo de produção (componentes, materiais e sub-conjuntos)
 Material em Processo (WIP): materiais semi-acabados que
aguardam um novo processamento.
 Produtos Acabados: produtos disponíveis para venda.
 Materiais de Consumo (ou auxiliares): materiais que não são
utilizados diretamente no produto, mas que são necessários nos
processos produtivos (cola, graxa, lubrificantes, solda, etc.)
 Outras classificações: materiais de manutenção, materiais de
escritório, materiais de limpeza, materiais de terceiros em poder da
empresa, materiais da empresa em poder de terceiros, etc.
 Outro tipo de classificação comum é:
 Materiais Diretos (ou produtivos): aqueles utilizados
diretamente no produto
 Materiais Indiretos (ou improdutivos): materiais auxiliares,
manutenção, escritório, etc.
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Objetivos da Codificação de Materiais

 Facilitar a comunicação interna e externa da empresa


no que se refere a movimentação de materiais e
compras

 Evitar duplicidade de itens em estoque

 Permitir atividades de gestão de estoques e compras

 Facilitar a padronização de materiais

 Permitir o controle contábil de estoques

 Permitir o controle de custos

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 Características de um bom sistema de codificação
 Expansivo: permitir a inserção de novos itens

 Preciso: permitir apenas um código para cada material

 Conciso: possuir o mínimo possível de dígitos para não


sobrecarregar o sistema informatizado e ser de fácil assimilação
pelos usuários
 Conveniente: simples e de fácil aplicação

 Problemas com a codificação dos Materiais


 Codificações mal feitas levam a compras indevidas e a prejuízos
irreparáveis.
 Codificações efetuadas por pessoas diferentes em momentos
diferentes
 Normalmente não são tomados os cuidados de verificação da
possibilidade de utilização de um código já existente
 Conseqüências: duplicidade de códigos, obsolescência, compras
desnecessárias, estoques elevados, prejuízos.
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Registros para Controle de Estoque
 Uma das atividades mais importantes na Administração de
Estoques é o controle das quantidades de cada material. Para
isto são necessários registros.
 Com base nos registros de estoque são determinadas as
necessidades líquidas de materiais e a liberação de pedidos de
compra.
 Imprecisão nos registros podem levar à falta de materiais ou a
compras desnecessárias.
 Originalmente os registros eram organizados em fichas
individuais de controle dispostas em um arquivo denominado
Kardex.
Atualmente estas fichas foram substituídas pelos sistemas
informatizados de controle de estoque

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Registros imprecisos implicam em:
 Paradas de produção por falta de material
 Excesso de estoque
 Aumento de custo de aquisição devido a
compras emergenciais, fretes especiais, etc.
 Redução no nível de serviço aos clientes
 Perdas de produtividade
 Aumento de custos de produção por horas
extras, set-ups não programados, etc.

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Causas de Erros nos Registros de Estoque
Retirada de material sem autorização
Falta de segurança no almoxarifado e na empresa
Pessoal mal treinado
Erros de conferência física no recebimento
Erros de digitação ou lançamento dos registros
Erros no lançamento das baixas de estoque
Problemas de estrutura de produtos nos casos de
baixa de estoques automática pela produção
Erros induzidos por auditorias de inventário mal
realizadas
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Administração de
Almoxarifados

 Principais atividades do Almoxarifado


 Utilização Eficaz do Almoxarifado
 Arranjo Físico e Sistemas de Endereçamento
 Sistemas de Separação de Pedidos
 F.I.F.O. – P.E.P.S.
 Organização do Almoxarifado - Housekeeping
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Principais Atividades do Almoxarifado
 Recebimento de mercadorias
 Verificar notas fiscais em relação aos pedidos de compra
 Conferir quantidades
 Verificar existência de avarias
 Inspecionar mercadorias, se necessário (normalmente executado por
pessoal técnico)
 Identificação dos materiais com etiquetas contendo código,
descrição, quantidade, data de recebimento, etc.
 Armazenar materiais conforme critérios pré-estabelecidos
 Movimentar e separar materiais para atendimento de pedidos
 Distribuir Materiais na Produção
 Armazenar produtos acabados
 Preparar produtos acabados para remessa aos clientes
 Operar sistema de informações

