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] 

PÓS ² GRADUAÇÃO EM SISTEMAS INTEGRADOS DE SEGURANÇA,


AMBIENTE E QUALIDADE

MÓDULO


 

 
   
|
Trabalho

‡ O trabalho, sendo um vector fundamental para o


desenvolvimento das sociedades, não deve influenciar
negativamente a qualidade de vida dos indivíduos.
‡ Cerca de um terço da vida do Homem é passada no
exercício de uma actividade profissional, por isso as
condições do seu exercício têm reflexos importantes.

a
Higiene e Segurança no Trabalho

~ ~

 ~

Tipos de risco

‡ Riscos físicos

‡ Riscos químicos

‡ Riscos biológicos

‡ Riscos ergonómicos

‡ Riscos mecânicos

‡ Riscos relacionados com a organização do trabalho

‡ Riscos de incêndio

ÿ
Riscos físicos

‡ Ruído

‡ Vibrações mecânicas

‡ Radiações

‡ Ambiente térmico

‡ Iluminação

[
Riscos químicos

] 
 

 
 
‡ Sólidos 
  

 
 
² Poeiras
² Fibras
² Fumos

‡ Líquidos
² Nevoeiros ou aerossóis

‡ Gasosos
² Gases
² Vapores
‰
Acidente de trabalho

‡ Acontecimento não esperado no local e no tempo de


trabalho de que provoca uma lesão corporal ou
perturbação funcional e resulta em redução da
capacidade de trabalho, redução da capacidade de
ganho ou morte. É extensível ao trajecto de e para o
local de trabalho.

·
Acidentes de trabalho

‡ Pode provocar danos na propriedade.

‡ Pode, simplesmente provocar perda de tempo

‡ Particularidades:

² É imediato
² Inesperado
² Não planeado

ü
CUSTOS DE ACIDENTES

‡ Prémio do seguro
² salários pagos
² assistência médica e medicamentos
² Indemnizações

      ‡ Socorro das vítimas


‡ Quebra produtividade
‡ Custos administrativos
     ‡ Reparação de equipamentos e colocação
de protecções adequadas
‡ Perda de competitividade
     ² atraso de encomendas
      ² redução de capacidade de resposta
‡ Aquisição produtos a outras empresas
‡ Degradação da imagem da empresa
%  
 ‡ Despesas com substitutos ou trabalho
extra


Doença profissional

‡ Doenças contraídas em consequência da prestação de


trabalho por conta de outrem e causadas por agentes
identificados na lista de doenças profissionais.

² Decreto Regulamentar 6/2001.

|
Prevenção

‡ Acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através


de um conjunto de disposições ou medidas que devam
ser tomadas no licenciamento e em todas as fases de
actividade da empresa, do estabelecimento ou do
serviço.

‡ Mais vale prevenir do que remediar

´Um Homem inteligente resolve os seus problemas, um Homem


sábio evita que eles aconteçamµ
Einstein

||
Medidas de prevenção
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Prevenção nas empresas

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|
Princípios Gerais da Prevenção

‡ A prevenção dos riscos profissionais deverá ser


desenvolvida em todos os domínios da actividade da
empresa e em todas as fases dos seus processos,
incluindo a fase de concepção das suas instalações, dos
locais e processos de trabalho que pretende adoptar.

|ÿ
Obrigações gerais do empregador - Princípios
Gerais da Prevenção

‡ Obrigações gerais são as que recaem sobre qualquer


entidade empregadora.

‡ Em termos de obrigações gerais do empregador, este é


obrigado a assegurar aos trabalhadores condições de
segurança, higiene e saúde em todos os aspectos
relacionados com o trabalho.

