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O Coração e o Sistema Cardiovascular

Elementos de Anatomia e Fisiologia Humana

A distribuição do sangue por todo o corpo é possível devido à existência de um sistema


extraordinariamente ramificado de vasos e ao trabalho desenvolvido pelo coração como
órgão propulsor.

O CORAÇÃO
Funções:
• As contracções do coração geram a pressão sanguínea que é responsável pela
circulação do sangue nos vasos sanguíneos.

• O coração separa a circulação pulmonar da sistémica permitindo uma melhor


oxigenação do sangue.

• As válvulas do coração asseguram um fluxo unidireccional do sangue através do


coração e dos vasos sanguíneos.

• As alterações na frequência e na força das contracções cardíacas, conseguem adequar


o fluxo de sangue às variações das necessidades metabólicas das células e tecidos.
Forma e localização:
Tem uma forma mais ou menos cónica e apresenta o vértice voltado para baixo e para o
lado esquerdo, o ápice. O seu volume é aproximadamente o de uma mão fechada, sendo
maior no homem do que na mulher e aumentando de tamanho desde a criança até ao
idoso. O peso é em média 275 g no adulto.
A coloração é rosa claro ou rosa escuro, apresentando na superfície exterior zonas
amareladas de tecido adiposo.

Nuno Melo, 2007 1º Ano - Curso Educação Básica, ESELx (IPL)


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Encontra-se alojado num


pequeno espaço na zona
central da caixa torácica,
atrás do esterno,
projectando-se na 4ª, 5ª, 6ª
e 7ª vértebras dorsais, que
são as vértebras cardíacas
de Giacomini. Está situado
entre a face interna dos
dois pulmões, numa região
denominada mediastino.
Aproximadamente dois
terços do coração ficam à
esquerda da linha mediana
do corpo, estando o vértice
localizado a
aproximadamente 9 cm da
linha média do corpo.

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O coração é coberto e mantido no lugar pelo pericárdio. Este é uma membrana de


parede dupla – pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
O pericárdio fibroso, mais externo, evita que o coração se distenda excessivamente,
proporciona uma membrana protectora reforçada ao redor do coração, sustentando-o no
mediastino.
O pericárdio seroso, interno, é uma membrana constituída por dois folhetos: folheto
parietal, imediatamente abaixo do pericárdio fibroso e o folheto visceral, mais interno
também chamada epicárdio, aderente ao músculo cardíaco. Entre os folhetos parietal e
visceral existe um fluído seroso conhecido como fluído pericárdico, que evita a fricção
entre os folhetos quando o coração se move. O espaço ocupado por este fluído é
chamado cavidade pericárdica.

A parede do coração é composta por 3 camadas: epicárdio (camada externa),


miocárdio (camada média) e endocárdio (camada interna). O miocárdio é constituído
por tecido muscular cardíaco e perfaz a maior parte do coração. Este tecido é encontrado
unicamente no coração e tem função e estrutura especializadas. As suas fibras são
estriadas, involuntárias e ramificadas. O miocárdio é o responsável pela acção de
bombeamento do coração.
O endocárdio é uma camada fina que reveste o interior do coração.

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Anatomia Interna do Coração

Se fizermos um corte longitudinal no coração, verificamos que:

• É oco.

• Está dividido longitudinalmente por um septo, cuja espessura vai aumentando de cima
para baixo, originando duas metades independentes, a direita e esquerda. Este septo
divide-se em septo interauricular e septo interventricular.

• o coração apresenta quatro cavidades: duas aurículas (cavidades superiores), direita


e esquerda, separadas pelo septo interauricular e dois ventrículos (cavidades inferiores),
direito e esquerdo, separados pelo septo interventricular.

• A espessura do miocárdio varia nas diferentes cavidades cardíacas, de acordo com o


trabalho que elas têm que efectuar. A espessura é menor nas aurículas do que nos
ventrículos, sendo cerca de 3 a 4 vezes maior no ventrículo esquerdo.

• Cada aurícula comunica com o ventrículo do mesmo lado por uma válvula: válvulas
cardíacas ou aurículo-ventriculares, que só permitem a circulação do sangue da aurícula
para o ventrículo do mesmo lado. A válvula da parte esquerda é designada válvula
mitral ou válvula bicúspide. A válvula do lado direito designa-se válvula tricúspide.

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• No ventrículo direito tem origem a artéria pulmonar e no ventrículo esquerdo a


artéria aorta, que descreve uma curva para a esquerda, crossa da aorta ou arco da
aorta.

