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ATOS

ADMINISTRATIVOS
ATOS ADMINISTRATIVOS

Ato X Fato
Definição

• "Ato administrativo é toda manifestação


unilateral de vontade da Administração
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha
por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria”.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

POSIÇÃO DE SUPREMACIA
DECLARAÇÃO UNILATERAL DE
VONTADE
PRODUÇÃO DE EFEITOS
JURÍDICOS
ATOS ADMINISTRATIVOS

1. REQUISITOS

2. ATRIBUTOS

3. CLASSIFICAÇÃO

4. ESPÉCIES
1. REQUISITOS:

Competência ou Sujeito
Finalidade
Forma
Motivo ou Causa
Objeto ou Conteudo
Delegação
(L. 9784/99, Art. 12)

“Um órgão administrativo e seu titular poderão, se


não houver impedimento legal, delegar parte da
sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão
de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.”
Não se Delega!

• (L 9784/99, Art. 13)

• I - a edição de atos de caráter normativo;

• II - a decisão de recursos administrativos;

• III - as matérias de competência exclusiva do


órgão ou autoridade.
FINALIDADE

• Há duas concepções de finalidade: uma, em


sentido amplo, que corresponde à consecução
de um resultado de interesse público (bem
comum) outra, em sentido estrito, que é o
resultado específico que cada ato deve
produzir, conforme delimitado em lei. É o
legislador quem define a finalidade do ato, não
existindo liberdade de opção para o
administrador.
Abuso de Autoridade

• Desvio de Poder ( Desvio de Finalidade)

• Excesso de Poder
Forma

• É revestimento exteriorizador do ato


administrativo, e constitui requisito vinculado
e imprescindível para a sua validade, assim
como a observância dos procedimentos
(formalidades) previsto em lei.
Motivo

• O motivo ou causa é a situação (pressupostos)


de direito ou de fato que determina ou autoriza
a realização do ato administrativo.
• O motivo, como elemento integrante da
análise de validade do ato, pode vir expresso
em lei, como pode ser deixado ao critério do
administrador.
Motivação
(L. 9784/99, Art. 50)
Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso
ou seleção pública;
“IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de
processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre
a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.”
Objeto
• Nesse sentido o objeto identifica-se com o conteúdo do ato,
através do qual a Administração manifesta o seu poder, e a
sua vontade, ou atesta simplesmente situações preexistentes.
• Logo, objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz.
• Portanto, uma licença para construção ter por objeto
permitir que o interessado possa edificar de forma legítima;
o objeto de uma multa é punir o transgressor de norma
administrativa; na nomeação, o objeto é admitir o indivíduo
no serviço público etc.
• Para que o ato administrativo seja válido, seu objeto deve
ser lícito (conforme a lei), moral (de acordo com os padrões
éticos, corretos e justos), possível (realizável no mundo dos
fatos e do direito) e certo (definido quanto ao tempo, aos
efeitos, ao lugar e ao destinatário).
•  
Formação e Efeitos
• Perfeição: quando o ato administrativo
completa o seu ciclo de formação, vale dizer,
cumpriu todas as etapas integrantes do
procedimento tendente a to
• Eficácia é a idoneidade, a aptidão do ato para
produzir os efeitos jurídicos.
• Validade é a qualidade que tem o ato
administrativo que atende a todas as exigências
legais exigidas, vale dizer, válido é o ato que
resulta de sua conformidade com a norma legal
pertinente
• Efeitos dos atos administrativos : ( Celso A.B. de Mello)
• típicos (ou próprios) e atípicos (ou impróprios),
subdividindo os efeitos atípicos em preliminares (ou
prodrômicos) e reflexos. Típicos são os efeitos naturais
do ato, aqueles que correspondam “a sua tipologia
específica, a sua função jurídica própria”. Os atípicos
surgem indiretamente, “embora decorram da produção
do ato, não resultam de seu conteúdo específico”. Ainda
segundo o citado autor, os efeitos atípicos preliminares ou
prodrômicos “existem enquanto perdura a situação de
pendência do ato”, vale dizer, no período que medeia à
produção do ato até o desencadeamento de seus efeitos
típicos. Já os efeitos atípicos reflexos são os que atingem
terceiros não integrantes da relação jurídica
originariamente contemplada pelo ato emanado da
Administração Pública.

2. ATRIBUTOS:

Presunção de legitimidade
Imperatividade
Auto-executoriedade
Tipicidade
Classificação
• Quanto aos seus destinatários
• A. Atos Gerais: Atos administrativos gerais ou
regulamentares são aqueles expedidos sem destinatários
determinados, com finalidade normativa, alcançando
todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação
de fato abrangida por seus preceitos. Assemelha-se à lei
pela sua abstração e impessoalidade.
• Ex: Regulamentos, Instruções Normativas.
•  B. Atos Individuais: Atos individuais ou especiais são
todos aqueles que possuem um destinatário certo,
determinado, para os quais cria uma situação jurídica
particular. O mesmo ato pode abranger um ou vários
sujeitos, desde que sejam individualizados.
• Ex: Decretos de desapropriação, de nomeação, de
exoneração, as licenças etc.
Classificação
• Quanto ao seu alcance
• A. Atos Internos: São aqueles destinados a produzir efeito
apenas no âmbito das repartições administrativas e, quando
adequadamente utilizados, só atingem os órgãos e os
agentes da administração. Por terem apenas efeitos internos,
não dependem de publicação no órgão oficial, bastando à
ciência dos interessados, ou a publicação em boletim ou
comunicação interna.
• Ex: Ordem de serviço, suspensões.
•  B. Atos externos: Atos administrativos de efeitos externos
serão todos aqueles que alcançam os administrados, os
contratantes e em alguns casos os próprios servidores. Para
a sua eficácia dependem de publicação oficial.
 