|[
Obrigações gerais do empregador - Princípios
Gerais da Prevenção


‡ Eliminar os perigos Æ  
 

 ‡ Avaliar os riscos não evitados
 ‡ Combater os riscos na origem
 
 
‡ Adaptar o trabalho ao homem
 

‡ Atender ao estado de evolução da técnica

‡ Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo


 ou menos perigoso
‡ Integrar a Prevenção num todo coerente

 ‡ Prioridade da protecção colectiva face à individual
 
‡ Formação e informação  
 

Eliminar os perigos

‡ Eliminação dos perigos inerentes a qualquer produto ou


componente do trabalho

‡ Fase de projecto

‡ Automatização de determinada tarefa

‡ Mudança de uma matéria-prima perigosa


Avaliar os riscos

‡ Perigos que não podem ser eliminados transformam-se


em riscos para os trabalhadores
‡ Identificação e avaliação de riscos
‡ Base da actividade preventiva nas empresas
‡ Determinar as acções a desenvolver para o controlo dos
riscos
‡ Valorizar riscos
‡ Dividir a empresa em secções e estas em postos de
trabalho
² Identificar cada posto de trabalho e as pessoas que o ocupam
² Determinar os riscos de cada posto de trabalho

‡ Implementação de medidas

Combater os riscos na origem

‡ Aplica-se ao controlo de riscos

‡ Eficácia da prevenção associada à sua aplicação na fonte


do risco

‡ Controlar o risco na origem evita a sua propagação e a


interacção com outros riscos

‡ Aspiração localizada

|
Adaptar o trabalho ao homem

‡ Humanização do trabalho, com respeito pelas


capacidades e características do ser humano
‡ Melhoria das condições físicas de trabalho (ergonomia)
² Ferramentas
² Equipamentos
² Métodos e processos de trabalho

a
Atender ao estado de evolução da técnica

‡ Evolução da tecnologia associada aos processos de


fabrico
‡ Evolução técnica da prevenção
‡ Novos riscos
‡ Oportunidades de melhoria inerentes à inovação técnica
e tecnológica

a|
Substituir o que é perigoso pelo que é isento
de perigo ou menos perigoso

‡ Evitar as situações de risco mesmo que controlado

‡ Substituição de equipamentos, ferramentas ou matérias-


primas por outras menos perigosas

aa
Integrar a Prevenção num todo coerente

‡ Intervenções na área de higiene e segurança do trabalho


não se devem limitar a medidas técnicas desenquadradas

‡ Actuar ao nível humano, organizacional

‡ Gerir a segurança e saúde ao nível da empresa,


planeando, agindo e medindo o desempenho

a
Prioridade da protecção colectiva face à
individual

‡ Quando as medidas de eliminação de risco não forem


viáveis
‡ Protecção individual deve ser último recurso ou de
protecção complementar

aÿ
Formação, informação e participação

‡ Complementares às demais medidas de prevenção


‡ Informação
² Sistema permanente de alimentação e circulação de conhecimento sob
diversas formas
² Conhecimento dos riscos e medidas de prevenção respectivas
² Apresentada de forma adequada
‡ Formação
² Processo estruturado de transmissão de conhecimento
² Criar competências, ajustar atitudes e comportamentos adequados

a[
Organização do trabalho

‡ Organizar o trabalho, procurando, designadamente,


eliminar os efeitos nocivos do trabalho monótono e do
trabalho cadenciado sobre a saúde dos trabalhadores;


Vigilância da saúde

‡ Assegurar a vigilância adequada da saúde dos


trabalhadores em função dos riscos a que se encontram
expostos no local de trabalho;


Organização da emergência
‡ Estabelecer, em matéria de
primeiros socorros, de combate
a incêndios e de evacuação de
trabalhadores, as medidas que
devem ser adoptadas e a
identificação dos trabalhadores
responsáveis pela sua
aplicação, bem como assegurar
os contactos necessários com
as entidades exteriores
competentes para realizar
aquelas operações e as de
emergência médica;


Conceitos

‡ ¯   

² Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela
organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a
sua própria política de SHST.

‡  


² Qualquer desvio das normas de trabalho, das práticas, dos


procedimentos, dos regulamentos, do desempenho do sistema de
gestão, etc, que poderia directa ou indirectamente conduzir a
lesões ou doença, a danos para a propriedade, a danos para o
ambiente do local de trabalho, ou a uma combinação destes.

a
Conceitos (continuação)

‡ ~   

² Acontecimento que tem potencial de conduzir a um acidente.

² Um incidente em que não ocorram nenhuns danos para a saúde,


ferimentos, danos materiais, ou qualquer outra perda também se
pode designar com um ´quase acidenteµ. O termo incidente
inclui os quase acidentes.


