You are on page 1of 32

HIPERTENSÃO ARTERIAL

ARTERIAL

Prof.: Marcos Barrouin Melo, MSc


INTRODUÇÃO

• Conceito simplificado
– Elevação sustentada da pressão arterial de
repouso: sistólica ≥ 140 mmHg; diastólica ≥ 90
mmHg
• Conceito revisto
– Processo sindrômico com alterações
hemodinâmicas, tróficas e metabólicas
• Dislipidemias, resistência a insulina, microalbuminúria,
disfunção diastólica do VE
INTRODUÇÃO

• “É uma doença crônica não transmissível de natureza


multifatorial, assintomática (na grande maioria dos
casos) que compromete fundamentalmente o
equílibrio dos sistemas vasodilatadores e
vasoconstritores, levando a um aumento da tensão
sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a
irrigação tecidual e provocar danos aos órgãos por
eles irrigados.”
INTRODUÇÃO

• Primária (ou essencial)


– Sem uma causa definida
– 95% dos casos

• Secundária
– Causa identificável
– IR, Feocromocitoma, Sindrome de Cushing
INTRODUÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
No Brasil em 2003 27,4% óbitos decorrentes
de doenças cardiovasculares;
AVC como principal causa de morte
No Brasil (2004) 50,8% sabiam, 40,5% em
tratamento e apenas 10,4% controlados *
* V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial

Nos EUA : 50 milhões de hipertensos; 70% sabem,


59% são tratados e apenas 34% controlados *

* The Merck Manuals (online)


EPIDEMIOLOGIA

• No Brasil
– Em 2005 1.180.184 internações por doenças
cardiovasculares
– De 2000 a 2004 600.000 hospitalizações
somente devido a hipertensão arterial
• 1.800.000 por IC; 900.000 por AVC; 800.000 por
DAC
EPIDEMIOLOGIA

• Fatores de risco
– Idade
– Sexo e etnia
– Fatores sócio-econômicos
– Sal
– Obesidade
– Álcool
– Sedentarismo
EPIDEMIOLOGIA

Prevalência de fatores de risco - São Paulo

6 9 ,3
70
%
60

50

40 3 7 ,9

30
2 2 ,3
20 18

9 ,7
10 7 ,7

0
A l c o o li s m o D ia b e t e s O b e s id a d e H ip e r t e n s ã o Ta b a g i s m o S e d e n t a r is m o

Rego et al. Public Health Journal, 1990


EPIDEMIOLOGIA

• Idade
– PA aumenta linearmente com a idade
– A partir dos 60 anos – aumento PS

• Sexo e etnia
– Prevalência global – 26,6% homens; 26,1%
mulheres
– Afrodescendentes – risco aumentado
EPIDEMIOLOGIA

• Fatores sócioeconômicos
– Nível mais baixo associado a maior
prevalência de HA e fatores de risco para
elevação da PA

• Sal
– Excesso do consumo de sódio aumenta a
ocorrência de HA
– Ingestão maior em classe sócioeconômica
inferior
EPIDEMIOLOGIA

• Obesidade
– Pode ser responsável
por 20 a 30% dos
casos de HA
– 75% homens e 65%
mulheres apresentam
hipertensão
diretamente atribuível
a obesidade
– Ganho de peso e
aumento de
circunferência
abdominal
EPIDEMIOLOGIA

Videogame

Preguiça

Televisão
EPIDEMIOLOGIA

• Álcool
– Cerveja, vinho e
destilados
aumentam PA
quando
ingeridos em
excesso
– Consumo fora
de refeições
aumenta o risco
de hipertensão • Tabagismo
EPIDEMIOLOGIA

• Sedentarismo
– Risco 30% maior de desenvolvimento de
hipertensão
– Exercício aeróbio apresenta efeito
hipotensor maior no hipertensos (exercício
assistido)
EPIDEMIOLOGIA