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F.I.F.O. – P.E.P.S.
 A sigla FIFO, vem da expressão do idioma inglês “first in, first
out”, que significa “o primeiro que entra é o primeiro que
sai”.
 Operacionalmente, significa estabelecer uma forma de controle
na armazenagem de tal maneira a garantir sempre que o lote de
componente a ser enviado para a produção seja o mais antigo no
almoxarifado.
 A aplicação desta regra é parte das boas práticas de
armazenagem e é fundamental para:
 Garantia da rastreabilidade dos componentes utilizados na produção
 Controle sobre prazos de validade
 Garantia de não existência de peças fora de especificação em casos
de alterações de engenharia
 Redução do risco de obsolescência
 Redução de risco de avarias

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Arranjo Físico

 O arranjo físico está relacionado com a disposição dos


itens no almoxarifado
 Fatores que influenciam na escolha do tipo de arranjo
físico:
 Características dos produtos a serem estocados (dimensões,
peso, etc.)
 Intensidade de movimentação
 Necessidades especiais de equipamentos de movimentação
 Necessidades especiais de armazenagem (inflamáveis,
tóxicos, temperatura e umidade controladas, radioativos, etc.

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Alguns Sistemas de Arranjo Físico
 Agrupar itens por famílias (ex.: elementos de fixação,
componentes eletrônicos). Apresenta como principal vantagem a
fácil localização dos itens.
 Agrupar itens de giro rápido localizando-os próximo ao ponto
de separação de pedidos. Minimiza os tempos de movimentação.
 Agrupar itens por semelhança física. Este sistema é
aconselhável quando determinados itens necessitam dos
mesmos equipamentos de movimentação e armazenagem. Itens
pequenos podem ser acondicionados em prateleiras e
movimentados com carrinhos manuais, enquanto itens mais
pesados requerem estruturas mais reforçadas e empilhadeiras.
 Estocagem direta no local de trabalho. Quantidades
pequenas são mantidas nos locais de trabalho, enquanto os
estoques reserva são mantidos no almoxarifado, ou
entregues diariamente pelos fornecedores (KANBAN).
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Sistemas de Endereçamento
 Os almoxarifados devem ser
organizados por endereços que são
necessários para pronta localização dos
itens.
 É interessante a utilização de endereços
“inteligentes” como no exemplo ao lado
 Ainda com relação à localização os
Almoxarifados podem ser divididos em:
 Localização fixa: os itens são
estocados sempre nas mesmas
posições.
 Localização flutuante: os itens são
estocados onde existe local
disponível.
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Localização Fixa Localização Flutuante
 Principais Vantagens  Principais Vantagens
 Facilita o controle visual  Melhor utilização do espaço.
 Em almoxarifados pequenos  Não há problemas para a
dispensa até mesmo a inclusão de novos códigos.
utilização de registros  Principais Desvantagens
 Facilita a estocagem e
separação  Exige informação precisa da
posição.
 Principais Desvantagens:  Perde-se a possibilidade de
 Utilização do espaço ruim controle visual sobre as
 Dificuldade de encaixe de quantidades.
novos itens  Dificulta o controle de FIFO.
 Problemas de falta de espaço  Normalmente requer
no caso de lotes maiores que controles computadorizados.
o dimensionado  Uma vez que a utilização
 Este sistema é normalmente racional do espaço é uma das
utilizado para itens pequenos principais metas do
onde o aproveitamento do almoxarifado, este é o
espaço não é um ponto sistema mais largamente
crucial. utilizado em grandes
depósitos.
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Sistemas de Separação de Pedidos
 Trata-se de uma das atividades que mais consome
tempo no almoxarifado.
 Requer planejamento e organização de modo a
atender os pedidos no menor tempo possível, com o
mínimo custo.
 Alguns procedimentos para melhorar a produtividade
 Localizar itens de alto giro em locais próximos
 Criar áreas exclusivas para separação
 Agrupar pedidos contendo itens comuns para reduzir
tempo
 Ter um bom sistema de localização
 Selecionar corretamente os equipamentos
 Planejar rotas de separação