Conceitos (continuação)

‡ S 
   


² Circunstâncias e factores que afectam o bem estar de todos os


trabalhadores incluindo os temporários, prestadores de serviços,
visitantes e qualquer outra pessoa que se encontre no local de
trabalho.

‡ 
 


² Indivíduo ou grupo interessado ou afectado pelo desempenho do


sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho.

|
Avaliação de riscos

‡ Constitui uma obrigação legal (Artigos 272.º e 273.º da


Lei 99/2003)

‡ É a base de toda a função da higiene e segurança.

² Conhecendo os riscos, determinamos a sua avaliação e


enunciamos as medidas de prevenção mais adequadas.

‡ Planificamos as acções preventivas

a
O que é a avaliação de riscos?

‡ Consiste no processo de identificar, estimar e valorizar


os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
‡ Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das
actividades da empresa, envolvendo todos os sectores e
todos os domínios da actividade produtiva
acompanhando os seus momentos determinantes.
‡ Depende da avaliação pessoal, num dado momento e
circunstâncias, função de uma série de parâmetros
subjectivos. É o que podemos chamar
 
 .
² No entanto, há que procurar quantificar o risco de forma
objectiva.

Perigo

‡ O 
 relaciona-se com a propriedade ou capacidade
intrínseca de um componente do trabalho
potencialmente causador de danos (por exemplo numa
faca o perigo é a lâmina);

‡ A situação de perigo, reporta-se, pois, a uma situação


estática ² propriedade intrínseca ou situação inerente ²
de algo com potencial de causar dano, designadamente
substâncias e produtos, máquinas e processos de
trabalho, etc.
² Antes da avaliação deve ser realizada a    

e tanto quanto possível deve proceder-se à sua eliminação. ÿ
Risco

‡ O
  pressupõe a interacção pessoa/componente do
trabalho e daí, definir-se como a possibilidade de que
um trabalhador sofra um dano provocado pelo trabalho.

‡ Deve entender-se como uma combinação de


probabilidade da ocorrência de um fenómeno perigoso
com a gravidade das lesões ou danos para a saúde que
tal fenómeno pode causar (Por exemplo numa faca o
risco é o corte).

[
Caso prático

‡ Tendo em consideração a imagem seguinte:

² identifique perigos, risco(s) associado(s) e medidas preventivas;

² Para aquelas situações em que existe dificuldade na


identificação de perigos, mencione as não conformidades.


Identificação de Perigos e não
conformidades


Resultados


Estimação do risco

‡ P 

  significa medir, o mais objectivamente
possível, a sua magnitude. Esta por sua vez, resulta da
conjugação dos indicadores obtidos de probabilidade de
ocorrência de um fenómeno perigoso e da sua gravidade
ou severidade (consequências provocadas pela
ocorrência)
¯S

² R = risco
² P = probabilidade
² S = severidade ou gravidade

Estimação do risco (continuação)

‡ O risco varia na proporção directa da probabilidade e da


severidade. Quanto maior for a probabilidade e a
severidade , maior é o risco. Quanto menores forem a
probabilidade e a severidade, menor é o risco.

‡ Na prática, à medida que a probabilidade da ocorrência


cresce, a severidade vai diminuindo. Com o crescimento
da severidade decresce a probabilidade.

ÿ
Avaliação de riscos

‡ Identifica-se o perigo
Æ 
‡ Estima-se o risco 


‡ r

  ² compara-se o valor obtido na
estimação do risco com o valor do risco aceitável.

‡ Se se verificar que o risco não é aceitável, então ter-se-á


que 


 

‡ O processo conjunto de avaliação e controlo de riscos


denomina-se por  
  ÿ|
Avaliação de riscos (continuação)

ÿa
Tipos de avaliação de riscos

‡ Avaliação de riscos impostas por legislação específica.

‡ Avaliação de riscos em que não existe legislação


específica, mas existem normas portuguesas, europeias,
internacionais, etc.

‡ Avaliação de riscos em que se utilizam métodos


específicos.

‡ Avaliação geral de riscos.


ÿ
Quem deve efectuar avaliação de riscos

‡ O empregador

‡ Trabalhadores da empresa designados pelo empresário

‡ Serviços de prevenção externos

‡ O empresário deve decidir quem efectua a avaliação de


riscos, no entanto deve consultar os trabalhadores ou os
seus representantes antes de tomar a decisão.

