Professional Documents
Culture Documents
Mestrado em Educação
1
Algumas questões analíticas presentes durante a
recolha
• questões relativas ao tópico em estudo
• outras:
- o que parece estranho?
inesperado?
puzzling?
- que tipo de análise parece ser necessária?
- o que parece definitivamente falso acerca do fenómeno
neste momento?
- o que é que provavelmente acontecerá nos próximos
dias/semanas?
2
Sugestões
• iniciar a parte empírica com (algumas) questões concretas
em mira
• se as questões estão ainda nebulosas, procurar clarificá-las à
medida que o trabalho decorre
• formular muitas questões tende a gerar dispersão e
dificuldades de aprofundamento
• em geral é mais produtivo elaborar um esquema conceptual
depois de formular questões do estudo (mesmo que numa
versão inicial)
• avaliar a possibilidade de investigar as questões formuladas
no tempo útil disponível e com a abordagem que foi
definida
3
• manter as questões do estudo presentes e procurar
reformulá-las e aperfeiçoá-las durante a recolha de
dados
• começar intuitivamente; centrar no núcleo das questões
e partir daí para a definição do âmbito e limites do
estudo
• definir a unidade de análise tão cedo quanto possível
• os dados não são recolhidos; são construídos em co-
autoria pelo investigador e pelos participantes
• lembrar que nunca há tempo suficiente para nenhum
estudo
4
Guião para notas acerca de uma pré-
análise dos dados
1. temas principais; impressões; resumo das opiniões acerca do que se
passa no fenómeno em estudo
2. explicações; especulações; hipóteses
sobre o que se passou
4. próximos passos para a (eventual) recolha de dados
- questões analíticas emergentes
- acções específicas a realizar
- direcções a seguir
5. implicações para revisão de processo de análise
5
Perguntas típicas no arranque da
análise
• É PRECISO ANALISAR TODOS OS DADOS?
• O QUE É QUE É RELEVANTE NOS DADOS?
• O INTERIM REPORT
- revisão dos resultados
- questão da qualidade dos dados que os suportam
- agenda para (eventual) nova fase de recolha
6
O que é a análise?
7
Processo de análise
• gerar questões analíticas numa primeira fase
- são questões eventualmente mais distantes das questões do
estudo mas próximas de conceitos ou conduzindo a
conceitos associados
• as questões analíticas ligam-se a conceitos —
caracterizáveis com propriedades
• a ligação/articulação dos conceitos constitui a teoria
substantiva
8
Donde vêm as categorias?
9
Como se desenvolvem as categorias?
• contagem (frequências)
• encontrar regularidades
• avaliar a plausibilidade
• agrupar coisas que parecem semelhantes segundo um dado
critério (clustering)
• construir metáforas
10
• separar variáveis
• subsumindo coisas particulares no geral
- isto é uma instância de quê?
- pertence a uma classe mais geral?
• factoring - colocar hipóteses de que factos ou palavras
aparentemente díspares têm algo em comum ou são algo
em comum
• identificar relações entre variáveis
• identificar variáveis intervenientes
• construir cadeias lógicas de evidência — integração de
categorias e hipóteses
11
Como se desenvolve a teoria substantiva?
14
“redução dos dados”
15
Apresentação dos dados (data display)
16
Resultados e Conclusões
elaboração de resultados e discussão
17
Mais sugestões:
• parar para pensar para onde vai a análise
• escrever frequentemente memórias analíticas (o que estou
a fazer, porquê estou a fazer, o que se vai seguir,...)
• cada vez que se tomar uma decisão, escrevê-la e colocá-la
no dossier da metodologia
• fazer o máximo por apreciar todo o processo
• ler o trabalho de outros (fonte de ideias, modelos,
paralelos, contrastes, metáforas,...)
• ler a literatura de natureza metodológica com propósitos
específicos e torná-la rentável
18
Duas posturas
19
1. O que é que eu sei sobre o problema que me
permitirá formula r e testar uma hipótese?
2. Que conceitos posso utilizar para testar essa
hipótese?
20
3. Como posso definir esses conceitos
operacionalmente?
4. Que teorias explicam os dados?
21
5. Como é que posso interpretar os resultados e
relatá-los na linguagem (académica) dos meus
colegas?
22
Meta-teoria
metodologia
dados métodos
fenómeno teoria
• Autonomia
– entre dados e fenómeno
– entre teoria e métodos (de análise)
24
• Equacionar a investigação como recolha de
dados promove o isolamento desse nível de
trabalho em relação aos outros níveis da
prática de investigação
25
• Dificulta ou impede que se passe para níveis
conceptualmente mais exigentes
26
• A metodologia deve referir-se ao processo de
desenvolver métodos (de investigação) com
consideração explícita à teoria e ao fenómeno
• A metodologia torna-se num processo de
construir ligações entre
– teoria e métodos
– métodos e fenómeno
27
Qualquer resultado em investigação é relativo a
uma problemática, ao esquema teórico no qual
se baseia directa ou indirectamente, e à
metodologia através da qual foi obtido
28