• No início das artérias pulmonares e aorta, existem pregas membranosas, em forma de


meia-lua, as válvulas sigmóides ou semilunares, que impedem o refluxo de sangue
para os ventrículos.

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O Funcionamento do Coração

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O coração funciona como uma bomba, podendo contrair e relaxar ritmicamente e assim
impulsionar o sangue para os vasos sanguíneos. A fase de contracção é chamada sístole
e a de relaxamento, diástole.

Sistema Condutor

O coração é enervado pelo sistema nervoso autónomo (SNA), que aumenta ou diminui a
frequência de batimentos, mas não inicia a contracção. O coração pode continuar a bater
sem qualquer estímulo directo do sistema nervoso porque tem um sistema intrínseco de
regulação, o sistema condutor. Esta autonomia é explicada pela presença de células
musculares especiais, capazes de originar impulsos eléctricos cadenciados (auto-
excitação), que se espalham pelo músculo cardíaco, determinando o ritmo das suas
contracções. Este grupo de células denomina-se nódulo sinusal ou seio-auricular (SA).
É vulgarmente denominado por “marca passo” ou “pace-maker”, pois estabelece o ritmo
básico das pulsações cardíacas. Está situado na aurícula direita e o impulso aí originado
dirige-se às aurículas, determinando a sua contracção e também para outro tipo de
células, o nódulo aurículoventricular (AV), que se situa no septo interauricular. Deste
nódulo o impluso eléctrico é levado por um feixe de fibras condutoras, o feixe de Hiss,
até ao vértice do coração.

A contracção dos ventrículos é estimulada pelos ramos subendocárdicos, fibras de


Purkinje, que emergem dos ramos do feixe de Hiss, e distribuem o impulso para todas as
células
Nuno Melo, 2007do miocárdio ventricular ao mesmo tempo. 1º Ano - Curso Educação Básica, ESELx (IPL)
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Essas actividades eléctricas podem


ser registadas por um aparelho
especial, constituindo o
electrocardiograma, que acusa
possíveis defeitos cardíacos.

O coração, em condições normais e


em repouso, “bate” cerca de 60 a 70
vezes por minuto num adulto. No
entanto, todos percebemos que após
intenso exercício físico ou emoção
forte, o nosso coração bate mais
rapidamente e com mais força. Isto
ocorre porque, apesar da sua
autonomia, o coração também sofre
influência do sistema nervoso. Esta
influência permite que o organismo
se adapte às diversas alterações do
ambiente e do seu próprio
metabolismo.
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Circulação do Sangue - Ciclo Cardíaco

O movimento do sangue através do coração está directamente relacionado com as


mudanças na pressão sanguínea, que são causadas pelas variações de tamanho das
cavidades, e que causam a abertura e o fecho das válvulas.
À aurícula direita chegam a veia cava superior e a veia cava inferior, transportando
sangue venoso. À aurícula esquerda chegam as veias pulmonares, transportando sangue
arterial.

Quando o sangue chega às aurículas, estas enchem-se pouco a pouco e criam uma
pressão superior à dos ventrículos vazios. As válvulas aurículo-ventriculares (tricúspide e
mitral) abrem-se e o sangue passa de um modo passivo de cada aurícula para o
ventrículo do mesmo lado. As aurículas contraem-se, sístole auricular, expulsando
completamente o sangue para os ventrículos, provocando um completo enchimento dos
mesmos.

Inicia-se então a sístole ventricular. As paredes dos ventrículos contraem-se, a pressão


do sangue ventricular aumenta, fechando-se as válvulas aurículo-ventriculares, para
evitar o refluxo de sangue ventricular para as aurículas, onde a pressão, agora, é menor
porque as paredes estão relaxadas.
Por um breve período de tempo as 4 válvulas encontram-se fechadas. À medida que a
contracção ventricular continua a pressão sanguínea dentro dos ventrículos aumenta
drasticamente. Quando a pressão ventricular é superior à pressão nas artérias, as
válvulas semilunares que estão na base das artérias, abrem-se o que permite a saída do
sangue
Nuno Melo, 2007 do ventrículo direito para a artéria pulmonar e do
1º Ano esquerdo
- Curso Educaçpela artéria
ão Básica, aorta.
ESELx (IPL)
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À fase de contracção segue-se a fase de repouso das aurículas e dos ventrículos, isto é o
relaxamento do músculo cardíaco, diástole geral. Durante a diástole geral as válvulas
sigmóides encontram-se fechadas e as aurículo-ventriculares abertas.
Estas fases repetem-se de modo cíclico, constituindo no seu conjunto o ciclo cardíaco.