ÿÿ
Aspectos a ter em consideração

‡ Características dos locais de trabalho


‡ Actividades desenvolvidas pelo trabalhador
‡ Substâncias químicas utilizadas
‡ Ferramentas
‡ Máquinas
‡ Instalações
‡ Sistemas de transporte utilizados
‡ Conhecimento sobre os riscos
‡ Legislação aplicável

ÿ[
Objectivos da avaliação de riscos

‡ A avaliação de riscos constitui um meio para alcançar um


fim:
² Controlar os riscos de forma a evitar danos para a saúde e
segurança dos trabalhadores.

‡ Pretende-se:
² Identificar os trabalhadores expostos
² Identificar as medidas de prevenção e de protecção adequadas
² Priorizar intervenções
² Programar actuações
² Organizar os meios necessários
ÿ‰
Etapas do processo de avaliação de riscos no local
de trabalho

‡ 1.º classificação das actividades de trabalho, de forma a


a agrupá-las de uma forma racional.

² Envolvente externa das instalações Ý  


² Etapas do processo de produção     


² Trabalhos de manutenção

² Para cada actividade obter o máximo de informação.

ÿ·
Etapas do processo de avaliação de riscos no local
de trabalho (continuação)

‡ a Æ  
 
² ~   

‡ Existe fonte de dano?
‡ O quê ou quem pode ser danificado?
‡ Como pode ocorrer o dano?
² Reunião da informação pertinente (legislação, manuais de
instruções das máquinas, fichas de dados de segurança de
substâncias perigosas, processos e métodos de trabalho, dados
estatísticos, experiência dos trabalhadores, etc.)
² A identificação dos trabalhadores ou terceiros (designadamente
clientes, fornecedores, população vizinha, etc.) potencialmente
expostos a riscos derivados desses perigos.

ÿü
Etapas do processo de avaliação de riscos no local
de trabalho (continuação)

² P 
 ! para cada perigo detectado deve-se estimar
o risco, determinando a severidade (consequências) do dano e a
probabilidade de ocorrência.

‡ S
  ² para se determinar a potencial severidade do
dano, deve-se considerar:
‡ Parte(s) do corpo que poderão ser afectadas
‡ Natureza do dano, classificando-o desde ligeiramente danoso a
extremamente danoso.
² Exemplos de ligeiramente danoso ² cortes, pequenas contusões, irritação dos
olhos devido a poeiras, dor de cabeça, desconforto, etc.
² Exemplos de danoso ² queimaduras, entorses, fracturas menores, asma,
dermatose, surdez, etc.
² Exemplos de extremamente danoso - amputações, fracturas maiores, intoxicações,
lesões múltiplas, cancro, doenças crónicas, etc.
ÿ
Etapas do processo de avaliação de riscos no local
de trabalho (continuação)

‡ Probabilidade da ocorrência de um fenómeno perigoso:

² Probabilidade alta ² Espera-se que venha a ocorrer com muita


facilidade.

² Probabilidade média ² Espera-se que venha a ocorrer com


relativa facilidade.

² Probabilidade baixa ² Espera-se que possa ocorrer raramente

[
Etapas do processo de avaliação de riscos no local
de trabalho (continuação)

‡ Probabilidade da ocorrência de um fenómeno perigoso.


Além da informação sobre as actividades de trabalho,
devem ter em consideração os seguintes aspectos:
² Trabalhadores sensíveis a determinados riscos (características
pessoais, estado biológico)
² Frequência de exposição ao perigo
² Falhas de serviço (água, electricidade, etc.)
² Falhas de componentes nas instalações e máquinas, assim como
nos dispositivos de protecção.
² Protecção dos EPI e tempo de utilização
² Actos inseguros (erros não intencionais e violações intencionais
dos procedimentos de trabalho)
[|
Métodos de análise de riscos

[a
Tipos de métodos

‡ Métodos qualitativos
² Descrevem, sem chegar a uma quantificação global, os pontos
perigosos de uma instalação e as medidas de segurança
existentes, sejam do tipo preventivo ou de protecção. O nível de
segurança é determinado em função da conformidade de
processos e procedimentos com normas ou regulamentos de
segurança (por exemplo check-list).
‡ Métodos quantitativos
² Visam obter uma resposta numérica à estimativa da magnitude
do risco e são úteis quando existe a necessidade de aprofundar o
estudo para justificar o custo ou a dificuldade na adopção de
algumas situações preventivas.
‡ Semi-quantitativos [
² Utilizam-se números para avaliar a magnitude do risco.
Métodos pró ² activos ou **

‡ Abrangem aqueles que visam equacionar a acção


preventiva antes dos acidentes acontecerem.