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Sistema de Separação por Pedido ou Picking Discreto
 Cada pedido é separado por um único operador que obtém todos
os itens circulando pelo almoxarifado
 Geralmente utilizado em pequenos almoxarifados
 Vantagens
 Maior confiabilidade
 Menor manuseio
 Permite melhor identificação de erros e responsáveis
 Maior rapidez no atendimento ao cliente
 Desvantagens
 Maior distância percorrida
 Não permite otimizações de separação de itens comuns de
diversos pedidos
 Baixo rendimento em almoxarifados maiores

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Sistema de Separação por Zona
 O Almoxarifado é dividido em zonas com pessoas designadas
para cada zona.
 O pedido é dividido por zonas e cada responsável envia os itens
para uma área de consolidação
 Um único pedido é atendido por zona de cada vez
 Vantagens
 Menores distâncias percorridas em relação ao sistema por pedido
 Quantidade menor de itens por operador, possibilitando maior nível
de conhecimento dos itens
 Facilidade para identificação de erros
 Desvantagens
 Dificuldade de balanceamento da carga de trabalho
 Aumenta o tempo de atendimento do pedido

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Sistema de Separação de Pedidos Múltiplos ou
Picking por Lote
 Vários pedidos são reunidos em uma única separação
 Pode ser aplicado tanto no sistema por zonas, quanto no sistema
de um operador percorrendo todo o almoxarifado
 Adequado para grandes quantidades de pedidos com itens
comuns
 Vantagens
 Racionaliza o processo de separação
 Reduz o tempo de viagem
 Possibilita dupla conferência de quantidades
 Desvantagens
 Necessária nova separação e embalagem
 Maior manuseio dos itens
 Aumenta o tempo de atendimento do pedido
 Cria gargalos

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W.M.S. – Warehouse Management System
 Sistema informatizado para gerenciamento de armazéns,
depósitos e centros de distribuição.

 Suportado por um sofisticado sistema de informações que visa


garantir a precisão dos registros e aumentar o nível de eficiência
na operação do armazém

 Utiliza tecnologias de captura eletrônica de dados, como código


de barras, coletores móveis, redes locais sem fio, RFID (Radio-
Frequency Identification ou Identificação por Rádio Freqüência),
EDI (Electronic Data Interchange ou Troca Eletrônica de Dados).

 A maioria dos sistemas WMS já possui integração com os


sistemas ERP, sendo que os principais ERPs (SAP, MicroSiga,
Logix, etc.) possuem módulos WMS integrados.

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Evolução do W.M.S.
Década  Sistemas informatizados controlavam apenas
de 70 transações de entrada e saída de estoques
Meados  Surgem os primeiros sistemas com controle de
de 70 endereçamento denominados WCS (Sistema de
Controle de Armazém) que permitiram:
 Estocagem em posições aleatórias como alternativa ao
sistema de localização fixa.
 Aumento da densidade de estocagem
Década  Primeiras soluções WMS nos EUA aplicados a
de 70 operações de distribuição e estocagem altamente
automatizados
Últimos  Avanços tecnológicos permitem o desenvolvimento
anos de soluções integradas de gerenciamento de
estoques apresentando melhorias nos fluxos físicos e
de informações.

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Algumas funcionalidades de um WMS
 Garantia do FIFO (First in – First out)
 Rastreabilidade das operações
 Suporte ao gerenciamento de inventários gerais e rotativos
 Planejamento e controle da capacidade de operação do armazém
 Mapeamento dos locais de armazenagem e endereçamento
automático
 Reconhecimento de limitações físicas de endereços
 Separação de pedidos (picking)
 Integração com clientes e fornecedores através de sistemas EDI
 Atualização on-line de estoques por dispositivos coletores de
dados.
 Programação de entrada e saída de pedidos, inspeção de
recebimento, armazenagem e distribuição física
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Alguns benefícios de um sistema WMS
 Otimização do espaço no armazém
 Redução de custos devido ao aumento de
produtividade das operações de movimentação e
armazenagem
 Melhoria dos índices de acurácia de estoques
 Utilização mais racional do espaço
 Melhor aproveitamento e controle da mão-de-obra
 Aumento da capacidade do armazém pelo aumento de
giro de estoques
 Relatórios gerenciais suportando a tomada de
decisões
 Informações de estoque em tempo real

 Melhor nível de serviço aos clientes e/ou à


produção
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