A frequência cardíaca corresponde ao nº de ciclos cardíacos por unidade de tempo. Em


média é de 75 batimentos por minuto. Assim, a duração de um ciclo cardíaco é de
aproximadamente 0,8 segundo. Num ciclo completo, as aurículas estão em sístole
durante 0,1 segundo e os ventrículos durante 0,3 segundo. A diástole geral corresponde a
0,4 de segundo.

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Rela‹o en
tre a actividade,a idadee a frequncia card’aca
(por minuto)
Frequ ncia card’ aca BebŽ Criana Adulto
A dormir 110 - 120 80 - 90 60 - 70
Peq uena actividade 120 - 130 90 - 100 70 - 80
Grande actividade 130 - 150 120 - 140

O movimento de “fecha e abre” das válvulas da aorta pode ser sentido ao longo das
artérias e é vulgarmente designado por pulsação.

Pressão Arterial
Durante o ciclo cardíaco, quando o sangue é impulsionado pelos ventrículos (sístole
ventricular) para as artérias, essa pressão (pressão sanguínea) é transmitida aos vasos
sanguíneos. Na parede das artérias, esta pressão (pressão arterial) atinge os valores
mais elevados, pressão arterial máxima (sistólica). Quando o coração relaxa (diástole
geral), o valor da pressão sanguínea sobre a parede das artérias é mínimo, pressão
arterial mínima (Diastólica).
Assim, a pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias. Mede-
se através de um aparelho designado por esfigmomanómetro.
Não há valores absolutamente normais, pois as máximas e as mínimas variam de pessoa
para pessoa. No mesmo indivíduo varia ao longo do dia e tende a aumentar com a idade.

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Idade Press‹o sist—licaPress‹o diast—lica


M‡xima M’nima
(mm Hg) (mm Hg)

RecŽm-nascido 60 - 90 10 - 40
Criana 100 50
Adolescente 120 70 - 80
Adulto 120 - 160 80 - 90
Idoso 170 95

A pressão arterial varia também com o exercício físico. Nesta situação, o coração tem que
bombear maior quantidade de sangue para que este transporte mais oxigénio e
nutrientes às células, a fim de estas produzirem a energia necessária.
Quando uma pessoa mantém valores de pressão arterial acima da média, diz-se que esse
indivíduo sofre de hipertensão. A pressão arterial demasiado alta conduz a um desgaste
excessivo em todo o sistema circulatório:

• O coração trabalha exageradamente;


• Aumenta a probabilidade de ocorrer enfarte do miocárdio, acidentes vasculares
cerebrais (conhecidos vulgarmente por AVC, doença dos vasos sanguíneos cerebrais
devido a coágulos que se formam) e insuficiência renal.
• As paredes dos vasos sanguíneos ficam mais frágeis e perdem a sua elasticidade;
• Aumenta a formação de depósitos de gordura no interior dos vasos;
• Acelera o envelhecimento das artérias.

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OS VASOS SANGUÍNEOS
O sistema vascular sanguíneo constitui um circuito de vasos, através do qual o fluxo
sanguíneo é mantido por bombeamento contínuo do sangue. Os vasos sanguíneos são um
conjunto de tubos de diferentes diâmetros, classificados em artérias, veias e capilares
e cujas paredes têm 3 camadas relativamente distintas, as quais são mais evidentes nas
artérias e menos aparentes nas veias. São elas, a túnica interna ou íntima, a túnica
média e a túnica adventícia.

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A túnica interna é uma membrana basal com fibras de colagénio, revestida por uma
camada de células epiteliais, o endotélio, que forra o vaso. A túnica média é constituída
por fibras musculares e fibras elásticas e a túnica adventícia é uma camada de tecido de
sustentação externo, material fibroso que protege todo o vaso.

A parede das artérias é mais espessa do que a das veias devido à túnica média de tecido
muscular que lhes confere igualmente mais elasticidade. O lúmen das veias é maior que o
das artérias.

Artérias

Existem artérias de grande calibre (artérias elásticas ou condutoras), artérias de


médio calibre (artérias musculares) e arteríolas. As artérias, perto das células,
ramificam-se para constituir vasos de menor diâmetro denominados arteríolas, que
apresentam a túnica média menos espessas que a das artérias. As arteríolas, por sua vez,
ramificam-se constituindo uma rede de capilares.