[ÿ
Métodos reactivos ou * 

‡ Estes métodos são utilizados por definição, após a


ocorrência do acidente.

² É o caso da análise estatística da sinistralidade laboral.

[[
Método das matrizes

‡ Método qualitativo ou semi-quantitativo (caso se utilizem


números).

‡ É dos métodos mais utilizados.

‡ Recomendado pela BS 8800.

‡ O grau de risco é calculado em função do produto entre


a probabilidade e a gravidade.


Método das matrizes

‡ Classificação simples para a probabilidade:


² Probabilidade baixa (1)
² Probabilidade média (2)
² Probabilidade alta (3)

‡ Classificação com mais níveis de probabilidades dos


danos:
² Muito improvável (1)
² Improvável (2)
² Pode acontecer (4)
² Provável que aconteça (6)
² Muito provável que aconteça (8)
² Certo ou iminente (10)

Método das matrizes

‡ Classificação simples para a gravidade


² Dano ligeiro ou ligeiramente danoso (1)
² Dano grave ou danoso (2)
² Dano muito grave ou extremamente danoso (3)

‡ Pode ser usada uma escala com mais níveis de


classificação dos danos:
² Apenas atrasos (1)
² Danos ligeiros ou danos menores ou de primeiros socorros (2)
² Danos graves ou danosos ou de incapacidade parcial (4)
² Danos muito graves ou de incapacidade permanente total (6)
² Uma morte (8)
² Mortes múltiplas (10) [ü
Método das matrizes ² valoração dos riscos

‡ É o passo final no processo de avaliação de riscos e exige


a decisão sobre se os perigos identificados estão
controlados num nível aceitável ou não.
‡ A valoração dos riscos pode ser feita usando uma matriz,
onde são colocados os resultados da análise de riscos
através do produto entre a gravidade dos danos pela
probabilidade de ocorrência.
‡ Posteriormente efectua-se uma análise qualitativa ou
semi-quantitativa (quando se utilizam números) que vai
desde 
 "
 , na    
 
[
Nível de risco

  
      
   
       

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Acção/calendarização
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  j
j
j ‰|
Métodos de identificação de riscos ² método
de Heinrich

‡ Também conhecido por teoria do dominó.

‡ Foi desenvolvido com base numa sequência, segundo a


qual se davam os acidentes. Os acontecimentos estão em
cadeia, de tal modo que o acontecimento seguinte só
sucede após a ocorrência do acontecimento anterior.

‰a
Método de Heinrich (continuação)

‡ Æ #       (relacionados com a


cultura, a educação e o desenvolvimento social do
indivíduo)
‡ $ (herdada ou adquirida; relacionada com
factores temperamentais do indivíduo, tais como:
irritabilidade, imprudência, desleixo, etc.).
‡ Æ  
 % 
  (é neste elo que
vamos poder actuar).
‡ Æ  
‡ Ý 
‰
Método de Heinrich (continuação)

‡ Se a esta sequência (dominó) retirarmos o


acontecimento central (acto inseguro e/ou condição
perigosa), o acidente nunca ocorre, pois só sucederia se
houvesse ocorrido o acontecimento anterior.