• Outros fatores
– Combinação de fatores
• Inatividade física, sobrepeso, hiperglicemia e
dislipidemia
– Predisposição genética, ambiente – estilo de
vida
DIAGNÓSTICO
• Medida da PA
– Em toda avaliação de saúde
– Médicos e demais profissionais de saúde
devidamente treinados
– Erros de leitura
• Inadequação ou aparelho descalibrado
– Técnica auscultatória e esfigmomanômetro
• Primeira medida, ambos membros superiores
• Braço de maior valor
DIAGNÓSTICO

• MRPA
– Importante para diagnóstico e seguimento
da hipertensão arterial
– 135/85 mmHg

• MAPA
– Registro direto e freqüente da PA
– Médias > 130/80 mmHg
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO

Classificação Sistólica Diastólica


Ótima <120 <80
Normal <130 <85
Limítrofe 130-139 85-89
HA estágio 1 140-159 90-99
HA estágio 2 160-179 100-109
HA estágio 3 >180 >110
HA isolada >140 <90
DIAGNÓSTICO

• Investigação clínica
– Confirmar elevação de PA
– Identificar fatores de risco para DC
– Avaliar lesão de órgãos alvo
– Diagnóstico doenças associadas à HA
– Estratificar risco cardiovascular
– Diagnosticar HA secundária
TRATAMENTO
CATEGORIA DE RISCO ESTRATÉGIA

Sem risco adicional Tto não-medicamentoso isolado

Risco adicional baixo Tto não-medicamentoso por 6 meses


associar medicamento se necessário
Risco adicional médio Tto não-medicamentoso+medicamentoso

Risco adicional alto Tto não-medicamentoso+medicamentoso

Risco adicional muito Tto não-medicamentoso+medicamentoso


alto
TRATAMENTO

• Abordagem multiprofissional
– Médico
– Enfermeiro
– Nutricionista
– Profissional da Educação Física
– Fisioterapeuta
– Psicólogo
TRATAMENTO

• Padrão alimentar
– Redução no consumo de sal
– Obesidade
• Moderação no consumo de bebidas
alcoólicas
• Exercício físico
• Abandono do tabagismo
• Controle do estresse psicoemocional
TRATAMENTO

Prevenir e reabilitar doenças cardíacas e


vasculares

Exercício físico supervisionado e recursos


terapêuticos
TRATAMENTO
TRATAMENTO

Avaliação cardiovascular para realização de atividade física :


1. Anamnese:
2. Estratificação dos fatores de risco:
HAS, diabetes, obesidade (peso e circunferências), tabagismo, dieta,
estresse ou estado psicológico (questionários), medicamentos.
3. Presença de doenças cardiovasculares com maior risco:
(IAM, ICC (>grau II), valvulopatias, doenças do aparelho respiratório, etc).

Segurança:
• Avaliação médica criteriosa: Teste ergométrico, ECG, ecocardiograma,etc
• Termo de consentimento livre e esclarecido.

Liberação médica com relatório do estado geral do paciente


TRATAMENTO

• Profissional Educação • Profissional Fisioterapia


Física – Individual ou grupo
– Programação e – Identificação de
supervisão de atividades problemas que causem
físicas adequadas às limitação às mudanças de
características de cada hábitos de vida
paciente • Dores limitantes
– Atividade preventiva – Crônicas - risco
individual ou na • Posturas
comunidade
TRATAMENTO

• Tratamento medicamentoso
– Objetivo primordial é redução da morbidade
e mortalidade cardiovasculares
– Utilização de anti-hipertensivos
• Diuréticos (Furosemida, espironolactona, HCT,
etc...)
• Inibidores da ECA (Enalapril, Benazepril,etc..)
• Bloqueadores de AT1 (Losartan, Valsartan, etc...)
• Bloqueadores de canal de cálcio (amlodipina,
etc...)
• Beta bloqueadores (Propranolol, atenolol,
carvedilol, etc...)
TRATAMENTO

• Objetivo
– Reduzir PA abaixo de 140/90 mmHg
– Primordial reduzir abaixo de 130/80 mmHg
• Diabéticos com microalbuminúria
• ICC
• Comprometimento renal
• Para prevenção de AVC

• Identificar causas secundárias para


tratamento primário
http://w3.ouhsc.edu/phar5442/Lectures/Cardiovascularexerciseeffects.html
OBRIGADO!

You might also like