Classificação
Quanto ao Objeto
• A. Atos de Império: São todos aqueles que a
administração pratica usando de sua supremacia sobre os
administrados ou servidores, impondo-lhes atendimento
obrigatório.
• Ex: desapropriação, interdição de atividades, as ordens
estatutárias.
• B. Atos de Gestão: São aqueles que a administração edita
sem usar de sua supremacia sobre os destinatários.
Surgem quando a administração pratica atos de
administração de bens e serviços públicos e nos atos
negociais com particulares.
• C. Atos de Expediente: São aqueles destinados a dar
andamento aos processos e papéis que tramitam pelas
repartições públicas; são típicos atos de mera rotina
interna.
Classificação
Quanto ao regramento
• A. Atos vinculados: Atos vinculados ou regrados
são aqueles para os quais a lei estabelece os
requisitos e condições de sua realização. Nessa
categoria, as imposições legais tolhem quase por
completo a liberdade do administrador.
• B. Atos discricionários: São aqueles que a
administração pode praticar com liberdade de
escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de
sua conveniência, de sua oportunidade e do modo
de sua realização. É onde se manifesta o chamado
mérito administrativo.
Classificação
Quanto a sua formação
• A. Ato Simples: É aquele que resulta da manifestação
de vontade de um único órgão da administração,
unipessoal ou colegiado.  
• B. Ato Complexo: É aquele que se forma pela
conjugação de vontades de mais de um órgão
administrativo, havendo, pois, um concurso de
vontades de órgãos administrativos diversos para a
formação de um único ato, como ocorre com a
investidura de um funcionário.
• C. Ato Composto:É aquele que resulta da vontade de
um único órgão, mas depende da verificação por parte
do outro, para se tornar exeqüível, como ocorre com
uma autorização que dependa de visto de uma
autoridade superior
4. ESPÉCIES:

NORMATIVO
ORDINÁRIO
ENUNCIATIVO
NEGOCIAL
PUNITIVO
EXTINÇÃO

1) CUMPRIMENTO DE SEUS EFEITOS

2) DESAPARECIMENTO DO SUJEITO OU OBJETO

3) RETIRADA I D A D E
3.1) CA D U C
T R A P O S IÇ ÃO
3.2) CON
) C A SS A Ç Ã O
3. 3
A N U L A Ç Ã O
3.4)
E V O G A Ç Ã O
3.5) R
4) RENÚNCIA
5) FIM DO PRAZO
EXTINÇÃO

DU C IDA D E
3.1) CA

Legislação posterior tornou


juridicamente incompatível o ato.
EXTINÇÃO

R A P O SI Ç ÃO
3.2) CONT

Emanação de um ato cujos efeitos


se contrapõe com a de outro ato
que até então produzia os seus
efeitos.
EXTINÇÃO

C A S S AÇ ÃO
3.3)

Retirada ocorre quando o beneficiário


descumpre alguma condição que
deveria permanecer atendida.
REVOGAÇÃO
ANÁLISE DO MÉRITO,
X ANULAÇÃO
ANÁLISE DA
CONVENIÊNCIA E LEGALIDADE;
OPORTUNIDADE;
ADMINISTRAÇÃO
PRIVATIVO DA PÚBLICA / PODER
ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIO;
PÚBLICA;
EFEITO EX TUNC.
EFEITO EX NUNC.
Súmula 346, STF: "A Administração
Pública pode anular seus próprios atos".

Súmula 473, STF: "A Administração pode


anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornem ilegais, porque
deles não se originam direitos, ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial".
EXTINÇÃO

São insusceptíveis de revogação:


a) Atos consumados que exauriram seus efeitos
b) Atos vinculados

c) Atos que geram direitos adquiridos


(art. 5º, XXXVI, CF/88)

d) Atos que integram um procedimento


e) Meros atos administrativos
Vícios ou defeitos

• incompetência
• Vício de forma
• Ilegalidade do objeto
• Inexistência dos motivos
• Desvio de finalidade
• a) a incompetência fica caracterizada quando
o ato não se incluir nas atribuições legais do
agente que o praticou;
• o vício de forma consiste na omissão ou na
observância incompleta ou irregular de
formalidades indispensáveis à existência ou
seriedade do ato;
• a ilegalidade do objeto ocorre quando o
resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo;
• a inexistência dos motivos se verifica quando
a matéria de fato ou direito, em que se
fundamentou o ato, é materialmente
inexistente ou juridicamente inadequada ao
resultado obtido;
• o desvio de finalidade se verifica quando o
agente pratica o ato visando a fim diverso
daquele previsto, explícita ou implicitamente,
na regra de competência.
Prazo para a Anulação

• O art. 54 da Lei nº 9.784/99 prescreve que “o


direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé”.
Convalidação
  Art. 55. Em decisão na qual se evidencie
não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria
Administração.

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