‰ÿ
Método de Heinrich (continuação)

‡ A maior dificuldade estará em identificar, em cada


situação, onde estão os actos inseguros e/ou condições
perigosas.
‡ Eis algumas situações práticas destes actos e/ou
condições:
² Trabalhar num andaime sem protecção (sem guarda - corpos)
² Descer a uma vala sem entivação
² Transportar carga com empilhador em posição elevada.
² Executar rebarbagem sem óculos de protecção.
² Queimar ou foguear próximo de produtos inflamáveis
² Trabalhar com máquinas sem protecção
‰[
Método de William Fine
‡ 
 
  &'
 &'P &P'  (#  & '

! 
 ! (iniciada a sequência, é a probabilidade de que conduza ao
acidente e respectivas consequências)
P! P  (frequência da ocorrência do facto iniciador da sequência que conduz
ao acidente)
!  (#  (grau de severidade do dano)
P &P'
)

 (provavelmente não acontece, mas não se 0,5
descarta)
¯
 (cada bastantes anos) 1
   ( de uma vez por mês a uma vez por ano) 2
*  (de uma vez por semana a uma vez por mês) 3
$
(  (aprox. uma vez por dia) 6
‰‰
 ( muitas vezes por dia) 10
Método de William Fine


 &'

É o resultado mais provável e esperado 10

É muito possível, não será nada de estranhar 6

Pouco usual, mas possível; já ocorreu 3

É uma coincidência rara, mas sabe-se que já aconteceu 1

É uma coincidência remota, mas concebível 0,5

Praticamente impossível 0,1

‰·
Método de William Fine (cont)

 (#  & '


)
 
  %  
 ou danos superiores a um milhão de 100
euros
Ý
 
 / desastre, danos entre 450000 ½ e um milhão de ½ 50
)
 , danos entre 90000 e 450000 ½ 25
+ 
 , invalidez permanente ou danos entre 9000 e 90000 ½ 15
+   ou danos entre 900 e 9000 ½ 5
+   ou danos até 900 ½ 1

‰ü
Método de William Fine (cont)


 
  % 
&'

Muito alta > 400 Interrupção do trabalho

Alta 200 - 400 Correcção imediata

Substancial 70 - 200 Correcção urgente

Moderada 20 ² 70 Não é urgente, mas deve


corrigir-se

Aceitável < 20 Situação a manter

‰
Métodos de controlo e verificações ² check
list

‡ Tem como finalidade reconhecer, numa situação de


trabalho, as falhas, as anomalias ou as insuficiências
respeitantes aos dispositivos técnicos, instalações ou
modo operatório.
‡ Estabelecem-se padrões que podem ser legais,
normativos, boas práticas, etc. e tenta-se identificar
desvios desses padrões.
‡ Este método pode ser utilizado, através de visitas de
inspecção: (Organização, Posto de trabalho, Máquinas,
Instalação, Processo, etc.)

·
Método ´ What If ´

‡ É uma técnica de identificação de perigos e análise de


riscos que consiste em detectar os perigos, usando
questões abertas, tal como nas técnicas de
brainstorming.

² E se ..... Pergunta

·|
Observação directa dos posto de trabalho

‡ Envolve uma análise cuidada de tudo quanto constitui o


posto de trabalho:
² Equipamentos, produtos químicos, trabalhador, instalações, etc.

‡ O trabalhador deve ser observado e entrevistado


procurando identificar actos inseguros.
‡ O estudo do posto de trabalho deve-se efectuar em 4
etapas:
² Selecção do posto de trabalho a analisar
² Divisão em operações básicas
² Identificação e avaliação de riscos potenciais
² Definição de medidas de prevenção para os riscos ·a
Método da matriz melhorada ou
matriz de falhas

·
Explicação do método
  
 

  


 

 
   


 



  
 
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Frequência
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Severidade
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Procedimentos e
condições de segurança
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 4 3   % 
   

 
  
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··
 / 5%  -  
.
Procedimentos e condições
de segurança
Frequência Severidade Procedimentos e N.º de pessoas
condições de afectadas
segurança
Frequente 1 Catastrófico 1 Não existem 1 > 51 1
Ocasional 2 Crítico 2 Sérias deficiências 2 31 a 50 2
Remoto 3 Marginal 3 Algumas deficiências 3 11 a 30 3
Raro 4 Negligenciável 4 Melhoráveis 4 4 a 10 4
Improvável 5 Negligenciável 5 Muito boas 5 1a3 5

·ü
Nível de prioridade

Escala Classificação
1 a 124 A Corrigir imediatamente
125 a 249 B Corrigir logo que possível
250 a 374 C Corrigir num espaço de tempo a determinar
375 a 499 D Acção de melhoria
500 a 625 E Nada a corrigir

·
Procedimento de avaliação dos riscos

ü
Objectivo

‡ Inicialmente deve-se estabelecer qual é o objectivo da


avaliação dos riscos.

