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Biologia
Alexandre Feitosa, Ezequias
Carvalho, Joel Augusto, Pâmela
Soares e Victor Ferreira
Drogas
As drogas são substâncias químicas, naturais ou sintéticas,
que provocam alterações psíquicas e físicas a quem as
consome e levam à dependência física e psicológica.
Seu uso sistemático traz sérias consequências físicas,
psicológicas e sociais, podendo levar à morte em casos
extremos, em geral por problemas circulatórios ou
respiratórios. É o que se chama overdose.
Além das drogas tradicionais, os especialistas também
incluem na lista o cigarro e o álcool. A dependência química
pode causar síndromes de abstinências, lapsos de memória,
insônia, sudorese e oscilação da pressão arterial, por
exemplo. Quando a quantidade de droga usada passa do
limite que o organismo “aguenta” ocorre a overdose. Isso,
pois o corpo já está debilitado pelo uso das substâncias e não
suporta as transformações.
Sistema nervoso
Os neurônios e os nervos são integrantes do sistema nervoso, e
desempenham papéis importantes na coordenação motora. Todas
as partes do sistema nervoso de um animal são feitas de tecido
nervoso e seus estímulos são dependentes do meio.
O sistema nervoso dos animais vertebrados é frequentemente
dividido em Sistema nervoso central (SNC) e Sistema nervoso
periférico (SNP). O SNC consiste do encéfalo e da medula
espinhal. O SNP consiste de todos os outros neurônios que não
estão no SNC.
A maioria do que comumente se denomina nervos (que são
realmente os apêndices dos axônios de células nervosas) são
considerados como constituintes do SNP.
Sistema nervoso
O sistema nervoso periférico é dividido em sistema nervoso
somático e sistema nervoso autônomo.
O sistema nervoso somático é o responsável pela coordenação
dos movimentos do corpo e também por receber estímulos
externos. Este é o sistema que regula as atividades que estão sob
controle consciente.
O sistema nervoso autónomo é dividido em sistema nervoso
simpático, sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso
entérico. O sistema nervoso simpático responde ao perigo
iminente ou stress, e é responsável pelo incremento do
batimento cardíaco e da pressão arterial, entre outras mudanças
fisiológicas, juntamente com a sensação de excitação que se
sente devido ao incremento de adrenalina no sistema.
Sistema nervoso
O sistema nervoso parassimpático, por outro lado, torna-se
evidente quando a pessoa está descansando e sente-se relaxada,
e é responsável por coisas tais como a constrição pupilar, a
redução dos batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos
sanguíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e
genitourinário.
O papel do sistema nervoso entérico é gerenciar todos os
aspectos da digestão, do esôfago ao estômago, intestino delgado
e cólon.
Imagens - Sistema nervoso
Drogas psicotrópicas
As drogas que atuam sobre o sistema nervoso central são as
chamadas "psicotrópicas". Este termo é composto de duas
partes: psico - que significa o nosso psiquismo (o que sentimos,
pensamos e fazemos) e trópico - que relaciona-se ao termo
tropismo, ou seja, "ter atração por".
Drogas psicotrópicas são, portanto, aquelas que atuam sobre o
nosso cérebro, alterando nossa maneira de pensar, sentir ou agir.
As alterações provocadas pelas drogas no nosso psiquismo não
são sempre no mesmo sentido e direção, mas dependem do tipo
de substância consumida.
Drogas psicotrópicas
Dependendo da ação no cérebro, as drogas psicotrópicas podem
ser divididas em três grandes grupos: as depressoras, as
estimulantes e as perturbadoras.
As depressoras diminuem a atividade cerebral, ou seja,
deprimem seu funcionamento e, por essa razão, são chamadas
de "depressoras da atividade do sistema nervoso central" (SNC).
A pessoa que faz uso desse tipo de droga fica "desligada",
"devagar", "flutuando".
São exemplos delas o álcool, os soníferos ou hipnóticos, os
ansiolíticos, os opiáceos ópio (extraído da planta Papoula
somniferum) e seus derivados, como a morfina e a heroína., ou
narcóticos e os inalantes ou solventes.
Drogas psicotrópicas
A drogas estimulantes aumentam a atividade do cérebro e
recebem o nome técnico de "estimulantes da atividade do SNC".
