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DEMIN/EM/UFOP

MIN 225
Estabilidade de Escavações
Subterrâneas

Prof. José Margarida da Silva


Antônio Carvalho Filho

5/03/2010
1. Tensões em maciços rochosos
• Maciço rochoso: rocha +
descontinuidades + água.

Tensão:
• relacionada à tendência de deslocamento
relativo das partículas de um corpo, em
função de solicitações externas;
• grandeza que depende do plano
considerado;
• dimensionalmente, é igual a pressão.
Tensões - introdução
• Maciços rochosos: comportam-se como
descontínuos; meios anelásticos.

• Müller (1963): redução de até 1/30 na


resistência da rocha devido à existência
de planos de fraqueza.
Estado de tensões
• O estado de tensões no interior de um
maciço rochoso varia, geralmente, de
ponto a ponto: valor e direção das
componentes principais que o definem.
• maciço virgem: não está submetido
somente a esforços verticais, mas a um
sistema triaxial de tensões.
• antes de ser escavado: tensões naturais
ou tensões “in situ”.
Tensões induzidas

• Escavação: ocorre modificação no estado natural de


tensões, com redistribuição de tensões no maciço
circunvizinho (tensões induzidas) .

• Limite: “arco de pressão”.

• Ruptura: no caso geral, devida a esforços de flexão ou


de cisalhamento, porque a resistência da rocha a estes
tipos de solicitação é muito menor do que à
compressão.
Tensões em maciços
• Maciço regular e homogêneo: pode ser adaptado a
modelo clássico da Mecânica de Rochas (fornece, pelo
menos, o sentido e a ordem de grandeza dos
fenômenos); o mais simples é o modelo elástico.

• Rocha não homogênea: pode se tentar assimilar o


maciço rochoso a um outro modelo teórico (plástico,
elasto-plástico etc).

• modelamento matemático ou modelagem numérica.


Regra de Heim
• Heim, em 1912: maciços rochosos seriam
incapazes de suportar grandes diferenças de
tensões.
• Associando-se aos efeitos de deformação
dependentes do tempo, levaria a um campo de
tensões naturais, onde as componentes vertical
e lateral tenderiam a se igualar (campo uniforme
de tensões), ao longo do tempo geológico.
• Hoek & Brown (1980): sugestão de Heim é
aplicável a rochas incompetentes, como é o
caso de carvão e evaporitos.
Estimativa de tensões laterais

• K = H /  p

• Hoek & Brown: a pequenas profundidades, K é


extremamente variável, freqüentemente maior que 1.
• À medida que aumenta a profundidade, a variação de K
é menor e seu valor se aproxima de 1.
• Maioria dos valores de K estão na ampla faixa:

(100/y ) + 0,3 < K < (1500/ y ) + 0,5

y = profundidade
Estimativa de tensões laterais
 H = K p

1< K <3 para y <1000m


0,5< K< 2 para y >1000m

K = /(1-)

 H = tensão horizontal média;


 p = tensão vertical;
  - coeficiente de Poison
Princípios fundamentais
da lavra subterrânea

• Abandono de pilares

• Enchimento

• Abatimento controlado do teto


• desmonte com
avanço de aberturas
paralelas,
convenientemente
espaçadas,
deixando-se porções
do minério para
formar pilares, de
dimensões e formas
adequadas, que
limitam os vãos das
aberturas e
promovem a
sustentação do teto.
à medida que o material
útil vai sendo extraído, o
vazio formado é
preenchido com outro
material, de forma a
promover a sustentação do
teto. O desmonte da face é
integral, sendo
acompanhada a distância
pelo enchimento. O teto na
frente de trabalho é
normalmente sustentado
com estruturas
apropriadas para evitar a
eventual queda de blocos
mais ou menos soltos
("chocos").
com o avanço da frente de
lavra, em vez de se
processar a sustentação
com enchimento, provoca-
se o seu desabamento, a
uma distância controlada
da frente, dissipando-se
parte da energia
armazenada no maciço.
Além disto, a rocha
desabada empola, o que
inibe a propagação do
abatimento, a partir do
momento em que os
blocos começam a exercer
reações apreciáveis sobre
o teto, favorecendo a sua
sustentação.
Referências
• De la Vergne. Hard Rock Miners Handbook. 2003.
• Goodman, R. E. 1980. Introduction to Rock Mechanics.
John Wiley & Sons, pp. 221.
• Hoek, E. & Brown, E. T. 1980. Underground Excavations
in Rock. pp.112 - 200.
• Hoek et al. Support of Underground Excavations in Hard
Rock, cap. 10. 1995.
• Hudson e Harrison. Engineering Rock Mechanics.
Pergamon, p. 31-69. 2007.
• Obert, L. and Duvall, W. I 1967. Rock Mechanics and the
Design of Structures in Rock. New York. John Wiley and
Sons, 650 pp.
• Silveira, T. 1987. Técnicas de Sustentação em Minas
Subterrâneas. UFOP.
• Villaescusa e Potvin. Ground Support in Mining &
Underground Construction.Balkema. 2004.

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