ü|
'mbito

‡ É importante mencionar quais as áreas, instalações,


equipamentos, postos de trabalho, etc.

üa
Definições

‡ Avaliação do risco
‡ Filtro de aceitabilidade
‡ Perigo
‡ Risco
‡ Risco aceitável
‡ Partes interessadas

ü
Periodicidade

‡ A identificação de perigos, avaliação e controlo dos


riscos deve ser efectuada de quanto em quanto tempo?

‡ É necessário ter em consideração as alterações que se


vão introduzindo.

üÿ
Responsabilidades

‡ Como é que se vai efectuar a avaliação dos riscos:


² Serviço externo
² Técnicos internos
‡ A direcção deve assumir os resultados e a aplicação das
medidas preventivas.

ü[
Procedimento (metodologia)

‡ O processo de identificação de perigos e avaliação e


controlo dos riscos pode ser dividido em 3 fases
distintas:

² Identificação dos perigos


² Avaliação dos riscos associados a cada perigo identificado.
² Controlo dos riscos

ü‰
Identificação dos perigos

‡ Quem efectua?
‡ Onde e como deve ser registado?

ü·
Avaliação dos riscos

‡ Avaliação de grandeza do risco

² Método utilizado e respectiva explicação

üü
Ex. avaliação grandeza de risco


~ Provoca morte ou doença profissional e/ou perdas de produção superiores a 45 dias
~~ Provoca lesões que se taduzem em baixas superiores a 30 dias e/ou perdas de produção de 35 a 45 dias
~~~ Provoca lesões que se traduzem em baixas de 3 a 30 dias e/ou perdas de produção de 30 a 35 dias
~ Provoca lesões que se traduzem em baixas de 1a 3 dias e/ou perdas de produção de 25 a 30 dias
Provoca lesões que não se traduzem em baixas e /ou perdas de produção inferiores a 25 dias


 Muito provável atendendo às práticas instituídas e ao histórico de acidentes dos últimos 5 anos
Provável atendendo às práticas instituídas e ao histórico de acidentes dos últimos 5 anos

Possível atendendo às práticas instituídas e ao histórico de acidentes dos últimos 5 anos


Remota atendendo às práticas instituídas e ao histórico de acidentes dos últimos 5 anos
Extremamente remota atendendo às práticas instituídas e ao histórico de acidentes dos últimos 5 anos

ü
Ex. avaliação grandeza de risco

Æ   
 | | 
 |  
   
    
     

˜     
˜    
˜    
˜    


Filtros de aceitabilidade

‡ Esta etapa consiste em fazer actuar diversos filtros que


permitem tomar decisões quanto à aceitabilidade do
risco.
‡ Por exemplo:
² Legislação
² Partes interessadas
² Compromissos e outros requisitos
² Grandeza do risco

|
Avaliação dos riscos

‡ Aceitabilidade do risco
² Após a actuação dos diferentes filtros, os riscos são classificados
como aceitáveis ou não aceitáveis.
² Em relação aos riscos não aceitáveis, são definidos níveis de
prioridade.
² Como exemplo, temos a tabela seguinte:

a
Avaliação dos riscos

$
    %  
   



 
O risco não cumpre a legislação aplicável ou
não cumpre outros requisitos subscritos pela
I organização ou é de Grandeza 1 (Muito
Elevado)

O risco é alvo de preocupações ou exigências


Risco não aceitável II de partes interessadas ou é de Grandeza 2
(Elevado).
Risco de grandeza 3 (Moderado)
III

Risco de grandeza 4 (Baixo)


Risco aceitável IV

Controlo dos riscos

‡ Para riscos classificados em ´não aceitávelµ devem ser


definidas acções de controlo.

ÿ
Objectivos e metas

[
Validação, aprovação e divulgação

‡ Pessoa (s) responsável pela validação e aprovação terá


que assinar.
‡ Informação terá que ser difundida pelos colaboradores.

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