O usuário fica "ligado", "elétrico". Entre as drogas deste tipo
encontram-se a cocaína, o crack, a nicotina (presente no
cigarro), a cafeína e as anfetaminas.
As drogas perturbadoras não produzem mudanças do tipo
quantitativo, como aumentar ou diminuir a atividade do cérebro.
Elas fazem com que esse órgão passe a funcionar fora de seu
normal, ou seja, a pessoa fica com a mente perturbada.
São também chamadas de alucinógenas. Por essa razão, esse
terceiro grupo de drogas recebe o nome técnico de
"perturbadoras da atividade do SNC".
Drogas psicotrópicas
Algumas drogas deste tipo são de origem vegetal como o THC
(contido na maconha), a mescalina, certos tipos de cogumelos,
lírio, trombeteira, haxixe, e outras são de origem sintética como
o LSD-25, o Êxtase (ecstasy)que provoca uma sensação
estimulante e alucinógena e os anticolinérgicos.
O cérebro possui bilhões de células (neurônios) se interligando
das mais variadas formas, promovendo a passagem de
"informação" entre as diferentes regiões do sistema.
Quem possibilita que esses sinais sejam enviados de um
neurônio para outro são moléculas químicas, chamadas
neurotransmissores.
Drogas psicotrópicas
As drogas psicotrópicas, por
serem também moléculas
químicas, chegando ao cérebro,
atuam interferindo na
engrenagem da química
cerebral, aumentando,
diminuindo ou alterando a
forma de atuação dos
neurotransmissores.
Drogas injetáveis
Medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso
1) anestésicos;
2) analgésicos;
3) tranquilizantes;
4) hipnóticos;
5) estimulantes;
6) alucinógenos;
7) anticolinérgicos.
Drogas injetáveis
Anestésicos - Usados para provocar no organismo uma
incapacidade temporária de sentir dor, os anestésicos são
indicados para suprimir a resposta a estímulos sensoriais durante
processos de intervenção cirúrgica. Todos os anestésicos se
assemelham em sua ação depressiva do sistema nervoso central,
mas diferem amplamente quanto a propriedades físicas e
químicas. Em função dos efeitos provocados, podem ser
divididos em anestésicos gerais, que causam a perda de
consciência do paciente, e locais ou regionais, empregados para
anestesiar a região do corpo onde se praticará uma determinada
intervenção.
Drogas injetáveis
Alguns anestésicos podem ser administrados por inalação, como
o óxido nitroso, o éter, o halotano, o metoxiflurano e o cloreto
de etila, enquanto outros são ministrados por via intravenosa
(injetável), como os barbitúricos de ação não prolongada.
Analgésicos - Para aplacar a dor sem bloquear a condução dos
impulsos nervosos nem alterar de forma significativa o
funcionamento dos órgãos sensoriais, indicam-se analgésicos,
classificados em opióides - que atuam sobre o cérebro,
produzem sonolência e podem causar dependência e anti-
inflamatórios que aliviam a dor pela redução da inflamação
local.
Drogas injetáveis
Os opióides, também denominados narcóticos, são em sua
maioria derivados do ópio. Entre eles, incluem-se a codeína, a
heroína, a morfina e seus derivados e substâncias obtidas a partir
da metadona e da meperidina.
Indicam-se os medicamentos anti-inflamatórios, que não são
narcóticos, para o alívio imediato de dores de cabeça, entorses,
contusões e artrites. O anti-inflamatório mais comum é a
aspirina, ou ácido acetilsalicílico, do grupo dos salicilatos, como
os derivados da anilina e da pirazolona.
Drogas injetáveis
Tranquilizantes - Para aliviar os sintomas de ansiedade, tensão e
agitação associados a diferentes estados mentais, empregam-se
os tranquilizantes. Sua adoção na década de 1950 revolucionou
o tratamento das doenças mentais e de diferentes estados
patológicos do sistema nervoso. Cabe citar entre os de uso mais
generalizado o meprobamato e as benzodiazepinas, grupo
farmacológico de que fazem parte o clordiazepóxido e o
diazepam.