Função - transportam sangue do coração para todas as partes do corpo. Dada a elevada
espessura das suas paredes de tecido muscular, as artérias possuem grande resistência à
pressão sanguínea.

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As duas maiores artérias são:

• Artéria aorta - sai do ventrículo esquerdo, sobe verticalmente (aorta ascendente),


curva-se para a esquerda (crossa da aorta) e a seguir desce verticalmente (aorta
descendente) ao longo da coluna vertebral. A aorta origina artérias que se ramificam para
todo o corpo. Muito perto da origem da aorta partem as artérias que irrigam o coração,
que se denominam artérias coronárias. Da crossa da aorta partem as artérias que se
dirigem para a cabeça, carótidas e para os braços, as subclávias.

• Artéria pulmonar – sai do ventrículo direito e divide-se em dois ramos que conduzem
o sangue aos pulmões.
Veias

Existem veias de grande e médio calibres e vénulas. As veias, perto das células
apresentam um pequeno diâmetro, pelo que então são designadas por vénulas. As
vénulas são vasos de pequeno calibre (maior que o dos capilares) que se vão reunindo
dando origem aos vasos maiores, as veias.

Função - são vasos onde circula o sangue que, das diferentes partes do corpo, se dirige

para o coração.

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As principais veias do organismos estão ligadas às aurículas:

As Veias cavas, superior e inferior, encontram-se ligadas à aurícula direita:


• Veia cava inferior - conduz o sangue proveniente dos membros inferiores e dos
órgãos abdominais e torácicos.
• Veia cava superior – conduz o sangue proveniente dos membros superiores e da
cabeça.
• Veias pulmonares – existem duas veias pulmonares direitas e duas veias pulmonares
esquerdas, ligadas à aurícula esquerda e trazem o sangue proveniente dos pulmões.

Capilares

São vasos sanguíneos de pequeno calibre que


permitem a troca de substâncias entre o
sangue e as células. No interior dos órgãos
estabelecem, geralmente, as ligações entre as
artérias e veias (há casos de capilares que
estabelecem a ligação entre uma artéria e
outra artéria ou entre uma veia e outra veia,
constituindo sistemas porta – ex: sistemas
porta renal, hepático, etc.) permitindo assim
fechar o circuito do sangue.

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A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA

Existem dois percursos diferentes para o sangue, a fim de que nunca ocorra mistura dos
dois tipos de sangue (sangue venoso - parte direita do coração e sangue arterial - parte
esquerda do coração).
Estes percursos representam as duas circulações do organismo:
• Circulação pulmonar ou pequena circulação
• Circulação sistémica ou grande circulação

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Circulação pulmonar ou pequena circulação

A sístole do ventrículo direito lança o sangue venoso na artéria pulmonar. Inicia-se assim
a circulação pulmonar. Aquela artéria ramifica-se originando uma artéria para cada
pulmão que, continuando a ramificar-se, origina uma rede de capilares dentro do
respectivo órgão.

Aí o sangue venoso liberta dióxido de carbono e recebe oxigénio, transformando-se em


sangue arterial. A este processo designa-se hematose pulmonar.

Os capilares reúnem-se em vénulas e estas em vasos de maior calibre formando


finalmente quatro veias pulmonares, duas de cada pulmão, que conduzem o sangue
arterial para a aurícula esquerda.

Circulação sistémica ou grande circulação

Da aurícula esquerda o sangue passa para o ventrículo esquerdo. Pela sístole do


ventrículo esquerdo, o sangue arterial é impulsionado para a artéria aorta, iniciando-se
assim a circulação sistémica.

A artéria aorta ramifica-se depois para todos os órgãos do organismo. A nível de cada
órgão constituem-se redes de capilares. Nestes o sangue liberta O2 e recebe CO2,
passando de arterial a venoso, processo designado hematose celular.

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Os capilares sanguíneos reúnem-se em vénulas que por sua vez vão formar veias. As
veias da cabeça e dos membros superiores reúnem-se originando a veia cava superior.
As veias das restantes partes do corpo juntam-se constituindo a veia cava inferior.
Nestas duas veias o sangue venoso circula até à aurícula direita concluindo-se a
circulação sistémica ou grande circulação.

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Principais vasos arteriais da circulação


sistémica.

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Principais vasos venosos da circulação


sistémica.

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