Hipnóticos - Similares aos tranquilizantes, as drogas hipnóticas
pertencem a um grande grupo de medicamentos que deprimem o
sistema nervoso central e servem para reduzir a tensão ou
induzir o sono, de acordo com a dose utilizada.
Drogas injetáveis
A ação desses medicamentos varia também em função de sua
rota de degradação metabólica, sua distribuição no organismo e
sua taxa de eliminação. Entre eles estão diversos derivados do
ácido barbitúrico e os tranquilizantes menores (meprobamato e
as benzodiazepinas, que se incluem nesse grupo e no dos
tranquilizantes).
Estimulantes - Os medicamentos estimulantes são definidos
mais especificamente como ativadores do sistema nervoso
central. Os mais conhecidos são as anfetaminas e também o
grupo das metilxantinas, entre elas a cafeína e a teobromina, do
cacau.
Drogas injetáveis
Alucinógenos - Como os hipnóticos, os alucinógenos são
medicamentos psicotrópicos, ou psicofármacos, isto é,
substâncias que atuam sobre processos psicológicos tais como a
percepção, a memória e outros e que reproduzem reações
esquizofrênicas em indivíduos sãos. As alterações na percepção
podem oscilar de simples ilusões sensoriais até alucinações.
Entre os alucinógenos mais conhecidos estão a mescalina, o
LSD (dietilamida do ácido lisérgico), a psilocibina e a maconha.
Anticolinérgico - Diz-se das substâncias antagonistas da ação de
fibras nervosas parassimpáticas que liberam Acetilcolina, ou
seja, que inibem a produção da Acetilcolina. Têm utilidade
terapêutica no tratamento da Síndrome de Parkinson e como
antiespasmódico.
Drogas injetáveis
Absorvido em quantidades maiores do que a dose terapêutica, o
produto provoca alterações mentais como alucinações e delírios,
com duração de 48 horas.
Consumido junto com outras drogas, como inalantes e maconha,
o efeito pode durar mais tempo ainda, iniciando pela sensação
de "barato" na cabeça, ou no corpo todo, seguida de alterações
na percepção de cores e sons, terminando com sensações de
estranheza, medo, confusão mental, ideias de perseguição,
dificuldades de memória - síndrome que adota a forma de um
surto psicótico agudo.
Drogas injetáveis
O potencial de dependência parece elevado, com alta toxicidade,
evoluindo para alterações crônicas.
As drogas anticolinérgicas são capazes de produzir muitos
efeitos periféricos. Assim, as pupilas ficam muito dilatadas, a
boca seca e o coração dispara. Os intestinos ficam paralisados -
tanto que são usados MEDICAMENTOS como antidiarréicos -
e a bexiga fica "preguiçosa" ou há retenção de urina. Os
Anticolinérgicos podem produzir, em doses altas, grande
elevação da temperatura - que chega, às vezes, até a 40-41
graus. Nestes casos, não muito comuns, a pessoa apresenta-se
com a pele muito seca e quente com vermelhidão
principalmente no rosto e pescoço.
Drogas injetáveis
Esta temperatura elevada pode provocar convulsões (ataques).
São, por isto, bastante perigosas.
Existem pessoas também que descrevem ter "engolido a língua"
e quase se sufocarem por causa disto. Ainda, em casos de
dosagem elevada, o número de batimentos do coração sobe
exageradamente, podendo chegar acima de 150 batimentos por
minutos.
Imagens – Drogas injetáveis
Heroína
Overdose
Dependência
Drogas pouco conhecidas
Papoula/ópio - O ópio é um suco espesso que se extrai dos
frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoilas
soníferas, e que é utilizada como narcótico. O uso do ópio
mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca
euforia, seguida de uma sonolência; o uso repetido conduz ao
hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência
física e intelectual, uma vez que é efetivamente um veneno
estupefaciente. A medicina o utiliza, assim como os alcalóides
que ele contém (morfina e papaverina), como sonífero
analgésico.
O ópio tem um cheiro típico, que é desagradável. Manifesta-se,
especialmente, com o calor. Seu sabor é amargo e um pouco
acre, sendo castanha a sua cor.
Drogas pouco conhecidas
Os principais alcalóides do ópio são: a morfina (10%), a
codeína, a tebaína, a papaverina, a narcotina e a narceína.Sua
ação apresenta-se da seguinte forma: